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O REGIME

MILITAR NO
BRASIL
1964-1985
Ao final da madrugada de 31 de março de 1964, o general Olímpio Mourão Filho,
comandante da 4ª Região Militar, em Juiz de Fora, transformou em ação as
insatisfações que cresciam nos quartéis com o então presidente João Goulart. Apoiado
por políticos e empresários influentes de Minas Gerais, que criticavam,
principalmente, supostas ligações do presidente com regimes comunistas, Mourão
Filho mandou às ruas, em direção ao estado da Guanabara, 6 mil homens com a
missão de destituir Jango do poder.

"Se nós não a tivéssemos feito, ela não teria sido


jamais começada",
Apoio dos EUA
REPÚBLICA MILITAR (1964/1985)

CARACTERÍSTICAS GERAIS:
. Verniz democrático
. Impessoal
. Presidentes eleitos
. Congresso aberto na maior parte do tempo
. Partido de oposição
. Presença de civis em cargos importantes
SUPREMO COMANDO MILITAR
. Ato Institucional Nº 1
“A Revolução legitima-se a si mesma” - Ato Institucional Nº 1
. Limitações impostas ao Legislativo
. Fortalecimento do poder executivo
. Eleições presidenciais indiretas (próximo presidente)
O PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO DO PODER MILITAR NO BRASIL

Afastamento da vida pública dos políticos, intelectuais, militares,sindicalistas, jornalistas


com algum tipo de aproximação com o governo deposto.

Estes expurgos na vida pública efetivavam-se a partir dos ATOS INSTITUCIONAIS. O


primeiro (AI-1 de 10 de abril de 1964) cassava mandatos parlamentares, de
governadores e direitos políticos de inúmeros cidadãos. As acusações eram
fundamentadas em provas frágeis que variavam de “corrupção” a participação em
grupos comunistas.

O AI-1 organizou o modelo de eleição que deveria completar o mandato Jânio/Jango


que terminaria em 1966. A fórmula escolhida foi a eleição indireta - pelo Congresso
Nacional.

Em 11 de abril de 1964 o Congresso Nacional elege o Marechal Castelo


Branco para o cargo de Presidente da República. No acordo político a
promessa de convocação de uma eleição direta no ano seguinte, mas o
mandato do Marechal foi prorrogado até o ano de 1967.
CONFLITOS INTERNOS DO EXÉRCITO

. Linha Dura
. Combate à subversão
. Perpetuação do poder militar

. Linha Moderada
. Intelectualidade militar (ESG)
. Combate à subversão
. Devolução do poder aos civis

. Linha Nacionalista
. Combate à subversão
. Presença nos dois grupos
. Não conseguiu fazer presidentes
CASTELLO BRANCO (1964/1967)

. Linha Moderada – militares se perpetuarão no poder visando a segurança


nacional
. Vice: José Maria Alkmin
. “Operação Limpeza”
. Intervenções (partidos, sindicatos, federações, etc.)
. Fechamento das Ligas Camponesas
. Cassações de mandatos parlamentares
. Suspensão de direitos políticos
. Aposentadorias compulsórias
. Serviço Nacional de Informações (SNI)
. Proibição de greves
. Inquéritos Policiais Militares (IPM)
IPM
É cassado o mandato do senador Juscelino Kubitschek
(PSD-GO) juntamente com outros 39 políticos. O ex-presidente
JK era aliado de João Goulart, mas se distanciou dele às
vésperas do golpe. Votou na eleição indireta de Castelo Branco
e sua expectativa era a de disputar a eleição presidencial
prevista para outubro de 1965. A suspensão dos direitos
políticos do ex-presidente, contra quem não pesavam
acusações de subversão, foi anunciada no programa
radiofônico oficial "A Voz do Brasil".
Surpreendido, JK tornou-se alvo de Inquéritos Policiais
Militares (IPMs) conduzidos por coronéis que vasculharam suas
finanças e as de empresários ligados a ele. Uma semana
depois de cassado, JK embarcou para o exílio na França, de
onde retornaria somente em outubro do ano seguinte.

Último discurso
CONTEXTO POLÍTICO

. Emenda constitucional: prorrogação do mandato até 1967


. Eleições para governadores em 11 estados
. Derrota do governo em MG e RJ
. Ato Institucional N° 2 – 27 outubro 1965
. Eleições presidenciais definitivamente indiretas
. Extinção dos partidos políticos
. Fortalecimento do poder do presidente da república
. Ato complementar cria o bipartidarismo
. Aliança Renovadora Nacional (Arena) = governo
. Movimento Democrático Brasileiro (MDB) = oposição
. Ato Institucional N°3 – 5 fevereiro 1966
. Eleições indiretas para governadores
. Nomeação dos prefeitos (capitais/cidades consideradas de segurança
nacional)
. Ato Institucional Nº 4 – 7 Dezembro 1966
. Constituição de 1967 (promulgada em 24 de janeiro\vigorou em15 março
. Incorporação dos Atos Institucionais e leis complementares
. Lei de Imprensa
. Lei de Segurança Nacional
Discurso de
posse
O MODELO ELEITORAL DURANTE
A DITADURA MILITAR

Em outubro de 1965 o presidente Castelo Branco assina o


AI 2 que determina - inclusive - a nova organização
partidária e eleitoral brasileira que passa a funcionar da
seguinte forma:
Fim do pluripartidarismo e consequente extinção dos partidos
criados a partir de 1946;

Instituição de um sistema bipartidário (oposição e situação) criando os seguintes


partidos:
ARENA – (Aliança Renovadora Nacional): partido que deveria apoiar o governo.
MDB – (Movimento Democrático Brasileiro): partido que deveria fazer oposição ao
governo.
*Fim das eleições diretas para os cargos de Presidente da República e governadores de
estados que seriam eleitos através de um colégio eleitoral formado pelos congressistas
e delegados das assembléias legislativas.
CONTEXTO ECONÔMICO

. Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG)


. Política de estabilização da inflação
. Redução do déficit público
. Restrição de crédito e diminuição de impressão de papel moeda
. Reformulação do sistema tributário (correção monetária)
. Achatamento salarial
. Eliminação de subsídios
. Reajuste anual de salários
. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
(ENEM)

TEXTO l
O presidente do jornal de maior circulação do pais destacava também os avanços econômicos obtidos
naqueles vinte anos, mas, ao justificar sua adesão aos miltares em 1964, deixava clara sua crença de que
a intervenção fora imprescindível para a manutenção da democracia. Depenive em: pago globo cam,
Aces em: 1 set 2013 (adaptado )
TEXTO Il
Nada pode ser colocado em compensação à perda das liberdades individuais. Não existe nada de
bom quando se aceita uma solução autoritária. FICO, C. A aducação é o golpe da 1964. Disponivel er:
mm brasivecarte com. cação em. 4 Bu. 2014 (adaptado)

Embora enfatizem a defesa da democracia, as visões do movimento político-militar de 1964 divergem ao


focarem, respectivamente:
a) Razões de Estado — Soberania popular.
b) Ordenação da Nação — Prerrogativas religiosas. Gab: A

c) Imposição das Forças Armadas — Deveres sociais.


d) Normatização do Poder Judiciário — Regras morais.
e) Contestação do sistema de governo — Tradições culturais.
(ENEM)

FORTUNA. Correio da Mani, ono 65,


22264, 2 nov. 1985.
A imagem foi publicada no jomal Correio da Manhã, no dia de Finados de 1965. Sua relação com os direitos
políticos existentes no período revela a

a) extinção dos partidos nanicos.


b) retomada dos partidos estaduais.
c) adoção do bipartidarismo regulado.
d) superação do fisiologismo tradicional.
e) valorização da representação parlamentar.

Gab: C
COSTA E SILVA (1967/1969)
Contexto Político
. Linha Dura
. Vice: Pedro Aleixo
. Organização da luta armada (parte da esquerda)
. Perda de apoio de setores civis (Frente Ampla)
. Fortalecimento do movimento estudantil
. Rejeição ao acordo MEC-USAID (United States Agency for
International Development)
. Assassinato do estudante Edson Luiz
. Passeata dos Cem Mil
. Greves em Contagem (MG) e Osasco (SP)
. Márcio Moreira Alves e a “Operação Lysistrata”
. Ato Institucional N° 5
. Fechamento do Regime
. Hipertrofia do poder do presidente
. Fechamento do Congresso por tempo indeterminado
. Censura prévia
. Afastamento do presidente por motivo de doença
. Junta Militar
. Emenda Constitucional de 1969
Frente Ampla - 1966

Em 5 de abril de 1968, a Frente Ampla foi


definitivamente proscrita através da Portaria
nº177 do Ministério da Justiça.
Posteriormente, depois da edição do Ato
Institucional no. 5, Carlos Lacerda teve seus
direitos políticos suspensos por 10 anos,
em 31 de dezembro de 1968.
1968
‘Maio de 1968 foi diferente para os estudantes
brasileiros. A começar pelo fato de não ter sido
um mês, mas um ano intenso de muito mais
perdas do que ganhos. Lá fora, a panela de
pressão misturava movimentos de
contracultura, palavras de ordem antissistema,
reivindicações de cunho identitário e protestos
contra a Guerra do Vietnã; aqui, o inimigo era
mais palpável: a ditadura militar. “Por isso, a
nossa ‘geração de 68’ foi a que mais caro
pagou por sua rebeldia, através de prisões,
tortura, exílio e até morte”, escreve Zuenir
Ventura em seu clássico 1968 - O Ano Que
Não Terminou. Se durante o ano houve
dezenas de mobilizações estudantis, tudo
acabou em 13 de dezembro, com o Ato
Institucional 5 (AI-5), que inaugurou o período
de maior repressão da ditadura.’
Fatos externos ocorridos em 1968:
1.Protestos contra a Guerra do Vietnã (EUA e diversos
países)
2. Primavera de Praga (República Tcheca)
3. Assassinato de Martin Luther King
4. Revoltas de maio de 1968 (França)
5. Massacre de Tlatelolco (México)
6. Assassinato Robert Kennedy
Morte do estudante Edson Luis – 28 de março de 1968
Greve em Contagem - Minas Gerais (Brasil)
Em abril de 1968, ocorreu a primeira grande greve no Brasil
desde que os militares tomaram o poder quatro anos antes.
Articulada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, a paralisação
mobilizou por dez dias cerca de 1,2 mil trabalhadores em
Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Os
trabalhadores da siderurgia Belgo-Mineira reivindicavam
um reajuste salarial de 25%.
Passeata dos cem mil - 26 de junho de 1968
Márcio Moreira Alves e Aristófanes:
Lisístrata – 2 de setembro 1968
Estudantes são presos em Congresso da UNE em Ibiúna
(Brasil)
Em 1968, a União dos Estudantes (UNE) atuava na
clandestinidade e suas reuniões estavam proibidas pelo regime
militar. Ainda assim, a entidade marcou congresso anual
naquele ano e reuniu cerca de 1,2 mil pessoas em Ibiúna (SP).
A REUNIÃO QUE
ESCANDALIZOU O
BRASIL
Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 1968
CONTEXTO ECONÔMICO

. Plano Econômico de Desenvolvimento (PED)


. “Desenvolvimento rápido sem pressões inflacionárias”
. Crescimento econômico
. Ampliação do crédito bancário ao setor privado
. Aumento de preços somente com aval do governo
. Intervenção do governo em assuntos salariais
. Estímulos aos investidores estrangeiros
. Internacionalização da economia
. Renegociação da dívida externa
. Recuperação do crédito internacional
. Expansão das exportações
. Minidesvalorizações da moeda
31 DE AGOSTO 1969: afastamento de Costa e Silva
17 DE DEZEMBRO 1969: morte
MÉDICI (1969/1974)

Contexto político

. Linha Dura
. Vice: Augusto Rademaker
. Desarticulação da guerrilha (ALN, VPR, MR8, VPR, PcdoB, etc)
. Doi-Codi
. Operação Bandeirantes (Oban)
. Comando de Caça aos Comunistas (CCC)
. Pena de morte
. Assesoria Especial de Relações Públicas (AERP)
. Ufanismo
. Alta popularidade do presidente
. Plano de Intergração Nacional (rodovias)
. Programa de Integração Social (PIS)
. FUNRURAL
. MOBRAL
. Projeto Rondon
Contexto econômico

. I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND)


. Auge do “Milagre Econômico”
. Altas taxas de crescimento

. Contradições do “Milagre Econômico”


. Vulnerabilidade
. Endividamento externo
. Desigualdades sociais
. Desequilíbrios regionais e setoriais

. Colapso do “Milagre Econômico”


. Alta dos juros no mercado internacional
. Crise do petróleo (73\79)
. Descontrole inflacionário
. Déficit na balança comercial
A COPA DO MUNDO DE 1970
A FESTA DO
TRI
MÚSICAS
Músicas de Protesto e a Ditadura Militar
Tropicália

Pode até não parecer, mas a história da Tropicália, enquanto movimento, é bem curta. Ela
começa em outubro de 1967, nos festivais de música transmitidos pela TV, e encerra no fim de
1968, quando Gilberto Gil e Caetano Veloso são levados para interrogatório e, em seguida,
para o exílio. O que ficou daí em diante foram os ecos de um movimento que modernizou a
linguagem musical brasileira incorporando diversas linguagens artísticas, novas estéticas e a
linguagem pop. E, claro, aquele volume de liberdade no agir e pensar acabou incomodando os
militares que haviam se abancado no poder poucos anos antes.
Gal Costa – Divino Maravilhoso
Atenção ao dobrar uma esquina 4º Festival de MPB
Uma alegria, atenção menina TV Record ,
Você vem, quantos anos você tem? setembro de 1968
Atenção, precisa ter olhos firmes
Pra este sol, para esta escuridão
Atenção
Tudo é perigoso
Tudo é divino maravilhoso
Atenção para o refrão
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
Atenção para a estrofe e pro refrão
Pro palavrão, para a palavra de ordem
Atenção para o samba exaltação
Atenção
Tudo é perigoso
Tudo é divino maravilhoso
Atenção para o refrão
É preciso estar atento e forte
Não temos…

Caetano Veloso e Gilberto Gil


Poucos artistas falavam à classe C como o goiano Odair José. Brega, cafona, popular, o artista tinha todos
os predicados que permitiam à sua música chegar a toda parte. Se Chico Buarque, Edu Lobo e Geraldo
Vandré tinham problemas com a censura, em obras que raramente transpunham o circuito
universitário/intelectual, cantores populares como Odair José, Waldik Soriano e até Agnaldo Timóteo,
soberanos no interior e nas periferias, também tiveram seus entreveros com a lei. Nesses casos, o que
incomodava, quase sempre, eram aspectos de comportamento: versos e canções atentavam, segundo a
ótica dos censores, contra a moral e os bons costumes.
Então eu quero ver você
Odair José – Uma vida só Esperando um filho meu
Já nem sei há quanto tempo Então eu quero ver você
Nossa vida é uma vida só Esperando um filho meu
E nada mais Pare de tomar a pílula
Nossos dias vão passando Pare de tomar a pílula
E você sempre deixando Pare de tomar a pílula
Tudo pra depois Porque ela não deixa o nosso filho nascer
Todo dia a gente ama Você diz que me adora
Mais você não quer deixar nascer Que tudo nessa vida sou eu
O fruto desse amor Então eu quero ver você
Não entende que é preciso Esperando um filho meu
Ter alguém em nossa vida Então eu quero ver você
Seja como for Esperando um filho meu
Você diz que me adora Pare de tomar a pílula
Que tudo nessa vida sou eu Pare de tomar a pílula
Pare de tomar a pílula
Porque ela não deixa o nosso filho nascer
Tiro ao Álvaro (Adoniran Barbosa/Oswaldo Moles)

Ainda que não fosse


considerada de protesto, a
canção que hoje é um
clássico do samba
paulistano, também
registrada por Elis Regina,
foi vetada pelo regime.
A desculpa era o “mau
gosto” provocado pelos
erros de português na
letra. Os milicos,
aparentemente, ficaram
horrorizados com “tauba”,
“artomorve” e “revorve”.
Cálice – Chico Buarque e Gilberto Gil
Chico Buarque – Meu Caro Amigo

Meu caro amigo me perdoe, por favor


Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa
aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de
pirraça
E a gente vai tomando que, também, sem a
cachaça
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa
aqui tá preta
É pirueta…
Chico Buarque – Apesar de Você Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido
Amanhã vai ser outro día Esse grito contido
Hoje você é quem manda Esse samba no escuro
Falou, tá falado Você que inventou a tristeza
Não tem discussão, não Ora tenha a fineza
A minha gente hoje anda De "desinventar"
Falando de lado e olhando pro chão Você vai pagar, e é dobrado
Viu? Cada lágrima…
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Os Incriveis - Este é um
país que vai pra frente -
1976

Este é um país que vai


pra frente
Ooooo
De uma gente amiga e
tão contente
Ooooo
Este é um país que vai
pra frente
De um povo unido de
grande valor
É um país que canta
trabalha e se agiganta
É o Brasil do nosso amor
ERNESTO GEISEL (1974/1979)

Contexto político
. Linha Moderada
. Vice: Adalberto Pereira dos Santos
. Início da abertura política
. “Lenta, gradual e segura”
.Confronto com a Linha Dura
. Desmantelamento dos órgãos repressores
Eleições em 1974 para Deputados e Senadores
. Crescimento do MDB (16 das 22 cadeiras do Senado)
. Liberdade relativa a setores da imprensa. Ex:Jornal O Globo
. Cassações políticas – Partido Comunista
. Lei Falcão
. Limitação da propaganda eleitoral
. Pacote de Abril (1977)
. Mandato presidencial de seis anos
. Senadores biônicos (1/3)
. Reorganização das representações dos estados no Congresso
. Extinçao do Ato Institucional N° 5
FUTEBOL – A COPA DE
1978
Lei Falcão - 1976
CONTEXTO ECONÔMICO

. II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND)


. Tentativa de manutenção do crescimento
. Busca da minimização das desigualdades sociais
. Novos empréstimos internacionais
-Estímulos ao capital estrangeiro
. Diminuição de importações
. Novas matrizes energéticas
. Energia nuclear
. Pró-álcool
Lançamento de Foguete
No Nosso é refresco – Aciolly Netto

Oh! yes, nós have um problema


Nós num have mesmo é soluçãoNossa cana nessa
Pondo pinga no motor experiência
Vai faltar pro eleitor E prá gente conformar
Anestesiar o coração Eu só quero ver se vai
faltar
Aos assaltos nem gritei O uísque da mãe de
aos apertos nem gemi vossa excelência
aos pacotes engoli legal
Mas se boicotar o mé
eu vou retribuir ao Cals
convocando os sóbrios
pra agitarem aqui!

Oh! yes, nós have um problema


Nós num have mesmo é solução
Pondo pinga no motor
Vai faltar pro eleitor
Anestesiar o coração
Nunca precisei votar
Nem comer, nem reclamar
Nem saber prá onde a vaca ia
E sem mé prá calibrar
Eu sou quero ver quem vai empurrar
Esse carrossel de mordomia
Oh! yes, nós have um problema
Nós num have mesmo é solução
Pondo pinga no motor
Vai faltar pro eleitor
Anestesiar o coração
É o cúmulo do azar
O doutor querer usar
JOÃO BATISTA FIGUEIREDO (1979/1985)

Contexto Político
. Linha Moderada
. Agravamento do quadro político-social
. Greves dos metalúrgicos do ABC: PT
. Medidas redemocratizantes
“É para abrir mesmo. Quem quiser que não abra, eu prendo e
arrebento” Figueiredo, João (1981)
. Lei de Anistia
. Reforma partidária (pluripartidarismo)
. Eleições diretas para governadores (desde 1965 sem)
. Reação da direita
. Atentados terroristas
. OAB
. Câmara Municipal do RJ
. Riocentro
. Campanha das Diretas Já
. Emenda Dante de Oliveira derrotada
. Eleição indireta de Tancredo Neves
Lei da anistia
CONTEXTO ECONÔMICO

. III Plano Nacional de Desenvolvimento (III PND)

- INFLAÇÃO

. Tentativa de superação da recessão econômica


. Objetivo de ampliação das exportações agrícolas
. Timidez das medidas de retomada do crescimento
. O país sai da recessão no último ano do governo
A estrutura partidária (1979) A primeira eleição organizada com o
novo quadro partidário ocorre em
1982. Foram disputados cargos de
governador, prefeito (exceto nas
capitais e cidades localizadas em
Fim do bipartidarismo com a áreas de segurança nacional),
extinção da ARENA e MDB; vereadores, senadores e deputados.
Para o governo dos estados o PMDB
foi vitorioso nos estados
economicamente mais importantes.
Retorno ao pluripartidarismo;
AS DIRETAS JÁ!
Efetivadas as eleições para o governo
dos estados organizam-se os partidos
PDS (Partido Democrático Social). Reunia grande de oposição, sindicatos e demais
parte dos políticos da antiga ARENA. setores da sociedade civil para
PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). reivindicar o retorno das eleições
Reunia parte da oposição parlamentar a ditadura. diretas para a presidência da
república. O movimento ganhou o
PDT (Partido Democrático Trabalhista) Reunia antigos nome de DIRETAS JÁ e exigia do
militantes do PTB, sindicalistas. Congresso a aprovação do projeto de
PT (Partido dos Trabalhadores) Reunia sindicalistas e lei do deputado Dante de Oliveira que
setores da Igreja Católica. determinava a convocação de
eleições presidenciais após o término
PP (Partido Popular) Formado por antigos do governo Figueiredo. Seguiram-se
políticos da ARENA e MDB. Fundiu-se ao PMDB. grandes mobilizações de rua, mas o
projeto foi rejeitado.

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