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Governo Dutra (1946-1951):

O Governo Dutra foi caracterizado por ter sido o governo que iniciou o período da
Quarta República brasileira. Esse período iniciou-se em 1945 e estendeu-se até o
golpe militar que aconteceu em 1964. O governo de Dutra foi caracterizado pelo
alinhamento do Brasil como aliado incondicional dos EUA na Guerra Fria e pela
perseguição aos movimentos trabalhistas e aos comunistas. Teve cinco anos de
duração e durante esse tempo, o feito de maior significância foi a promulgação de
uma nova Constituição, em 1946. A nova Constituição foi resultado da
democratização do Brasil, seguida do término do Estado Novo.
Na parte econômica, Dutra adotou uma política econômica liberal que se colocou
contrária às intervenções estatais na economia e, portanto, permitiu que o mercado
tivesse uma grande liberdade, principalmente na importação de bens de consumo.
Isso resultou em uma alta na importação de mercadorias, escorada pela valorização
da moeda nacional.

Governo Vargas (1951-1954):

O segundo governo de Vargas ficou marcado por forte crise política e muita tensão
social. Isso foi resultado da postura intransigente da UDN, que prestou oposição
ferrenha ao governo e contribuiu para travar a governabilidade de Vargas.
A tensão social, por sua vez, resultava da crise política, mas também dos problemas
que a economia brasileira enfrentava. A tensão social também marcou fortemente
esse governo, sobretudo a partir de 1952. Essa tensão foi, em partes, influenciada
pela crise política e pelos ataques que Vargas sofria, mas a sua principal causa era
a crise econômica, o fator que mais pesava era o aumento no custo de vida. Além
de todos esses ocorridos, o seu vice Café Filho, juntamente dos militares,
romperam-se diretamente com Vargas. Culminando posteriormente ao seu suicídio,
que comoveu o país inteiro

Governo JK (1955-1960):

Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da República em 1955, juntamente com o


vice-presidente João Goulart. Nos primeiros anos do pleito, após a situação política
ter tomado seus caminhos por tentativa de golpe da UDN, rapidamente JK colocou
em ação o Plano de Metas e a construção de Brasília, transferindo a capital do
Brasil do Rio de Janeiro para o Planalto Central.
JK pretendeu lançar o Plano 50 anos em 5, onde ocorreu o desenvolvimentismo
econômico que o Brasil viveu durante o mandato de JK priorizou o investimento nos
setores de transportes e energia, na indústria de base, na substituição de
importações, destacando a ascensão da indústria automobilística, e na Educação.
Para ampliar o desenvolvimentismo econômico brasileiro, JK considerava
impossível o progresso da economia sem a participação do capital estrangeiro. Com
isso, JK conseguiu planejar e fazer Brasília uma cidade bem trabalhada e
desenvolvida, porém isso aumentou e muito o endividamento nacional.

Governo Jânio Quadros (1961):

O governo de Jânio Quadros durou apenas sete meses, sendo ele, por isso, o
presidente da república que ficou menos tempo no poder. Apesar da curta duração,
seu governo foi marcado por medidas esdrúxulas, como as proibições de rinhas de
galo e do biquíni. Em um mundo bipolar como o da Guerra Fria, a política externa
independente foi o principal destaque desse governo.
Na parte econômica, Jânio afirmou manter relações com blocos socialistas e
capitalistas. Uma característica marcante do governo Jânio Quadros foi a publicação
de decretos relacionados à moralidade e aos costumes. O presidente decretou as
proibições de rinha de galo e do uso de biquínis em concursos de beleza e a
premiação para funcionário público que ficasse 50 anos de serviço sem ter
nenhuma falta.
No dia 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros enviou um bilhete ao Congresso
comunicando a sua renúncia com a justificativa de que “forças terríveis”
impediam-no de governar. Os parlamentares foram pegos de surpresa porque não
havia motivos para tal ato extremado, porém na realidade, Jânio estava tentando
fazer dar um golpe para obter mais poder.

Governo João Goulart (1961-1964):

Muito conhecido como Jango, o político gaúcho assumiu a presidência após a


renúncia de Jânio Quadros, em um cenário de grande crise política. O governo de
João Goulart foi um dos mais atribulados da história republicana de nosso país. O
governo de João Goulart pode ser dividido nas fases parlamentarista e
presidencialista, os principais acontecimentos dele estão relacionados com a
discussão em torno das Reformas de Base, reformas estruturais propostas pelo
presidente, e da conspiração golpista, que se realizou durante o mandato de Jango
e resultou na sua destituição por meio do Golpe Civil-Militar de 1964.
Nesse primeiro momento do governo, João Goulart teve uma real dimensão dos
problemas que o país sofria, uma vez que o endividamento do Brasil era grave e a
pressão social por melhorias nas condições de vida era cada vez maior. No contexto
da sua posse, camponeses e estudantes eram os dois grupos mais radicalizados,
um indicativo dos graves problemas existentes nessas áreas. Outro elemento de
tensão era a inflação, que pressionava cada vez mais a renda dos trabalhadores
das classes média e baixa. Por fim, João Goulart deveria equilibrar a política
brasileira, garantindo a satisfação de seus opositores: os conservadores da UDN e
os militares, ambos ávidos pelo golpe.
No governo Jango, também ficou marcado a golpe militar de 64, onde a ação dos
militares seguiu-se pela deposição de João Goulart da presidência por meio de uma
sessão parlamentar presidida por Auro de Moura. Poucos dias depois, o general
Humberto Castello Branco foi eleito presidente do Brasil, e os militares já deram o
tom do que seriam os próximos 21 anos do Brasil: opositores foram perseguidos,
políticos foram cassados e a tortura consolidou-se como prática.

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