Você está na página 1de 4

NÚCLEO EDUCACIONAL CORA CORALINA

Aluno (a): _____________________________________________________


Professor (a): Mayza Silva Componente Curricular: História
Ano: 9° Data: 07/08/2023

REPÚBLICA POPULISTA
Entenda o Ciclo Histórico da República Populista: 
A derrubada da Monarquia em 1889, e a consequente Proclamação da República, foram episódios
protagonizados com forte presença militar. No início do Presidencialismo os militares colocaram
logo de cara os  marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto no comando do país.
Este ciclo inicial da República no Brasil, logo após a proclamação, ficou conhecido como a
República da Espada.
A Era Vargas
Após o ciclo da República da Espada o país teve o ciclo da República Oligárquica, alternando o
poder entre São Paulo e Minas Gerais, na política do café com leite, dominada por proprietários e
produtores rurais. Este ciclo dura até 1930 quando através de uma mobilização militar chega ao
poder Getúlio Vargas, que governa até o final da 2ª Guerra Mundial.
Estes fundamentos da História do Brasil República são essenciais para você entender o contexto
em que acontece o Movimento Civil e Militar de 1964, que culmina com a destituição do então
presidente João Goulart, registrado na história como Golpe Militar de 1964. E, encerra-se ali o ciclo
da Republica Populista, ou Período Democrático.
O Estado Novo de 1937 
Getúlio Vargas governou com mãos de ferro a partir de 1937 durante o ciclo denominado Estado
Novo, que foi de 1937 até 1945.  Ao final da 2ª Guerra Mundial o país volta a ter eleições diretas
para presidente da república, e Vargas sai da Presidência.
A República Populista: 1945 a 1964
As eleições presidenciais são convocadas no embalo da vitória dos países aliados contra o regime
nazista. Os dois candidatos que polarizam o Brasil disputam o eleitorado partindo do mesmo seio,
ambos são militares. Por um lado o Brigadeiro Eduardo Gomes, que estava na cena político-militar
desde o movimento dos Tenentes (veja aula sobre o Tenentismo), e  por outro o General Eurico
Gaspar Dutra, que vence o pleito.  Dutra governa de 1946 a 31 de janeiro de 1951.
Durante o governo Dutra, Getúlio Vargas volta ao Sul do Brasil para um autoexílio, recolhido a suas
fazendas. Retorna à presidência nos braços do povo nas eleições de 1950. Governa desta vez um
país diferente, com oposição forte nos meios de comunicação e no Congresso Nacional.
As marcas deixadas por Getúlio Vargas se eternizaram no cotidiano dos brasileiros. Foi ele quem
concedeu o voto para as mulheres, criou a Petrobrás, a indústria siderúrgica nacional, as Leis do
Trabalho e o Salário Mínimo, por exemplo.
Apesar de um ciclo inflacionário, Getúlio era aclamado como o Pai dos Pobres. Por isso a
denominação de República Populista para o ciclo seguinte, que ficou marcado pelas posturas
anteriores de Getúlio.
O governo do General Dutra ocorre sem sobressaltos, sem destaques ou decepções de grande
monta. Mas, na opinião pública a memória de Getúlio Vargas estava muito presente. Ele é
convidado a ser candidato pela via democrática, e volta ao poder vencendo as eleições de 1950.
No entanto, Vargas enfrenta crises políticas, acusações de corrupção (nunca provadas), e comete
suicídio em 1954 após o chefe de sua segurança pessoal envolver-se em uma atentada conta
Carlos Lacerda, que era o líder da oposição.
O Suicídio de Getúlio Vargas
Após a morte de Getúlio Vargas, o Brasil entra em comoção e elege Juscelino Kubitschek
presidente da república. Juscelino governa com o lema de “50 anos em 5”. Promove a indústria
automobilística, as hidrelétricas, e completa o mandato inaugurando Brasília como a nova capital
federal.
Logo em seguida ao ciclo de Juscelino Kubitscheck elege-se como presidente Jânio Quadros, que
não se entende com o Congresso Nacional e renuncia antes de cumprir a metade do mandato.
Após a renúncia de Jânio Quadros no dia 25 de agosto de 1961, com apenas sete meses de
governo, João Goulart enfrentou um período de turbulência política até assumir o governo duas
semanas depois, sob-regras de transição de um regime parlamentarista. João Goulart somente
tomaria posse como presidente no dia 7 de setembro de 1961.
 Na data da renúncia de Jânio Quadros o então vice-
presidente estava em visita à China, e foi taxado de
comunista por militares e políticos do antigo partido político
UDN (União Democrática Nacional). Jânio fez um governo
pirotécnico, com medidas estapafúrdias como proibir o uso de
biquíni nas praias. A sua renúncia implanta um ciclo político
instável que envolve a posse do então vice-presidente João
Goulart, inicialmente como ‘presidente parlamentarista’. Foi
um representante da República Populista com instabilidade
pessoal.
Para estes grupos João Goulart era muito identificado com sindicalistas e as posturas políticas de
Leonel Brizola. Foram duas semanas de intenso debate no país até que se chegasse à solução
‘parlamentarista’, onde o comando do governo não fica com o Presidente da República, mas com o
‘Primeiro Ministro’. Foi uma tentativa de não aumentar a força de um presidente que poderia atuar
para acentuar um estilo de Republica Populista no pais.
Para contornar as circunstâncias e dar posse a João Goulart, portanto, a solução política foi
promover uma transição acerada para um  regime parlamentarista no País. Goulart assumiu como
‘Presidente da República’, e Tancredo Neves foi nomeado como Primeiro Ministro. No entanto, em
1963 um plebiscito restaurou o presidencialismo, com 80% dos votos.
A partir daí João Goulart, já com poderes presidencialistas, realizou uma gestão marcada por
diversos conflitos políticos, sociais e econômicos. Filiado ao então PTB – Partido Trabalhista
Brasileiro, e associado à imagem do ex-presidente Getúlio Vargas e do ex-governador do Rio
Grande do Sul Leonel Brizola.
Jango (apelido de João Goulart) apresentou ao país uma pauta de reformas que enfrentou
resistências conservadoras. As pautas mudancistas de Jango estavam identificadas com o ciclo da
República Populista. Na imagem João Goulart discursando no ‘Comício da Central do Brasil’, no
dia 13 de março de 1964, ao lado da esposa  Maria
Tereza. Foi o último grande ato público de Jango na
presidência antes de ser deposto no dia 31 de março
do mesmo ano. 
O Isolamento e a Queda de Jango
Jango apresentou ao pais uma pauta denominada
‘Reformas de Base’, que contemplava Reforma
Agrária, reforma Bancária, Direito de Voto aos
Analfabetos, entre outras. Mas, o então presidente
caminhou gradualmente para um isolamento político
no Congresso Nacional e tentou se manter no poder
com alianças diretas a setores vinculados aos
sindicatos de trabalhadores e associações de militares suboficiais.
A tensão se radicalizou quando passeatas de civis repudiaram o governo de Jango, e culminou
quando o então presidente não puniu soldados e praças que se rebelaram contra oficiais
superiores, quebrando o princípio da hierarquia que impera dentro das Forças Armadas.
O fim da República Populista
As forças de apoio a Jânio não conseguiram se impor perante a sociedade e ele foi deposto por um
golpe militar ao final de março de 1964, sob os argumento de repor a hierarquia nas Forças
Armadas, e de combater a inflação e a corrupção.
Logo depois, com a tomada de poder pelos militares, um acordo no Congresso Nacional deu posse
e poderes transitórios ao general Castelo Branco, que editou decretos com o nome de Atos
Institucionais para exercer o governo.
A promessa era de fazer uma transição pacífica e devolver o poder aos civis com eleições
presidenciais em 1965. Os candidatos mais fortes eram o ex-presidente Juscelino Kubitschek, pelo
PSD,  e o jornalista carioca Carlos Lacerda, pela UDN.
O Golpe de 1964 encerra a República Populista
Somente após um plebiscito restaurando plenamente o presidencialismo é que João Goulart
governa de fato. Mas, não consegue equilibrar as forças políticas e coloca-se ao final alinhado com
reformas de base que foram recusadas pela classe média, pelas lideranças empresariais e pela
hierarquia militar, que aplica um Golpe de Estado em 31 de março de 1964, e que teve como
consequência a Ditadura Militar de 1964 a 1985.

ATIVIDADE

1. Foram medidas do Plano de Metas de JK, exceto:


a) implantação de uma indústria automobilística.
b) expansão das usinas hidrelétricas (Paulo Afonso, Furnas e Três Marias).
c) criação do Conselho Nacional de Educação.
d) criação da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
e) abertura de novas rodovias.

2. Qual o nome do presidente do Brasil que ficou conhecido como Jango?


a) João Goulart.
b) Getúlio Vargas.
c) Jânio Quadros.
d) João Figueiredo.
e) Eurico Dutra.
3. A Quarta República brasileira foi um período da história do Brasil que aconteceu entre 1946 e
1964 e ficou conhecida por ter sido um período de democracia liberal. No entanto, ficou marcada
por disputas políticas que abalaram as estruturas da democracia do país, tendo como resultado
final o Golpe de 1964. O nome da política brasileira que ficou conhecido por atuar em favor de
grupos conservadores e ser o pivô da crise do governo de Vargas e um dos apoiadores do golpe
em 1964 foi:
a) Juscelino Kubitschek.
b) Henrique Teixeira Lott.
c) Jânio Quadros.
d) Carlos Lacerda.
e) Auro de Moura.
4. O trabalhismo era uma ideologia política que estava associada com qual político brasileiro?
a) Ademar de Barros.
b) Plínio Salgado.
c) Juscelino Kubitschek.
d) Jânio Quadros.
e) Getúlio Vargas.

5. A redemocratização do Brasil, em 1945, e o fim da Segunda Guerra Mundial consolidaram uma


política externa, já esboçada durante o conflito Mundial, que pode ser caracterizada pelo(a):

a) “Pragmatismo responsável”, no qual os interesses econômicos prevaleceram sobre as posições


políticas.
b) Alinhamento aos Estados Unidos e ao Bloco Capitalista no contexto da Guerra Fria.
c) “Política externa independente”, que priorizava a aproximação com as antigas colônias recém-
independentes.
d) Valorização da integração e formação de blocos, dentro de uma concepção latino-americanista.
e) Aproximação com os países europeus, visando a recuperar os mercados perdidos durante a
Segunda Guerra.

Você também pode gostar