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Ditadura Militar de 1964

Ditadura Militar de 1964


Precedentes:
• Através das Reformas de Base, Goulart procurou operar mudanças
educacionais e tributárias, visando atenuar a desigualdade
econômica e social no país. Foi obrigado, contudo, a contrariar os
interesses da elite política, ao restringir a circulação de capital
estrangeiro e tentar fortificar as indústrias nacionais.
• Foi acusado de ser comparsa dos comunistas. Foi criada, então,
uma Doutrina de Segurança Nacional (uma espécie de Plano Cohen
circulava no Brasil). O dilema era: “é preciso enfrentar os
subversivos”.
• O golpe se deu em 31 de março de 1964. Jango foi para o exílio e
boa parte da classe média, assustada com o golpe e persuadida
pelo slogan da revolução, apoiou os militares, organizando a
Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
Ditadura Militar de 1964
Início da repressão política (1964-1968):
• Logo no início, o Regime Militar realizou uma
operação para capturar os “subversivos”:
comunistas, dirigentes sindicais, intelectuais,
estudantes.
• No primeiro ano do regime várias denúncias de
tortura foram realizadas. Castelo Branco, o
primeiro ditador, designou Ernesto Geisel para a
chefia de uma comissão para investigar as
acusações.
Ditadura Militar de 1964
• Criação do primeiro Ato Institucional (AI-1):
investiu o executivo de um poder soberano
incontestável, rompendo o princípio de igualdade
entre os três poderes. O ato limitava a atuação
do Congresso Nacional e conferia poder ao
presidente para caçar mandatos, caso necessário.
• Criação do Serviço Nacional de Informações
(1964), presidido por Médici e Figueiredo, para se
inteirar sobre os acontecimentos que assolavam
o país.
Ditadura Militar de 1964
• Criação de duas novas agremiações políticas: a
Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o
Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
• 1966: o Congresso Nacional foi fechado e foi
elaborada uma nova constituição, que entrou
em vigor em 1967.
• Grande embate contra o Judiciário, que não
aceitava a soberania do executivo.
Ditadura Militar de 1964
• Criação do AI-2: promoveu mudanças no Judiciário,
tentando submetê-lo ao Executivo. O julgamento de
crimes políticos passou para a jurisdição da “Justiça
Militar”. Extinção dos partidos existentes, e a admissão
apenas da ARENA e do MDB (bipartidarismo).
• AI-3: fim das eleições diretas para governadores e
prefeitos. AI-4: poder para a elaboração de uma nova
constituição (1967).
• Lei de Segurança Nacional: punição àqueles que
resistiam ao governo.
Anos de Chumbo (1969-1974):
• Costa e Silva: elaboração do AI-5 (1968):
– Fortalecimento do Executivo.
– Supressão das garantias individuais.
– Fechados o Congresso, as assembléias e a Câmara.
– Suspensão do “habeas corpus”.
• AI-14: prisão perpétua e pena de morte.
• Variados métodos de tortura adotados pelo regime:
pau-de-arara, telefone, cadeira-de-dragão, choques
elétricos, afogamento.
Anos de Chumbo (1969-1974):
• Enrijecimento da censura “DOPS”: Departamento
de Ordem Política e Social.
• Milagre econômico: crescimento das exportações e
grandes empréstimos estrangeiros.
• Existência de guerrilhas, organizadas pela esquerda.
• Médici (1969-1974) ficou reconhecido como o mais
rigoroso e repressivo ditador, efetuando exílios,
prisões, torturas em grande escala.
• Violenta repressão policial-militar. Restrição no
campo artístico e cultural (MPB).
Anos de Chumbo (1969-1974):
• Grande investimento em estradas, portos,
hidrelétricas, rodovias e ferrovias (graças ao
“milagre econômico”).
• O PIB (Produto Interno Bruto) chegou a crescer
12% ao ano, e milhões de empregos foram
gerados.
• Como o milagre econômico se baseou, em
grande parte, em empréstimos, sua duração foi
curta, pois os juros logo afetaram drasticamente
a economia nacional.
Liberalização política e abrandamento do Regime
Militar (1974-1985):

• Crise de legitimidade (fatores internos e


externos).
• Fim do “milagre econômico”.
• Crise do petróleo (1973): crise generalizada
(inflação, desemprego, dívida externa).
• Fechamento do Congresso (1977).
• 1979: revogação do AI-5.
• Supressão da pena de morte e da prisão
perpétua (1978).
Liberalização política e abrandamento do Regime
Militar (1974-1985):

• Direito ao “habeas corpus”.


• Organização dos movimentos estudantis.
• Greve do ABC paulista.
• Fim do bipartidarismo e concessão da anistia (governo
Figueiredo).
– ARENA se converte no PDS e o MDB em PMDB. Surgem o PT (Partido dos
Trabalhadores) e o PDT (Partido Democrático Trabalhista).
• Diretas Já (1983): pretendiam a redemocratização do país.
• Promessa de abertura política.
• Eleição indireta de Tancredo Neves, em 1985.
– Com sua morte, devido à saúde debilitada, assume José Sarney, seu vice.
Relação dos Presidentes:
• Castelo Branco (1964-1967);
• Costa e Silva (1967-1969);
• Médici (1969-1974);
• Ernesto Geisel (1974-1979);
• Figueiredo (1979-1985).

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