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ESTADO DE GOIÁS

COORDENAÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO NOVO GAMA


CEPMG OCIDENTAL

DISCIPLINA: História

PROFESSOR( As) : Luciana de Oliveira / Mª SEVERA

ALUNO: SÉRIE/TURM: 1º

CONTEÚDO : Ditadura Militar

Ditadura Militar no Brasil


A Ditadura Militar foi iniciada em 1964 e encerrada em 1985. Nesse período,
o autoritarismo, a censura e a tortura foram práticas comuns do governo.

Na imagem estão Humberto Castello Branco (1964-67) e Ernesto Geisel (1974-79), dois
presidentes militares durante o período da ditadura.*
Ditadura Militar foi o período da história brasileira que se estendeu
de 1964 a 1985. Esse regime foi instaurado no poder de nosso país por meio de
um golpe organizado tanto pelos meios militares quanto pelos civis. Esse golpe
visou à derrubada do presidente João Goulart e deu início a um período de 21
anos marcado pelo autoritarismo e pela repressão realizada pelo Estado.
Encerrou-se em 1985, quando Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil.

Golpe de 1964
A Ditadura Militar, no Brasil, foi instaurada por meio de um golpe —
organizado pelos militares, a partir de 31 de março de 1964, e concluído por
meio do golpe parlamentar, que se deu em 2 de abril de 1964. Esse golpe,
orquestrado não só por militares mas também pelo grande empresariado do
Brasil, com o apoio dos Estados Unidos, visava à derrubada de João Goulart e
do projeto trabalhista — um projeto político voltado para o
desenvolvimentismo e para a promoção de bem-estar social.

João Goulart, presidente do Brasil a partir de 1961, foi deposto pelo Golpe de 1964.
(Créditos: FGV/CPDOC)

João Goulart (Jango), vinculado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB),


assumiu a presidência do Brasil em setembro de 1961 após um processo tenso
que ficou conhecido como “campanha da legalidade”. A posse de Jango
aconteceu porque o então presidente Jânio Quadros renunciou a presidência em
agosto de 1961. Pela Constituição de 1946, o vice-presidente (na ocasião, o
Jango) deveria assumir, mas militares e conservadores em geral não aceitavam
a posse de Jango, o que resultou na citada campanha da legalidade, a qual
garantiu a posse de Jango.
Após o risco de uma guerra civil, a solução encontrada foi permitir a posse de
João Goulart em um regime parlamentarista, isto é, com poderes políticos
reduzidos. A partir de janeiro de 1963, o sistema presidencialista retornou ao
Brasil, e Jango deu início a sua agenda reformista. O projeto de reformas
estruturais de seu governo ficou conhecido como Reformas de Base.

As Reformas de Base organizavam reformas profundas em áreas essenciais do


Brasil, tais como as áreas de habitação, bancária, agrária, educacional etc.
Dentro das Reformas de Base, a única que foi amplamente debatida e que gerou
grande desgaste para o governo de Jango foi a reforma agrária, principalmente
porque ela mexia com os interesses dos grandes proprietários de terra.

O debate pela reforma agrária foi crucial para o destino de Jango, uma vez que,
a partir de setembro de 1963, os políticos do Partido Social Democrático (PSD)
que faziam parte da base de governo começaram a se transferir para a oposição
coordenada pela União Democrática Nacional (UDN). Mas não eram somente
as Reformas de Base que se desgastavam. Uma lei de 1962, chamada Lei de
Remessas de Lucro, também repercutiu fortemente e desagradava aos
interesses americanos no Brasil, uma vez que proibia suas empresas de
enviarem mais que 10% dos lucros obtidos para fora do país.

Sendo assim, já temos um breve quadro para entendermos a raiz do golpe. João
Goulart era um político que tinha um forte relacionamento com sindicalistas, e
isso lhe dava a fama de comunista. Além disso, seus projetos para o Brasil
visavam a transformações radicais que tinham como objetivo combater as
desigualdades para gerar mais desenvolvimento ao país.

Essas medidas de João Goulart desagradavam, primeiramente, ao grande


empresariado, grupo que se beneficiava do estado do país e que via as reformas
de Jango como prejudiciais aos seus interesses. Além disso, a política
trabalhista de Jango, no auge da Guerra Fria, era entendida como parte da
doutrina comunista, o que desagradava aos EUA (além da Lei de Remessas de
Lucro). Por fim, em oposição ao trabalhismo no Brasil, a UDN buscava retomar
o poder no Brasil de todas as formas.

Assim, esses grupos começaram a se articular visando à derrubada do


presidente. A partir de financiamentos realizados pela CIA, surgiram duas
instituições no país cujo objetivo era ampliar o desgaste do presidente e preparar
o caminho para o golpe — o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad)
e o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (Ipes).

A Ibad, por exemplo, realizou maciço investimento em candidatos


conservadores para as eleições realizadas em 1962, e mais de 800 candidatos
receberam financiamento dela. Já o Ipes era uma instituição de fachada que
produzia materiais informativos a respeito do Brasil e da sociedade brasileira,
mas que, secretamente, reunia o grande empresariado do país com os militares
para organizar o golpe contra Jango e a democracia. O envolvimento
americano, além do apoio financeiro, ocorreria também em auxílio militar, caso
o golpe contra Jango não tivesse sucesso.

O caminho para o golpe consolidou-se por meio de uma decisão do presidente


comunicada no comício da Central do Brasil. Nesse comício, o presidente
afirmou que as Reformas de Base seriam realizadas de toda maneira, o que
alarmou os grupos que conspiravam contra o presidente, que entenderam a ação
dele como uma guinada definitiva à esquerda.

Em resposta à ação do presidente, foi organizado, para dias depois, a Marcha


da Família com Deus pela Liberdade, realizada em São Paulo e que reuniu
milhares de pessoas. Nesse momento, ficava patente que existia uma parcela
considerável da população adepta à pauta conservadora. O desgaste do governo
Jango, aliado à conspiração golpista, levou a uma rebelião militar iniciada em
31 de março de 1964.

Essa rebelião foi iniciada na 4ª Região Militar, localizada em Juiz de Fora e


comandada por Olímpio Mourão Filho. Nos dias seguintes, a rebelião cresceu
e, como não houve reação do presidente, os parlamentares reuniram-se de forma
extraordinária e consolidaram o golpe contra Jango, ao declararem vaga a
presidência do Brasil, em 2 de abril de 1964.

Congressistas reunidos em 1º de abril de 1964, dia do golpe militar. (Créditos: FGV/CPDOC)

Com o golpe civil-militar que derrubou João Goulart, Ranieri Mazzilli foi
nomeado presidente provisório. No dia 9 de abril, foi emitido o Ato
Institucional nº 1, dispositivo de lei que estabelecia o aparato de repressão da
ditadura. Humberto Castello Branco foi escolhido, em eleição indireta, como o
presidente da ditadura, que se estendeu por 21 anos.

Presidentes militares
Ao longo dos 21 anos da Ditadura Militar, o nosso país
possuiu cinco presidentes, todos eleitos por meio de eleições indiretas, isto é,
sem a participação da população. Os cinco presidentes militares foram:

• Humberto Castello Branco (1964-67)


• Artur Costa e Silva (1967-69)
• Emílio Gastarrazu Médici (1969-74)
• Ernesto Geisel (1974-79)
• João Figueiredo (1979-85)

Principais acontecimentos
→ Repressão
A Ditadura Militar ficou marcada por ser um período de exceção, no qual todo
tipo de arbitrariedade foi cometido pelo governo em nome da
“segurança nacional”. A ditadura ficou marcada pelas prisões
arbitrárias, cassações, expurgos, tortura, execuções, desaparecimento de
cadáveres e até mesmo por atentados com bombas.

O aparato de repressão da ditadura deu-se por meio de diversos mecanismos. O


primeiro mecanismo foram os Atos Institucionais, o suporte jurídico que
possibilitava aos militares perseguir e aprisionar todos os que eram
considerados opositores do regime. Exemplificando, o AI-1 permitiu à ditadura
aprisionar pessoas, indiscriminadamente, em locais como navios e estádios de
futebol, e a expurgar pessoas do serviço público.

Por meio do AI-1, 4841 pessoas perderam seus direitos políticos, e 1313
militares foram colocados na reserva. Além disso, dezenas de juízes foram
expurgados, e 41 deputados tiveram seus mandatos cassados.|1| Sindicatos,
como a Liga Camponesa, e instituições estudantis, como a UNE, também
sofreram com a repressão governamental.

Com o tempo, o direito da população de escolher seu presidente foi retirado por
meio do AI-2, decretado no final de 1965, e o AI-3 estabeleceu um sistema
bipartidário no Brasil. Os dois partidos que existiam era:

• Aliança Renovadora Nacional (Arena): partido do regime;


• Movimento Democrático Brasileiro (MDB): oposição consentida (ou
seja, não toda e qualquer oposição).

O período 1964-68 é entendido por muitos como o período da “ditadura


branda”, mas, na verdade, esse período foi utilizado pela ditadura para criar o
aparato de repressão. O aparato jurídico da repressão dos militares teve seu auge
durante o AI-5, decretado durante o governo de Costa e Silva. Esse decreto
ampliou os poderes dos militares e determinava o seguinte:

• O presidente teria direito a fechar o Congresso;


• O presidente poderia intervir nos estados e municípios se achasse
necessário;
• O presidente poderia cassar políticos e demitir funcionários públicos;
• Suspendia-se o direito a habeas corpus para crimes contra a “segurança
nacional” etc.

→ Tortura
A tortura também foi um dos mecanismos da repressão e do autoritarismo da
Ditadura Militar. A tortura era realizada, principalmente, contra opositores do
regime, pessoas que, na ótica dos militares, eram vistas como subversivas. A
tortura realizada por agentes de governo não se deu apenas contra pessoas
envolvidas na luta contra a ditadura, mas também contra pessoas sem ligação
direta, como aconteceu com milhares de indígenas e com Carlos Alexandre
Azevedo, que, com 1 ano e 8 meses, foi vítima de tortura por agentes da
ditadura.

A respeito da ditadura, as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling


afirmam:
No Brasil, a prática da tortura política não foi fruto das ações incidentais
de personalidades desequilibradas, e nessa constatação residem o
escândalo e a dor. Era uma máquina de matar concebida para obedecer a
uma lógica de combate: acabar com o inimigo antes que ele adquirisse
capacidade de luta.|4|

As formas de tortura realizadas pela ditadura foram inúmeras, e os métodos de


tortura utilizados pelos agentes do Exército e do governo foram ensinados pelo
exército francês. Dentre as formas de tortura, podem ser destacados as
seguintes:

• Pau de arara: método no qual a pessoa era pendurada em uma barra de


ferro, que passava entre os punhos amarrados e as dobras dos joelhos. A
vítima presa no pau de arara era colocada sob outros métodos de tortura,
como o uso de choques elétricos.
• Choques elétricos: eram dados por meio de fios que eram ligados ao
corpo da pessoa. Os locais mais atingidos durante as sessões de choque
eram as partes íntimas, mas outras partes do corpo também eram
submetidas aos choques elétricos.
• Geladeira: a vítima, totalmente nua, era colocada em uma sala com
a temperatura baixíssima, e lá era emitido um som estridente.
• Palmatória: a vítima era submetida à tortura por meio do uso de
palmatória, em locais como as nádegas. A palmatória era usada até deixar
a região em carne viva.
• Uso de animais: muitas vítimas eram colocadas em recintos junto de
animais selvagens e perigosos, como cobras.
• Afogamento: a pessoa no pau de arara era submetida a sessões de
afogamento, por meio da introdução de água na boca e nas narinas. As
sessões de afogamento poderiam vir intercaladas com sessões de
choques elétricos.

Além dos métodos de tortura, alguns casos de pessoas torturadas são dignos de
menção:

• Carlos Alexandre Azevedo: como citado anteriormente, Carlos


Alexandre tinha apenas um ano e oito meses quando foi preso e
encaminhado ao Departamento Estadual de Ordem Política e Social
(Deops), lugar no qual foi torturado na frente de seus pais, em janeiro
de 1974. Na ocasião, Carlos teve um dente quebrado e levou choques
elétricos. Cresceu com problemas psicológicos e fobia social, e,
em 2013, cometeu suicídio.
• Inês Etienne Romeu: Inês tinha 29 anos quando sua prisão aconteceu,
em 1971. Inês sofreu torturas físicas e psicológicas, foi obrigada a ficar
nua na frente de seus torturadores e foi também estuprada.
• Maria Auxiliadora Lara Barcelos: foi presa em 1970, quando tinha 25
anos. Sofreu tortura com palmatória e choques elétricos nos seios e
vagina. Seus torturadores estupraram-na por meio da simulação de atos
sexuais e de carícias indevidas feitas em seu corpo. Exilada em 1971,
Maria Auxiliadora cometeu suicídio na Alemanha Ocidental.
• Stuart Angel: foi preso, em 1971, com 25 anos. Foi torturado
e amarrado, pela boca, no cano de escapamento de um jipe e
então arrastado pela Base Aérea do Galeão. Stuart Angel foi morto, e
seu corpo nunca foi encontrado. A mãe de Stuart, Zuzu Angel,
denunciou abertamente o desaparecimento de seu filho na época e
acabou morrendo em um acidente de carro, que aconteceu em 1976 e que
nunca foi devidamente esclarecido.
Outros casos, como a morte e o desaparecimento de Rubens Paiva e a morte
do jornalista Vladimir Herzog, são exemplos emblemáticos dos horrores da
tortura.

→ Economia
A economia na ditadura teve fases distintas, cada qual com suas peculiaridades.
No final do período de 21 anos, a ditadura deixou um saldo
de endividamento, inflação elevada e uma grande desigualdade social. As
distintas fases da política econômica, segundo o historiador Marcos Napolitano,
durante a ditadura foram|3|:

• Uma fase voltada para a contenção de gastos, da qual se destacam o


desaquecimento do consumo e o arrocho do salário dos trabalhadores.
Ocorreu entre 1964-67.
• O período do “milagre econômico”, marcado por expansão do crédito,
do consumo, pela realização de grandes obras públicas e crescimento
econômico notável e acelerado. Ocorreu entre 1968-73.
• Continuidade da política desenvolvimentista do período do milagre, mas
voltada para a diversificação da matriz energética do país e
o desenvolvimento de indústria de base, com forte endividamento do
governo. Ocorreu entre 1974-80.
• Tentativas de controlar os efeitos da crise combatendo a inflação e a
dívida externa. Ocorreu entre 1980-85.

→ Resistência à ditadura
Ao longo dos 21 anos de ditadura, diferentes formas de resistência foram
organizadas na sociedade brasileira. Primeiramente, é importante mencionar o
papel das manifestações populares que aconteceram entre 1964 e 1968. O Rio
de Janeiro, por exemplo, foi palco de manifestações gigantescas que sofreram
dura repressão da ditadura.

Aconteceram também demonstrações de resistências nos meios políticos, das


quais duas destacaram-se. Nos primeiros anos da ditadura, existiu a Frente
Ampla, movimento político criado por Carlos Lacerda — político
conservador que apoiou o golpe, mas rompeu com o regime quando a eleição
presidencial de 1965 foi cancelada.

Outra demonstração de resistência política deu-se em 1968, quando os


deputados brasileiros recusaram-se a punir Márcio Moreira Alves, deputado
que acusou o Exército de ser um “valhacouto de torturadores”. A intensificação
das oposições contra a ditadura foi uma das justificativas usadas pelos militares
para endurecer o regime por meio do AI-5.

Por fim, com o endurecimento do regime, a partir de 1968, uma nova forma de
resistência à ditadura surgiu no Brasil: a resistência armada. O grupo que se
lançou à resistência armada era composto, em maioria, por membros da classe
média e estudantes que não concordavam com o autoritarismo do regime e que
não viam outra solução — já que o regime não os permitia manifestar-se
pacificamente — senão lançar-se à resistência armada.

A resistência armada realizou uma série de ações, como atentados com bombas,
como o ocorrido contra a embaixada americana, em 1968. Houve, também,
assaltos e sequestros realizados por membros desses grupos como formas de
luta contra a ditadura. Entre os nomes de destaque da resistência armada
estão Carlos Marighella e Carlos Lamarca. A repressão da ditadura contra
esses grupos que atuavam no início da década de 1970 fez a resistência armada
praticamente desaparecer do país.

Abertura democrática

João Figueiredo (de branco) foi o último presidente durante a Ditadura Militar.
(Créditos: FGV/CPDOC)

A partir do final da década de 1970, a ditadura começou a caminhar para uma


abertura, mas se, à primeira vista, essa abertura parecia ser uma democratização
da ditadura, ela era, na realidade, uma abertura controlada que buscava
manter os governos alinhados aos interesses do Exército sem a necessidade de
se ter presidentes militares.
Esse processo, no entanto, falhou drasticamente, uma vez que as forças de
resistência contra a ditadura ganharam nova vida e anteciparam o fim da
Ditadura Militar no Brasil. O fortalecimento das oposições e o
descontentamento popular com a grave crise, que atingiu a economia brasileira
a partir da década de 1980, fizeram com o projeto de abertura controlada da
ditadura fracassasse.

A partir de 1979, uma série de medidas foi tomada no sentido de promover


maior abertura da política brasileira. Foi decretada a anistia, lei que permitia a
todos os exilados retornarem ao Brasil e perdoava todos os crimes cometidos
durante a ditadura. Houve também o retorno do pluripartidarismo, que levou ao
surgimento de novos partidos no Brasil. Os partidos que surgiram foram:

• Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) — conversão do


MDB;
• Partido Democrático Social (PDS) — conversão do Arena;
• Partido dos Trabalhadores (PT);
• Partido Democrático Trabalhista (PDT);
• Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Outra medida notável desse processo de abertura controlada foi a revogação do


Ato Institucional nº 5, que aconteceu em 1979. Na década de 1980, o último
presidente da ditadura, João Figueiredo, fracassou no projeto dos militares de
realizar a abertura controlada. A mobilização popular, aliada com a mobilização
política, fez com que a ditadura chegasse ao fim.

A transição para a democracia no Brasil, por sua vez, ficou marcada pela
cautela. Essa transição foi realizada de maneira conservadora, e isso é
perceptível pelo fato de o primeiro presidente civil, após 21 anos de ditadura,
ter sido escolhido por eleição indireta, já que a Emenda das Diretas Já tinha sido
derrotada. Até hoje, os agentes do governo que cometeram crimes e todo tipo
de violação contra os Direitos Humanos não foram julgados e condenados. Isso
se atribui-se, principalmente, à Lei da Anistia, que perdoou os crimes cometidos
pelos agentes na ditadura.

Exercícios sobre a Ditadura Militar


1-(Fundatec – adaptado) Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o
primeiro e último presidente da Ditadura Militar.

a) Emílio Garrastazu Médici e Itamar Franco.

b) Ernesto Geisel e Emílio Garrastazu Médici.


c) Castelo Branco e João Baptista de Oliveira Figueiredo.

d) João Baptista de Oliveira Figueiredo e Ernesto Geisel.

e) Castelo Branco e Emílio Garrastazu Médici.

2-(Fundatec) Os discursos dos militares, no Brasil, no período antes da Ditadura


Militar, eram de que eles precisavam tomar o poder para afastar o perigo do
comunismo; segundo o discurso, logo após a

tomada do poder, seria(m):

a) criada uma junta militar para fortalecer o Poder do Executivo.

b) restabelecida a ordem, com a criação do Ato Institucional nº 1.

c) devolvido o poder aos civis por meio de eleições democráticas.

d) elaborada uma nova Constituição, dando mais poder ao povo.

e) ampliados os direitos e deveres políticos com a criação do partido do PTB.

3-(IF Sul Rio-Grandense – adaptado) Leia o excerto a seguir.

“A extensão do mandato do próximo presidente da República, de cinco para seis


anos; as eleições para governador de Estados seriam indiretas (ao contrário do que
previa a própria constituição do regime); um terço dos senadores seria nomeado
pelo presidente; mudança do cálculo do número de cadeiras por Estado na Câmara
Federal (visando diminuir a representatividade dos Estados em que a oposição
ganhava força, como o Rio de Janeiro e São Paulo).”

NAPOLITANO, M. 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo, SP: Contexto, 2014.
p.62.

O texto faz referência:

a) ao Plano Trienal, que procurou acabar com o crescimento político da Arena nas
esferas estadual e municipal.
b) à Operação Condor, que ocasionou a cassação dos mandatos dos parlamentares
do MDB.

c) ao Ato Institucional número 4, que estabeleceu eleições indiretas em todas as


esferas políticas.

d) ao Pacote de Abril, editado durante o governo Geisel para limitar a atuação da


oposição ao governo.

e) Nenhuma das alternativas acima.

4-(Unesc – adaptado) No dia 13 de dezembro de 2018, completaram 50 anos da


promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Sobre o Al-5 observe as afirmativas
a seguir:

I – O Ato Institucional era o modo como os governos militares executavam suas


ordens sem a necessidade de consultar o Congresso Nacional; esse ato instaurou a
censura e possibilitou a perseguição aos opositores.

II – Outra proibição do AI-5 era relativa às reuniões públicas, já que no ano de


1968 a oposição ao regime militar tornou-se mais visível devido aos movimentos
como a passeata dos cem mil e as produções culturais que questionavam a ditadura.

III – O AI-5 é conhecido como um dos motivos para o acirramento dos embates
entre o regime militar e a oposição, que, por não poder propor atos públicos,
enveredou-se pela clandestinidade ao optar pela luta armada.

IV – A revogação dos atos institucionais aconteceu somente em 1978, quando


Ernesto Geisel promulgou a emenda constitucional que punha fim no Al-5 e
demais atos. Essa emenda entrou em vigor no ano de 1979, conhecido como o ano
da anistia.

Estão corretas as afirmativas:

a) I e II, apenas.

b) I, II, III e lV.


c) I e IV, apenas.

d) I, II e IV, apenas.

e) Todas as alternativas estão incorretas.

5-O presidente brasileiro destituído com o golpe civil-militar de 1964 foi:

a) Jânio Quadros

b) João Goulart

c) Getúlio Vargas

d) Juscelino Kubitschek

e) Café Filho

6-O levante militar que aconteceu em Brasília em 1963 e que foi motivado pela
insatisfação dos militares com uma decisão do STF ficou conhecido como:

a) Revolta dos Sargentos

b) Manifesto dos Mineiros

c) Revolta dos Tenentes

d) Revolta de Jacareacanga

e) Nenhuma das alternativas acima

7-O levante militar que resultou no golpe civil-militar de 1964 foi iniciado em qual
cidade brasileira:

a) Rio de Janeiro

b) São Paulo

c) Brasília
d) Porto Alegre

e) Juiz de Fora

8-A campanha popular que exigia o direito da população de votar no presidente do


Brasil recebeu o nome de:

a) Marcha dos Verde Amarelo

b) Caras-pintadas

c) Diretas Já

d) Jornadas de Maio

e) Nenhuma das alternativas acima

9-Qual foi o primeiro presidente brasileiro após o término da Ditadura Militar:

a) Tancredo Neves

b) Fernando Collor

c) João Figueiredo

d) José Sarney

e) Ulisses Guimarães

10-Os dois partidos que existiram durante boa parte da Ditadura Militar foram:

a) UDN e Arena

b) PSD e PTB

c) MDB e Arena

d) PT e PDS

e) PMDB e PSDB
11-A Frente Ampla foi um movimento de oposição à ditadura formado por um
político conservador que havia apoiado o golpe civil-militar de 1964. Estamos
falando de:

a) Auro de Moura

b) Magalhães Pinto

c) Jânio Quadros

d) Tancredo Neves

e) Carlos Lacerda

12-A reunião que deu origem ao Ato Institucional nº 5, em 1968, recebeu qual
nome:

a) Mergulho Profundo

b) Missa Negra

c) Anos de Chumbo

d) Hora mais Escura

e) Nenhuma das alternativas acima

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