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HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO

O governo do Presidente Arthur da Costa e Silva

Professora: WEDJA COSTA


Relembrando: Com a constitucionalização do Ato Institucional número
2 na Carta Magna de 1967, as Forças Armadas tiveram amplos poderes
para extinguir os partidos políticos, cassar mandatos de parlamentares e
foi garantido ao Presidente da República o poder de suspensão dos
direitos de políticos e de qualquer cidadão pelo período de 10 anos.
Castello Branco não elegeu seu sucessor...
Apesar das profundas mudanças nas instituições e na economia que refletiu
diretamente nos movimentos sociais, campesinos, sindicais e entre os
militares descontentes com o governo; o grupo Castelista não conseguiu
eleger um sucessor.
Fonte da Imagem: Pinterest – Foto Sebastião Salgado.
A linha dura das Forças
Armadas e os
nacionalistas entenderam
que era preciso eleger um
presidente ainda mais
autoritário e segundo Boris
Fausto (1995), diferente de
Castello Branco, acusado
de se aproximar dos EUA e
facilitar concessões aos
investidores estrangeiros.

Fonte da imagem: PrePara ENEM.


Governo Costa e Silva e a ascensão
da Linha Dura.
Com o apoio da linha dura e dos nacionalistas, o General
Arthur da Costa e Silva e seu vice-presidente civil, o
Udenista Pedro Aleixo, tomaram posse em 15 de março de
1967.
Fonte da imagem: Folha. 1968 – Ato Institucional nº 5.
Para Boris Fausto (2008,
p.263) , Costa e Silva “[...] não
foi, no poder um simples
instrumento da linha dura”,
pois, “[...] levou em conta as
pressões existentes na
sociedade, estabelecendo
pontes com os setores de
oposição e tratando de ouvir
discordantes”.
Fonte da imagem. BBC News
Brasil.
Objetivo: desarticular
os movimentos civis...
Mas, não se engane, a
estratégia era desarticular os
movimentos civis, sobretudo
dos trabalhadores,
incentivando a formação de
dirigentes sindicais alinhados
com a política de liberação
restrita do governo militar.
Em outras palavras, alguns
líderes sindicais pareciam de
oposição, mas, na verdade,
eram pessoas de confiança
do governo.
Entretanto, nem todas as lideranças foram cooptadas pelo governo.
E o fechamento político, a intensificação da repressão e da violência dos militares
fez com que a oposição voltasse a se articular na luta pela redemocratização do
país.
Fonte da imagem: Significados. Luta pela redemocratização .
Boris Fausto (2008, p.264) cita que “[...] muitos membros da hierarquia da igreja se
defrontaram com o governo, como Dom Helder Câmara”, estudantes e inclusive
inimigos políticos se aproximaram, como por exemplo: Lacerda, João Goulart e
Juscelino Kubitscheck, para formar a Frente Ampla.
A oposição tinha como objetivo lutar contra a ditadura militar, pela volta da
democracia e pela afirmação dos direitos dos trabalhadores.

Fonte da imagem: Memórias da ditadura. Dom Helder Câmara.


Morte do estudante Edson Luis em 1968 deflagra protestos contra a
ditadura...
A morte de um estudante pela polícia militar em março de 1968
intensificou as manifestações de rua contra a ditadura militar. E os
protestos foram se intensificando na medida em que a repressão e os
atos de violência por parte dos militares aumentaram no país. Fonte da
imagem: Acervo o Globo.
Greves operárias...
E as greves operárias
também estavam ocorrendo
ao mesmo momento e aqui
destacamos a de Contagem
em Minas Gerais e de Osasco
em São Paulo, que foram
reprimidas de forma brutal
pelas forças militares.

Fonte da imagem: Núcleo Memória.


Grupos armados

Além dos protestos e


manifestações de rua pela
democratização do país
organizado por diferentes
setores da sociedade e ainda, as
greves operárias; os grupos
armados começaram as suas
ações em 1968 cometendo
assaltos e sequestros, sobretudo
de estrangeiros, com o propósito
de reunir recursos financeiros
para o movimento contra a
ditadura militar.
Fonte da imagem: Aventuras na História UOL.
Ato Institucional nº 5

Diante dos acontecimentos de


1968, o governo do Presidente
Costa e Silva endureceu ainda mais
e as forças armadas intensificaram
a repressão, a violência, a tortura e
os assassinatos daqueles
considerados uma ameaça para a
chamada “revolução militar”,
criando novos mecanismos para
acabar com os atos considerados
subversivos e aqui evidenciamos o
Ato Institucional número 5.
Fonte da imagem: Brasil de Fato.
O que mudou no país com o AI5?

• O AI5 garantiu ao Presidente da República poderes até mesmo


para demitir servidores públicos.
• Dessa forma os professores das universidades públicas se
tornaram alvos dos militares.
• Além disso, foi criada a Lei de Imprensa que tinha como
propósito censurar os meios de comunicação e intimidar o
trabalho dos jornalistas.
Investigação mostra que ainda há corpos de vítimas da
ditadura no Cemitério de Perus

A lei de Imprensa impedia a circulação


de informações sobre a violação dos
direitos humanos como a liberdade de
expressão e notícias relacionadas a
repressão, a tortura e assassinatos
daqueles que exerciam atividades
consideradas perigosas à segurança
nacional, pelas forças militares.

Fonte da imagem: epoca.oglobo.globo.com.


Vala de Perus.
Técnicas de tortura foram utilizadas durante a ditadura
militar no Brasil
A tortura foi utilizada como
método pelo núcleo militar
no comando dos órgãos de
vigilância e segurança e se
tornou uma prática para
conseguir informações
sobre os considerados
subversivos, em particular
os comunistas, pois, o
cenário mundial era de
Guerra Fria entre as duas
potências econômicas –
EUA e União Soviética.
Fonte da imagem: Canal
Ciências Criminais Jusbrasil.
A Comissão Nacional da Verdade - CNV, em seu relatório final,
reconheceu 434 mortes e desaparecimentos políticos entre 1964 e 1988,
dos quais a maioria ocorreu no período do regime.
O AI5 foi baixado pelo governo
militar em 13 de dezembro de
1968 e é considerado na
historiografia brasileira o Ato
Institucional mais violento.
Isto porque garantiu legalmente
o fechamento do Congresso
Nacional por dez meses e
causou muitos retrocessos
políticos e sociais.

Fonte da imagem: Revista Galileu –


Globo.com.
Em resumo, o Ato Institucional número 5 impossibilitou aos juízes o poder de proferir
julgamentos relacionados a prática da tirania militar sob pena, em caso de desobediência.

Sendo assim, prevaleceu a vontade do Presidente da República, sendo o Poder


Executivo o único poder a julgar os seus próprios atos.

Fonte das imagens: G1.


Junta governativa
provisória
Por motivos de saúde, o
General Costa e Silva
governou o Brasil até 31 de
agosto de 1969, mas, não foi
substituído pelo seu vice -
Pedro Aleixo, que se opôs ao
AI-5 e sim, por uma Junta
Governativa Provisória
formada em 31 de agosto e
extinta em outubro de 1969.

Fonte da imagem: Blog dos alunos de Jornalismo


do Ibmec- RJ.
Isto foi possível por meio do
Ato Institucional número
12 que autorizava Ministros
do Exército, Aeronáutica e
da Marinha a assumir o
governo da República no
caso de afastamento do
Presidente por motivos de
saúde.

Fonte da imagem: StudHistória.


Referências Bibliográficas
• FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995.

• ____________. História Concisa do Brasil. Edusp. São Paulo, 2008.


• JÚNIOR, Caio Prado. História econômica do Brasil. São Paulo:
Brasiliense, 1987.
• REIS FILHO, Daniel Aarão. Ditadura militar, esquerdas e sociedade.
Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
• SODRÉ, Nelson Werneck. História militar do Brasil. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1969.
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