Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Os anos que antecendem o golpe militar de 1964 são marcados por uma
crise política e institucional que vai se acirrando cada vez mais até
culminar efetivamente no golpe. Essa crise começa com a renúncia do
Presidente eleito Jânio Quadros, em 1961. Não há um motivo claro e
exato que faz Jânio renunciar, levando muitos historiadores a crer que a
renúncia foi um pretexto para tentar se fortalecer e voltar ao poder
aclamado pelo povo e, assim, centralizar mais o poder. No entanto, isso
não acontece e quem deveria assumir o lugar de Jânio, seria o seu vice
presidente, João Goulart, apelidado de Jango.
No momento da renúncia de Jânio, o vice presidente João Goulart
estava em uma missão diplomática na China. Quando ele é informado da
renúncia, decide voltar imediatamente ao Brasil. No entanto, um grupo
forte e importante de deputados pretende não deixar Jango assumir o
poder, como mandava a constituição, pois o acusavam de ser comunista e
temiam um golpe comunista no Brasil. Devemos lembrar que esse é um
contexto de Guerra Fria, de um mundo polarizado entre o capitalismo dos
EUA e o comunismo soviético.
Assim, iniciava-se um impasse. João Goulart não sabia se voltava para o
Brasil para assumir a presidência, pois parte expressiva do Congresso
queria impedir a sua posse, ameaçando inclusive derrubar o avião caso ele
embarcasse para o Brasil. Dessa forma, Jango ficou aguardando na China
uma decisão, enquanto a crise institucional interna no Brasil se acirrava.
Dessa forma, um outro grupo de parlamentares, liderados por Lionel
Brizola, um parlamentar gaúcho, iniciaram a chamada campanha da
legalidade, buscando garantir o cumprimento da constituição e da posse
do vice presidente João Goulart. Brizola chegou a pegar em armas, pois
muitos generais e militares no geral não queriam ceder em relação à
posse de Goulart. Houve quase uma guerra civil, mas no fim um acordo
celou a paz e ficava estabelecido que João Goulart poderia retornar ao
Brasil, mas com uma condição: a mudança do regime presidencialista para
o parlamentarismo, sendo João Goulart nomeado Primeiro Ministro. Essa
foi uma forma encontrada pelos que não queriam que Goulart tomasse
posse de deminuir os seus poderes. Assim, entre 1961 e janeiro de 1963,
Jango foi o Primeiro Ministro de um regime parlamentarista montado de
surpresa e improviso. Em Janeiro de 1963 houve um plebiscito no qual a
população brasileira votou, em sua grande maioria, pelo restabelecimento
do presidencialismo como forma de governo.
2. A campanha de desestabilização
Passeata dos cem mil, que contou com amplo apoio popular, sobretudo jovem e estudantil
7. Governo Médici
8. Governo Geisel
9. O governo de Figueiredo
Sargento do exército morto após explosão da bomba que carregava para o atentado
Entre 1983 e 1984, um movimento popular e de jovens tomou conta das
principais cidades do país, que ficou conhecido como Diretas Já! Esse
movimento, como o próprio nome diz, tinha como principal pauta de luta
a defesa do restabelecimento das eleições diretas para presidente da
república. O movimento diretas já contou com grande apoio da população
e cresceu enormemente, tomando grandes proporções e pressionando os
militares a adotarem o voto direto. Apesar da grande mobilização social e
inclusive a partipação de artistas e personalidades públicas, a mobilização
em torno das diretas já não teve resultado efetivo no governo, que em
1984 derrotou a emenda Dante de oliveira, que instituía o voto direto
direto para as próximas eleições. Dessa forma, com a emenda derrotada,
as eleições de 1985 foram indiretas.
“Daí para frente, o movimento pelas diretas foi além das organizações
partidárias, convertendo-se em uma quase unanimidade nacional. Milhões
de pessoas encheram as ruas de São Paulo e do Rio de janeiro, com um
entusiasmo raramente visto no país. A campanha das “diretas já”
expressava ao mesmo tempo a vitalidade da manifestação popular e a
dificuldade dos partidos de exprimir reivindicações. *...+”
BUENO, Eduardo. Brasil: uma história. 2 ed. rev. São Paulo: Ática, 2003, p.393.
HABERT, Nadine. A década de 70: apogeu e crise da ditadura militar brasileira. São
Paulo: Ática, 1996.
Fonte: PEIXOTO, Luiz Felipe de Lima; SEBABELHE, Zé Otávio. 1976 Movimento Black Rio.
Rio de Janeiro: José Olympio, p. 89.
FONTE: Vicentino, Cláudio. Projeto Radix: História. 2ª ed. – São Paulo: Scipione, 2012.
[Fragmento: Adaptado]
A) V – F – V – F – F.
B) V – V – F – V – V.
C) F – F – V – F – V.
D) F – V – V – V – F.