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ESTUDOS MONITORADOS – 11ª QUINZENA – DATA DE 03/11/2021 A 25/11/2021

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA


NOME DO ALUNO: ................................................. PROFESSOR: MARCELO RODRIGUES
9° ANO TURMA: ............. COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA

AULA 1 Observe o mapa mental sobre a Ditadura Militar no Brasil com atenção e
resolva as questões propostas.
Mapa Mental: Ditadura Militar.

Resolva as questões com consulta no mapa mental.


1- Qual dos presidentes governou o Brasil por mais tempo na Ditadura Militar?

2- Qual dos apoiadores do golpe de 64 era de fora do Brasil?

3- O que decretavam os Atos Institucionais?

4- Escolha um dos itens que é consequência do Regime Militar e escreva seu comentário.

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AULA 2 Leia o texto com atenção para entender melhor o tema e resolver as atividades
propostas.
GOVERNOS MILITARES
Os chamados Governos Militares, ou Governos do Regime Militar Brasileiro, que
estiveram no poder de 1964 a 1985, estabeleceram-se na política brasileira em uma ocasião
em que o país estava mergulhado em uma de suas piores crises, nos primeiros meses do ano
de 1964. O Golpe de 1964, entendido pelos próprios militares como “Revolução de 1964”,
foi uma insurreição de setores das forças armadas brasileiras contra o governo de João
Goulart e suas propostas. Essas propostas, diga-se de passagem, também tiveram apoio de
outros setores das mesmas Forças Armadas. O golpe foi dado em 31 de março e completou-se
no dia 1º de abril de 1964.
O presidente João Goulart, que já havia tido dificuldades em assumir o cargo de
presidentes após a renúncia de Jânio Quadros, vinha propondo transformações estruturais no
âmbito político e social do Brasil, o que sua equipe denominou de “Reformas de Base”.
Essas reformas, aos olhos dos críticos do governo, ofereciam brechas para uma guinada
comunista de teor radical. O próprio presidente já havia dado atenção a países comunistas à
época, como a China, e isso contribuía ainda mais paras as críticas que lhe eram feitas. Além
disso, desde o início da década de 1960, havia focos de guerrilha rural no Brasil, como a Liga
dos Camponeses Pobres, de Francisco Julião (que tinha conexões com Cuba).
Os ânimos acirraram-se, em março de 1964, e alguns generais deram o ultimato ao
presidente. O então governador do Rio Grande do Sul e também cunhado de Goulart, Leonel
Brizola, tinha consigo uma parte do exército para defender os ideais do presidente. Brizola
propôs resistência ao golpe, mas tal proposta foi debelada por Goulart, que queria evitar uma
guerra civil.
A partir de então, os militares aprovaram o texto do AI-1, ato institucional n. 1, que
estabelecia ações preliminares para que o mandato de Goulart fosse completado por um
presidente militar, entre outras resoluções. Em 1965, foi aprovado o AI-2, que enrijeceu as
diretrizes do novo regime de governo instalado, estabelecendo eleições indiretas para
presidente e artificializando as ações do Congresso Nacional. As ações políticas deflagradas
pelo AI-2 e pelos outros dois atos institucionais subsequentes ocorreram no governo do
general Castelo Branco, considerado moderado por muitos historiadores.
Foi ainda durante o governo de Castelo Branco que houve muitas campanhas de
lideranças políticas civis contra o regime (sobretudo pela demora em se fazer um novo pleito
eleitoral democrático), como a de Carlos Lacerda, que apoiou o golpe em seu início. As
ações perpetradas por Carlos Lacerda e outras lideranças ficaram conhecidas como Frente
Ampla e tiveram grande repercussão nos anos de 1966 e 1967.
Apesar dessas tentativas de restabelecimento da ordem democrática, o regime não
perdeu força. Ao contrário, houve aquilo que os especialistas no tema denominam de “Golpe
dentro do Golpe”, isto é, um endurecimento ainda maior do regime militar, com o decreto
do AI-5, em 13 de dezembro de 1968, durante o governo de Costa e Silva. O AI-5 cassou as
liberdades individuais e deu vazão a atitudes escancaradamente ditatoriais. O Brasil, a partir
do ano de 1968, viveu anos muito conturbados. Alguns historiadores acreditam que a
“ditadura escancarada”, vinda com o AI-5, deveu-se em grande parte às pressões de ações
armadas revolucionárias que já estavam em curso no país – como as da AP (Ação Popular,
acusada do atentado à bomba no Aeroporto de Guararapes, em 1966).
Ao governo de Costa e Silva seguiram-se os de Médici e Geisel, que deram vazão
ao nacional-desenvolvimentismo, porém com diferenças na condução política. Médici deu
prosseguimento à postura “linha-dura” iniciada em 1968. Em seu governo, as ações de prisão,
tortura e combate contra guerrilheiros tornaram-se intensivas. Geisel, que assumiu o governo
em 1974 e governou até 1979, começou um processo lento de abertura democrática que
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culminou na Lei de Anistia, de 1979. Esse processo foi completado pelo último general-
presidente que o Brasil teve, o general Figueiredo. A transição política começou de forma
indireta, quando o Congresso foi reabilitado e os partidos políticos puderam reorganizar-se. O
primeiro presidente civil após o governo dos militares foi Tancredo Neves, eleito
indiretamente em 1985. Todavia, ele morreu antes de assumir o cargo. O vice, José Sarney,
assumiu o posto. As eleições diretas efetivaram-se em 1989 e culminaram na vitória
de Fernando Collor de Mello.

Resolva as questões a seguir.


1- Qual o motivo que João Gouart não aceitou o apoio de Leonel Brizola para resistir ao
Golpe de 64?

2- Encontre no texto quais foram os cinco presidentes do Brasil que governaram o durante a
Ditadura Militar.

3- Encontre no texto algumas atitudes ligadas ao comunismo que contribuiu para o golpe de
64.

AULA 3 Leia o texto com atenção para melhor entender os movimentos dos
mais diversos setores da sociedade contra a Ditadura Militar.

O MOVIMENTO ESTUDANTIL
Em abril de 1964, o prédio da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio
Janeiro, foi incendiado. Nele funcionava o Centro Popular de Cultura (CPC), do qual
participavam artistas e estudantes que levavam o teatro, a música, o cinema e a literatura a
escolas, universidades, fábricas, favelas e sindicatos. Muitas produções artísticas do CPC
tinham como tema a realidade social do país.
Com a implantação da Ditadura, a UNE foi colocado na ilegalidade. Apesar disso,
os estudantes continuaram se organizando na clandestinidade e realizando congressos
anuais para eleger seus representantes, discutir os problemas da educação no país e definir
formas de luta.
O último congresso clandestino da UNE aconteceu em 1968, no município de
Ibiúna, no interior de São Paulo. Descobertos pela polícia, mais de 700 estudantes foram
presos.
Depois disso, a repressão do governo militar ao movimento estudantil se
intensificou. Muitos estudantes foram presos e mortos pela ditadura, e alguns tiveram de
deixar o país.
OS MOVIMENTOS NEGROS E POPULARES NA DITADURA
A luta armada dos afrodescendentes brasileiros contra a discriminação racial e por
mais direitos sociais iniciou-se bem antes da ditadura, mas, durante esse período, os
movimentos negros atuaram significativamente também na resistência ao regime.
A ditadura reprimiu os movimentos negros, que se organizavam basicamente em
duas frentes de luta: no campo cultural e no campo político. Valorizar a cultura afro-
brasileira e combater o racismo eram os objetivos de grupos como o Bloco Ilê Aiyê,
surgido na cidade de Salvador, na Bahia, e que continua até hoje bastante ativo. No campo
político, vale ressaltar a ação dos operários por melhores condições de trabalho e a criação
do Movimento Negro Unificado (MNU), no final da década de 1970, na cidade de São
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Paulo. Esse movimento aglutinou diversos grupos na luta pela igualdade étnico-racial no
Brasil.
OS INDÍGENAS NA DITADURA
Muitas lideranças indígenas e pessoas que apoiavam a sua causa foram
investigadas, perseguidas e até mesmo assassinadas. Organismos como a União das
Nações Indígenas e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) foram acusados de
promover atividades subversivas e comunistas.
Apesar da violência e da repressão, os movimentos indígenas resistiram e tiveram
papel fundamental na definição do texto da Constituição de 1988, que reconheceu a
organização social, os costumes, as línguas, as tradições e as crenças indígenas e o direito
desses povos às terras que tradicionalmente ocupam.
CAMPANHA PELAS ELEIÇÕES DIRETAS
Pelas regras eleitorais estabelecidas pela ditadura, o sucessor de Figueiredo deveria
ser escolhido pelo conjunto de deputados estaduais, federais e senadores que comporiam
um Colégio Eleitoral. Ou seja, a eleição seria indireta.
Desde 1984, as oposições organizaram uma série de manifestações públicas para
exigir que o próximo presidente fosse eleito pela população, e não pelo Colégio Eleitoral.
A Campanha das Diretas Já!, como foi denominada, ganhou as ruas. Milhões de pessoas
participaram de comícios nas principais cidades do país. Nos palanques discursavam
políticos oposicionistas de vários partidos, intelectuais, artistas, personalidades públicas e
até jogadores de futebol.
AULA 4 Resolva as atividades abaixo sobre os movimentos contra a |ditadura
Militar no Brasil.
Coloque (V) para as frases verdadeiras e (F) para as frases que forem falsas.
a- ( ) A Campanha pelas Diretas Já, foi um movimento do povo e alguns setores
da sociedade pedindo a volta da democracia e eleições diretas.
b- ( ) A Ditadura Militar no Brasil tirou o direito da população de votar e
escolher seu candidato.
c- ( ) Os indígenas foram os únicos que não sofreram com a Ditadura Militar no
Brasil, porque eles apoiavam.
d- ( ) A UNE (União Nacional dos Estudantes) foi um dos órgãos que se
manifestou contra a Ditadura Militar e foi perseguido e até colocado na
ilegalidade.
e- ( ) Os estudantes que se posicionaram contra o sistema de governo que
vigorava no Brasil, no período estudado não sofreram nenhuma repressão.
f- ( ) A ditadura reprimiu os movimentos negros, que se organizavam
basicamente em duas frentes de luta: no campo cultural e no campo político.
A imagem ao lado é do Regime
Militar, descreva ela com suas
palavras.
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