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História

Profº José Fernando

4º Bimestre
A Ditadura Militar
Contexto

• A Ditadura Militar foi o período da história brasileira


que se estendeu de 1964 a 1985. Esse regime foi
instaurado no poder de nosso país por meio de um
golpe organizado tanto pelos meios militares quanto
por meios civis. Esse golpe visou à derrubada do
presidente João Goulart e deu início a um período de 21
anos marcado pelo autoritarismo, despotismo e
forte repressão realizada pelo Estado. Desde o início
prometeu a devolução do poder aos civis por meio de
eleições democráticas, mas encerrou-se apenas em
1985, quando Tancredo Neves foi eleito presidente do
Brasil, ainda que por eleições indiretas.
• No plano internacional, a ditadura militar no Brasil
inseria-se no contexto da Guerra Fria, momento de
polarização entre capitalistas, encabeçados pelos
Estados Unidos, e socialistas, capitaneados pela
URSS.
• O avanço ideológico de ambos os lados promoveu
adversidade e uma verdadeira “caça aos comunistas”
impetrada pela política Doutrina Truman, que afetou
diretamente o Brasil.
• A ditadura militar brasileira ocorre simultaneamente
à presença de ditaduras militares em outros países
latino-americanos, como a Argentina, o Chile e o
Uruguai, o que caracteriza uma fase militarista na
história latino-americana.
O golpe de 1964

• A Ditadura Militar, no Brasil, foi instaurada por meio de


um golpe — organizado pelos militares, a partir de 31 de
março de 1964, e concluído por meio do golpe parlamentar, que
se deu em 2 de abril de 1964. Esse golpe, orquestrado não só por
militares mas também pelo grande empresariado do Brasil, com
o apoio dos Estados Unidos, visava à derrubada de João Goulart e
do projeto trabalhista — um projeto político voltado para o
desenvolvimentismo e para a promoção de bem-estar social.
• O caminho para o golpe consolidou-se por meio de uma decisão
do presidente comunicada no comício da Central do Brasil.
Nesse comício, o presidente afirmou que as Reformas de Base
seriam realizadas de toda maneira, o que alarmou os grupos que
conspiravam contra o presidente, que entenderam a ação dele
como uma guinada definitiva à esquerda.
• Em resposta à ação do presidente, foi organizado, para dias
depois, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada
em São Paulo e que reuniu milhares de pessoas. Nesse momento,
ficava patente que existia uma parcela considerável da população
adepta à pauta conservadora. O desgaste do governo Jango,
aliado à conspiração golpista, levou a uma rebelião militar
iniciada em 31 de março de 1964.
• Essa rebelião foi iniciada na 4ª Região Militar, localizada em Juiz
de Fora e comandada por Olímpio Mourão Filho. Nos dias
seguintes, a rebelião cresceu e, como não houve reação do
presidente, os parlamentares reuniram-se de forma
extraordinária e consolidaram o golpe contra Jango, ao
declararem vaga a presidência do Brasil, em 2 de abril de 1964.
• Com o golpe civil-militar que derrubou João Goulart, Ranieri
Mazzilli foi nomeado presidente provisório. No dia 9 de abril, foi
emitido o Ato Institucional nº 1, dispositivo de lei que
estabelecia o aparato de repressão da ditadura. Humberto
Castello Branco foi escolhido, em eleição indireta, como o
primeiro presidente da ditadura militar no Brasil.
Governo Castello Branco (1964-67)
• O marechal Humberto
Castello Branco foi o primeiro
presidente brasileiro durante o
período da Ditadura Militar.
Seu governo iniciou-se a partir
da escolha do marechal para
presidente em eleição indireta
realizada em 11 de abril de
1964 e estendeu-se até 1967.
O governo de Castello Branco
foi o responsável por
implantar as bases do aparato
repressor da ditadura.
Primeiros Atos Institucionais

• Castello Branco já assumiu o governo com o Brasil


regido pelo decreto conhecido como Ato
Institucional nº 1. O AI-1, como também se chama
esse ato, cumpria exatamente o objetivo de justificar
a deposição de João Goulart e de criar o aparato
jurídico para permitir que a ditadura impusesse a
repressão e a perseguição aos seus opositores
políticos.
• O AI-1 tinha data de validade para funcionar, pois, em
31 de janeiro de 1966, o decreto perderia sua
validade. Até outubro de 1965, novas eleições
deveriam ser realizadas. Isso dava esperanças para
muitos de que a normalidade da democracia
retornasse ao país, mas o regime militar possuía
outros planos.
• O Ato Institucional nº 2 foi decretado no final de 1965 e foi
uma resposta da insatisfação que existia nas Forças
Armadas com o governo de Castello Branco. O presidente
brasileiro era enxergado como muito moderado, e as
pressões levaram o presidente a endurecer mais ainda o
regime. O AI-2 fortaleceu o poder do Executivo e decretou
que a escolha dos presidentes aconteceria a partir de
eleições indiretas.
• O Ato Institucional nº 3 foi decretado em fevereiro de
1966 e estipulou o sistema bipartidário no país. Houve
então o surgimento da Aliança Renovadora
Nacional (Arena) e
o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), este
conhecido como oposição consentida. O AI-3, além disso,
decretou que eleições para governadores e prefeitos
também seriam indiretas.
• Outros destaques que podem ser feitos a respeito do
governo de Castello Branco foi a criação do Serviço
Nacional de Informação (SNI), além do decreto do AI-
4, que autorizou a redação de uma nova
Constituição para o Brasil, outorgada em março de
1967. No entanto, o enfraquecimento de Castello
Branco nas Forças Armadas resultou na escolha
de Artur Costa e Silva como o novo presidente do país.
• Já durante o governo de Castello Branco os militares
iniciaram um regime de diretrizes políticas e
econômicas responsáveis pela por tentativas de
contenção, como o arrocho salarial, e a subordinação
ao capital estrangeiro.
Governo Costa e Silva (1967-69)
• Artur Costa e Silva foi o
segundo presidente do Brasil
durante o período da Ditadura
Militar, governando o país de
1967 a 1969. O governo de
Costa e Silva marca o início das
medidas desenvolvimentistas
que levaram ao “milagre
econômico”, além de ter sido
marcado por ter iniciado os
“anos de chumbo”, período de
maior repressão da Ditadura
Militar.
• Artur Costa e Silva assumiu a presidência no dia 15 de março de 1967,
após vencer a eleição indireta que foi disputada em 1966 e do qual ele
foi o único candidato. A vitória de Costa e Silva para assumir a
presidência foi resultado de uma campanha no interior do próprio
Exército para que o aparato de repressão da Ditadura aumentasse.
• O governo de seu antecessor, Castello Branco, é erroneamente
enxergado como um momento de pouca repressão, mas, na verdade,
estudos recentes mostram que se tratou de um período de transição
no qual o aparato repressivo era estabelecido de uma maneira que
não causasse ruptura do regime com a sociedade civil.
• Ainda assim, Castello Branco se viu pressionado pelas Forças Armadas
a deixar o poder, e a transição foi realizada com a indicação de Costa e
Silva.
• Paradoxalmente, a eleição de Costa e Silva foi enxergada por
determinados elementos da sociedade como uma esperança de
liberalização do regime, e o próprio marechal afirmava que prepararia
uma “democracia autenticamente nossa”.
• Apesar do discurso, o governo Costa e Silva consolidou a transição
para o período mais repressivo da ditadura, ampliando o aparato
repressor do movimento, perseguindo movimentos estudantis e
operários e concluindo esse processo com o decreto do Ato
Institucional nº 5 no final do ano de 1968.
Fatores importantes do governo Costa e Silva

• Política econômica desenvolvimentista: “milagre econômico”;


• Crescimento da oposição: Ademar de Barros e Carlos Lacerda;
• Frente Ampla: Carlos Lacerda,
Juscelino Kubitschek e João Goulart;
• movimento estudantil: Passeata dos Cem Mil;
• movimento operário;
• Ato Institucional nº 5: O golpe dentro do golpe.
• O governo de Artur
Costa e Silva
estendeu-se até
março de 1969,
quando o presidente
militar sofreu um
derrame que o afastou
definitivamente da
presidência. Em
consequência desse
episódio, ele veio a
falecer poucos meses
depois. Até outubro
de 1969, o Brasil foi
governado por uma
Junta Militar
Provisória, que
transmitiu o poder
para Emílio Garrastazu
Médici.
Governo Médici (1969-74)
• No fim de 1969, o alarmante
estado de saúde do então
presidente Costa e Silva levou os
membros do regime militar a
declararem a vacância nos
cargos de presidente e vice-
presidente do Brasil. Entre os
membros do oficialato mais
cotados para assumir o cargo em
aberto, destacava-se o general
Albuquerque Lima, uma das mais
proeminentes figuras entre os
oficiais mais jovens do Exército.
No entanto, os grupos mais
ligados à chamada “linha dura”
acabaram aprovando o nome de
Emílio Garrastazu Médici.
• No governo Médici, observamos o auge da ação dos
instrumentos de repressão e tortura instalados a partir de
1968. Os famosos “porões da ditadura” ganhavam o aval do
Estado para promover a tortura e o assassinato no interior de
delegacias e presídios. A guerrilha, que usou de violência
contra o regime, foi seriamente abalada com o assassinato de
Carlos Lamarca e Carlos Marighella. A Guerrilha do Araguaia,
findada em 1975, foi uma das poucas atividades de oposição
clandestina a resistir.
• A repressão aos órgãos de imprensa foi intensa,
impossibilitando a denúncia das arbitrariedades que se
espalhavam pelo país. Ao mesmo tempo, no governo de
Médici observamos o uso massivo dos meios de comunicação
para instituir uma visão positiva sobre o Governo Militar. A
campanha publicitária oficial espalhava adesivos e cartazes
defendendo o ufanismo nacionalista. Palavras de ordem e
cooperação como “Brasil, Ame ou deixe-o” integravam o
discurso político da época.
• O chamado “milagre
econômico” foi marcado pela
realização de grandes obras da
iniciativa pública. Obras de
porte faraônico como a
rodovia Transamazônica, a
ponte Rio-Niterói e Usina
Hidrelétrica de Itaipu
passavam a impressão de um
país que se modernizava a
passos largos. Entretanto, a
euforia desenvolvimentista era
custeada por meio de enormes
quantidades de dinheiro
obtidas por meio de
empréstimos que alcançaram a
cifra dos 10 bilhões de dólares.
Governo Médici (1969-74)
• O Governo de Ernesto Geisel foi
marcado pela necessidade de se
administrar o avanço das
oposições legais frente os sinais
de crise da ditadura. O processo
de eleição do novo presidente foi
marcado por eleições indiretas
onde o MDB lançou os nomes de
Ulysses Guimarães e Barbosa
Lima Sobrinho enquanto
“concorrentes” do candidato do
ARENA. Mesmo sabendo que
não chegariam ao poder, a chapa
do MDB correu em campanha
denunciado as falhas do regime
militar e a opressão do sistema.
• A busca por reformas foi sentida nas eleições parlamentares de 1974,
onde mais de 40% das cadeiras do Congresso Nacional foram ocupadas
por integrantes do MDB. Os militares da chamada “linha dura”
começaram a perceber a desaprovação popular frente o regime. Em
contrapartida, outros integrantes do regime defendiam a necessidade de
flexibilização que pudesse dar maior longevidade ao governo militar.
• O contexto marcado por contradições acabou incitando os setores mais
radicais do regime a cometerem atos de extremo autoritarismo. Em
outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado nos
corredores do II Exército de São Paulo. Segundo as fontes oficiais, o
jornalista teria se matado na prisão. No entanto, as fotos do incidente
estranhamente mostravam seu pescoço amarrado a um lençol e com os
pés ao chão.
• Projetando uma ampliação da representação
política dos setores de oposição, o Governo
Geisel lançou, em 1977, o chamado pacote de
abril. Esse pacote promoveu uma
desarticulação política sustentada pelas
premissas estabelecidas pelo Ato Institucional
nº 5 (AI-5). O Congresso Nacional foi fechado,
ao mesmo tempo, o sistema judiciário e a
legislação foram alterados. As campanhas
eleitorais foram restritas, o mandato
presidencial passou para seis anos e as leis
seriam aprovadas por maioria simples.
• Com o isso, a ditadura conseguiu garantir uma
maioria de integrantes políticos favoráveis à
situação. Reafirmando seu projeto de
reabertura política “lenta, gradual e segura”, o
general Geisel afastou os radicais do governo
para abrir portas à eleição de João Batista
Figueiredo. Ao fim de seu mandato, Ernesto
Geisel tomou uma última atitude que
representou bem o tom conservador de sua
abertura política: revogou o AI-5 e, logo em
seguida, deu ao próximo presidente o direito de
decretar Estado de Sítio a qualquer momento.
Governo Figueiredo (1979-1985)
• O governo do general Figueiredo foi
marcado por uma enorme crise
econômica e o processo de
reabertura política do país. Uma das
principais medidas tomadas por esse
novo governo foi abolir o sistema
bipartidário e realizar a anistia
política dos militares e perseguidos
políticos. Inicialmente, o projeto de
anistia não iria beneficiar todos
envolvidos com crimes políticos, no
entanto, o projeto de lei sofreu
alterações que perdoava todos os
acusados de praticar tortura e
devolvia direitos políticos plenos aos
exilados, pеrmіtіndo quе várіат
реттоат ехіlаdат durаntе а dіtаdurа,
іnсluіndо роlítісот е аrtітtаs,
rеtоrnаттеm ао Вrатіl.
Anistia

A anistia ou amnistia
significa perdão,
cancelamento ou
renegociação de dívidas.
Ou ainda: "Um perdão
estendido pelo governo a
um grupo ou classe de
pessoas, geralmente por
uma ofensa política. ato do
poder público que declara
impuníveis delitos
praticados até determinada
data por motivos políticos
ou penais, ao mesmo
tempo que anula
condenações e suspende
diligências persecutórias.
• Uma grande reforma estabeleceu a criação de diversos partidos
políticos. O ARENA, partido dos militares, transformou-se no Partido
Democrático Social (PDS) e abrigava os conservadores e beneficiários da
ditadura. O MDB, que realizava a tímida oposição durante a linha dura,
transformou-se em Partido do Movimento Democrático brasileiro
(PMDB). Novos partidos também apareceram: Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB), Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido dos
Trabalhadores e Partido Popular.
• Esse processo de reorganização do cenário político brasileiro não era
bem visto por toda a população. Os partidários do regime militar
realizaram alguns atentados contra manifestações públicas e contra a
abertura política. O maior desses incidentes aconteceu em uma festa do
dia do Trabalhador que ocorria no RioCentro. Um militar morreu
durante a explosão de uma bomba que seria supostamente plantada no
palco do comício que acontecia durante a festa.
Diretas Já
• "Diretas Já" foi um movimento
político de cunho popular que teve
como objetivo a retomada das
eleições diretas ao cargo de
presidente da República no Brasil.
• O movimento Diretas Já começou
em maio de 1983 e foi até 1984,
tendo mobilizado milhões de
pessoas em comícios e passeatas.
• Contou com a participação de
partidos políticos, representantes
da sociedade civil, artistas e
intelectuais. Mesmo sendo
marcado por significativo apelo
popular, o processo de eleições
diretas só ocorreu em 1989.
• Ou seja, 29 anos depois da escolha
do último presidente, em 3 de
outubro de 1960.
Transição para a Democracia
• Em meio à crise econômica que assolava o
país, diversos grupos políticos se mobilizaram
em favor da aprovação da emenda “Dante de
Oliveira”. Essa emenda estabelecia a realização
de uma nova eleição presidencial direta para o
ano de 1985. A emenda acabou não sendo
aprovada e um novo plano de transição
democrática acabou vigorando. Nas eleições
de 1985, o processo eleitoral foi disputado e
vencido por Tancredo Neves, candidato
apoiado pelos grupos democráticos.

• No entanto, o novo presidente não chegou a


assumir o cargo devido à complicações de
saúde que o vitimaram. Com isso, o vice-
presidente, José Sarney, antigo apoiador da
ditadura, foi o responsável por contornar os
problemas econômicos do país e garantir o
retorno das liberdades democráticas. A partir
de então, iniciou-se um novo período na
história política do Brasil conhecido como
“Nova República”.
Eleições democráticas

• As eleições de 1985, todavia, foram


indiretas e Tancredo Neves se elegeu pela
maioria conseguida em um colégio
eleitoral no leito que disputou com
apenas um candidato, paulo Maluf
• José Sarney, portanto inaugura a Nova
República e apenas depois de seu
mandato são realizadas eleições diretas e
democráticas no Brasil, depois de 25 anos
de regime de exceção.
• A eleição presidencial de 1989 no Brasil
foi realizada em dois turnos e elegeu
Fernando Collor de Mello. Mas seu curto
período de governo foi marcado por
escândalos de corrupção o que levou a
Câmara dos Deputados a autorizar a
abertura do processo de Impeachment e
em 1992 Collor foi afastado do poder.
Questões
1- Em 2014 completará 50 anos do Golpe que depôs o governo de João
Goulart e instalou o Regime Militar no Brasil. A Ditadura permaneceu por
mais de vinte anos não permitindo eleições livres para presidente e
controlando muito de perto os sindicatos, movimentos sociais e outros
grupos que questionavam a falta de democracia e a truculência do
Regime por meio dos aparatos de repressão.
Sobre esse período é INCORRETO afirmar que:

a) o pluripartidarismo foi extinto no Ato Institucional n. 2 que permitiu


apenas dois partidos – ARENA e MDB.
b) o Ato Institucional n. 5 limitou ainda mais os direitos políticos no Brasil
cassando políticos considerados pelo Regime como subversivos.
c) a censura foi imposta logo após o Golpe Militar e teve como o Serviço
Nacional de Informações (SNI) seu órgão mais atuante.
d) a propaganda pró-regime militar usou slogans como Brasil – ame-o ou
deixe-o.
e) o último presidente militar, Costa e Silva, prometeu uma abertura
política para a democracia de forma lenta e gradual.
2-No cabeçalho do Jornal do Brasil, do dia 14 de dezembro de 1968,
aparecia escrito: “Tempo negro. Temperatura sufocante. O ar está
irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos. Máx: 38º em
Brasília, Mín: 5º, nas Laranjeiras”.
A qual fato esse texto faz referência?:

a) Aprovação do Ato Institucional nº 5, que limitou drasticamente a


liberdade de expressão e instituiu medidas que ampliaram a repressão
aos opositores do governo militar.
b) Aprovação do Ato Institucional nº 2, aprovado pelo Congresso
Nacional, que ampliou o medo do perigo comunista.
c) Aprovação da Lei da Censura Federativa, do Ato Institucional nº 1, que
coibiu filmes, peças teatrais, livros, músicas, mas que não chegou ao
jornal e, por isso, a crítica foi publicada em primeira página.
d) Aprovação dos atos institucionais, que tiveram grande apoio de classes
políticas do país, ampliando várias garantias individuais e conferindo
amplos poderes ao presidente da República.
e) Aprovação do bipartidarismo, por meio do Ato Institucional nº 1, que
eliminou toda forma de oposição institucional ao regime militar.
3- O Regime Militar Brasileiro (1964-1988) foi marcado por uma bipolarização no
âmbito da política e da arte, entre os que apoiavam e os que criticavam o regime.
Dentro do segundo grupo, destacaram-se os músicos que produziram canções de
protesto, algumas das quais vinham envoltas em metáforas, além de outros
recursos estilísticos, no intuito de ocultar à Censura sua mensagem subliminar.
Dentre essas músicas, pode-se identificar a “Canção da despedida”, de Geraldo
Vandré no seguinte trecho:
“Já vou embora, mas sei que vou voltar/ Amor não chora, se eu volto é pra ficar/
Amor não chora, que a hora é de deixar/ O amor de agora, pra sempre ele ficar.//
Eu quis ficar aqui, mas não podia/ O meu caminho a ti, não conduzia/ Um rei mal
coroado,/ Não queria/ O amor em seu reinado/ Pois sabia/ Não ia ser amado... ”
Com base na crítica retratada pela letra da música, é CORRETO afirmar que:

a) no âmbito da arte, a crítica a esse Regime se restringiu à esfera musical.


b) aquele período parecia um conto de fadas, com estórias de reis e amores
impossíveis.
c) a difícil experiência do exílio forçado foi vivenciada durante o período.
d) Geraldo Vandré costumava musicar suas desilusões amorosas.
e) a tranquilidade vivenciada pela sociedade permitia a composição de canções de
amor.

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