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08/11/2023, 13:55 Ditadura militar brasileira – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ditadura militar brasileira


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A ditadura militar brasileira foi o regime


instaurado no Brasil em 1 de abril de 1964 e que durou República Federativa do Brasil
até 15 de março de 1985, sob comando de sucessivos Brasil
governos militares. De caráter autoritário e
nacionalista, a ditadura teve início com o golpe ← 1964 – 1985 →

militar[1][2] que derrubou o governo de João Goulart, o


então presidente democraticamente eleito.[3] O regime
acabou quando José Sarney assumiu a presidência, o
que deu início ao período conhecido como Nova
República (ou Sexta República).
Brasão de armas do
Apesar das promessas iniciais de uma intervenção Bandeira do Brasil
Brasil
breve, a ditadura militar durou 21 anos. Além disso, a
ditadura foi se intensificando por meio da publicação Lema nacional
Ordem e Progresso
de diversos Atos Institucionais, culminando com o Ato
Institucional Número Cinco (AI-5) de 1968, que
Hino nacional
vigorou por dez anos. A Constituição de 1946 foi Hino Nacional Brasileiro
substituída pela Constituição de 1967 e, ao mesmo
3:22
tempo, o Congresso Nacional foi dissolvido, liberdades
civis foram suprimidas e foi criado um código de
processo penal militar que permitia que o Exército
brasileiro e a Polícia Militar pudessem prender e
encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de
impossibilitar qualquer revisão judicial.[4]

O regime adotou uma diretriz nacionalista,


desenvolvimentista e anticomunista. A ditadura atingiu
o auge de sua popularidade na década de 1970, com o
"milagre econômico", no mesmo momento em que o
regime censurava todos os meios de comunicação do
país e torturava e exilava dissidentes. Na década de
1980, assim como outros regimes militares latino-
americanos, a ditadura brasileira entrou em decadência
quando o governo não conseguiu mais estimular a
economia, controlar a hiperinflação crônica e os níveis
crescentes de concentração de renda e pobreza
provenientes de seu projeto econômico,[5] o que deu
impulso ao movimento pró-democracia. O governo Extensão territorial do Brasil
aprovou uma Lei de Anistia para os crimes políticos
cometidos pelo e contra o regime, as restrições às
liberdades civis foram relaxadas e, então, eleições
presidenciais indiretas foram realizadas em 1984, com
candidatos civis e militares. O regime militar brasileiro
inspirou o modelo de outras ditaduras por toda a
América Latina, através da sistematização da "Doutrina

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de Segurança Nacional", a qual justificava ações


militares como forma de proteger o "interesse da
segurança nacional" em tempos de crise.[6] Desde a
aprovação da Constituição de 1988, o Brasil voltou à
normalidade institucional. Segundo a Carta, as Forças
Armadas voltam ao seu papel institucional: a defesa do
Estado, a garantia dos poderes constitucionais e (por
iniciativa desses poderes) da lei e da ordem.[7]

Apesar do combate aos opositores do regime ter sido


marcado por torturas e assassinatos, as Forças
Armadas sempre mantiveram um discurso Manifestação estudantil contra a Ditadura Militar
negacionista. [8] Só admitiram oficialmente a Continente América
possibilidade de tortura e assassinatos em setembro de Região América do Sul
2014,[9] em resposta à Comissão Nacional da Verdade. Capital Brasília
No entanto, apesar das várias provas, os ofícios
internos da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e Língua oficial português
da Força Aérea Brasileira, foram uníssonos em afirmar Governo República
que em suas investigações não encontraram evidências federativa
que "corroborassem ou negassem" a tese de que houve presidencialista
sob uma ditadura
"desvio formal de finalidade no uso de instalações militar bipartidária
militares". Em maio de 2018, o Departamento de Presidente
Estado dos Estados Unidos divulgou um memorando • 1964 Ranieri Mazzilli
de 11 de abril de 1974 que afirma que a cúpula da • 1964–1967 Humberto de
ditadura não apenas sabia, como também autorizava as Alencar Castelo
torturas e assassinatos que foram cometidos contra Branco
opositores.[10] Estima-se que houve 434 mortos e • 1967–1969 Artur da Costa e
Silva
desaparecidos políticos durante o regime,[11][12] além
• 1969–1974 Emílio Garrastazu
de um genocídio de povos nativos que matou mais de Médici
8,3 mil indígenas brasileiros por negligência e por • 1974–1979 Ernesto Geisel
ações específicas visando ao massacre indígena.[13][14] • 1979–1985 João Figueiredo
Período histórico Guerra Fria
Antecedentes Pós-modernismo
• 1 de abril de
1964 Golpe de 1964
As Forças Armadas Brasileiras adquiriram grande Diretas Já • 1985
poder político após a vitória na Guerra do Paraguai. A
politização das instituições militares ficou evidente Moeda cruzeiro (1970–
1986)
com a Proclamação da República, que derrubou o cruzeiro novo
Império, ou com o tenentismo (movimento tenentista) (1967–1970)
e a Revolução de 1930. As tensões políticas voltaram à cruzeiro (1942–
tona na década de 1950, quando importantes círculos 1967)
militares se aliaram a ativistas de direita em tentativas
de impedir que presidentes como Juscelino Kubitschek e João Goulart tomassem posse, devido ao
seu suposto alinhamento com a ideologia comunista.[15] Enquanto Kubitschek mostrou-se
simpático às instituições capitalistas, Goulart prometeu reformas de longo alcance, expropriação
de interesses comerciais e a continuação da independência da política externa iniciada por seu
antecessor Jânio Quadros com o Brasil tendo relações diplomáticas e comerciais com ambos os
blocos capitalista e comunista.[16]

Em 1961, Goulart foi autorizado a assumir o cargo, sob um acordo que diminuiu seus poderes
como presidente com a instalação do parlamentarismo. O país voltou ao sistema presidencialista
um ano depois, e, como os poderes de Goulart cresceram, tornou-se evidente que ele iria procurar
implementar políticas de esquerda, como a reforma agrária e a nacionalização de empresas em

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vários setores econômicos, independentemente do consentimento das instituições estabelecidas,


como o Congresso.[17][18] Na época, a sociedade brasileira tornou-se profundamente polarizada,
devido ao temor que Brasil se juntasse a Cuba como parte do bloco comunista na América Latina
sob o comando de Goulart. Políticos influentes, como Carlos Lacerda e até mesmo Kubitschek,
magnatas da mídia (Roberto Marinho, Octávio Frias de Oliveira, Júlio de Mesquita Filho), setores
conservadores da Igreja Católica, os latifundiários, a burguesia industrial[19] e parte da classe
média solicitam uma "contrarrevolução" por parte das Forças Armadas para remover o
governo.[20]

A mobilização das tropas rebeldes foi iniciada em 31 de março de 1964. O presidente João Goulart
partiu para o exílio no Uruguai em 4 de abril.[21]

Motivações ideológicas

O golpe de estado de 1964, qualificado por seus apoiadores como uma


revolução, instituiu um regime militar que durou até 1985. Os
militares e os governadores que o apoiaram afirmavam que era
necessário derrubar João Goulart, que eclodiu cinco anos após o
alinhamento cubano à União Soviética, sob alegação de que havia no
Brasil uma ameaça comunista. Alguns apoiadores ainda dizem que o
acontecido, no caso, teria sido uma contrarrevolução,[22] o que é
fortemente contestado pela historiografia marxista.[23] Luís Mir,
porém, em seu livro "A Revolução Impossível", da Editora Best Seller,
mostra que Cuba já financiava e treinava guerrilheiros brasileiros
desde 1961, durante o governo Jânio Quadros.[24] Uma organização
O presidente João Goulart guerrilheira com apoio cubano, o Movimento Revolucionário
(Jango) durante sua visita Tiradentes, foi desmantelada em 1962. Pequena e ineficaz, teve
aos Estados Unidos, em repercussão maior do que a ameaça que de fato representava.[25]
1962.
O caminho do golpe militar, ditadura, suspensão de liberdade de
imprensa, de eleições e cassações e prisões por posicionamento
político, não era o único seguido no mundo para combater
movimentos armados de esquerda. Em países da Europa Ocidental
havia guerrilhas comunistas financiadas pelo bloco soviético e nem por
isso Itália, Reino Unido ou Alemanha sofreram golpes militares ou
regimes de exceção durante a Guerra Fria. Assim sendo, muitos
autores, mesmo não marxistas, dão conta da possível inclinação
conservadora ou alinhamento aos discursos lacerdistas (udenistas) das
forças golpistas lideradas por Castelo Branco e com apoio militar e
logístico dos Estados Unidos. Outros falam na vontade de extirpar à
força os herdeiros do trabalhismo populista varguista, como Jango e o
próprio PTB. Vivia-se, naquela época, a Guerra Fria quando os Estados
Unidos procuravam justificar sua política externa intervencionista com
Cabo Anselmo discursa no
sua suposta missão de liderar o "mundo livre" e frear a expansão do
palco da sede do Sindicato
comunismo. Assim sendo, a violenta luta internacional entre Estados
dos Metalúrgicos durante a
Unidos e União Soviética, capitalistas e comunistas encontrou eco nos
Revolta dos Marinheiros,
discursos da política brasileira. Os Estados Unidos apoiaram os setores
25 de março de 1964.
que organizavam um golpe de estado contra o presidente João Goulart,
Arquivo Nacional.
que fora democraticamente eleito como vice-presidente do Jânio
Quadros.[26]

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Goulart procurava impulsionar o nacionalismo trabalhista através das reformas de base.[27] Os


setores mais conservadores, contudo, se opunham a elas. Um evento que aumentou a insatisfação
entre setores conservadores militares ocorreu quando Jango decidiu apoiar os militares revoltosos
de baixa patente da Revolta dos Marinheiros, os quais pleiteavam aumentos, fim de punições
humilhantes e direito a voto. Oficiais de patentes mais altas das Forças Armadas aumentaram sua
oposição a Jango, pelo que chamaram de quebra de hierarquia.[28]

O governo dos Estados Unidos não aprovava as nacionalizações de empresas americanas realizadas
pelo cunhado do presidente João Goulart e governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola nem
os rumos que a política externa brasileira tomava, de suspensão de pagamento da dívida externa
(muitos credores Americanos) de não alinhamento e contatos com ambos os polos de poder
(capitalista e comunista). No governo Jânio Quadros, Jango, então vice-presidente, havia visitado,
a mando do presidente, a China comunista. Jânio Quadros, mesmo que sem nenhuma ligação com
setores de esquerda, condecorara o revolucionário e então funcionário do governo cubano, Ernesto
Che Guevara. Isso tudo motivou os estadunidenses a fornecerem aos militares brasileiros apoio ao
golpe. De lá veio ainda o aparato ideológico do anticomunismo, que já era pregado pela Escola
Superior de Guerra das Forças Armadas do Brasil, através da doutrina de "Segurança
Nacional".[26]

Apesar de Jango ser latifundiário, filho de empresários e milionário, de inclinação trabalhista e não
comunista, e de suas reformas serem ideologicamente identificadas com a centro-esquerda, existia
a vontade econômica e política por parte dos Estados Unidos de controlar os países de economia
menos desenvolvida, impedindo-os de se ligarem ao bloco comunista, para assim vencerem a
disputa mundial de poder com a URSS e o bloco comunista, negando a estes quaisquer parceiros
comerciais e diplomáticos.[26]

Salvaguardas e a doutrina da segurança nacional

O golpe de Estado marcou a influência política do Exército Brasileiro e sua determinação em tomar
o poder do país ao abrigo de uma doutrina de segurança nacional formado no âmbito da política
do comércio exterior americano e de outros países influentes como a França. O intervencionismo
militar no Brasil remonta ao Império (1822-1889), mas, segundo estudiosos é a primeira vez no
Brasil, mas também na América Latina que o militar está adquirindo poder afirmando
abertamente a doutrina da segurança nacional.[29][30]

Segundo o tenente-coronel de Infantaria e Estado-Maior do Exército Brasileiro Manuel Soriano


Neto, em palestra comemorativa proferida na AMAN em 12 de setembro de 1985, em homenagem
ao centenário do marechal José Pessoa:

Com as desavenças que grassavam na corrente outubrista, o tenentismo vem a se


desintegrar. Tal fato se dá após a Revolução de 1932, mormente durante o ano de
1933, quando se formava a Assembleia Nacional Constituinte. Parcelas das Forças
Armadas se desgarraram para a esquerda e para a direita, incorporando-se à Aliança
Nacional Libertadora e à Ação Integralista Brasileira, que apregoavam ideologias
importadas, não condizentes com a idiossincrasia de nosso povo.
— Manuel Soriano Neto

Portanto, dentro das forças armadas brasileiras, existia uma grave cisão interna de ordem
ideológica e, ainda havia outra divisão entre os moderados e a linha dura. Os grupos concorrentes
entre si defendiam pontos de vistas diferentes: um grupo defendia medidas rápidas diretas e
concretas contra os chamados subversivos, ou inimigos internos, estes militares apoiavam sua
permanência no poder pelo maior tempo possível; ao contrário do grupo anterior, o segundo era
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formado por militares que tinham por doutrina a tradição de


intervenções moderadoras. Estes procuravam permanecer no
poder somente o tempo necessário até se formar um governo
aceito pelo grupo a exemplo de 1930, 1945 e 1954. Quando
passado o período de maior risco institucional houve o rápido
retorno do poder para os civis. Para os dois grupos era
necessário salvaguardar o Brasil contra o poder do comunismo
internacional (além do antigetulismo, leia-se populismo).[31]

Segundo a doutrina dos militares, o inimigo devia ser extirpado


a todo custo e os governos populistas seriam uma porta de
Depredação da sede do Sindicato
entrada para a desordem, subversão e propiciariam a entrada
dos Metalúrgicos em 1964.
de ideologias nocivas à nação. As facções contrárias
internamente nas forças armadas acabaram se unindo apesar
da não concordância metodológica. Desta forma, os militares
mais radicais se aglutinaram ao general Costa e Silva, e os mais estratégicos ao marechal
Humberto de Alencar Castelo Branco. Muitos militares da época afirmam que se a orientação
filosófico-ideológica das forças armadas fosse para a esquerda, estas defenderiam da mesma forma
a linha de pensamento, somente o inimigo que mudaria de lado, o que importava era a segurança
da Nação.[31]

Atualmente é sabido que as contradições de pensamentos e ações dentro das Forças Armadas (a
dita cisão interna) causou a expulsão e a prisão de muitos militares no momento seguinte ao golpe.
Exemplo disso foi quando o general Kruel garantiu que o Exército Brasileiro jamais iria contra a
Constituição Brasileira de 1946, e que defenderia os poderes constituídos, e quando o general
Olympio Mourão Filho declarou que João Goulart, devido ao abuso do poder e de acordo com a
Lei, fora deposto.[31]

Falsa "ameaça comunista"

O principal argumento para a instauração de uma ditadura militar no país foi a iminência de uma
ameaça comunista no país em 1964. No entanto, segundo o historiador Rodrigo Patto Sá Motta,
doutor em História pela USP e professor do Departamento de História da UFMG, o Brasil nunca
esteve perto do comunismo, nem mesmo em 1964, ano de início da ditadura militar no Brasil.
Numa entrevista, afirmou:[32]

“ Se o regime político instaurado em 1964 era popular e tinha apoio majoritário da


população, por que diabos necessitou de mecanismos autoritários para se manter
no poder?". E completa: “Consideremos por um momento, apenas para construir
raciocínio hipotético, que havia séria ameaça comunista e a intervenção militar
visava defender a democracia contra o totalitarismo (reitero que considero tais
argumentos sem fundamento). Se assim fosse, qual a justificativa, então, para
terem instalado uma ditadura e se aboletarem no poder durante duas décadas?
Porque não entregaram o poder aos civis depois de derrotada a “ameaça"? ”
— Rodrigo Patto Sá Motta, 1964: “O Brasil não estava à beira do comunismo”

O historiador diz ainda que a ideia de dizer que houve tais ameaças seria para intensificar uma
campanha de grupos de direita em defesa daquele período e de dar legitimidade a um governo
comandado por militares. Em outro trecho, afirma:[32]

“ …a grande imprensa e outras instituições fizeram forte barragem discursiva em


favor da queda de Goulart, em que mobilizaram à exaustão o tema do perigo
vermelho (comunistas) para incrementar o clima de pânico. O certo é que ao sair

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dos quartéis as Forças Armadas desequilibraram a situação e promoveram a


derrubada de Goulart, por isso seu papel foi essencial no golpe.

— Rodrigo Patto Sá Motta, 1964: “O Brasil não estava à beira do comunismo”

Uma reportagem do jornal The Intercept[33] afirma que as supostas guerrilhas de Jango, o
armamento em posse das Ligas Camponesas (considerado o MST da época) e as infiltrações
comunistas nas forças armadas não passavam de fantasia, e que o golpe de 64 ocorreu sem
resistência, pois "resistência não havia". Além disso, as lutas armadas comunistas só apareceram
após a implementação da ditadura, e não antes dela, e na verdade nunca colocaram em risco a
democracia brasileira.[33]

Conexões civis do regime

A partir da década de 2000, vários historiadores passaram a


defender a ideia de que o golpe, assim como a ditadura que se
seguiu, não foi exclusivamente militar, sendo, em realidade,
civil-militar.[2][34][35][36][37] Pelo menos no início, houve apoio
ao golpe por parte de segmentos importantes da sociedade: os
grandes proprietários rurais, uma grande parte da classe média
urbana (que na época girava em torno de 35% da população
total do país) e o setor conservador e anticomunista da Igreja
Católica (na época majoritário dentro da Igreja) que promoveu Manifestantes na Marcha da
a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 19 de abril Família com Deus pela Liberdade
de 1964.[38] em 19 de março de 1964 na Praça
da Sé, em São Paulo. Fonte:
No entanto, a população brasileira, à época, ainda Arquivo Nacional/Correio da
majoritariamente rural e em grande parte analfabeta — e, na Manhã.
época, sem direito a voto[39] — manteve-se quase sempre inerte
e distanciada da política nacional. No campo, a exceção eram as
"ligas camponesas", lideradas pelo advogado Francisco Julião, que lutavam pela reforma agrária.
Entre as figuras históricas civis afinadas com o movimento militar, estão os governadores
Magalhães Pinto (Minas Gerais), Adhemar de Barros (São Paulo) e Carlos Lacerda (Guanabara,
atual Estado do Rio de Janeiro).[40]

O apoio clerical, no entanto, não era completo. A partir de outubro de 1964, especialmente quando
ativistas católicos de esquerda foram presos, certos setores da chamada "ala progressista da Igreja
Católica" da Teologia da Libertação, passaram a denunciar a violência do governo militar.[41]

Grande parte da imprensa, os chamados "Diários Associados", que eram compostos por revistas,
rádios, jornais e emissoras de TV, como O Globo, Rede Globo, Folha de S.Paulo, Correio da
Manhã, Jornal do Brasil e O Estado de S. Paulo festejaram a deposição do governo de Goulart.
Contrariando essa tendência, apenas o jornal Última Hora combateu o golpe, o que levou o seu
diretor Samuel Wainer a exilar-se. Em 1 de abril de 1964, o jornal O Estado de São Paulo trazia o
seguinte texto: "Minas desta vez está conosco (…) dentro de poucas horas, essas forças não serão
mais do que uma parcela mínima da incontável legião de brasileiros que anseiam por demonstrar
definitivamente ao caudilho que a nação jamais se vergará às suas imposições." No Jornal do Brasil
se lia: "Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade … Legalidade que o caudilho não
quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia
militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas".[42]

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A edição do jornal O Globo de 2 de abril de 1964 dizia: "Salvos da


comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem
agradecer aos bravos militares que os protegeram de seus inimigos". E
O Estado de Minas trazia em 2 de abril: "O ponto culminante das
comemorações que ontem fizeram em Belo Horizonte, pela vitória do
movimento pela paz e pela democracia foi, sem dúvida, a concentração
popular defronte ao Palácio da Liberdade".[42] A edição de 4 de abril
trazia: "Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos. Porque
souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das
vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados,
para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem".[42]
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, "(…) o golpe militar foi saudado
Sede do jornal O Globo no por importantes setores da sociedade brasileira. Grande parte do
dia do golpe de 1964. empresariado, da imprensa, dos proprietários rurais, da Igreja
católica, vários governadores de estados importantes (como Carlos
Lacerda, da Guanabara, Magalhães Pinto, de Minas Gerais, e
Ademar de Barros, de São Paulo) e amplos setores de classe média pediram e estimularam a
intervenção militar, como forma de pôr fim à ameaça de esquerdização do governo e de
controlar a crise econômica".[43]

Cronologia

Golpe militar e influência estrangeira

Na madrugada de 31 de março de 1964 o general Olympio


Mourão Filho iniciou a Operação Popeye, mobilizando tropas
de Juiz de Fora rumo ao Rio de Janeiro com o objetivo de depor
o governo constitucional de João Goulart. O presidente
encontrava-se no Rio de Janeiro quando recebeu um manifesto
exigindo sua renúncia. O chefe da Casa Militar e organizador do
“dispositivo militar” governista, general Argemiro de Assis
Brasil, não conseguiu colocar em prática um plano que teria a
função de impedir um possível golpe. Os partidos de
sustentação do governo ficaram aguardando a evolução dos John F. Kennedy durante a visita do
acontecimentos. O presidente, de Brasília, seguiu para Porto então presidente João Goulart aos
Alegre e se refugiou numa estância de sua propriedade, e depois Estados Unidos em 1962.
rumou para o Uruguai, no dia 4 de abril de 1964. [45] Porém, o Posteriormente descobriu-se que o
presidente do Senado Federal declarou vaga a presidência e a presidente estadunidense planejava
vice-presidência da república no dia 2 de abril de 1964, com invadir militarmente o Brasil para
Goulart em território nacional, e empossou o presidente da depor o governo de Goulart.[26][44]
Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, na presidência da
república.[46] No dia 2 de abril ocorre a Marcha da Vitória, na
cidade do Rio de Janeiro, garantindo apoio popular à deposição do presidente João Goulart.[47]

Blindados, viaturas e carros de combate ocuparam as ruas das principais cidades brasileiras. Sedes
de partidos políticos, associações, sindicatos e movimentos que apoiavam reformas do governo
foram destruídas e tomadas por soldados fortemente armados. À época, estudantes, artistas,
intelectuais, operários se organizavam para defender as reformas de base. A sede da União
Nacional dos Estudantes (UNE) foi incendiada.[48]

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Segundo a Fundação Getúlio Vargas, "o golpe militar foi


saudado por importantes setores da sociedade brasileira.
Grande parte do empresariado, da imprensa, dos proprietários
rurais, vários governadores de estados importantes (como
Carlos Lacerda, da Guanabara, Magalhães Pinto, de Minas
Gerais, e Adhemar de Barros, de São Paulo), além de setores da
classe média, pediram e estimularam a intervenção militar,
como forma de pôr fim à ameaça de esquerdização do governo e
de controlar a crise econômica".[49]
Tanques na Avenida Presidente
Vargas, no Rio de Janeiro, em 2 de
Os Estados Unidos, que já vinham patrocinando organizações e
abril de 1964.
movimentos contrários ao presidente e à esquerda no Brasil
durante o governo de João Goulart, participaram da tomada de
poder, principalmente através de seu embaixador no Brasil,
Lincoln Gordon, e do adido militar, Vernon Walters, e haviam
decidido dar apoio armado e logístico aos militares golpistas,
caso estes enfrentassem uma resistência armada por parte de
forças leais a Jango: em Washington, o vice-diretor de
operações navais, John Chew, ordenou o deslocamento para a
costa brasileira (entre Santos e Rio de Janeiro) de uma força-
tarefa da Marinha Americana (incluindo o porta-aviões
Forrestal, seis contratorpedeiros, um porta-helicóptero e quatro
petroleiros), operação que ficou conhecida como "Brother
Tanque M41 e dois jipes do Sam".[50]
Exército Brasileiro na Esplanada
dos Ministérios, próximo ao Após a deposição de João Goulart, vieram os Atos
Congresso Nacional (fundo) em Institucionais (AI), mecanismos jurídicos autoritários criados
Brasília, após o golpe militar de para dar legitimidade a ações políticas contrárias à Constituição
1964. Brasileira de 1946 que consolidaram o regime militar
implantado.[51]

O presidente João Goulart permaneceu em território brasileiro até o dia 2 de abril. Nesse dia, em
um golpe parlamentar,[nota 1] o Congresso Nacional, pela voz do senador Auro de Moura Andrade,
declarou que a Presidência da República estava vaga e deu posse ao Presidente da Câmara dos
Deputados, Ranieri Mazzilli, que permaneceu no cargo até 15 de abril de 1964, embora
representasse um papel meramente decorativo: o governo era exercido pelos ministros
militares.[52]

Em uma inversão constitucional — os militares passando de defensores da Constituição a


subversivos dela e causadores de uma crise política — acabou predominando a força das armas e o
Presidente da República foi deposto. Goulart partiu para o exílio no Uruguai, morrendo na
Argentina, em 1976.[53]

Governo Castelo Branco (1964-1967)

O Congresso Nacional ratificou a indicação do comando militar e, em eleição no dia 11 de abril de


1964, elegeu Presidente da República o marechal Castelo Branco,[54] então Chefe do Estado-Maior
do Exército. Como Vice, foi eleito o deputado pelo PSD José Maria Alkimim, secretário de finanças
do governo de Minas Gerais. O governador desse estado, Magalhães Pinto, havia participado do
golpe. A posse de Castelo Branco ocorreu em 15 de abril de 1964, tendo permanecido na
presidência até março de 1967.[55]

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O presidente Castelo Branco iniciou o governo militar. Compôs o seu


governo com predominância de políticos da UDN. Dizia que a
intervenção tinha caráter corretivo e era temporária. Porém, as Forças
Armadas, lideradas pelo general Costa e Silva, não tinham interesse no
papel de moderador, mas sim em "estabelecer a Linha Dura" de
repreensão às atividades políticas de esquerda consideradas pelos
militares golpistas como "terroristas".[55]

Castelo Branco morreu, logo após deixar o poder, em um acidente


aéreo, mal explicado nos inquéritos militares, ocorrido em 18 de julho
de 1967. Um caça T-33 da FAB atingiu a cauda do Piper Aztec PA 23,
no qual Castelo Branco viajava, fazendo com que o PA-23 caísse
deixando apenas um sobrevivente.[56][57] No processo sucessório,
Castelo foi pressionado a passar a faixa presidencial para o general da
linha dura Artur da Costa e Silva mas estava organizando com o Humberto de Alencar
Senador Daniel Krieger um movimento contra o endurecimento do Castelo Branco, o primeiro
regime.[58] presidente de facto do
regime militar.
Castelo Branco, apesar das promessas de retorno ao regime
democrático, inaugurou a adoção de Atos Institucionais como
instrumentos de repressão aos opositores. Com isso, fechou associações civis, proibiu greves,
interveio em sindicatos e cassou mandatos de políticos por dez anos, inclusive o do ex-presidente
Juscelino Kubitschek.[55]

Em novembro de 1965, foi mandado cumprir o Ato Complementar Número 4, que


institucionalizou o sistema bipartidário no Brasil. Foram criados dois partidos, um situacionista e
um oposicionista, sendo que o segundo jamais poderia ter quórum superior ao primeiro. O partido
situacionista, formado por integrantes dos extintos PSD e UDN e chamado de Aliança Renovadora
Nacional, ARENA, dava sustentação ao governo, portanto era obrigatório que tivesse maioria. O
partido oposicionista foi nominado Movimento Democrático Brasileiro, MDB. A população da
época tinha um trocadilho para se referir aos dois partidos, …um era o partido do "não", o MDB
que era contra tudo que o regime militar e seus presidentes faziam, e o outro, era o partido do
"sim senhor", a ARENA que aprovava tudo que o governo fazia.[55]

Entre os membros do MDB, incluíam comunistas do PCB


abrigados no MDB que não aceitavam a luta armada como
alternativa de oposição ao regime militar e se intitulavam
"Resistência Democrática". Sob justificativa do crescimento dos
movimentos de esquerda e pela influência da propaganda pelos
movimentos chamados de subversivos (veja o artigo: A
esquerda armada no Brasil), observando ainda que a população
brasileira mais humilde iniciava um movimento em direção à
Desfile do primeiro aniversário do esquerda, a elite brasileira e a classe média começaram a temer
Golpe de 1964 em 1 de abril de o rápido avanço do chamado, pelos anticomunistas de "perigo
1965. vermelho" ou "perigo comunista".[55] Segundo relatos
publicados pelo Departamento de Documentação Histórica da
Fundação Getúlio Vargas: "Os militares envolvidos no golpe de
1964 justificaram sua ação afirmando que o objetivo era restaurar a disciplina e a hierarquia nas
Forças Armadas e deter a "ameaça comunista" que, segundo eles, pairava sobre o Brasil."[59]

Em 17 de julho, sob a justificativa de que a reforma política e econômica planejada pelo governo
militar poderia não ser concluída até 31 de janeiro de 1966, quando terminaria o mandato
presidencial inaugurado em 1961, o Congresso aprovou a prorrogação do seu mandato até 15 de
março de 1967, adiando as eleições presidenciais para 3 de outubro de 1966. Esta mudança fez com

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que alguns políticos que apoiaram o movimento passassem a criticar o governo, a exemplo de
Carlos Lacerda, que teve sua pré-candidatura homologada pela União Democrática Nacional
(UDN) ainda em 8 de novembro de 1964. Na esteira dos Atos Institucionais, foram expedidos Atos
Complementares.[55]

Nas eleições, realizadas em outubro de 1965, o governo venceu na maioria dos estados mas foi
derrotado nos dois mais importantes, Guanabara e Minas Gerais, onde foram eleitos,
respectivamente, Francisco Negrão de Lima e Israel Pinheiro, apoiados pela coligação PSD/PTB.
Em consequência disto, o presidente Castelo Branco editou, em 27 de outubro de 1965, o Ato
Institucional nº 2, AI-2, que, entre outras medidas, extinguia os partidos políticos, estabelecia
eleições indiretas para a presidência da República, facilitava a intervenção federal nos estados e
autorizava o presidente da República a cassar mandatos parlamentares e suspender os direitos
políticos. O que era um movimento militar passou a se constituir num regime, evoluindo para uma
linha dura no comando do marechal Artur da Costa e Silva (1967-1969).[55]

No âmbito social e econômico, algumas instituições, leis e projetos desse governo, ainda em ativa
hoje, são: Estatuto da Terra (1964),[60] Banco Central do Brasil (1964),[61] Código Eleitoral
Brasileiro (1965),[62] Código Tributário Nacional (1966),[63] Banco da Amazônia (1966),[64] FGTS
(1966),[65] SUDAM (1966),[66] Código de Mineração (1967)[67] e Zona Franca de Manaus
(1967).[68]

Governo Costa e Silva: início dos Anos de Chumbo (1967-1969)

Ex-ministro da Guerra, o marechal Costa e Silva teve o seu


nome indicado pelas Forças Armadas e referendado pelo
Congresso Nacional. No dia 15 de março de 1967, o marechal
Artur Costa e Silva é empossado no cargo de Presidente da
República, tendo Pedro Aleixo como Vice-presidente. Com sua
posse começa a vigorar a Constituição de 1967. O Presidente
deixa o cargo no dia 31 de agosto de 1969. Com predominância
de ministros militares e civis — o paulista Antônio Delfim Netto
era o ministro da Fazenda — o presidente empossado organizou
Blindados ocupam a Avenida
o seu ministério. As taxas de inflação caíram nos primeiros
Presidente Vargas em abril de
anos de governo reaquecendo a economia e aumentando a
1968, durante a ditadura militar.
presença de investimento estrangeiro no país.[69]

No campo político, porém, não havia sinal de retorno à


democracia plena. Os militares defendiam um endurecimento maior do regime, a chamada "linha
dura". Vieram as perseguições políticas, em missões organizadas pelos órgãos de segurança do
governo. Uma onda de protestos surgiu em todo o país, com enfrentamento direto entre as forças
de segurança contra os manifestantes pró-comunismo, militantes de esquerda e estudantes
cooptado por organizações subversivas, crescendo para grandes manifestações reivindicatórias e
de contestação ao regime e a intolerância e as desavenças eram comuns, as patrulhas ideológicas
organizadas pelos comunistas agiam nas escolas, clubes e sindicatos.[69]

Na esteira dos acontecimentos, os que apoiaram o golpe militar, como Carlos Lacerda, se sentiram
excluídos do processo e passaram a se opor ao governo. Lacerda tentou se unir a Juscelino e Jango,
que se encontravam exilados, num movimento que ficou conhecido como Frente Ampla.[69]

No início de seu governo os protestos estavam disseminados por todo o Brasil, o que provocou o
recrudescimento do Estado. Na mesma proporção, a oposição, que em muitos casos já estava na
clandestinidade havia algum tempo, começou a radicalizar suas ações com assaltos a bancos,
ataques a soldados para roubo de armas e sequestros de líderes militares. A violência da ditadura

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militar começa a fazer suas vítimas, sobretudo contra o lado opositor


ao regime—guerrilheiros, comunistas, estudantes e liberais. Os
confrontos entre grupos antagônicos se intensificam, com revoltosos
de um lado e apoiadores do regime de outro.[69]

Reações e protestos

As manifestações e protestos
ganham as ruas em quase todas as
principais cidades do Brasil nos
primeiros anos após o golpe
militar. Os estudantes começam
também a radicalizar suas ações.
Com a chegada do general Artur da Marechal Costa e Silva.
Costa e Silva ao poder, as greves
Artistas protestam contra a ditadura
dos operários tomaram corpo, na
militar em fevereiro de 1968. Na
mesma proporção em que a linha dura já fazia suas vítimas.[71]
imagem, Tônia Carrero, Eva Wilma,
Odete Lara, Norma Bengell e
Em 28 de março de 1968, quando da preparação de uma
Cacilda Becker.
passeata de protesto que se realizaria em função do mau
funcionamento do restaurante do Calabouço, no Rio de Janeiro,
cujas obras ainda não haviam terminado, havendo ratos,
baratas e falta de higiene, para o fornecimento de alimentação
aos adolescentes estudantes do científico (segundo grau), o
estabelecimento foi invadido pela Polícia Militar.[72]

Segundo oficialmente noticiado, a causa da invasão daquele


estabelecimento pela Polícia Militar era a reunião de
comunistas que estariam armando um golpe violento para
desestabilizar o regime. A invasão resultou na repressão
violenta de seiscentos alunos e na morte do estudante Edson
Manifestantes carregam um jovem Luís de Lima Souto, assassinado com um tiro no coração, com
ferido nos protestos de 21 de junho uma pistola calibre 0.45, pelo tenente Alcindo Costa, que
de 1968, que ficaram conhecidos comandava o Batalhão Motorizado da PM.[72]
como "sexta-feira sangrenta".[70]
Quando o restaurante estudantil Calabouço foi invadido pela
Polícia Militar, e Edson, de 18 anos de idade, assassinado, a
violência policial continuou. Outros estudantes, curiosos e
transeuntes foram feridos por estilhaços de granadas,
intoxicados por bombas de gás lacrimogêneo, gás fumígeno,
atingidos por balas de fuzis e metralhadoras disparadas a
esmo.[72]

Os confrontos entre a polícia e estudantes recrudesceram: os


policiais utilizavam fuzis 0.30, metralhadoras automáticas INA
Vladimir Palmeira, o líder do 0.45, escopetas calibre 12, pistolas de grosso calibre Colt 45,
movimento civil, discursando granadas estilhaçantes reais, granadas de gás lacrimogêneo,
durante a Passeata dos Cem Mil granadas de efeito moral, cavalaria hipo e autopropulsada com
contra a ditadura, em 1968. metralhadoras ponto cinquenta; os estudantes usavam como
armas paus, pedras, bombas caseiras, feitas com álcool e óleo
de cozinha, e bolinhas de gude para derrubar as montarias.[72]

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Segundo a imprensa (apesar da censura ferrenha) e registros nos hospitais locais, os feridos foram
200 civis, a maioria por espancamento, cento e três gravemente feridos, 85 por tiros de armas de
fogo e estilhaços de artefatos explosivos, e quatro militares com ferimentos leves. O tenente autor
do tiro foi preso e, após responder inquérito, foi liberado impune.[72]

Em 29 de março de 1968, houve um protesto de 50 mil pessoas no centro do Rio de Janeiro. Em


junho, uma multidão calculada em 100 mil pessoas realizou durante mais de sete horas uma
passeata de mães, padres, estudantes, artistas e intelectuais pela liberdade dos presos, episódio
que se tornou conhecido como Passeata dos Cem Mil. Foram 100 mil cidadãos, membros do
movimento estudantil, setores da Igreja Católica e grupos de senhoras a protestar, que
anteriormente haviam incentivado a Marcha da Família com Deus pela Liberdade e a Marcha da
Vitória, promoveram em passeata a segunda maior mobilização do período contra o regime
ditatorial até então, perdendo somente para o comício da Praça da Sé, em São Paulo.[73]

Segundo a imprensa, o movimento não registrou qualquer distúrbio. Começou com uma
concentração na Cinelândia, às dez horas e trinta minutos, seguiu pelo Largo da Candelária às 15
horas onde se deteve por 45 minutos para um comício, em seguida, rumou pela rua Uruguaiana até
à estátua de Tiradentes, na Praça XV de Novembro, onde encerrou às 17 horas. Agentes do DOPS e
do SNI acompanharam todo o movimento, filmando e fotografando a maior quantidade possível de
manifestantes, principalmente os líderes. O DOPS prendeu cinco estudantes que distribuíam
panfletos, um policial que incitava o apedrejamento do prédio do Conselho de Segurança Nacional
também foi preso e solto logo em seguida, ao ser constatada a sua função.[73]

AI-5

No governo estavam oficiais da linha dura, e as ruas eram dominadas


pelas greves dos operários e movimentos estudantis, organizações
essas lideradas por membros de esquerda. Neste clima, iniciou-se a
controvertida batalha entre o Estado e manifestantes que
reivindicavam o fim do regime. Como consequência, as liberdades
individuais foram suprimidas e o país definitivamente entrou em um
processo de radicalização entre os militares e a oposição, que gerou o
gradual fechamento do regime, até culminar com a promulgação do
Ato Institucional n.º 5 (AI-5).[69] O prazo de vigência do AI-5,
diferentemente dos atos institucionais anteriores, era indeterminado.
O ato dava ao presidente, entre outras prerrogativas extraordinárias, o
poder de cassar mandatos de políticos, de fechar o Congresso,
suspender o instituto do habeas corpus, impor censura prévia à Primeira página do AI-5.
imprensa, às artes e espetáculos, aposentar compulsoriamente Documento sob a guarda
professores universitários e prender dissidentes, enfim tudo o que do Arquivo Nacional.
fosse necessário para apagar qualquer vestígio de oposição ao governo.
Como definiria a crônica política, o AI-5 foi o golpe dentro do golpe —
o início dos chamados Anos de Chumbo.[74]

No dia 28 de agosto de 1969, o presidente Costa e Silva é acometido por trombose grave. Devido à
doença, no dia 31 de agosto de 1969 uma junta militar substituiu o Presidente da República e se
confirmou no poder, para evitar que o Vice-Presidente Pedro Aleixo assumisse, pois esse se
opusera à implantação do AI-5, sendo o único voto contrário, na reunião do Conselho de Segurança
Nacional que decidiu pela promulgação do AI-5.[69]

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A Junta Militar era composta pelos ministros do Exército (Aurélio de Lira Tavares), Força Aérea
(Márcio de Sousa e Melo) e Marinha (Augusto Hamann Rademaker Grünewald). No dia 1 de
setembro de 1969, o AI-12, foi baixado informando à nação brasileira o afastamento do presidente
e o controle do governo do Brasil pelos ministros militares.[69]

Governo Emílio Médici (1969-1974)

No dia 30 de outubro de 1969, o general Emílio Garrastazu Médici


assumiu a Presidência da República, sendo o terceiro general a ocupar
o cargo; inicialmente consolidou a comunidade de informações,
interligando todos os escritórios ligados ao SNI. Segundo a imprensa,
o combate às esquerdas se intensificou com o início da guerra suja. A
repressão aos movimentos de esquerda se intensificou, todos os
aparelhos de estado estavam interligados e funcionando a plena
potência, os sistemas de vigilância também estavam coordenados e
liderados por profissionais treinados nos Estados Unidos.[75]

Logo no início do governo começou a propagação da propaganda


institucional visando à elevação do moral da população. Slôganes eram
fartamente distribuídos e divulgados a todo instante em todos os
meios de comunicação. Músicas de apelo cívico eram divulgadas Emílio Garrastazu Médici
diariamente; a que mais se fixou no inconsciente coletivo foi a música (à esquerda) com o então
intitulada Este é um país que vai pra frente. Frases de efeito também presidente dos Estados
eram divulgadas e decalques distribuídos em todas as escolas infantis. Unidos Richard Nixon, em
dezembro de 1971.
Ao mesmo tempo se iniciou uma campanha de aprisionamento,
tortura e morte institucionalizada nos porões da ditadura, onde
pessoas eram torturadas e mortas pela repressão, ao mesmo tempo em
que se intensificaram os atentados e os sequestros praticados pelas guerrilhas.[75]

Entre alguns programas de desenvolvimento social que surgiram neste governo, estão: Programa
de Redistribuição de Terras e de Estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste - PROTERRA
(1971); Programa Especial para o Vale do São Francisco - PROVALE (1972); Programa de Polos
Agropecuários e Agrominerais da Amazônia - POLAMAZÔNIA (1974); Programa de
Desenvolvimento de Áreas Integradas do Nordeste - POLONORDESTE (1974).[76]

Milagre econômico

O presidente Médici, mesmo dispondo do AI-5, não cassou mandato de nenhum político, nos seus
4 anos e meio de mandato. O I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND - 1972-1974), definiu as
prioridades do governo Médici: crescer e desenvolver aproveitando a conjuntura internacional
favorável. Nesse período o Brasil cresceu mais depressa que os demais mercados latino-
americanos. Foram atingidos altos índices de desenvolvimento econômico sob a ideia do surto de
progresso que o país estaria vivendo. O governo anunciava à população o "milagre econômico", ou
"milagre brasileiro", projeto conduzido pelo então Ministro da Fazenda, Delfim Neto. Com a
abertura do país ao capital estrangeiro, dezenas de empresas multinacionais se instalaram no
Brasil e os grandes fazendeiros passaram a produzir para exportação.[77] A política salarial do
governo também prejudicou a alimentação da população. Estudos mostram que, entre 1963 e 1975,
a desnutrição passou de ⅓ para ⅔ da população brasileira, e a "desnutrição absoluta" chegou a
atingir 13 milhões, aproximadamente 1⁄7 da população. Em resposta a esse problema, o governo
baniu a palavra "fome" da mídia.[78]

Sobre o momento do "milagre brasileiro", Celso Furtado afirmou:

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Em síntese, nesse período, não obstante um


considerável aumento do produto interno, não se
assinala, na economia brasileira, nenhum ganho de
autonomia na capacidade de auto-transformação,
nem tampouco qualquer reforço da aptidão da
sociedade para auto-financiar o desenvolvimento.
— [79]

O Ministro da Fazenda de Médici, Delfim Neto, justificava a


distribuição de renda: "Não se pode colocar a distribuição de
Delfim Netto. renda na frente da produção. Se o fizermos, acabaremos
distribuindo o que não existe". Delfim Neto defendia com esta
frase a necessidade de investimento prévio em infraestrutura
como as usinas hidrelétricas sem as quais não haveria aumento da produção nacional.[48] O grande
beneficiado do "milagre" foi o capital estrangeiro e as empresas estatais que se expandiram muito
durante o regime militar, especialmente a Petrobrás, a Vale do Rio Doce e a Telebrás. Sufocada a
economia nacional privada, pequenas e médias empresas, perdiam espaço e o endividamento
externo crescia. Os trabalhadores, por sua vez, tinham seus salários aviltados, porém estando a
inflação baixa até à crise do petróleo de 1973. O maior crítico desse período foi o empresário Kurt
Rudolf Mirror que escreveu o livro "A ditadura dos cartéis", que chegou a ser censurado.[75]

O "milagre econômico" (1968-1973) era justificado pelo crescimento do produto interno bruto
(PIB) e, entre outros aspectos sociais e econômicos, pelo surgimento de uma nova classe média.
Médici utilizou a propaganda institucional maciça para promover o regime. Estabeleceu o senador
Filinto Müller, conhecido internacionalmente como "O carrasco que servia a Getúlio Vargas",
como presidente do Congresso Nacional e como chefe do partido situacionista, a ARENA. A
principal realização do governo Médici foi terminar com os movimentos guerrilheiros e
subversivos existentes no Brasil, combate este que ficou a cargo do ministro do exército Orlando
Geisel. A maior guerrilha brasileira, a Guerrilha do Araguaia, foi finalmente derrotada, abrindo
espaço para que o sucessor de Médici, Ernesto Geisel, iniciasse a abertura política.[75]

Governo Geisel e abertura política (1974-1979)

Geisel assumiu o governo (1974-1979) em um período de ajustamento


e redefinição de prioridades, grave endividamento externo, flutuações
de desempenho, dificuldades inflacionárias, e, mais tarde, a recessão:
o milagre econômico chegava ao fim. Segundo analistas econômicos, o
crescimento da dívida externa, mais a alta dos juros internacionais,
associados à alta dos preços do petróleo após a Guerra do Yom Kipur
no Oriente Médio, somaram-se e desequilibraram o balanço de
pagamentos brasileiro. Consequentemente houve o aumento da
inflação e da dívida interna.[80]

Com estes fatores, o crescimento econômico que era baseado no


endividamento externo, começou a ficar cada vez mais caro para a
Nação brasileira. Apesar dos sinais de crise, o ciclo de expansão
econômica iniciado em meados de 1969 não foi interrompido. Os General Ernesto Geisel.
incentivos a projetos e programas oficiais permaneceram, as grandes
obras continuaram alimentadas pelo crescimento do endividamento,
como a Ponte Rio-Niterói, necessária para a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara
que se deu em 1975, a Transamazônica e as grandes hidrelétricas (Tucuruí, Itaipu, etc.). Também é
de Ernesto Geisel o projeto de lei que cria o estado de Mato Grosso do Sul, entre 1977 e 1979.[80]

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A chegada de Jimmy Carter à Casa Branca em 1977 também dificultou a sustentabilidade político-
econômica do governo golpista, visto que Carter foi o primeiro presidente desde o assassinato de
John Kennedy em 1963 que não deu pleno apoio norte-americano a regimes anticomunistas
autoritários na América Latina.[80] Durante o governo Geisel, o Brasil foi um dos primeiros países
a reconhecer a independência de Angola e Moçambique que se tornaram, logo após a
independência, países socialistas.[80]

Uma das estratégias do governo para enfrentar o momento de


crise era constituir um meio de ir abrandando alguns aspectos
da ditadura. A esse movimento deu-se o nome de "distensão".
Gradual e vagarosamente iniciava-se um processo de transição
para a democracia plena sem "acerto de contas" com o passado:
sem questionamentos quanto às medidas adotadas pelo
governo em relação à economia e, principalmente, em relação à
condução política. Geisel chamava a esta distensão de:
A Usina Hidrelétrica de Itaipu foi "abertura lenta, gradual e segura", a fim de não criar atritos
construída entre 1975 a 1982. com militares da linha-dura que não queriam a abertura
política.[80]

Com a crise econômica veio a crise política, nas fábricas, comércio e repartições públicas o povo
começou um lento e gradual descontentamento. Iniciou-se uma crise silenciosa onde todos
reclamavam do governo (em voz baixa) e de suas atitudes. Apesar da censura e das manipulações
executadas pela máquina estatal numa tentativa de manter o moral da população, a onda de
descontentamento crescia inclusive dentro dos quadros das próprias Forças Armadas, pois os
militares de baixo escalão sentiam na mesa de suas casas a alta da inflação.[80]

Com o tempo, vendo que o país estava indo para uma inflação desencadeada pela falta de
incentivos aos insumos básicos, os militares, liderados por Geisel, resolveram iniciar um
movimento de distensão para abertura política institucional, lenta, gradual e segura,[81] segundo
suas próprias palavras. Este movimento acabaria por reconduzir o país de volta à normalidade
democrática.[80]

Governo Figueiredo e declínio (1979-1985)

Sílvio Frota general da chamada "linha dura" é expurgado do governo


com a sua exoneração do Ministério do Exército, pois estava
articulando manobras contra a distensão. A demissão de Frota do
cargo de Ministro do Exército por Geisel simbolizou o retorno da
autoridade do Presidente da República sobre os ministros militares,
em especial do Exército. Esta lógica esteve invertida desde o golpe de
64 com diversos ministros militares definindo questões centrais do
país tais como a sucessão presidencial. Foi um passo importante no
processo de abertura política com posterior redemocratização plena do
país e retorno dos civis ao poder.[82]

Em 1978, novas regras são impostas à sociedade brasileira. Novamente


é aumentado o arrocho contra as liberdades individuais e coletivas da
população, alguns setores produtivos são postos sob a "Lei de General Figueiredo.
Segurança Nacional", sob a razão de serem de importância estratégica
para o país. São proibidas as greves nos setores petrolífero, energético
e de telecomunicações. A sociedade responde com mais descontentamento ainda.[82]

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Em 23 de agosto o MDB indica o General Euler Bentes Monteiro e o senador Paulo Brossard como
candidatos a presidente e vice. No dia 15 de outubro, o Colégio Eleitoral elege o general João
Batista de Oliveira Figueiredo, candidato apoiado pelo então presidente Geisel, para presidente,
com 355 votos, contra 266 do general Euler Bentes. Em 17 de outubro de 1978, a Emenda
Constitucional n.º 11 revogou o AI 5.[82] Em 1979, lança a "Anistia", caminho direto à
redemocratização e à reforma partidária, que pôs fim ao bipartidarismo. Essa reforma permitiria a
divisão da oposição e como resultado, a divisão das ideias divergentes que não permitiam a
ascensão do MDB.[83]

Com uma nova estrutura política em 1982 no país, os militares


encontram dificuldades para manter-se no poder, já que as
eleições diretas para governadores elegem dez da oposição,
incluindo os de SP, RJ e MG, os mais fortes na disputa
política.[83]

Com a posse de João Baptista de Oliveira Figueiredo e a crise


econômica mundial aumentando aceleradamente, a quebra da
Manifestação das Diretas Já em
economia de muitos países, inclusive do Brasil se iniciou. As
Brasília, diante do Congresso
famosas medidas "ortodoxas" impostas por Delfim Netto e pelo
Nacional.
banqueiro ministro Mário Henrique Simonsen na economia,
vieram a agravar ainda mais a situação monetária do país,
fazendo o PIB despencar 2,5% em 1983. Durante esse período
ocorreu no Brasil um fenômeno inédito na história da economia mundial conhecido como
estagflação.[84]

Durante o período entre 1983 e 1984, um movimento civil de reivindicação por eleições
presidenciais diretas no Brasil que ficou conhecido como Diretas Já. A possibilidade de eleições
diretas para a Presidência da República no Brasil se concretizou com a votação da proposta de
Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo Congresso. Entretanto, a Proposta de Emenda
Constitucional foi rejeitada, frustrando a sociedade brasileira. Ainda assim, os adeptos do
movimento conquistaram uma vitória parcial em janeiro do ano seguinte quando Tancredo Neves
foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral.[85]

Colapso do regime

O final do governo militar de 1964 culminou com a


hiperinflação, e grande parte das obras paralisadas pelos
sertões do Brasil. Devido ao sistema de medição e pagamento
estatal, as empreiteiras abandonaram as construções,
máquinas, equipamentos e edificações.[82]

Em 8 de maio de 1985, o congresso nacional aprovou emenda


constitucional que acabava com alguns vestígios da ditadura.
Algumas das medidas aprovadas: por 458 votos na câmara e 62 Ulysses Guimarães segurando a
no senado foi aprovada a eleição direta para presidente (mas Constituição de 1988 nas mãos.
em dois turnos); com apenas 32 votos contra na câmara e 2 no
senado, foi aprovado o direito ao voto para os analfabetos; os
partidos comunistas deixaram de ser proibidos; os prefeitos de capitais, estâncias hidrominerais e
municípios considerados de segurança nacional voltariam a ser eleitos diretamente; o Distrito
Federal passou a ser representado no Congresso Nacional por três senadores e oito deputados
federais e acabou com a fidelidade partidária.[82]

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Finalmente em 28 de julho, Sarney enviou a emenda constitucional que convocava a Assembleia


Nacional constituinte, que foi aprovada em 22 de novembro (Emenda Constitucional 26). Na
verdade, por uma conveniência política, a Constituinte seria composta pelos mesmos deputados
legisladores.[82]

Eleita em 15 de novembro de 1986 e empossada em 1 de fevereiro de 1987, a constituinte funcionou


até 5 de outubro de 1988 quando foi promulgada a Constituição.[82]

Estado policial

Atos Institucionais

No dia 7 de abril, os ministros militares ignoraram o "Ato Constitucional" dos líderes


parlamentares, que limitavam o expurgo no serviço público em todos os níveis, e deram início à
série de "Atos Institucionais". Foram decretados dezessete atos institucionais,[86] e cento e quatro
complementares a eles, durante o governo militar, que pela própria redação eram mandados
cumprir, diminuindo assim algumas liberdades do cidadão.[31][87]

Em seus primeiros quatro anos, o governo militar foi consolidando o


regime. O período compreendido entre 1968 e 1975 ficou conhecido na
crônica política como Anos de Chumbo.[74] Os Atos Institucionais
restringiram os direitos dos eleitores brasileiros, que cancelavam a
validade de alguns pontos da Constituição Brasileira, criando um
Estado de exceção e suspendendo a democracia plena. Foram cassados
os direitos políticos de praticamente todos os políticos e militares tidos
como simpatizantes do comunismo, ou que se suspeitava receber apoio
dos comunistas.[31][87]

Ao longo dos governos dos generais Humberto de Alencar Castelo


Branco (1964-1967) e Artur da Costa e Silva (1967-1969), os Atos
Institucionais foram promulgados e emendaram a Constituição
durante todo o período da ditadura. Foi o fim do Estado de direito e
Primeira página do AI-2.
das instituições democráticas. A partir de 1 de abril, na prática uma
Documento sob a guarda
junta militar governava o Brasil, porém formalmente foi declarado
do Arquivo Nacional.
vago o cargo de presidente da república, pelo senador Auro de Moura
Andrade, presidente do Senado Federal, que empossou o presidente da
Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli na presidência,[52] e com a
eleição de Humberto de Alencar Castelo Branco presidente da república pelo Congresso Nacional
em 11 de abril, este toma posse na presidência em 15 de abril de 1964 para completar o mandato de
Jânio Quadros, que iria de 31 de janeiro de 1961 até 31 de janeiro de 1966.[31][54][87]

Em 9 de abril, foi baixado o "Ato Institucional", redigido por Francisco Campos, e que era para ser
o único ato institucionalizador da "revolução de 1964". Porém, depois da edição do AI-2, o "Ato
Adicional" inicial foi numerado como AI-1. O "Ato Institucional" transferia poderes excepcionais
para o executivo, ao mesmo tempo em que subtraia a autonomia do legislativo. O AI-1 marcava
eleições presidenciais para outubro de 1965 e concedia à Junta, entre outros tantos, o poder de
cassar mandatos parlamentares. Dois dias depois, o marechal Castelo Branco — chefe do Estado-
Maior e coordenador do golpe contra Jango — foi eleito presidente pelo Congresso. Houve uma
razão lógica para a decretação do Ato, que foi uma medida mais estratégica do que o diálogo. Os
políticos, em sua maioria, estavam reticentes quanto aos caminhos que seriam tomados pelo
governo de então. Naquela altura, a conversa, o convencimento pela razão e pelos argumentos

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seriam inócuos e demandariam muito tempo, o que daria espaço e


fôlego aos depostos ou à oposição de se reorganizar. Os militares
acreditavam na necessidade urgente de legitimar o golpe "por si
mesmo".[31][87]

Novas medidas vieram, com o enrijecimento ainda maior da ditadura:


revogação da nacionalização das refinarias de petróleo; revogação dos
decretos de desapropriação de terras; cassação e suspensão de direitos
políticos; demissão de funcionários públicos; instauração de
inquéritos; e o rompimento de relações diplomáticas com Cuba. O
governo da ditadura difundiu a ideia de que a intervenção militar
impediu a implantação de um regime comunista no Brasil e utilizou-se
desse argumento para justificar as suas ações arbitrárias e violentas,
sendo que o jornalista Luís Mir, em seu livro "A Revolução
Primeira página do AI-3.
Impossível", detalha o apoio de Cuba e da China comunista à
Documento sob a guarda
revolução armada no Brasil pelos vários grupos esquerdistas
do Arquivo Nacional.
existentes. Os comunistas do antigo Partido Comunista Brasileiro
(PCB), pró-soviético, optou por ingressarem seus membros como
Alberto Goldman e Roberto Freire no Movimento Democrático Brasileiro (MDB).[31][87]

Assim, os Atos Institucionais e seus complementares se sucederam até o número dezessete. Em 13


de dezembro de 1968, o presidente Costa e Silva decretou, mandou publicar e cumprir o Ato
Institucional Número 5,[88][89] AI-5, cancelando todos os dispositivos da Constituição de 1967 que
porventura ainda pudessem ser utilizados pela oposição.[31][87]

A cassação de direitos políticos, agora descentralizada, poderia ser decretada com extrema rapidez
e sem burocracia; o direito de defesa ampla ao acusado foi eliminado; suspeitos poderiam ter sua
prisão decretada imediatamente, sem necessidade de ordem judicial; os direitos políticos do
cidadão comum foram cancelados e os direitos individuais foram eliminados pela instituição do
crime de desacato à autoridade. Os militares assumiram definitivamente que não estavam
dispostos a ser um poder moderador e sim uma ditadura, colocaram a engrenagem para rodar as
teses da Escola Superior de Guerra (ESG), o desenvolvimentismo imposto à sociedade.[31][87]

Expurgos

No texto de abertura do Ato Institucional (depois chamado de


Ato Institucional n° 1) de 9 de abril de 1964,[90] o movimento
de 1964 (referido como "revolução vitoriosa" que "se legitima
por si mesma" e "se investe no exercício do Poder Constituinte",
"na sua forma mais expressiva e mais radical") é definido como
"civil e militar":

À NAÇÃO
Leitura do Ato Institucional nº 1 por
É indispensável fixar o conceito do movimento civil Siseno Sarmento.
e militar que acaba de abrir ao Brasil uma nova
perspectiva sobre o seu futuro. O que houve e
continuará a haver neste momento, não só no
espírito e no comportamento das classes armadas,
como na opinião pública nacional, é uma autêntica
revolução.
A revolução se distingue de outros movimentos
armados pelo fato de que nela se traduz, não o
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interesse e a vontade de um grupo, mas o interesse e


a vontade da Nação.
A revolução vitoriosa se investe no exercício do
Poder Constituinte. Este se manifesta pela eleição
popular ou pela revolução. Esta é a forma mais
expressiva e mais radical do Poder Constituinte.
Assim, a revolução vitoriosa, como Poder
Constituinte, se legitima por si mesma. Ela destitui o
governo anterior e tem a capacidade de constituir o
novo governo. Nela se contém a força normativa,
inerente ao Poder Constituinte. Ela edita normas
jurídicas sem que nisto seja limitada pela
normatividade anterior à sua vitória. Os Chefes da
revolução vitoriosa, graças à ação das Forças
Armadas e ao apoio inequívoco da Nação,
representam o Povo e em seu nome exercem o Poder
Constituinte, de que o Povo é o único titular (…)
— [90]

O Ato Institucional foi redigido por Francisco Campos e baixado pela junta militar (oficialmente,
Comando Supremo da Revolução), constituída pelos Comandantes-em-Chefe do Exército (General
de Exército Arthur da Costa e Silva), da Marinha (Vice-Almirante Augusto Hamann Rademaker
Grunewald) e da Aeronáutica (Tenente-Brigadeiro Francisco de Assis Correia de Mello), que
também eram ministros de Ranieri Mazzilli, e que de fato exerciam o poder durante o segundo
período de Ranieri na presidência.[90]

No dia 10 de abril de 1964, o chamado Comando


Supremo da Revolução divulgou o "Ato do Comando
Supremo da Revolução nº 1", que, "nos termos do
artigo 10 do Ato Institucional, de 9 de abril de 1964",
suspendia, pelo prazo de dez anos, os direitos
Slogan Brasil, ame-o ou deixe-o, onde "amar" é políticos de cem cidadãos, dentre os quais o
sinônimo de aceitar as leis constitucionais, e presidente deposto, João Goulart, o ex-presidente
"deixe-o" um termo figurativo para aqueles que Jânio Quadros, o secretário-geral do proscrito Partido
não concordavam com o regime militar. [91] Comunista Brasileiro (PCB) Luís Carlos Prestes, os
governadores Miguel Arraes, de Pernambuco, o
deputado federal e ex-governador do Rio Grande do
Sul Leonel Brizola, o deputado federal por Roraima e ex-governador do Amazonas Gilberto
Mestrinho, o desembargador Osni Duarte Pereira, o economista Celso Furtado, o embaixador
Josué de Castro, o ministro da Justiça do governo deposto, Abelardo de Araújo Jurema, os ex-
ministros Almino Afonso, do Trabalho, e Paulo de Tarso, da Educação, o presidente da
Superintendência da Política Agrária (Supra) do governo deposto, João Pinheiro Neto, o reitor da
Universidade de Brasília, Darcy Ribeiro, o assessor de imprensa de Goulart, Raul Riff, o jornalista
Samuel Wainer e o marechal Osvino Ferreira Alves, presidente da Petrobrás. A lista ainda incluía
29 líderes sindicais, como o presidente do então extinto Comando Geral dos Trabalhadores (CGT),
Clodesmidt Riani, além de Hércules Correia, Dante Pellacani vice-presidente da CNTI e do CGT,
Osvaldo Pacheco secretário-geral do CGT e Roberto Morena.[92][93]

No mesmo dia, foi publicado "Ato do Comando Supremo da Revolução nº 2", cassando o mandato
de 40 membros do Congresso Nacional, que já haviam sido incluídos no ato de suspensão dos
direitos políticos.[93][94][95]

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No dia seguinte, 11 de abril, é baixado o Ato do Comando Supremo nº


3,[96] que transferiu para a reserva cento e vinte e dois oficiais das três
Forças Armadas (77 do Exército, 14 da Marinha e 31 da Aeronáutica).
Na sequência, o Ato do Comando Supremo n° 4, do dia 13 de abril,
suspende, por dez anos, os direitos políticos de 62 pessoas — dentre as
quais, 36 oficiais já atingidos pelo Ato n° 3. Muitos outros — civis e
militares — ainda seriam atingidos por atos semelhantes, baixados nos
dias que se seguiram.[97]

Em 1966 foram ainda cassados seis parlamentares, com o Ato


Institucional número 5 foram cassados 105 congressistas.[98] O
Supremo Tribunal Federal foi inicialmente aumentado de onze para
dezesseis assentos, para diluir o poder dos ministros indicados por
João Goulart e Juscelino Kubitschek.[98] Com o AI-5 foram Jânio Quadros, ex-
expurgados três ministros e seu presidente e o substituto pediram presidente, um dos
demissão; com a saída destes cinco, Médici retornou o Tribunal ao expurgados da vida política
tamanho original.[98] pelo golpe militar de 1964.

Em abril de 1969 foram expurgados 65 professores, entre eles João


Batista Vilanova Artigas, Fernando Henrique Cardoso, Eulália Maria Lahmeyer Lobo e Caio Prado
Júnior.[98]

Lei Falcão

Em 1974, Ernesto Geisel afirma em discurso sua intenção de modificar a política ditatorial, ao
passo que estabelece os limites de uma nova estrutura política no país. Alessandra Carvalho cita
(do próprio discurso de Geisel) esses limites como um “gradual mais seguro aperfeiçoamento
democrático”.[83]

Geisel acreditava que seu objetivo seria reafirmado pela população nas eleições legislativas, que
apoiariam a manutenção do regime. Para isso a disputa entre ARENA e MDB deveria existir de
maneira mais eficaz, por este motivo, foi permitida a propaganda eleitoral em rede nacional e o
estímulo a participação popular. No entanto, a oposição aumenta sua participação política na
Câmara de 16% para 44% sua bancada. Vendo o desenvolvimento do partido, o MDB utiliza a
estratégia militar para crescer e se fortalecer. Esse resultado refletia o apoio da população aos
programas que defendiam respeito aos direitos humanos; revogação do AI-5 e do decreto-lei 477;
anistia; fim das prisões, das torturas, dos desaparecimentos e dos assassinatos de presos
políticos.[83]

Para evitar que este fato acontecesse novamente, Ernesto Geisel promulga a “Lei Falcão” em 1976,
derivada do sobrenome do Ministro da Justiça, Armando Falcão, que tinha o objetivo principal de
impedir a politização das eleições, impondo limitações a propaganda eleitoral nos meios de
comunicação. Os candidatos não podiam defender suas plataformas de campanha, ou criticar o
governo. Na televisão, era permitido aparecer a foto do candidato na tela e a leitura, por um
locutor, de um pequeno currículo sobre a sua vida. Além dessa medida, Geisel cassa o mandato de
diversos parlamentares por não cumprirem com o “gradualismo” demandado pelos militares.[99]

Pacote de Abril

Apesar da distensão, o governo continuava perseguindo a oposição. Em outubro de 1975, o


jornalista Vladimir Herzog foi assassinado no II Exército, em São Paulo. Três meses depois,
também no II Exército, foi assassinado o operário Manoel Fiel Filho. Geisel reagiu, demitindo o

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comandante do II Exército, atual Comando Militar do Sudeste,


o general de exército Ednardo D'Ávila Mello.[99]

As manifestações colocavam-se abertamente contra a ditadura:


jornais independentes, estudantes, sindicalistas, intelectuais e
profissionais liberais, reunidos, questionavam os rumos da
distensão imposta por Geisel. Quanto mais a oposição crescia,
Há 40 anos, ditadura fechava o mais o governo reagia. Em 1 de abril de 1977, para assegurar a
Congresso, reportagem do Arquivo manutenção do regime e vitória da ARENA, decreta um recesso
S do Jornal do Senado. temporário do Congresso e lança o "Pacote de Abril".[99]

As novas regras determinavam que um terço dos senadores


seriam eleitos indiretamente; a Constituição poderia ser alterada somente com a maioria absoluta,
não mais com os dois terços antes exigidos; os governadores de estado seriam eleitos
indiretamente (1978); limitou o acesso à radio e à televisão e a bancada de deputados federais
passou a ser calculada pela totalização da população, não mais pelo número de eleitores. Como
resposta, instituições como a OAB e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), além de setores da
Igreja Católica, atacam a atuação dos militares, denunciando crimes aos direitos humanos.[99]

Lei de Segurança Nacional

No dia 3 de Março de 1967 é mandada cumprir a primeira Lei de


Segurança Nacional do regime militar. O crime de opinião, o crime
político, o crime de subversão, o enquadramento de qualquer cidadão
à Lei de Segurança Nacional, sua expulsão do Brasil e a vigilância de
seus familiares, bem como a indisponibilidade dos seus bens, estavam
agora institucionalizados e eram legais.[93]

Com a nova constituição promulgada em 24 de janeiro de 1967,


Castello Branco faz a ditadura militar ser legalizada e a implantação do
estado de exceção passa a ser constitucional. Em 29 de dezembro de
1978, é sancionada a nova lei de segurança nacional, que prevê penas
mais brandas, possibilitando a redução das penas dos condenados pelo
regime militar. Decreto possibilita o retorno de banidos pelo Parte preambular da Lei
regime.[93] Brasileira de Segurança
Nacional.
Em função dos acontecimentos que começaram a se radicalizar,
aumentando os casos de sequestro, assaltos a bancos para financiar o
combate a ditadura, assassinatos de recrutas das Forças Armadas para roubo de armas e munições,
no dia 18 de setembro de 1969 os ministros militares e ministros civis que assumiram ao governo
mandam aprovar nova Lei de Segurança Nacional, que institucionalizou a pena de morte e a prisão
perpétua em território brasileiro, contudo por engano de interpretação, já que a pena de morte já
era prevista na Constituição vigente e também continuou prevista na Constituição Cidadã de 1988,
nos casos de crimes militares cometidos em tempo de guerra e conflito armado.[100]

Serviço Nacional de Informações

Logo após a eclosão do golpe, no dia 13 de junho de 1964, foi criado o Serviço Nacional de
Informações (SNI), onde eram catalogados e fichados aqueles que eram considerados inimigos do
Estado. Dirigentes do SNI, caso achassem oportuno, expediam ordens de vigilância, quebra de
sigilo postal e telefônico daqueles suspeitos que eram considerados perigosos à Segurança
Nacional.[93]

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O SNI substituiu o Departamento Nacional de Propaganda (DNI), que


por sua vez havia substituído o Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP), que substituiu o Departamento de Propaganda e
Difusão Cultural (DPDC) que em 1934 havia substituído o
Departamento Oficial de Propaganda, DOP. Logo, seu acervo era
gigantesco, pois, detinha informações de milhares cidadãos
brasileiros.[93]

O Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), uma entidade


fundada em 2 de fevereiro de 1962, cujo financiamento foi procedido
por empresas brasileiras e estrangeiras, forneceu milhares de dossiês,
gravações de grampos telefônicos e documentos ao SNI, pois seu
comandante, o general Golbery do Couto e Silva era diretor do
instituto.[93]

O SNI coordenava e catalogava todas as informações que poderiam ser Documento do SNI sobre
relevantes: cidadãos e suas ações eram rastreados, grampeados, Stuart Angel Jones, 1971.
fotografados. O principal foco no rastreamento e na interceptação de
informações eram os movimentos de esquerda. O serviço foi mantido
durante o governo do Presidente José Sarney (1985-1990) com uma estrutura denominada de
"comunidade de informações" que contava com 248 órgãos integrantes do sistema do SNI.[101]

Repressão
A repressão se instalou imediatamente após o golpe de Estado antes do
começo da luta armada.[102] As associações civis contrárias ao regime
eram consideradas inimigas do Estado, portanto passíveis de serem
enquadradas. Militares contrários ao regime também passaram a ser
sistematicamente presos, perseguidos ou torturados — de acordo com
dados compilados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), em mais
de duas décadas de ditadura no Brasil, o regime perseguiu, prendeu ou
torturou 6591 militares das próprias Forças Armadas.[103]

Muitas instituições foram reprimidas e fechadas, seus dirigentes


presos e enquadrados, suas famílias vigiadas. Na mesma época se
formou dentro do governo um grupo que depois seria chamado de
comunidade de informações. As greves de trabalhadores e estudantes Quartel do 1º B.P.E. sede
foram proibidas e passaram a ser consideradas crime; os sindicatos do DOI-CODI Rio de
sofreram intervenção federal, os líderes sindicais que se mostravam Janeiro, usado como
contrários eram enquadrados na Lei de Segurança Nacional como centro de tortura durante a
subversivos. Muitos cidadãos que se manifestaram contrários ao ditadura militar.
regime foram indiciados em Inquéritos Policiais Militares (IPM).
Aqueles cujo inquérito concluísse culpados, eram presos. Políticos de
oposição tiveram seus mandatos cassados, suas famílias postas sob vigilância. Muitos foram
processados e expulsos do Brasil e tiveram seus bens indisponíveis.

No dia 25 de julho de 1966 explode uma bomba no aeroporto Internacional dos Guararapes, em
Recife, Pernambuco. Várias pessoas ficam feridas, três morreram. O fato foi interpretado como
atentado contra Costa e Silva.[104]

Havia dezenas de organizações de guerrilhas de esquerda que combatiam o regime ditatorial dos
militares, cada uma seguindo uma diferente orientação do movimento comunista. De acordo com
uma lista divulgada por clubes militares, 126 pessoas morreram por conta de ataques de

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guerrilheiros, mas essa contagem foi criticada por conter nomes de


pessoas ainda vivas e por incluir mortes ocorridas por enganos ou por
acidente.[105]

Por volta de 1967, vários grupos esquerdistas optaram pela luta


armada porque, segundo as ideias esquerdistas daquela época, os
setores civis e militares que haviam derrubado o presidente João
Goulart e que implantaram uma ditadura no Brasil eram parte da
burguesia responsável pelo atraso econômico e social do país.[106]
Carlos Marighella rompe com a estratégia do PCB de se abrigar no
MDB, e, em 17 de agosto de 1967, Marighella enviou uma carta ao
Comitê Central do PCB, rompendo definitivamente com o partido.

Em seguida, deu total apoio e solidariedade às resoluções adotadas


pela OLAS. Nesse documento ele escrevia: Imagem do jornalista
Vladimir Herzog morto no
DOI-CODI de São Paulo.
No Brasil há forças revolucionárias convencidas de que o
dever de todo o revolucionário é fazer a revolução. São estas
forças que se preparam em meu país e que jamais me
condenariam como faz o Comitê Central só porque
empreendi uma viagem a Cuba e me solidarizei com a OLAS
e com a revolução cubana. A experiência da revolução
cubana ensinou, comprovando o acerto da teoria marxista-
leninista, que a única maneira de resolver os problemas do
povo é a conquista do poder pela violência das massas, a
destruição do aparelho burocrático e militar do Estado a
serviço das classes dominantes e do imperialismo e a sua
substituição pelo povo armado!
— Carlos Marighela

A população era massificada pela propaganda institucional e


pela propaganda nos meios de comunicação, que ou eram
amordaçados pela censura ou patrocinavam a ditadura com
programas de televisão como: Amaral Neto, o Repórter; Flávio
Cavalcanti, entre outros, com audiência de até dez milhões de
telespectadores em horário nobre, número muito expressivo
para a época. Havia muitos programas locais com farta
publicidade também de cunho institucional, as maravilhas e a
Missa em homenagem a Vladimir grandeza do país eram enaltecidas, slogans eram distribuídos
Herzog reuniu 8 mil pessoas na fartamente em todos os meios de comunicação. Nesta época,
Praça da Sé, em São Paulo, no dia foram liberados milhões de dólares a juros baixos para a
31 de outubro de 1975. [107] montagem de centenas de canais de televisão e ampliação das
grandes redes de alcance nacional. O Ministério das
Comunicações e o Departamento Nacional de
Telecomunicações, liberaram milhares de canais de rádio e de televisão, a fim de possibilitar a
formação de uma rede nacional de telecomunicações de alcance continental.

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A censura aos meios de comunicação era executada pelo CONTEL,[108] comandado pelo Serviço
Nacional de Informações (SNI) e pelo DOPS, proibiu toda e qualquer exibição em território
nacional de filmes, reportagens, fotos, transmissão de rádio e televisão, que mostrassem tumultos
em que se envolvessem estudantes. As apresentações na televisão exibiam um certificado contendo
os dados da empresa de comunicações responsável rubricado pelos censores de plantão.

Violações aos direitos humanos

A ditadura militar foi instituída pela violação dos direitos


políticos de todos os cidadãos brasileiros, pois depôs um
governo democraticamente eleito, e pela supressão de direitos e
garantias individuais pelos sucessivos Atos Institucionais (AI) e
leis decretados pelos chefes do regime. Entre 1968 e 1978, sob
vigência do AI-5 e da Lei de Segurança Nacional de 1969,
ocorreram os chamados Anos de Chumbo, caracterizados por
um estado de exceção total e permanente, controle sobre a
mídia e a educação e sistemática censura, prisão, tortura, Monumento Tortura Nunca Mais, no
assassinato e desaparecimento forçado de opositores do regime. Recife.
A prisão arbitrária por tempo indeterminado (suspensão do
habeas corpus) e a censura prévia foram especialmente
importantes para a prática e acobertamento da tortura. A
legalidade democrática, porém, só foi estabelecida a partir de
1988, com a Assembleia Nacional Constituinte e as eleições
diretas para o poder legislativo e o poder executivo em nível
municipal, estadual e federal.[31][87][89]

"Decisão do presidente brasileiro Ernesto Geisel de


continuar a execução sumária de subversivos
perigosos sob certas condições" Monumento em Homenagem aos
— William Colby, Diretor da CIA se referindo à perseguição Mortos e Desaparecidos Políticos
no governo Geisel.[109] no Parque Ibirapuera, em São
Paulo.

Para ampliar a repressão com mais eficiência, no dia 1 de julho


de 1969, o governador de São Paulo, Abreu Sodré, criou a Operação Bandeirante (OBAN), para
reprimir e perseguir no estado todos aqueles que se opõem à ditadura. No dia 25 de janeiro de
1969, Carlos Lamarca, capitão do Exército Brasileiro, foge do quarto Regimento de Infantaria,
levando consigo dez metralhadoras INA ponto quarenta e cinco, e sessenta e três fuzis automáticos
leves FN FAL. A deserção de Lamarca, além do sequestro do Embaixador poucos meses antes,
levaram os militares às últimas consequências para acabar de uma vez por todas com a resistência
armada no Brasil. Os comunistas e delatores de excessos e arbitrariedades do exército passaram a
ser perseguidos e mortos implacavelmente pelos esquadrões da morte em todo o país e no exterior
pelo Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEEW).[110] De acordo com reportagem do
portal UOL, famílias inteiras eram torturadas e até crianças filhas de militantes comunistas eram
sequestradas.[111] Nas prisões do Exército, os detentos eram torturados: choques elétricos,
afogamentos, "suicídios" e agressões de toda ordem se constituíam em práticas rotineiras. O jovem
estudante Stuart Angel foi preso, torturado e teve a boca atada ao escapamento de um jipe militar
que o arrastou pelo pátio do quartel onde estava detido. Angel morreu na primeira volta.[112]

A partir de 1975, o regime civil-militar brasileiro aliou-se secretamente aos regimes semelhantes na
Ditadura de Pinochet, Regime militar paraguaio, Regime militar uruguaio, e, a partir de 1976,
Regime militar argentino, para a implementação da Operação Condor. Consistia em um plano
secreto de extermínio da oposição política aos regimes de extrema-direita do Cone Sul e na
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Europa,[113] cujos resultados foram, no mínimo, 85 mil mortos e desaparecidos e 400 mil
torturados além de mais de mil estrangeiros expulsos do Brasil.[114] O regime militar brasileiro foi
considerado o líder da Operação Condor.[115]

Paulo Evaristo Arns e Hélder Câmara, fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,
que lutaram pelos direitos humanos nos tempos do integralismo, no governo de Getúlio Vargas,
também passaram a contestar o regime militar.[116] A CNBB, que inicialmente havia celebrado o
golpe com agradecimentos a Nossa Senhora Aparecida, também acabou por se constituir em força
de resistência ao regime.[117]

Investigações e estimativas

A lei que instituiu a Comissão Nacional da Verdade (CNV), que


investigou as violações de direitos humanos ocorridas entre 18
de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988 no Brasil[118] por
agentes do estado,[119] foi sancionada pela presidente Dilma
Rousseff em 18 de novembro de 2011[118][120] e a comissão foi
instalada oficialmente em 16 de maio de 2012.[121] Conforme
levantamento da CNV, no primeiro ano do regime militar
imposto pelo golpe de 1964, pelo menos 50 mil pessoas foram
Enterro de vítima da ditadura militar presas no Brasil[122] e cerca de 30 formas diferentes de tortura
em 14 de dezembro de 1964. foram usadas pelos militares contra civis durante a
ditadura.[123] Em 10 de dezembro de 2014 a Comissão Nacional
da Verdade entregou seu relatório final a Rousseff.[124]

A Comissão de Anistia, desde 2001, recebeu 70 mil requerimentos de compensação por


perseguições sofridas durante o governo militar.[125] Estima-se que, no mínimo, 50 mil pessoas
foram presas, no mínimo 20 mil torturadas, e outros milhares foram exilados e cassados.[126]
Expulsões das universidades e do serviço público eram outros instrumentos de repressão política.

Em 9 de junho de 2013, o presidente da Comissão Estadual da


Verdade do Rio de Janeiro e da Comissão Nacional de Direitos
Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih
Damous,[127] pediu à Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
que demita o seu diretor-geral adjunto, Ronaldo Martins
Belham, por este ser filho do general da reserva remunerada
José Antonio Nogueira Belham, chefe do DOI-Codi do Rio de
Janeiro na época em que ex-deputado federal Rubens Paiva foi
Manifestantes simulam o método cruelmente morto, em 1971, após ter sido preso no Rio de
de tortura conhecido como pau de Janeiro. A Presidenta Dilma Rousseff, apesar de ser vítima das
arara em Brasília. torturas no regime militar (1964-1984), mantém simpatizantes
do período autoritário em cargos comissionados relevantes da
Administração Federal, a exemplo do referido diretor da Abin.

Segundo a Comissão de Mortos e Desaparecidos e a Comissão de Anistia, 457 pessoas foram


assassinadas ou desaparecidas pela repressão política governamental, e mais 370 serão incluídos
na listagem oficial, a partir de um estudo que identificou mais de 1196 vítimas da repressão política
no campo e no exterior, até então excluídas da lista.[128][129][130] As 457 vítimas identificadas pela
Comissão de Mortos e Desaparecidos e pela Comissão de Anistia e as outras 858 vítimas
identificadas pelo Retrato da repressão política no campo não incluem os massacres em
hospitais,[131][132] diversas ações da Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW) e
genocídios indígenas em campos de concentração,[133][134] embora o governo tenha usado
indígenas na repressão.[135][136][137]

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O brasilianista Anthony Pereira, do King's College London, afirma que o número de mortos e
desaparecidos é menor na ditadura militar brasileira devido ao governo militar ter feito do Poder
Judiciário um braço da repressão, ao aplicar a Lei de Segurança Nacional em processos políticos, o
que não ocorreu na ditadura militar de Augusto Pinochet no Chile e na ditadura militar argentina,
onde as mortes e desaparecimentos forçados ocorreram de forma clandestina e extrajudicial.
Segundo Pereira, o fato de o Poder Judiciário não ter sido ignorado pelo regime militar brasileiro
garantiu que parte significativa dos presos políticos tivessem seu paradeiro rastreado e algum
espaço para a defesa, ainda que limitada. Segundo o brasilianista, no Brasil, ocorreram cerca de
7.400 processos políticos, enquanto na Argentina, apenas 350 processos.[138]

Censura e controle social

O apoio da imprensa ao regime ditatorial, que fez vistas grossas


à deposição sem amparo legal do governo democraticamente
eleito de Goulart, se torna em desilusão com a atuação do
governo militar e passa a criticar as ações arbitrárias da Junta
Militar e, depois, de Castelo Branco. A Revista Civilização
Brasileira em seu primeiro número (março de 1965), no artigo
"terrorismo cultural", diz que "(…) não se limitará a um Prédio da Faculdade de Filosofia,
nacionalismo sentimentalista e estreito, nem se deixará Ciências e Letras (FFCL) da
envolver pelo projeto geopolítico ou o planejamento estratégico Universidade de São Paulo (USP)
continental que o Departamento de Estado e o Pentágono após princípio de incêndio durante
promovem e que alguns dos nossos políticos colocam em a chamada "Batalha da Maria
Antônia". É possível ver menções
ação".[139]
ao Comando de Caça aos
A ditadura determinou censura aos órgãos de imprensa e sua Comunistas (CCC) nas paredes do
Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP) funcionava edifício.
como uma espécie de agência de propaganda. O material de
propaganda era reproduzido nos jornais, rádios, cinemas e
principalmente na televisão. A AERP produzia ainda músicas que enalteciam as realizações da
ditadura: muitas eram cantadas obrigatoriamente nas escolas.[140] Em 22 de novembro de 1968,
foi criado o Conselho Superior de Censura, baseado no modelo norte-americano de 1939, Lei da
Censura (5.536, 21 de novembro de 1968). O motivo oficialmente propalado era a infiltração de
agentes comunistas nos meios de comunicações, lançando notícias falsas de tortura e desmandos
do poder constituído. A hipotética função era centralizar e coordenar as ações dos escritórios de
censura espalhados pelo país. Também foram criados tribunais de censura, com a finalidade de
julgar rapidamente órgãos de comunicações que burlassem a ordem estabelecida, com seu
fechamento e lacramento imediato em caso de necessidade institucional.[141]

O regime não se restringia ao campo político, reuniões ou manifestações públicas. Músicas, peças
teatrais, filmes e livros eram censurados. Na imprensa, nenhuma notícia que criticasse o governo
ou revelasse suas práticas era veiculada. Censurado diariamente, o jornal O Estado de S. Paulo,
depois, resolveu utilizar os espaços com trechos de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, clássico
da literatura portuguesa do século XVI.[142][143]

No dia 18 de julho de 1968 integrantes do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), grupo de
extrema-direita, invadem o Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, espancam o elenco da peça Roda
Viva, ferindo todos os integrantes, alguns com certa gravidade; a polícia, embora chamada, nada
fez além de um boletim de ocorrência. A ditadura acabou por asfixiar a cultura nacional. Muitos
artistas buscaram espaço para suas produções. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Geraldo Vandré,
Chico Buarque, entre tantos outros, deixaram o Brasil.[144]

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Os cantores e compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso, após


protestarem publicamente contra a ditadura, foram presos no
Rio de Janeiro no dia 22 de dezembro de 1968. Segundo os
censores e os órgãos de informação oficial, o motivo da prisão
foi "tentativa da quebra do direito e da ordem institucional",
com mensagens "objetivas e subjetivas à população" para
subverter o "Estado Democrático Brasileiro" estabelecido pela
"revolução". Em função da notoriedade dos artistas, foram
aconselhados a se exilarem do país. No jornal O Estado de S.
Documento da Censura avaliando a
Paulo, embaixo do título da notícia, aparece uma receita de
música “O Exercício”, de Raul
torta de abacaxi recheada com pepino.[145]
Seixas, 1973.
As universidades brasileiras públicas viviam sob forte
vigilância: professores foram aposentados compulsoriamente,
alunos expulsos, livros censurados. A censura, executada pelo
extinto Conselho Nacional de Telecomunicações -
CONTEL, [108] comandado pelo SNI e pelo DOPS, proibiu toda e
qualquer exibição em território nacional de filmes, reportagens,
fotos, transmissão de rádio e televisão, que mostrassem
tumultos em que se envolvessem estudantes. Livrarias,
bibliotecas e casas de intelectuais foram "visitadas". Todos os
livros que falassem sobre comunismo, socialismo ou reforma
agrária eram apreendidos. Nessa época chegou-se a apreender
Sede do Jornal do Brasil no dia do livros sobre qualquer assunto pelo simples fato de se ter a capa
Golpe de 1964. vermelha ou nome de autores russos. Em 30 de agosto, a
Universidade Federal de Minas foi fechada e a Universidade de
Brasília invadida pela polícia. O AI-5 aumentou a censura e o
controle da sociedade. Como consequência direta do Ato, foram presos jornalistas e políticos que
haviam em algum momento se manifestado contra a ditadura militar, entre eles o ex-presidente
Juscelino Kubitschek, e ex-governador Carlos Lacerda, além de deputados estaduais e federais do
MDB e mesmo da ARENA. Lacerda foi preso e conduzido ao Regimento Marechal Caetano de
Farias, da Polícia Militar do Estado da Guanabara, sendo libertado por estar com a saúde
debilitada, após uma semana de greve de fome.[146]

Em 2013, as Organizações Globo reconheceram e desculparam-se publicamente, através de um


editorial publicado no jornal O Globo, por terem apoiado a ditadura militar instaurada no país
depois do golpe militar de 1964. No texto do editorial, o jornal afirma: "À luz da História, contudo,
não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio [ao golpe de 1964] foi um erro,
assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse
desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por
si mesma".[147]

Perseguição ao ativismo estudantil

No dia 27 de Outubro de 1964, o Congresso Nacional extingue a União Nacional dos Estudantes
(UNE) e todas as uniões de estudantes estaduais, aprovando a Lei Suplicy. O governo militar torna
obrigatório o ensino do idioma inglês em todas as escolas públicas e privadas do Brasil, como
resultado de negociações entre o Governo Federal e o governo dos Estados Unidos chamado na
época de Acordo MEC-Usaid. Os EUA, maiores aliados da ditadura de direita no Brasil, passava a
influenciar e infiltrar-se ainda mais a cultura no Brasil, com ações mútuas dos governos neste
sentido.[148]

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Apesar do desmonte do Estado de Direito, a ditadura queria


passar a ideia de que estava protegendo a democracia dos seus
inimigos: os "comunistas". Organizados em entidades como a
UNE e a UEE, os estudantes eram — aos olhos dos militares —
um dos setores mais identificados com a esquerda e com o
comunismo. Eram qualificados de subversivos e desordeiros,
numa pretensão clara de justificar a violenta perseguição que se Publicação da União Estadual dos
seguiu. Os estudantes reagiam à Lei Suplicy de Lacerda, que
Estudantes de São Paulo (UEE-SP)
proibia os estudantes de organizarem suas entidades e em 1979.
realizarem atividades políticas, com manifestações públicas
cada vez mais concorridas contra a privatização e a ditadura
militar.[148]

O SNI, criado com o objetivo principal de reunir e analisar as


informações relativas à segurança nacional, tornou-se um
poder político paralelo ao Executivo atuando como "polícia
política". Cada vez mais repressor, o governo da ditadura
fechou a Universidade de Brasília no dia 11 de outubro de 1965,
e transferiu para a justiça militar o julgamento dos civis
acusados de "criminosos políticos". O campus da UNB é Manifestação estudantil contra a
invadido por tropas e pela polícia. Professores e funcionários Ditadura Militar, Rio de Janeiro,
são expulsos da Universidade e demitidos, muitos por reagirem setembro de 1966. Arquivo
acabam presos por desacato à autoridade. Alunos foram presos, Nacional.
espancados e torturados, alguns com certa gravidade, sob
alegação de cometerem crime de subversão.[148]

Além da luta específica, pela ampliação de vagas nas


universidades públicas e por melhores condições de ensino, as
manifestações estudantis acabaram se transformando em palco
da sociedade desejosa do restabelecimento da democracia. O
ano de 1968 foi marcado pela luta contra a ditadura, que atraia
cada vez mais participantes: profissionais liberais, artistas,
religiosos, operários, donas de casa. O movimento contra a
direita e o estabelecimento do sistema foi mundial naquele ano,
com movimentos no mundo todo, tanto nos países do Bloco
capitalista quanto o Bloco comunista assim como nos países Corpo de Edson Luís de Lima
não alinhados.[148] Souto, 1968. Arquivo Nacional.

No Brasil as manifestações públicas eram cada vez mais


reprimidas pela polícia. A direita mais agressiva formou o Comando de Caça aos Comunistas (CCC)
que, entre outros atos, metralhou a casa de Dom Hélder Câmara, em Recife. Uma manifestação
contra a má qualidade do ensino, no restaurante estudantil Calabouço, no Rio de Janeiro, sofreu
violenta repressão pela polícia e resultou na morte do estudante Edson Luís de Lima Souto. A
reação dos estudantes foi imediata. A eles se aliaram setores progressistas da Igreja Católica e da
sociedade civil, culminando em um dos maiores atos públicos contra a repressão, a passeata dos
cem mil.[148]

Ocupação da Universidade de Brasília

A primeira invasão ocorreu em 9 de Abril de 1964, por tropas do exército e por policiais militares
que chegaram em 14 ônibus, com três ambulâncias preparadas para confrontos. Invadiam salas de
aula, revistavam estudantes, procuravam armas e material de propaganda subversiva. Buscavam
12 professores que deveriam ser presos.[149] Em 8 de Setembro, a Polícia Militar ocupou a
Universidade de Brasília novamente.[150] A invasão mais violenta aconteceu em 1968. Os alunos
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protestavam contra a morte do estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, assassinado por
policiais militares no Rio de Janeiro. Cerca de 3 mil alunos reuniram-se na praça localizada entre a
Faculdade de Educação e a quadra de basquete. Esse foi o estopim para o decreto da prisão de sete
universitários, entre eles, Honestino Guimarães.[149]

UNE

Em Ibiúna, São Paulo, 12 de outubro de 1968, durante o 30.º Congresso da UNE, a polícia invadiu
a reunião e prende 1240 estudantes, muitos são feridos, alguns gravemente; quando levados para a
prisão são torturados e muitas moças abusadas sexualmente pelos policiais. Aqueles que tentam
protestar contra a violência são espancados e humilhados publicamente, os familiares que tentam
entrar com habeas corpus são fichados pelo SNI e ameaçados pelas forças de segurança. Alguns
pais, por serem funcionários de instituições públicas, perdem seus empregos e são perseguidos
pelas forças de repressão; alguns repórteres que presenciaram os espancamentos tiveram seus
equipamentos destruídos pelos policiais.[151]

Perseguição política

No dia 30 de dezembro de 1968, foi divulgada uma lista de


políticos cassados: onze deputados federais, entre os quais
Márcio Moreira Alves. Até mesmo Carlos Lacerda, que
defendeu um golpe militar nos anos 1950 e 60, teve os direitos
políticos suspensos. No dia seguinte, o presidente Costa e Silva
falou em rede de rádio e TV, afirmando que o AI-5 havia sido
não a melhor, mas a única solução e que havia salvado a
democracia e estabelecido a volta às origens do regime.
Memorial aos Membros da
Segundo ele, para "evitar a desagregação do regime", era
Comunidade USP.
necessário cercear os direitos políticos dos cidadãos e aumentar
em muito os poderes do presidente, mesmo sem o aval popular.
Em 16 de janeiro, de 1969 foi divulgada nova lista de quarenta e três cassados, com trinta e cinco
deputados, dois senadores e um ministro do STF, Peri Constant Bevilacqua. O Poder Judiciário
passou a sofrer intervenções do Poder Executivo quando de seus julgamentos.[152] No dia 16 de
janeiro de 1969, são cassados Mário Covas e mais 42 deputados, quando são "estourados" diversos
"aparelhos comunistas".[153]

Sem autonomia, o Congresso Nacional continuou aberto apenas para demonstrar aos outros países
que havia normalidade política e administrativa e que, apesar do desmonte do Estado de Direito, a
ditadura estava protegendo o país dos seus inimigos: os comunistas. Os textos legais eram
aprovados sem o voto dos congressistas. O governo impôs o decurso de prazo, manobra utilizada
para legalizar o ilegítimo e inviabilizar qualquer propositura de emendas ao orçamento do governo
e, ainda, a discussão e votação dos projetos enviados pelo poder executivo. O Congresso,
eventualmente, era palco de denúncias de alguns parlamentares da oposição que, na maioria das
vezes, não encontravam espaço na imprensa para fazê-las: os anais do Congresso registravam os
protestos e o assunto logo caía no esquecimento.[93]

Quando se sentia ameaçado, o governo ditatorial cassava os deputados de postura mais


oposicionista. Em 1966, a ditadura militar cassou diversos deputados da oposição e fechou o
Congresso Nacional. Foram presos os integrantes do partido oposicionista que protestaram em
plenário contra o AI-3, sob suspeita de subversão e sabotagem ao espírito da revolução, segundo
a imprensa. Muitos políticos acabaram desistindo da vida pública, tal a pressão sofrida e tal o clima
de terror institucionalizado, deixando desta forma terreno para o partido situacionista agir
livremente. Paralelamente, grandes empresas empreiteiras, financiadoras do golpe de 1964,
ganharam as concorrências para o início e execução de grandes obras de engenharia. O Banco do
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Brasil, recebendo dinheiro do BID, liberou empréstimos para a


compra de máquinas, equipamentos e implementos rodoviários
para a construção de obras de infraestrutura. Castelo Branco
reabriu o Congresso impondo o projeto de uma nova
Constituição, sem a instalação de uma Assembleia Constituinte.
Sem debates, sem contraditórios, no dia 24 de janeiro de 1967,
a Constituição de 1967 foi aprovada.[154]

Sindicatos e greves

Entre os maiores adversários políticos que os militares da


ditadura percebiam como sendo perigosos, de esquerda e/ou
Deputado Rubens Paiva, torturado
comunistas estavam os sindicatos. Castelo Branco usou a lei
e assassinado pela ditadura em
trabalhista para eliminar a oposição sindical, interveio em 1971.
sindicatos e afastou seus líderes. O governo passou a definir a
política salarial, reorganizando o Conselho Nacional de Política
Salarial de João Goulart.[nota 2] Os ministros Roberto Campos e Octávio Bulhões criaram regras
complexas para o cálculo do aumento de salários: reajuste a cada doze meses; aplicação do reajuste
com base na média salarial dos últimos dois anos e na produtividade dos últimos doze meses; e,
ainda, com base no reajuste da inflação residual do ano seguinte previsto pelo governo.[155] Em
pouco mais de um ano, a ditadura impôs intervenção federal em cerca de quinhentos sindicatos: as
diretorias foram destituídas e interventores nomeados pelo governo. Os dirigentes sindicais
deveriam ter seus nomes aprovados pelo Ministério do Trabalho.[48][nota 3]

Em julho, ocorreu a primeira greve no período da ditadura


militar, em Osasco, liderada por José Ibrahim. A linha dura,
representada, entre outros, pelo general de exército Aurélio de
Lira Tavares, Ministro do Exército, e pelo general de exército
Emílio Garrastazu Médici, chefe do SNI, começou a exigir
medidas mais repressivas e combate às ideias consideradas
subversivas pelo regime. A política de arrocho salarial, além de
Luiz Inácio Lula da Silva diminuir o salário real dos trabalhadores, acabou promovendo
discursando em uma greve de uma concentração de rendimentos, considerada uma das "mais
metalúrgicos do ABC Paulista, em
escandalosas" em todo o mundo.[156] Em todos os anos da
maio de 1979.
ditadura e renda real (descontada a inflação) média dos
trabalhadores caiu. Na luta contra a ditadura, dezenas de
líderes sindicais foram presos, outros optaram pelo exílio.[157]

No governo Geisel, apesar da força das medidas de repressão, a oposição continuava crescendo. As
greves do ABC Paulista aprofundaram a crise da ditadura. Os trabalhadores exigiam reposição
salarial com base nos índices de inflação de 1973. De acordo com o Banco Mundial, os índices
foram manipulados pelo governo Médici: o Ministro da Fazenda determinava que a inflação não
fosse superior a 15%, mas o Banco Mundial estimara inflação próxima a 25% (1973).[48]

Luta armada de movimentos de esquerda

A esquerda alega ter iniciado as guerrilhas como reação ao AI-5. Outras fontes porém afirmam que
dezenove brasileiros foram mortos por guerrilheiros antes ter sido baixado o AI-5. Entre eles,
estava o soldado Mário Kozel Filho morto em junho de 1968 em ação da VPR, e os mortos do
Atentado do Aeroporto dos Guararapes, supostamente por ação da Ação Popular (esquerda cristã),
em 1966.[158] Concomitantemente a uma tímida abertura política, no governo Geisel, na mesma
época em que a "resistência democrática" do MDB saia vitoriosa nas eleições de 15 de novembro de
1974 fazendo 16 das 21 cadeiras de senador em disputa, as guerrilhas acabaram perdendo força.
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Isso também se deveu a operações repressivas governamentais


que visavam eliminar a oposição (fosse armada, ou não armada
que apoiasse a guerrilha), e que ocasionou o fim da Guerrilha
do Araguaia, ocorrido entre 1973 e 1974.[159] Em entrevista à
revista IstoÉ, concedida no ano de 2004, um general afirmou
que, concluiu-se em 1973 que "ou se matava todo mundo ou
essas guerrilhas nunca mais teriam fim”.[160]

No entanto, o número de guerrilheiros nessa operação não


passava de 80, sendo que mais da metade deles não possuía
sequer um fuzil, ao passo que o regime militar deslocou cerca
de 3,2 mil homens para a operação de desmantelamento dessa
guerrilha, todos armados de fuzis FAL e submetralhadoras. Região da Guerrilha do Araguaia.
Somente cerca de 20 guerrilheiros sobreviveram, que junto com
camponeses acusados de serem aliados dos guerrilheiros, foram
torturados e presos.[161]

As famílias dos presos, mortos e desaparecidos no período, que foram


identificados, foram indenizadas pelo governo brasileiro a partir da
década de 1990. De acordo com a Comissão Nacional da Verdade, órgão
colegiado instituído pelo Brasil para apurar os crimes na ditadura, cerca
de 20 mil pessoas foram torturadas pelo regime, 4 841 representantes
eleitos destituídos de seus cargos e ao menos 434 mortos. Dados da
Agência Pública afirmam que 3 614 militares ou dependente
perseguidos pela ditadura recebem indenização, ao passo que 10 523
civis recebem o benefício. Em 2018, o Ministério do Planejamento
pagou R$ 436 milhões em indenizações aos civis, enquanto as Forças
Armadas gastaram R$ 558 milhões. Assim, apesar de os militares
estarem em menor número, as quantias pagas a eles são
Dilma Rousseff no DOPS
proporcionalmente maiores, sendo pagos R$ 41,5 mil por ano em média
de São Paulo, janeiro de
1970.
a cada civil, enquanto que cada militar recebe a quantia de R$ 154,5 mil,
quase quatro vezes mais.[162][163]

O processo indenizatório é alvo de críticas, como a de que seria injusto por considerar a renda
perdida e não o dano causado pelo Estado[164] que indenizaria pessoas que não fariam jus ao
benefício.[165]

Cerca de 119 pessoas foram mortas por guerrilheiros de esquerda no mesmo período, segundo
dados do jornalista Reinaldo Azevedo.[166][167][168][169] Algumas vítimas dos guerrilheiros também
foram indenizados. A família do soldado Mário Kozel Filho foi indenizada com pensão mensal de
1 150 reais. Kozel Filho teve seu corpo dilacerado num atentado assumido pelo grupo do
guerrilheiro Carlos Lamarca.[170] Orlando Lovecchio, que perdeu a perna em explosão planejada
por guerrilheiros de esquerda, recebe uma pensão vitalícia de R$ 571.[171]

Principais ações

O Atentado do Aeroporto dos Guararapes, em Recife, em 25 de julho de 1966, visando atingir o


candidato a presidente Costa e Silva. Foram mortos o jornalista Edson Regis de Carvalho e o
almirante Nelson Gomes Fernandes e mais 14 feridos.[104][172]

No dia 4 de novembro de 1969, o deputado Carlos Marighella, líder da Aliança Libertadora


Nacional (ALN), foi morto a tiros, na Alameda Casa Branca, em São Paulo. Esta operação teve a
participação direta do delegado Sérgio Paranhos Fleury, considerado como um dos mais brutais

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torturadores deste período. Coube ao Delegado Fleury, entre outras operações, a eliminação de
Carlos Lamarca, o mesmo que matou o tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Alberto
Mendes Júnior.[173]

Em 24 de janeiro de 1969, é atacado e assaltado o quartel do 4º


RI, em Quitaúna São Paulo, com o roubo de grande quantidade
de armas e munições, com intuito de fortalecer os armamentos
dos guerrilheiros. No dia 4 de setembro de 1969, militantes da
Ação Libertadora Nacional (ALN) e o Movimento
Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), capturaram o
embaixador dos Estados Unidos, com intuito de trocá-lo por
presos políticos e estudantes que corriam risco de morte.[174]
No dia 18 de julho de 1969, guerrilheiros brasileiros roubam o A histórica imagem mostra os 13
famoso "cofre do Adhemar". De acordo com os revolucionários, presos políticos trocados pelo
esse dinheiro deveria ser empregado na luta contra a ditadura, embaixador estadunidense Charles
pois era fruto dos atos de corrupção do ex-governador paulista Burke Elbrick — os últimos dois
Adhemar de Barros, conhecido pelo slogan "rouba, mas subiriam a bordo do Hércules C-56
faz".[175] no meio da viagem — na base
aérea do Galeão, no Rio de
Em 11 de março de 1970, revolucionários brasileiros Janeiro, antes de partirem para o
sequestraram o cônsul japonês em São Paulo, Nobuo Okushi, exílio no México.
com a intenção de libertar presos políticos. Na noite de 8 de
maio de 1970, o tenente da Polícia Militar do Estado de São
Paulo Alberto Mendes Júnior, depois de preso por guerrilheiros após confronto armado no Vale da
Ribeira, São Paulo, foi executado a golpes de coronhadas no rosto por Yoshitane Fujimori, membro
do grupo do ex-capitão desertor do exército Carlos Lamarca. Alberto tinha se entregue como refém
em troca da liberação de seus subordinados, que haviam se ferido no confronto com o grupo de
Lamarca.[176]

No dia 4 de setembro de 1969, o grupo de resistência armada Movimento Revolucionário 8 de


Outubro (MR-8), sequestra o embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick. Em 5 de
Setembro de 1969, é mandado cumprir o Ato Institucional Número Treze, ou AI-13, que institui o
…(sic) banimento do território nacional o brasileiro que, comprovadamente, se tornar
inconveniente, nocivo ou perigoso à segurança nacional. Em 7 de setembro de 1969 é liberado o
Embaixador americano e os 15 guerrilheiros presos libertados, e em função do AI-13, são banidos
para o México. Foram também sequestrados o embaixador alemão Ehrenfried von Holleben e o
embaixador suíço Giovanni Bucher.[177]

Luta armada de movimentos de direita

Segundo historiadores, também ocorreram movimentos guerrilheiros de direita. Conforme a


resistência à ditadura por parte da esquerda continuava, a ala mais radical do regime decidiu
tomar algumas medidas.[178]

“ Oficiais de baixa patente reuniam-se no Centro de Informações do Exército (CIE) e


traçaram sua estratégia. “Definimos qual era o campo mais fraco e decidimos que
era o setor de teatro”, disse o coronel Luiz Helvécio Silveira Leite, num depoimento
de 1985. “A gente invadia, queimava, batia, mas nunca matava ninguém.”

Em junho, a Maison de France (teatro) recebia uma montagem de O Burguês


Fidalgo, comédia de Molière que satiriza o alpinismo social na França de Luís 14.
Embora Molière tenha nascido dois séculos antes de Karl Marx, a extrema-direita
julgou o nome comunista e plantou uma bomba no teatro carioca.

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— Maurício Horta - Revista Superinteressante

Ocorreram ainda atentados nos teatros Gláucio Gil e Opinião (Rio de Janeiro), nas faculdades de
Belas Artes e de Direito da UFRJ, na Faculdade de Ciências Médicas da UERJ, na Associação
Brasileira de Imprensa e na Livraria Civilização Brasileira (que possuía um acervo com obras de
esquerda).[178]

Uma reportagem da revista Superinteressante afirma: "O brigadeiro João Paulo Moreira Brunier
queria mais. Em junho de 1968, planejou instalar bombas na embaixada dos EUA e em empresas
americanas, destruir a represa que abastecia o Rio e explodir o gasômetro da cidade. Tudo para
culpar a esquerda. O capitão Sérgio de Miranda Carvalho denunciou o plano do brigadeiro, mas
tudo acabou abafado pelo ministro da Aeronáutica – que, além do mais, demitiu o delator." O
jornal Correio da Manhã afirmou em um de seus editoriais que: “Mais do que indiferença, há, no
comportamento do governo, estímulo à violência”. A reportagem completa ainda que: "A
conivência do regime permitiu a consolidação de um grupo delinquente e impune, que continuaria
a agir na comunidade de segurança da ditadura".[178]

Atentado do Riocentro

O atentado do Riocentro é o nome pelo qual ficou conhecido


um frustrado ataque a bomba ao Centro de Convenções do
Riocentro, no Rio de Janeiro, na noite de 30 de abril de 1981,
quando ali se realizava um espetáculo comemorativo do Dia do
Trabalhador. O atentado, perpetrado por setores do Exército
Brasileiro insatisfeitos com a abertura democrática que vinha
sendo feita pelo regime, ajudou a apressar a redemocratização
do país, completada quatro anos depois, com a primeira eleição
Imagem aérea do Centro de
Convenções do Riocentro, no Rio
presidencial realizada no Brasil em 24 anos.[181]
de Janeiro, alvo de um atentado
As bombas, levadas ao complexo num carro esportivo civil
frustrado de militares contra
Puma GTE, seriam plantadas no pavilhão pelo sargento
civis.[179][180]
Guilherme Pereira do Rosário e pelo capitão Wilson Dias
Machado. Com o evento já em andamento, uma das bombas
explodiu prematuramente dentro do carro onde estavam os dois militares, no estacionamento do
Riocentro, matando o sargento e ferindo gravemente o capitão Machado. Uma segunda explosão
ocorreu a alguns quilômetros de distância, na miniestação elétrica responsável pelo fornecimento
de energia do Riocentro. A bomba foi jogada por cima do muro da miniestação, mas explodiu em
seu pátio e a eletricidade do pavilhão não chegou a ser interrompida. Na tentativa de encobrir o
fracasso da operação, o Serviço Nacional de Informações (SNI) culpou as organizações de
esquerda, na época já extintas, pelo ataque. Essa hipótese já não tinha sustentação na época e anos
mais tarde se comprovou, inclusive por confissão,[179][182] que o ataque frustrado foi uma tentativa
de setores mais radicais do governo (principalmente do CIEx e do SNI) de, colocando a culpa na
oposição radical pela carnificina prevista a acontecer, convencer os setores mais moderados de que
era necessária uma nova onda de repressão de modo a paralisar a lenta abertura política que estava
em andamento.[179][182]

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Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade apresentou um relatório preliminar sobre o atentado,


afirmando que ele fez parte de uma ação articulada do Estado brasileiro.[180]

Meio ambiente e povos indígenas

Genocídio indígena

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) incluiu em seu


relatório final um número limitado de 10 etnias indígenas entre
as vítimas de graves violações de direitos humanos ocorridas no
Brasil durante a ditadura militar. Segundo o relatório, no
período investigado ao menos 8 350 indígenas foram mortos
em massacres, esbulho de suas terras, remoções forçadas de
seus territórios, contágio por doenças infectocontagiosas,
prisões, torturas e maus tratos. Muitos sofreram tentativas de
extermínio.[14][183][184] A rodovia BR-174, que corta a terra
indígena dos uaimiris-atroaris em
No capítulo "Violações de direitos humanos dos povos
Roraima.
indígenas" consta que entre os índios mortos estão, em maior
número 3 500 indígenas cintas-largas (RO), 2 650 uaimiris-
atroaris (AM), 1 180 índios tapayunas (MT), 354 ianomâmis (AM/RR), 192 xetás (PR), 176 panarás
(MT), 118 parakanãss (PA), 85 xavantes (MT), 72 arawetés (PA) e mais de 14 araras (PA). O
relatório afirma que o número real de indígenas mortos no período pode ser maior.[14][183]

Usina de Balbina

Ainda durante sua construção, em 1986, a Usina Hidrelétrica


de Balbina já era considerada um grande desastre ambiental.
De acordo com pesquisadores da Universidade de East Anglia,
no Reino Unido, o alagamento de uma área de 3 129 km², que
resultou na criação de 3 546 ilhas, isolou espécies, prejudicou a
migração e reprodução de peixes, aumentou os índices de
extinção de animais e fragilizou as florestas. A maioria das
populações de grandes mamíferos, aves e tartarugas
desapareceu no que restou de terras no lago de Balbina e Reservatório da Usina Hidrelétrica
apenas 0,7% de todas as ilhas do reservatório ainda continham de Balbina, considerada um
uma comunidade diversificada de espécies de animais e desastre ambiental.
aves.[185]

Além disso, a construção o alagamento da floresta aumentou a emissão de gases de efeito estufa,
sendo que a liberação de dióxido de carbono e metano é superior à de uma usina térmica de
mesmo potencial energético. Além de Balbina, de acordo com o relatório Emissões de Dióxido de
Carbono e de Metano pelos Reservatórios Hidrelétricos Brasileiros, do Ministério da Ciência e da
Tecnologia, outras duas hidrelétricas brasileiras, Usina Hidrelétrica de Samuel, Rondônia, e Usina
Hidrelétrica de Três Marias, em Minas Gerais), têm emissões maiores que termelétricas de mesmo
potencial.[186] Apesar do enorme impacto ambiental, produz apenas 10% da demanda energética
de Manaus.[185]

Usina de Itaipu

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Com o fechamento das eclusas da barragem da Usina


Hidrelétrica de Itaipu, uma área de 1 500 km² de florestas e
terras agriculturáveis foi inundada. O Salto de Sete Quedas,
uma das mais fascinantes formações naturais do planeta,
desapareceu. Semanas antes do preenchimento do reservatório,
foi realizada uma operação de salvamento dos animais
selvagens, denominada Mymba kuera (que em guarani quer
dizer "pega-bicho"). Equipes de voluntários conseguiram
capturar mais de 4,5 mil bichos, entre macacos, lagartos, O Salto das Sete Quedas ficou
porcos-espinhos, roedores, aranhas, tartarugas e diversas submerso a partir de 1982, com a
espécies. Esses animais foram levados para as regiões vizinhas construção da Usina Hidrelétrica de
protegidas da água.[187] Mais de 35 mil animais que viviam na Itaipu.
área a ser inundada pelo lago da usina também foram
removidos.[188]

Durante a instalação da Itaipu, foi necessária a desapropriação


de 42 444 pessoas, das quais 38 440 eram trabalhadore(a)s do
campo, o que gerou inúmeros problemas sociais.[189] Parte
dessas famílias viviam às margens do Rio Paraná e foram
desalojadas, a fim de abrir caminho para a represa. Algumas se
refugiaram na cidade de Medianeira, uma cidade não muito
longe da confluência dos rios Iguaçu e Paraná. Algumas dessas
famílias vieram, eventualmente, a ser membros de um dos Lago artificial formado pela
maiores movimentos sociais do Brasil, o Movimento dos construção de Itaipu.
Trabalhadores Rurais Sem Terra.[190][191]

Segundo um relatório produzido ao longo de três anos pela Procuradoria Geral da República, a
construção da usina hidrelétrica gerou graves violações de direitos dos povos indígenas, com
adulteração de procedimentos para subestimar o número de índios que habitavam a região. Para
criar o lago artificial, por exemplo, a obra inundou cerca de 135 mil hectares e transferiu 40 mil
pessoas entre índios e não índios no Paraná. Na área afetada estavam diversos territórios
considerados sagrados pelos índios guaranis, como os Salto de Sete Quedas.[192] O estudo concluiu
que apenas uma pequena parcela da comunidade indígena de Ocoy foi reconhecida como indígena
pela Funai, na época gerida por um general do Exército, e depois reassentada "em condições piores
do que as que enfrentava antes".[192]

Usina de Tucuruí

O governo brasileiro no final dos anos 1960 usou herbicidas, como o agente laranja, para desfolhar
uma grande parte da floresta amazônica para que a Alcoa pudesse construir a Usina Hidrelétrica
de Tucuruí, no Pará, para energizar as operações de mineração.[193] Grandes áreas de floresta
tropical foram destruídas, juntamente com as casas e meios de subsistência de milhares de
camponeses rurais e tribos indígenas.[194]

Tucuruí foi construída entre 1974 e 1985, durante a ditadura militar, numa época em que havia
relativamente pouca preocupação com questões ambientais e desprezo geral por direitos civis.[195]
Estima-se que houve alguma perda de biodiversidade, especialmente de espécies de peixes
adaptados às corredeiras ou que migravam ao longo do rio. A pesca a jusante diminui de 1 000
para 500 toneladas por ano; porém, na região do reservatório ela aumentou de 300 para mais de
3 000 toneladas por ano, entre 1981 e 1998[195] Enquanto boa parte da população a montante,
incluindo grandes proprietários do vale de Caraipé e as tribos indígenas Parakanã, foi em parte
indenizada e contemplada com investimentos em infraestrutura, a tribo Gavião da Montanha e
toda a população a jusante, incluindo os índios assurini, não recebeu indenização alguma.[195]

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Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada na


década de 1980, apurou vários atos de corrupção envolvendo a
Agropecuária Capemi, contratada para extrair e comercializar
toda a madeira da área que seria inundada com a construção da
Usina Hidrelétrica de Tucuruí. A empresa foi criada apenas três
meses antes do lançamento da licitação que previa as atividades
de extração e comercialização da madeira. A Agropecuária
Capemi faliu, tendo desmatado apenas 10% da área contratada.
Vista aérea da Usina Hidrelétrica de A represa causou desastre ambiental, causando o fenômeno da
Tucuruí. eutrofização, que é a liberação do dióxido de carbono e do
metano devido à decomposição do material orgânico
inundado.[196]

Ver também
Desaparecidos políticos no Brasil
Atentado do Riocentro
Eleição presidencial no Brasil em 1964
Atentado do Aeroporto dos Guararapes
Junta militar brasileira
Atividades da CIA no Brasil
Massacre de Manguinhos
Charles Burke Elbrick
Memorial da Resistência de São Paulo
Comando de Caça aos Comunistas
Negacionismo da ditadura militar brasileira
Comando Supremo da Revolução
Processo de Reorganização Nacional
Constituição brasileira de 1946
Reformas de base
Constituição brasileira de 1967
Regime militar do Chile
Cronologia da Quinta República Brasileira
The War on Democracy
Departamento de Ordem Política e Social
(DOPS) VAR-Palmares

Notas
1. Pela Constituição de 1946 (artigos 66, 88 e 89) a declaração de vacância do Presidente da
República tinha amparo legal apenas nas três formas: por renúncia, por impedimento votado
pelo Congresso, ou por se afastar do país sem aprovação legislativa.
2. Em meados de 1963, Goulart criou o Conselho Nacional de Política Salarial, com competência
para fixar salários do setor público e de economia mista, e de "empresas privadas licenciadas
para prestar serviços públicos".
3. Este modelo permitiu formar um grupo de pelegos e um sindicato com vida meramente formal
e sem força de comando ou de articulação.

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tais militares se aproximava ao dos negacionistas do Holocausto, pois ambos negavam fatos
limites, ou seja, acontecimentos que estão comprovados empiricamente, como por exemplo, a
tortura, o golpe e a própria ditadura. No entanto, o que ambos os grupos buscavam era negar
a memória dos seus oponentes, para legitimar suas próprias memórias, construídas segundo
interesses políticos e ideológicos, provocando novo embate pelo passado. Se escoravam em
máximas simplistas e generalistas, como a de que as rememorações dos judeus ou dos
torturados pela ditadura civil-militar não estavam imunes às emoções dos ressentimentos
ocasionados pelos traumas ocorridos, o que é mais do que evidente pois, a memória forma-se
de tais “feridas abertas, interrogações atuais e palpitantes sobre certos períodos que ‘não
passam’”…"
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Comissão da Verdade para apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e
1988, período que inclui a ditadura militar. […] A Comissão da Verdade será formada por sete
pessoas, escolhidas pela presidente da República a partir de critérios como conduta ética e
atuação em defesa dos direitos humanos. Ao todo, 14 servidores darão suporte administrativo
aos trabalhos. O grupo terá dois anos para ouvir depoimentos em todo o país, requisitar e
analisar documentos que ajudem a esclarecer as violações de direitos. De acordo com o texto
sancionado, a comissão tem o objetivo de esclarecer fatos e não terá caráter punitivo. O grupo
vai aproveitar as informações produzidas há quase 16 anos pela Comissão Especial sobre
Mortos e Desaparecidos Políticos e há dez anos pela Comissão de Anistia."
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