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COLÉGIO PASCHOAL DANTAS

ENSINO MÉDIO

GIOVANA LIMA OLIVEIRA


GIOVANNA BITARÃES RODRIGUES
GIOVANNA FERNANDES GALDINO
JULIA GAUDÊNCIO
MARCOS R. VERDANIO FILHO
VITOR AUGUSTO MARQUES
3ºA

TRABALHO DE HISTÓRIA
NOVA REPÚBLICA ATÉ O GOVERNO FHC

SÃO PAULO
2023
COLÉGIO PASCHOAL DANTAS
ENSINO MÉDIO

GIOVANA LIMA OLIVEIRA


GIOVANNA BITARÃES RODRIGUES
GIOVANNA FERNANDES GALDINO
JULIA GAUDÊNCIO
MARCOS R. VERDANIO FILHO
VITOR AUGUSTO MARQUES
3ºA

TRABALHO DE HISTÓRIA
NOVA REPÚBLICA ATÉ O GOVERNO FHC

SÃO PAULO
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………
2. REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL…………………………………………..
3. GOVERNO JOSÉ SARNEY (1985-1990)
3.1 Redemocratização…………………………………………..
3.2 Morte de Tancredo Neves…………………………………………..
3.3 Principais acontecimentos…………………………………………..
3.4 Constituição de 1988…………………………………………..
3.5 Plano Cruzado…………………………………………..
4. ELEIÇÕES DE 1989………………………………………………………………
5. GOVERNO FERNANDO COLLOR DE MELLO (1990-1992)
5.1 Biografia de Collor…………………………………………..
5.2 Governo Collor…………………………………………..
5.3 Plano Collor…………………………………………..
5.4 Corrupção…………………………………………..
5.5 Impeachment…………………………………………..
5.6 Julgamento…………………………………………..
6. GOVERNO ITAMAR FRANCO (1992-1994)
6.1 Como funcionou o Governo Itamar Franco…………………..
6.2 Como acabou o Governo Itamar Franco………………………………..
7. GOVERNO FHC (1994-2002)
8. CONCLUSÃO
8.1 Giovana Lima………………………………………………………………….
8.2 Giovana Bitarães…………………………………………………………
8.3 Giovana Fernandes…………………………………………………………….
8.4 Julia Gaudêncio…………………………………………………………………
8.5 Marcos…………………………………………………………………………
8.6 Vitor……………………………………………………………………………..
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………….
1. INTRODUÇÃO
A Nova República é o período da história política do Brasil que se inicia em
1985, com o término da ditadura militar, e se estende até o governo de Fernando
Henrique Cardoso, que governou de 1995 a 2002. Este foi um período de transição
política crucial na história do Brasil, marcado por uma série de mudanças políticas,
econômicas e sociais significativas.
A Nova República começou com a eleição indireta de Tancredo Neves para a
presidência, marcando o fim do regime militar que havia governado o país por mais
de duas décadas. No entanto, Tancredo Neves faleceu antes de assumir o cargo,
deixando a presidência nas mãos de seu vice, José Sarney. O governo de Sarney
enfrentou inúmeros desafios, incluindo a hiperinflação, a dívida externa e a luta por
estabilidade econômica.
Em 1988, a promulgação da Constituição Federal marcou um marco
importante na Nova República, estabelecendo as bases para um sistema
democrático com uma série de direitos e garantias individuais. Esta nova
constituição abriu o caminho para uma democracia multipartidária e eleições diretas
para a presidência, consolidando o processo de redemocratização do país.
A presidência de Fernando Collor de Mello, que assumiu o cargo em 1990, foi
marcada por turbulências e escândalos de corrupção, resultando em seu
impeachment em 1992. Seu vice, Itamar Franco, assumiu a presidência e conduziu
o país até as eleições de 1994.
Em 1994, Fernando Henrique Cardoso, conhecido como FHC, foi eleito
presidente e iniciou uma série de reformas econômicas significativas, incluindo o
Plano Real, que estabilizou a moeda brasileira e controlou a inflação. Seu governo
também implementou políticas de privatização e abertura econômica. FHC foi
reeleito em 1998 e continuou a liderar o Brasil até o final de sua presidência em
2002.
2. REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL
A redemocratização é o processo de restauração da democracia após
períodos de regime ditatorial. No Brasil, isso aconteceu em duas fases distintas. A
primeira, em 1945, surgiu devido ao descontentamento com o regime autoritário de
Getúlio Vargas, que dissolveu o Congresso e extinguiu as eleições presidenciais.
Eleições foram realizadas, resultando na vitória de Eurico Gaspar Dutra.
A segunda fase ocorreu durante o Regime Militar (1964-1985), quando os
militares tomaram o poder devido a temores de comunismo. Uma nova Constituição,
promulgada em 1967, restringiu direitos civis, mas, ao longo do tempo, pressões
públicas levaram a uma abertura gradual. Durante o governo de Ernesto Geisel e
João Figueiredo, medidas como a anistia e o retorno de exilados políticos foram
implementadas.
A redemocratização atingiu seu ápice em 1989, com as primeiras eleições
livres e diretas desde a ditadura. A Constituição de 1988 simbolizou o fim do poder
militar e o estabelecimento da democracia no Brasil.

3. GOVERNO SARNEY (1985-1990)


O Governo Sarney ficou marcado por ter sido o primeiro governo civil a
assumir o Brasil após 21 anos de Ditadura Militar. José Sarney assumiu a
presidência após a trágica morte de Tancredo Neves, o presidente eleito em 1985.
Sarney foi o responsável por conduzir o retorno do país à normalidade democrática.
Um dos grandes marcos desse governo foi a formação de uma Assembleia
Constituinte que redigiu e promulgou a Constituição de 1988. O governo de José
Sarney também ficou conhecido por fracassar no combate à crise econômica que
assolava o país. O político maranhense governou o país entre 1985 e 1990.

3.1 Redemocratização
No final da década de 1970, os militares optaram por realizar a transição
política no Brasil de forma a realizar uma abertura do regime para entregar o poder
novamente aos civis. Os historiadores entendem essa ação dos militares não como
uma ação em busca da democratização do país, mas sim de uma abertura que
mantivesse governos civis, mas que vinculados aos interesses militares.
A abertura planejada pelos militares acabou não dando certo por conta do
engajamento da população pela democratização do país. Um dos movimentos
populares símbolo dessa luta foi o Movimento das Diretas Já, impulsionado pela
Emenda Dante de Oliveira, que debatia a respeito do retorno das eleições diretas no
Brasil.
As Diretas Já mobilizaram milhões de brasileiros em comícios realizados em
todas as partes do país. A população desejava poder escolher o presidente do país,
depois de mais de vinte anos da última vez que esse direito havia sido exercido. A
emenda pelas Diretas Já, no entanto, foi derrotada e a eleição presidencial de 1985
continuou sendo indireta.

Para a eleição de 1985, os militares decidiram lançar por meio do Partido


Democrático Social (PDS), o partido herdeiro do Arena, o candidato Paulo Maluf.
Essa decisão desagradou a José Sarney, que queria a realização de prévias no
interior do PDS e não uma simples nomeação. Sarney era o presidente do PDS e
acabou rompendo com o partido e mudando-se para o PMDB.
A oposição aos militares, formada sobretudo pelo PMDB (Partido da
Mobilização Democrática Brasileira), decidiu mobilizar-se para lançar um candidato
e concorrer contra Paulo Maluf. O candidato escolhido pelo PMDB foi Tancredo
Neves, tradicional político mineiro, e, como seu vice, foi escolhido José Sarney.
Houve intensa movimentação política no interior do Colégio Eleitoral e
Tancredo Neves conseguiu sobressair-se ao candidato apoiado pelos militares,
obtendo 480 votos contra 180 votos obtidos por Paulo Maluf. Com esse resultado,
pela primeira vez em 21 anos, o Brasil teria um civil na presidência. Era o fim da
Ditadura Militar

3.2 Morte de Tancredo Neves


A posse presidencial de Tancredo Neves estava marcada para acontecer no
dia 15 de março de 1985. Nas semanas anteriores à posse, Tancredo escondeu de
todos que sentia dores abdominais, porque temia que isso pudesse ser usado como
justificativa pelos militares para se perpetuar no poder. Ele planejava procurar
tratamento médico após a posse, mas às vésperas dela, no dia 13 de março,
acabou sendo internado às pressas.
A condução da situação de Tancredo foi muito ruim, uma vez que ele foi
operado em um hospital com condições técnicas e de higiene questionáveis. Ele foi
transferido para São Paulo, passando por sete cirurgias, mas acabou falecendo no
dia 21 de abril de 1985. Enquanto estava internado, o país questionava-se quem
assumiria a presidência.
Após muito debate e muita negociação política, ficou decidido que o vice-
presidente assumiria temporariamente até a recuperação de Tancredo Neves.
Sendo assim, em 15 de março, José Sarney tomou posse como presidente interino
do Brasil. Por uma ironia do destino, a presidência do Brasil após a ditadura caía no
colo de um político que construiu sua carreira como apoiador da ditadura.
O falecimento de Tancredo Neves acabou confirmando José Sarney como o
primeiro presidente do Brasil a assumir o cargo após a saída dos militares. Durante
o seu governo, foi realizada a montagem da estrutura democrática do país e
elaborada uma nova Constituição. Como parte do acordo de Tancredo com os
militares, nenhum tipo de investigação dos crimes cometidos por militares na
ditadura foi realizado.

3.3 Principais acontecimentos


A posse de José Sarney foi, com certeza, um enorme anticlímax para a
sociedade que defendia a democratização do Brasil. De toda forma, coube a ele
cumprir esse papel apesar de que, inicialmente, Ulysses Guimarães, deputado
federal, tinha mais influência política no país que o próprio presidente.
Em maio de 1985, José Sarney apresentou o Emendão, nome que dado à
Emenda Constitucional que realizava uma série de concessões democráticas no
país, como o restabelecimento das eleições diretas para presidente, concedia direito
de voto aos analfabetos etc. Em junho, saiu a convocação para a realização de
eleição para formar uma Assembleia Constituinte. Sarney fez articulações políticas
para que a Constituinte fosse formada por aqueles que já faziam parte do legislativo.
Isso ia contra os interesses populares que queriam que a Constituinte fosse formada
por pessoas que teriam como única e exclusiva função a elaboração da nova
constituição brasileira.

3.4 Constituição de 1988


Foi no processo de elaboração da Constituição de 1988 que os atritos do
presidente com os congressistas mostraram-se claramente. Enquanto Ulysses
Guimarães, presidente da Constituinte, e a maioria de seus colegas buscavam
construir um arcabouço legal democrático para nosso país, o presidente seguia o
caminho contrário.
Sarney fazia parte de um grupo que desejava construir uma ordem liberal no
país, mas com pouca democracia e, segundo as historiadoras Lilia Schwarcz e
Heloísa Starling, Sarney “utilizava práticas e acordos fisiológicos para estender o
próprio mandato e garantir sua permanência por cinco anos na Presidência da
República”
A Assembleia Constituinte foi um momento ímpar na história brasileira, uma
vez que mobilizou nossa sociedade para a construção de uma carta democrática
que respeitasse direitos de todos, incluindo grupos marginalizados, como os negros,
índios e as mulheres. O envolvimento popular de maneira direta na produção de
uma nova constituição resultou na elaboração da constituição mais democrática da
história do Brasil.
A Constituinte era formada por 559 congressistas que tomaram posse em 1º
de fevereiro de 1987 e os trabalhos para elaboração da Constituição estenderam-se
durante mais de um ano. A Constituição de 1988 foi um enorme avanço para o
Brasil na questão dos direitos civis. Ela, no entanto, omitiu questões importantes
para o desenvolvimento do país, como a reforma agrária. Essa pauta acabou sendo
derrubada por conta do lobby de ruralistas, donos de grandes propriedades.
Durante os trabalhos da Constituinte, 112 emendas populares foram
enviadas, contendo, ao todo, mais de 12 milhões de assinaturas. O resultado final
foi um documento com 250 artigos, amplamente democrático e que está em vigor
até hoje. A promulgação foi realizada em 5 de outubro de 1988 com um discurso de
Ulysses Guimarães.

3.5 Plano Cruzado


Além de conduzir o país para sua redemocratização, Sarney tinha como
responsabilidade recuperar a economia brasileira. No ano anterior ao da posse de
Sarney, a inflação no país tinha sido de 215,27% e eram necessárias mudanças
para que essa situação fosse superada. Por conta disso, em 28 de fevereiro de
1986, foi lançado o Plano Cruzado.
Esse plano decretou o congelamento de preços e os salários foram
reajustados em 15%, mais 8% de bônus e receberam um ajuste a cada 20% que a
inflação aumentasse. Uma nova moeda foi criada, o cruzado, e cada 1000 cruzeiros
equivaleria a 1 cruzado. Além disso, Sarney incentivou a população a monitorar os
preços dos produtos e denunciar caso encontrasse aumento irregular.
O resultado a princípio foi extraordinário e a inflação despencou rapidamente.
Como os salários tinham sofrido aumento, o poder de compra da população
aumentou consideravelmente. O resultado foi que a popularidade de José Sarney
disparou. O presidente sabia que ele não poderia manter o congelamento de preços
durante muito tempo, mas visando às eleições de 1986, ele acabou decidindo por
estender essa medida.
O congelamento dos preços acabou fazendo com que o valor de muitos
produtos ficassem defasados, deixando de ser produzidos. Além disso, com o
aumento do poder de compra da população, muitas mercadorias sumiram e só eram
disponibilizadas mediante o pagamento de ágio, uma cobrança extra sobre o valor
do produto. Quando as eleições aconteceram, a população ainda estava movida
pela euforia do sucesso inicial do plano e o resultado foi que o PMDB dominou as
eleições de 1986.
Logo depois da eleição, Sarney anunciou o Plano Cruzado II, autorizando o
reajuste de preços de mercadorias e serviços. O resultado foi que o valor do
combustível aumentou 60%, da energia elétrica 120% e o reajuste de muitas
mercadorias foi de mais de 100%. Isso fez a inflação aumentar e, no final de 1986,
ela tinha chegado a 79%.
Como consequência da crise econômica, no começo de 1987, o Brasil
anunciou moratória, isto é, tornou público que não pagaria os seus credores
internacionais. Dali pra frente a situação só piorou e a inflação alcançou 1973% de
pico. O governo de Sarney ainda foi acusado durante toda a sua extensão de
envolvimento em esquemas de corrupção.

4. ELEIÇÕES DE 1989
Logo após a transição política de José Sarney, o Brasil viveu um período de
movimento político que consolidou a restauração do poder democrático no país. Em
1989, vinte e nove anos depois, o povo brasileiro elegeu o novo Presidente da
República através do voto direto.
De acordo com a constituição de 1988, o sistema político do país seria
organizado, o sistema político do país se organizaria de forma pluripartidária,as
mais diversas correntes definiram os rumos políticos do cenário político da época.
Cercados de muitas opções, os eleitores ficaram confusos entre diversas
promessas que resolveriam os problemas do país.
Os setores certos não poderiam apresentar um candidato que garantisse
uma vitória igual nas eleições presidenciais. Esta deterioração política foi o
resultado de tentativas frustradas de limpar a economia. O governo de José Sarney
(1985-1990), dominado por políticos de direita, foi palco de constantes cortes
salariais e principalmente de grandes epidemias de inflação.

Posteriormente, os partidos de esquerda escolheram duas figuras políticas


influentes que poderiam polarizar o debate nas eleições. Por um lado, Luís Inácio
Lula da Silva, que representa o Partido Trabalhista e tem uma base política entre os
trabalhadores e os dirigentes dos principais sindicatos do país. Por outro lado,
Leonel Brizola, que ingressou no Partido Democrático dos Trabalhadores e ganhou
apoio em sua extensa vida política sob a influência das políticas trabalhistas da era
Vargas (1930-1954).
Para reverter o quadro desfavorável, a direita tentou promover a candidatura
do empresário de telecomunicações Sílvio Santos, que logo foi contestado pelo
Tribunal Nacional Eleitoral. Temendo a vitória do setor de esquerda e sem um
concorrente forte, os partidos de direita passaram a apoiar um jovem político
alagoano chamado Fernando Collor de Melo. Graças à boa aparência, ao discurso
carismático e ao apoio financeiro do empresariado brasileiro, Collor tornou-se um
grande atrativo da direita.
Collor, que recebeu apoio de diversos setores da sociedade, prometeu
modernizar a economia promovendo políticas neoliberais e abrindo a participação
estrangeira na economia do país. Ao mesmo tempo, fez discursos de orientação
religiosa, declarou-se "Maharaja" e alertou para os perigos de um possível governo
de esquerda.

5. GOVERNO FERNANDO COLLOR (1990-1992)


Fernando Collor, ou simplesmente Collor, é um jornalista e político brasileiro
que ocupou o cargo de 32º Presidente da República do Brasil durante os anos de
1990 a 1992.
Em 2007 foi eleito para Senador do estado de Alagoas e em 2014, reeleito
para o mesmo cargo.

5.1 Biografia de Collor


Filho do político Arnon Afonso de Farias Melo e de Leda Collor, Fernando
Affonso Collor de Mello nasceu no Rio de Janeiro, dia 12 de agosto de 1949.
Cursou os estudos no Rio de Janeiro, entretanto, se formou em Ciências
Econômicas pela Universidade Federal do Alagoas e em Economia pela
Universidade de Brasília.
Além disso, trabalhou no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro e, mais tarde, foi
diretor do Gazeta de Alagoas.
Foi em Alagoas que construiu sua carreira política. Primeiro, como prefeito
nomeado de Maceió (1979-1982), em seguida, deputado federal (1982-1987) e, por
fim, governador de Alagoas (1987-1989).
Não completou o mandato como governador para disputar a presidência da
República e se tornaria o primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura.
Casou-se três vezes: em 1975, com Celi Elizabeth Júlia Monteiro de
Carvalho, com quem teve dois filhos. Em 1984, com Rosane Brandão Malta, que se
tornaria primeira-dama do Brasil. Finalmente, em 2006, com Caroline Medeiros, com
quem teve duas filhas.
No total teve 5 filhos, sendo que um deles nasceu da união com sua ex-
amante Jucineide Brás da Silva, em 1980.
Desde 2007 é Senador pelo Estado de Alagoas.

5.2 Governo Collor


Após 21 anos (1964-1985) de Ditadura Militar no Brasil, sem eleições diretas
no país, em 1989, os brasileiros puderam votar para presidente.
Durante a campanha eleitoral, Collor propôs o combate à inflação e à
corrupção, especialmente contra os "marajás", funcionários públicos que recebiam
altos salários.
Por isso, ficou conhecido como o “caçador de marajás". Foi um grande crítico
das classes baixas e de frases de efeito “Não fale em crise. Trabalhe”.
Numa disputa acirrada, Fernando Collor, do PRN (Partido da Reconstrução
Nacional) obteve 35 milhões de votos. Assim, ele derrotou seu adversário, Luiz
Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), que obteve 31 milhões de
votos. Sua posse foi realizada em 15 de março de 1990.

5.3 Plano Collor


Imediatamente após a posse, Collor pôs em prática o “Plano de
Reconstrução Nacional” (dividido em planos Collor I e II). O plano consistia em
confiscar as poupanças com o objetivo de conter a inflação no país e fortalecer a
nova moeda, o cruzeiro novo.
Esta medida gerou um enorme descontentamento da população. Da noite
para o dia, tanto as pessoas físicas quanto jurídicas possuíam somente uma
pequena quantidade de dinheiro disponível nas contas bancárias. O governo só
permitia o saque de apenas 50 mil cruzeiros (cerca de R$ 6 mil).
Essa medida econômica, conhecida como Plano Collor, acarretou na maior
recessão econômica da história do Brasil. A inflação disparava, muitas empresas
faliram e o desemprego aumentou.
Além do confisco da poupança, o Plano Collor, esteve focado principalmente,
na abertura do mercado brasileiro, na privatização de empresas públicas e redução
do funcionalismo, influenciado pelos princípios do neoliberalismo

5.4 Corrupção
Pouco tempo após ascender ao poder é revelado o esquema de corrupção
envolvendo o tesoureiro de sua campanha, Paulo César Farias, mais conhecido por
PC Farias.
Em 1992, seu irmão Pedro Collor de Mello (1952-1994) revelou como era
feito o desvio de dinheiro público, envolvendo Fernando Collor e PC Farias.

5.5 Impeachment
Diante dos escândalos foi aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) encarregada de investigar as ações do presidente Collor, em 25 de junho de
1992.
A CPI revelou o envolvimento de Collor e de sua família no chamado
“Esquema PC Faria”, onde grande quantidade de dinheiro público foi desviada
envolvendo diversas formas de corrupção.
Um fato curioso revela sua baixa popularidade. Um pouco antes de ser
deposto, Collor faz um discurso em 20 de junho de 1992, onde pede à população
que exponha panos com as cores da bandeira brasileira nas janelas de suas
residências, a fim de demonstrar seu apoio.
A reação da população revelaria sua situação crítica. No dia seguinte, as
pessoas penduraram panos negros nas janelas e saíram às ruas vestida de preto,
como forma de repúdio e demonstração de luto.
Mediante os gritos “Fora Collor”, milhares de pessoas foram às ruas e
pintaram os rostos com o verde e amarelo, exigindo o impeachment do presidente.
Esse movimento ficou conhecido como Caras Pintadas.

5.6 Julgamento
Diante do movimento nas ruas e o crescente isolamento político do
presidente, a Câmara aprova a abertura do processo de Impeachment de Collor
com uma apuração de 441 votos contra 38.
A votação segue para o Senado. Porém, com medo de perder seus direitos
políticos, Collor renunciou ao cargo da presidência em 29 de dezembro de 1992,
pouco antes de ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade. Mesmo
assim, teve seus direitos políticos cassados, tornando-se inelegível por oito anos.
Mais tarde, em 1995, Collor foi considerado inocente pelo Superior Tribunal
Federal (STF). Livrou-se das acusações de corrupção passiva junto ao “Esquema
PC”, falsidade ideológica e crime de peculato (utilização de cargos públicos para o
desvio de verbas).
Após o Impeachment, Collor e a primeira-dama Rosane, mudam-se para
Miami, nos Estados Unidos. A presidência seria assumida pelo seu vice Itamar
Franco, em 02 de outubro de 1992.
Por fim, o governo de Collor foi muito conturbado, marcado por diversos
escândalos de corrupção, o que culminou na sua deposição.
No entanto, ao menos no estado de Alagoas, seu prestígio segue em alta, e
Collor já foi, por duas vezes, senador daquele estado.

6. GOVERNO ITAMAR FRANCO (1992-1994)


Itamar Franco foi um político brasileiro que serviu como presidente do Brasil
de 1992 a 1994, assumindo o cargo após o impeachment do então presidente
Fernando Collor de Mello. Seu governo foi marcado por medidas econômicas,
como o Plano Real, que visavam combater a hiperinflação no país. Além disso,
Itamar Franco teve um estilo de liderança mais conciliador e de transição política
durante um período de instabilidade.

6.1 Como funcionou o Governo Itamar Franco


O governo de Itamar Franco, que ocorreu de 1992 a 1994, foi um período
importante na história política do Brasil. Aqui estão alguns aspectos-chave de como
seu governo funcionou:
1. Assunção ao cargo: Itamar Franco tornou-se presidente do Brasil em 1992,
após o impeachment de Fernando Collor de Mello. Sua ascensão à
presidência foi resultado da instabilidade política causada por escândalos de
corrupção envolvendo o governo anterior.
2. Plano Real: Um dos principais legados de seu governo foi a implementação
do Plano Real, um programa de estabilização econômica liderado por seu
ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. O Plano Real visava
controlar a hiperinflação e estabilizar a economia brasileira, introduzindo
uma nova moeda, o Real.
3. Transição democrática: Itamar Franco é frequentemente elogiado por sua
postura democrática e por ajudar o Brasil a passar por uma transição
política relativamente tranquila após anos de autoritarismo e
instabilidade. Ele apoiou a realização de eleições presidenciais em 1994,
que resultaram na eleição de Fernando Henrique Cardoso como
presidente.
4. Política externa: Durante seu governo, Itamar Franco também enfrentou
questões diplomáticas, como a questão do conflito de terras entre o Brasil e
a Guiana Francesa. Ele defendeu os interesses brasileiros na região e
buscou uma solução pacífica.
5. Estilo de liderança: Itamar Franco era conhecido por seu estilo mais
conciliador e pragmático de liderança, o que ajudou a criar um ambiente de
transição política mais estável e democrático.

6.2 Como acabou o Governo de Itamar Franco


O governo de Itamar Franco terminou com o término de seu mandato
presidencial em 1º de janeiro de 1995. Durante seu governo, Itamar Franco
contribuiu para a estabilização econômica do Brasil por meio do Plano Real, mas
seu papel principal foi facilitar a transição política e democrática após o
impeachment de seu antecessor, Fernando Collor de Mello. Nas eleições
presidenciais de 1994, Fernando Henrique Cardoso, ex-ministro da Fazenda de
Itamar, foi eleito presidente do Brasil com uma plataforma econômica que dava
continuidade às políticas de estabilização implementadas durante o governo de
Itamar Franco. O sucesso do Plano Real foi fundamental para a vitória de Cardoso.
Assim, Itamar Franco deixou a presidência e entregou o cargo a Fernando Henrique
Cardoso em 1º de janeiro de 1995, marcando o início de um novo governo no Brasil.
O governo de Itamar Franco é frequentemente lembrado por seu papel na
estabilização econômica do país e na consolidação da democracia, permitindo uma
transição pacífica e democrática de poder no Brasil.

7. GOVERNO DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (1994-2002)


O governo presidencial de dois mandatos, 1º mandato (1994-1997) e 2º
mandato (1998-2002), de Fernando Henrique Cardoso foi marcado pela efetiva
implantação da política Neoliberal no Brasil.
Fernando Henrique Cardoso nasceu no estado do Rio de Janeiro no dia 18
de junho de 1931, com menos de dez (10) anos mudou-se para São Paulo, lá
concluiu o curso de Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP),
realizou os estudos de pós-graduação na Universidade de Paris. Na década de
1960, após o Golpe Militar no Brasil, foi exilado no Chile e posteriormente na
França, onde realizou seus estudos de pós-graduação, retornou para o Brasil como
professor da USP no ano de 1968, com o decreto do Ato Institucional (AI-5) foi
aposentado de suas atribuições docentes.
Após a aposentadoria foi convidado a lecionar em algumas universidades
estrangeiras e fundou, juntamente com outros intelectuais brasileiros, o Centro
Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Esse Centro tinha como principal
objetivo a análise da realidade socioeconômica da sociedade brasileira.
Sua vida política teve início no ano de 1978, quando foi eleito suplente do
Senador paulista Franco Montoro, no ano de 1983 assumiu o senado quando
Franco Montoro foi eleito governador do estado de São Paulo. Perdeu as eleições
para a prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros no ano de 1985, mas em 1986
foi eleito senador por São Paulo.
Fernando Henrique Cardoso foi um dos fundadores do Partido Social
Democrático Brasileiro (PSDB). No primeiro ano do mandato do presidente Itamar
Franco, Fernando Henrique assumiu o Ministério das Relações Exteriores, em 1992,
e no ano seguinte foi atribuída a ele a função de Ministro da Fazenda. Nesta pasta
realizou uma reforma monetária na economia brasileira que vivia sucumbida pela
inflação, o chamado Plano Real.
Em 1993 deixou o Ministério da Fazenda e lançou sua candidatura à
presidência da República pelo PSDB, seu principal adversário foi Luiz Inácio Lula da
Silva, que concorria à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Lula era o
favorito à presidência. Fernando Henrique Cardoso ganhou as eleições e assumiu a
pasta presidencial no ano de 1994. Seu principal objetivo durante o primeiro
mandato foi o combate à inflação.
No primeiro mandato, mas precisamente no de 1997, FHC (como ficou
conhecido) deu continuidade ao processo de reformas estruturais com a finalidade
de evitar a volta da inflação, procurando deixar a economia estável. Durante este
mandado o presidente pautou pela privatização de várias estatais brasileiras, como
a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor de mineração e siderurgia), a
Telebrás (empresa de telecomunicações) e o Banespa (banco pertencente ao
governo do estado de São Paulo). A compra das empresas estatais ocorreu,
sobretudo, por grupos estrangeiros, que faziam aquisição das ações ou compravam
grande parte dessas, assim, tornavam-se sócios majoritários.
Ainda no ano de 1997, FHC conseguiu enviar e aprovar no Congresso
Nacional a emenda da reeleição, tornando-se candidato outra vez à presidência da
república e ainda tendo Lula como seu principal adversário. O Plano Real e o
controle da inflação continuou sendo sua principal propaganda política, o que
favoreceu a FHC mais uma vitória nas urnas, conseguindo a reeleição.
No ano de 1999, FHC assumiu o segundo mandato como presidente do
Brasil, neste mandato não houve grandes investimentos nas reformas estruturais
(privatizações). Ocorreram, sim, algumas reformas no setor da Educação, sendo
aprovadas no ano de 1996 as Leis de Diretrizes e Bases para a Educação (LDB), e
posteriormente foram criados os Parâmetros Curriculares para o Ensino Básico.
Ao final do seu segundo mandato (2002), somando oito (8) anos no poder,
FHC conseguiu controlar a inflação brasileira, entretanto, durante o seu governo a
distribuição de renda no Brasil continuou desigual, a renda dos 20% da população
rica continuou cerca de 30 vezes maior que a dos 20% da população mais pobre. O
Brasil ficou em excessiva dependência do Fundo Monetário Internacional (FMI). O
governo FHC foi responsável pela efetiva inserção do Brasil na política Neoliberal.
FHC deixou a presidência no dia 1 de janeiro de 2003, e quem a assumiu foi
Luiz Inácio Lula da Silva.
8. CONCLUSÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PELLIZZARI, RENATO. Redemocratização do Brasil: Conheça o conceito e o
contexto histórico, disponível em: https://descomplica.com.br/blog/aula-ao-vivo-da-
ditadura-militar-a-redemocratizacao-no-brasil/. Acessado em 23/10/2023.

NEVES, DANIEL. Governo Sarney. Disponível em:


https://www.google.com/amp/s/www.historiadomundo.com.br/amp/idade-
contemporanea/governo-sarney.htm. Acessado em: 20/10/2023

GONÇALVES, RAINER. Eleições de 1989. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/historiab/eleicoes-1989.htm#amp_tf=De
%20%251%24s&aoh=16977251722776&referrer=https%3A%2F
%2Fwww.google.com&ampshare=https%3A%2F%2Fbrasilescola.uol.com.br
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NEVES, DANIEL. Governo Itamar Franco. Disponível em:


https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/governo-itamar-
franco.htm. Acessado em: 22/10/2023

CARVALHO, LEANDRO. Governo Fernando Henrique Cardoso. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-fernando-henrique-cardoso.htm.
Acessado em: 19/10/2023 às 17:21

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