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Ditadura militar
(1ª parte)
Leonardo Leonidas de Brito
Vera Lúcia Bogéa Borges
História do Brasil III
Meta da aula
Objetivos
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INTRODUÇÃO
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Atende ao Objetivo 1
1. De acordo com Maria Helena Moreira Alves (1984), o Ato Institucional nº 1 foi redigido
em segredo e assinado na tarde de 9 de abril de 1964. Seus autores, desde o preâmbulo
do documento, deixaram explícitas as suas intenções, conforme podemos acompanhar no
trecho abaixo:
À Nação (...) O Ato Institucional que é hoje editado pelos Comandantes em Chefe
do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, em nome da revolução que se tornou
vitoriosa com o apoio da Nação em sua quase totalidade, se destina a assegurar,
ao novo governo a ser instituído, os meios indispensáveis à obra de reconstrução
econômica, financeira, política e moral do Brasil (...). A revolução vitoriosa necessita de
se institucionalizar (...). Para demonstrar que não pretendemos radicalizar o processo
revolucionário, decidimos manter a Constituição de 1946, limitando-nos a modificá-la,
apenas, na parte relativa aos poderes do Presidente da República (...). Para reduzir
ainda mais os plenos poderes de que se acha investida a revolução vitoriosa, resolvemos,
igualmente, manter o Congresso Nacional, com as reservas relativas aos seus poderes
constantes do presente Ato Institucional. Fica, assim, bem claro que a revolução não
procura legitimar-se através do Congresso. Este é que recebe deste Ato Institucional,
resultante do exercício do Poder Constituinte, inerente a todas as revoluções, a sua
legitimação (ALVES, 1984, p. 53).
Após este preâmbulo, alguns dos artigos que fazem parte deste ato:
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(Constituições do Brasil: de 1824, 1891, 1934, 1937, 1946 e 1967 e suas alterações.
Brasília: Senado Federal, 1986.)
Resposta Comentada
O texto do AI-1 manteve a Constituição de 1946; todavia, a ditadura militar desrespeitava
uma de suas características básicas, que era o equilíbrio entre os três poderes ao privilegiar
a esfera de ação do Executivo. Apesar da manutenção do Poder Legislativo, os golpistas não
procuravam legitimar sua ação no Congresso Nacional, como é esperado em um regime
democrático procurando invertê-lo, uma vez que era esta determinação que garantia o
funcionamento do Legislativo. Desde os seus primórdios, a ditadura rompeu com o processo
democrático existente no país.
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Uma noite em 67
Documentário (2010) com direção de Renato
Terra e Ricardo Calil.
O filme apresenta a noite da final do III Festival de
Música Popular Brasileira ocorrida em 21 de outu-
bro de 1965, no Teatro Paramount, em São Paulo. A
produção e a exibição estavam sob a responsabili-
dade da TV Record. Para muitos, esta noite em 1967
revolucionou a MPB.
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Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_gmIFcz-3gG8/TFNi17BhGnI/AAAAAAAAAfU/-
lkwwONMlw0/s1600/uma-noite-em-67.jpg
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dez anos quanto cassar os mandatos eletivos nas três esferas. A partir
daí, a censura, as prisões arbitrárias e a tortura eram os métodos do
governo, e passaram a fazer parte do cotidiano brasileiro. Por fim,
o instrumento proibia qualquer manifestação pública motivada por
questões políticas. É importante lembrar que o AI-5 vigorou no Brasil
até o início de 1979.
CONCLUSÃO
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Atende ao Objetivo 2
Por ocasião do feriado de 7 de setembro daquele ano, Marcio Moreira Alves – deputado
do MDB pelo estado da Guanabara – conclamou a população a boicotar a parada militar
em homenagem ao Dia da Independência do Brasil e sugeriu às mulheres, de forma
irônica, que se recusassem a namorar oficiais que concordassem com as arbitrariedades
da ditadura militar.
Leia atentamente o texto a seguir e apresente um elemento existente no documento que nos
permita observar o recrudescimento no discurso do governo militar.
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Supremo Tribunal Federal solicita à Câmara dos Deputados licença para processar o deputado Marcio Moreira
Alves. 11/10/1968.
Arquivo Gustavo Capanema / GC 1628 f / CPDOC
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Resposta Comentada
Apesar de desconhecido por parcela expressiva da população, o discurso do deputado Marcio
Moreira Alves foi amplamente veiculado nas diferentes unidades das Forças Armadas. Diante
do clima de indignação produzido pelo texto parlamentar na caserna, os ministros militares
requisitaram ao Superior Tribunal Federal (STF) que fosse instaurado um processo criminal contra
o deputado por ofensa aos militares. Assim, o estabelecimento do processo pretendia pressionar
o Congresso a conceder a licença necessária em função da Constituição de 1967, que estava
em vigor e garantia a imunidade dos parlamentares (artigo 151, parágrafo único). Todavia,
como o Poder Legislativo não cedeu à pressão do STF, o presidente Costa e Silva assinou o
Ato Institucional nº 5 (AI-5), fechando o Congresso.
RESUMO
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