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OPERAÇÃO LIMPEZA
Durante a ditadura militar, houve várias operações e ações promovidas pelo regime, algumas delas
com o objetivo de reprimir opositores políticos e eliminar supostos elementos considerados
subversivos. Dentre as principais operações da ditadura militar, podemos mencionar a Operação
Bandeirantes (OBAN), o Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-CODI) e a Operação Condor.
A Operação Bandeirantes (OBAN) foi uma ação conjunta do Exército, Marinha e Aeronáutica,
criada em 1969, que tinha como objetivo combater a guerrilha urbana e eliminar qualquer ameaça
ao regime militar. A OBAN foi responsável por prisões, torturas e mortes de opositores políticos.
O DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa
Interna) foi uma estrutura de repressão do regime militar, criada em 1969, que atuava em diversas
regiões do Brasil. Era responsável pela investigação, prisão, interrogatório e tortura de suspeitos
de atividades subversivas.
A Operação Condor foi uma aliança entre as ditaduras militares da América do Sul, incluindo
Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e outros países. Essa operação tinha como objetivo
coordenar ações conjuntas de repressão política, troca de informações e captura de opositores
políticos, possibilitando a perseguição de dissidentes além das fronteiras nacionais.
É importante ressaltar que a ditadura militar no Brasil foi marcada por violações sistemáticas dos
direitos humanos, incluindo prisões arbitrárias, torturas, desaparecimentos e assassinatos de
opositores políticos. Essas ações repressivas faziam parte de uma política de controle e eliminação
de qualquer forma de resistência ao regime.
SALÁRIO EDUCAÇÃO
O salário-educação é uma contribuição social devida pelas empresas no Brasil com o objetivo de
financiar o setor educacional. Foi instituído pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado
pela Lei nº 9.424/1996.
A contribuição do salário-educação é destinada a financiar programas, projetos e ações voltados
para o desenvolvimento da educação básica pública. Os recursos arrecadados são repassados ao
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é responsável por distribuí-los
aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, de acordo com critérios estabelecidos em
legislação específica.
A contribuição é calculada com base na folha de pagamento das empresas. A alíquota varia de
acordo com o tamanho da empresa e a natureza de sua atividade econômica. As empresas
enquadradas no regime de tributação do Simples Nacional estão isentas do pagamento do salário-
educação.
Os recursos do salário-educação são utilizados para o financiamento de programas e ações
voltados para a educação básica, tais como a distribuição de recursos para a merenda escolar, o
transporte escolar, a construção e manutenção de escolas, a capacitação de professores, entre
outros.
É importante ressaltar que o salário-educação é uma obrigação legal das empresas e não
representa um ônus direto aos trabalhadores. Os recursos arrecadados têm como finalidade
promover melhorias na educação básica, contribuindo para a qualidade e a universalização do
ensino no país.
O salário-educação é um instrumento importante para o financiamento da educação básica no
Brasil e auxilia na busca pela melhoria da qualidade e do acesso à educação para todos os
cidadãos, independentemente de sua condição socioeconômica.
MAGISTÉRIO SUPERIOR
O magistério superior é uma atividade profissional exercida por professores que atuam no ensino
superior, ou seja, em instituições de ensino como universidades, faculdades e institutos federais.
Esses profissionais têm como responsabilidade ministrar aulas, orientar pesquisas, realizar
atividades de extensão e contribuir para o desenvolvimento do conhecimento em suas respectivas
áreas de especialização.
Os professores do magistério superior desempenham um papel fundamental na formação
acadêmica e profissional dos estudantes universitários. Eles são responsáveis por transmitir
conhecimentos, estimular o pensamento crítico, orientar trabalhos acadêmicos e contribuir para o
desenvolvimento intelectual e pessoal dos alunos.
Além das atividades de ensino, os professores do magistério superior também podem se envolver
em pesquisas científicas e projetos de extensão, contribuindo para a produção de novos
conhecimentos e para a interação entre a universidade e a sociedade.
Para atuar no magistério superior, geralmente é necessário ter formação acadêmica avançada,
como um mestrado ou doutorado, na área de conhecimento em que se deseja lecionar. A seleção
e contratação de professores no ensino superior podem ser realizadas por meio de concursos
públicos ou processos seletivos específicos de cada instituição.
Além do ensino e da pesquisa, os professores do magistério superior também podem desempenhar
outras atividades, como coordenação de cursos, participação em comitês e órgãos colegiados das
instituições de ensino, publicação de artigos e livros acadêmicos, entre outras.
O magistério superior é uma área de atuação importante e valorizada, pois contribui para a
formação de profissionais qualificados, o avanço científico e a produção de conhecimento nas
diversas áreas do saber. Os professores do magistério superior desempenham um papel essencial
no desenvolvimento da educação e na promoção do ensino de qualidade no nível superior.
ATOS INSTITUCIONAIS
Os Atos Institucionais (AI) foram decretos emitidos durante o período da ditadura militar no
Brasil (1964-1985) que conferiram poderes extraordinários ao regime militar e estabeleceram
medidas autoritárias e repressivas. Os Atos Institucionais foram instrumentos utilizados para
consolidar e manter o controle do regime sobre o país.
Aqui está um resumo dos Atos Institucionais AI-1, AI-2, AI-3 e AI-4:
Ato Institucional nº 1 (AI-1): Foi promulgado em 9 de abril de 1964, poucos dias após o golpe
militar que derrubou o governo democraticamente eleito de João Goulart. O AI-1 deu poderes
excepcionais ao presidente da República e suspendeu diversas garantias constitucionais, como a
liberdade de expressão, o habeas corpus e a estabilidade no emprego. Também extinguiu os
partidos políticos existentes e estabeleceu eleições indiretas para a presidência e governadores.
Ato Institucional nº 2 (AI-2): Foi promulgado em 27 de outubro de 1965. O AI-2 ampliou o
controle do regime sobre o Congresso Nacional, extinguindo os partidos políticos existentes e
estabelecendo o bipartidarismo com a criação da Aliança Renovadora Nacional (Arena), que era
a base de sustentação do governo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), como partido
de oposição controlado pelo regime.
Ato Institucional nº 3 (AI-3): Foi promulgado em 5 de fevereiro de 1966. O AI-3 deu ao presidente
da República o poder de decretar estado de sítio sem necessidade de autorização do Congresso
Nacional. Também suspendeu os direitos políticos de diversas pessoas consideradas subversivas
pelo regime e estabeleceu a possibilidade de cassação de mandatos de parlamentares e
aposentadoria compulsória de servidores públicos considerados "subversivos".
Ato Institucional nº 4 (AI-4): Foi promulgado em 7 de dezembro de 1966. O AI-4 reforçou o
controle do regime sobre os estados e municípios, permitindo a intervenção federal em governos
estaduais e municipais sem necessidade de autorização do Congresso Nacional. Também
estabeleceu a eleição indireta para os governadores dos estados.
O AI-5 é um dos Atos Institucionais mais conhecidos e importantes durante o período da ditadura
militar no Brasil. Foi promulgado em 13 de dezembro de 1968 e teve um impacto significativo
na história do país.
O Ato Institucional nº 5 foi uma medida de extrema repressão e concentração de poder adotada
pelo regime militar. Ele conferiu poderes ainda mais amplos ao governo e estabeleceu uma série
de medidas autoritárias, que incluíam:
Fechamento do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas Estaduais: O AI-5 suspendeu
as atividades do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas dos estados por tempo
indeterminado, suprimindo a atuação parlamentar e concentrando o poder nas mãos do Executivo.
Suspensão de garantias constitucionais: O AI-5 suspendeu diversas garantias constitucionais,
como a liberdade de expressão, a liberdade de reunião, o habeas corpus, o direito à manifestação
política e o direito à inviolabilidade do domicílio. Isso permitiu a prisão e a perseguição de
opositores políticos sem o devido processo legal.
Censura e controle da imprensa: O AI-5 estabeleceu a censura prévia aos meios de comunicação,
permitindo que o governo controlasse e restringisse a liberdade de imprensa. Jornais, revistas,
rádios e televisões foram monitorados e cerceados em suas atividades.
Punição e perseguição de opositores: O AI-5 possibilitou a prisão arbitrária, a tortura e o exílio
de opositores políticos, intensificando a repressão por parte do regime militar. Muitos estudantes,
intelectuais, artistas e ativistas foram perseguidos e tiveram seus direitos violados.
O AI-5 marcou um período de maior endurecimento do regime militar no Brasil, aprofundando a
repressão e a violação dos direitos humanos. Foi um momento sombrio na história do país, onde
as liberdades civis e políticas foram severamente cerceadas. O AI-5 vigorou até 1978, quando foi
revogado, mas seu legado deixou marcas profundas na sociedade brasileira.
CONSTITUIÇÃO DE 1967
A Constituição de 1967 foi a segunda constituição outorgada durante o período da ditadura militar
no Brasil. Ela substituiu a Constituição de 1946, que havia sido suspensa em 1964 após o golpe
militar.
A Constituição de 1967 foi elaborada e promulgada por uma comissão de juristas nomeada pelos
militares, com a participação de representantes do governo e sem a participação de representantes
eleitos democraticamente. Essa nova constituição foi marcada por características autoritárias e
centralizadoras, refletindo a visão do regime militar sobre a organização do Estado.
Algumas características importantes da Constituição de 1967 incluem:
Sistema político: A Constituição de 1967 adotou o sistema presidencialista, com o presidente da
República como chefe de Estado e de governo. No entanto, o presidente tinha amplos poderes e
podia governar por meio de decretos-leis.
Poderes do presidente: O presidente tinha poderes excepcionais, podendo intervir nos estados e
municípios, cassar mandatos parlamentares, suspender direitos políticos, decretar estado de sítio
e emitir decretos-leis, sem a necessidade de aprovação do Congresso Nacional.
Restrições aos direitos civis e políticos: A Constituição de 1967 restringiu as liberdades civis e
políticas, estabelecendo limitações à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa e aos direitos
de manifestação e associação política. Também permitiu a suspensão do habeas corpus em
determinadas situações.
Eleições indiretas: A Constituição de 1967 estabeleceu eleições indiretas para presidente da
República, sendo o presidente eleito por um colégio eleitoral composto por membros do
Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas dos estados.
A Constituição de 1967 vigorou até 1988, quando foi substituída pela atual Constituição Federal.
Durante esse período, o país viveu sob um regime autoritário, com limitações às liberdades
democráticas e perseguição política. A Constituição de 1967 refletia a visão do regime militar e
suas características de centralização do poder e restrição dos direitos individuais.
ANOS CHUMBO
"Anos de chumbo" é uma expressão frequentemente utilizada para se referir ao período mais
repressivo da ditadura militar no Brasil, que compreende os anos de 1968 a 1974,
aproximadamente. Essa expressão faz referência ao clima de opressão, violência e restrição de
direitos vivenciado durante essa época.
Durante os "anos de chumbo", o regime militar intensificou a repressão política e a censura,
promovendo a perseguição e a prisão de opositores políticos, a tortura, o desaparecimento forçado
e a execução de indivíduos considerados subversivos ou ameaças à segurança do Estado.
Esse período foi marcado por uma série de atos repressivos, como a promulgação do Ato
Institucional nº 5 (AI-5), em 1968, que concedeu amplos poderes ao governo, suspendendo
direitos constitucionais, permitindo a censura prévia, a intervenção em sindicatos e a cassação de
mandatos parlamentares.
Os "anos de chumbo" também foram caracterizados por uma intensa repressão aos movimentos
estudantis e sindicais, com intervenções em universidades, fechamento de entidades estudantis,
perseguição a líderes estudantis e prisão de sindicalistas.
Nesse período, o regime militar buscava manter o controle e a estabilidade política, reprimindo
qualquer forma de oposição e resistência. A repressão atingiu não apenas os ativistas políticos,
mas também artistas, intelectuais e demais vozes críticas ao regime.
Os "anos de chumbo" representam um dos períodos mais sombrios da história recente do Brasil,
marcado pela violência e pela violação sistemática dos direitos humanos. O legado desse período
ainda é sentido no país, e o processo de redemocratização e busca por justiça em relação aos
crimes cometidos durante a ditadura militar continua sendo um tema relevante na sociedade
brasileira.
REFORMA UNIVERSITÁRIA
A expressão "reforma universitária" refere-se a um conjunto de mudanças e transformações
propostas para o sistema de ensino superior de um país. Essas reformas podem envolver diferentes
aspectos, como estrutura curricular, autonomia das instituições de ensino, acesso à educação,
financiamento, governança, entre outros.
No contexto do Brasil, houve momentos ao longo da história em que foram propostas reformas
universitárias visando a modernização e atualização do sistema de ensino superior. Dentre esses
momentos, destacam-se dois importantes períodos de reforma universitária no país: a Reforma
Universitária de 1968 e a Reforma Universitária de 2004.
A Reforma Universitária de 1968, conhecida como Reforma Universitária de Franco Montoro,
foi implementada durante o regime militar no Brasil. Ela teve como objetivo principal promover
a modernização e reestruturação do sistema universitário brasileiro. Essa reforma introduziu
mudanças significativas nas universidades, como a criação dos departamentos e dos institutos
especializados, o estabelecimento da dedicação exclusiva dos professores, a ampliação da
autonomia universitária, a introdução de novos currículos e a implantação dos institutos de
pesquisa.
Já a Reforma Universitária de 2004 ocorreu no contexto democrático e foi promovida pelo
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa reforma teve como objetivo principal a
democratização do acesso ao ensino superior, a promoção da qualidade e a ampliação da
participação da sociedade no processo de gestão das instituições de ensino. Dentre as principais
mudanças propostas estavam a adoção de ações afirmativas, como as cotas raciais e sociais, a
ampliação do acesso por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni), a criação do
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) e a expansão das universidades
federais.
Ambas as reformas buscaram responder aos desafios e demandas da época em que foram
implementadas, refletindo as necessidades e as visões políticas e educacionais do momento. As
reformas universitárias têm o objetivo de promover a melhoria e a adequação do sistema de ensino
superior às transformações sociais, culturais e econômicas, bem como às demandas da sociedade
e do mercado de trabalho.
PEDAGOGIA TECNICISTA
A Pedagogia Tecnicista foi uma abordagem educacional que teve influência significativa no Brasil
durante as décadas de 1960 e 1970. Essa pedagogia foi marcada por uma visão mais instrumental
da educação, onde o objetivo principal era preparar os indivíduos para se adequarem às demandas
do mercado de trabalho e da sociedade industrial.
A Pedagogia Tecnicista valorizava a aplicação de técnicas e métodos científicos no processo de
ensino e aprendizagem. Nesse contexto, o professor era visto como um transmissor de
conhecimento e o aluno como receptor passivo desse conhecimento. A ênfase estava na eficiência,
na padronização e no controle do processo educacional, buscando alcançar objetivos pré-
determinados.
Alguns dos principais pilares da Pedagogia Tecnicista incluíam:
Ênfase na objetividade: Priorizava-se a utilização de técnicas e recursos que fossem considerados
objetivos, mensuráveis e passíveis de controle.
Foco no desenvolvimento de habilidades práticas: O ensino era voltado para o desenvolvimento
de habilidades técnicas e profissionais, visando à formação de trabalhadores qualificados para a
indústria.
Valorização dos materiais instrucionais: A utilização de materiais didáticos, como apostilas e
livros didáticos, era enfatizada como forma de garantir a uniformidade e o controle no processo
de ensino.
Avaliação baseada em resultados: A avaliação dos estudantes era centrada nos resultados obtidos,
com ênfase em testes padronizados e quantificáveis.
No contexto brasileiro, a Pedagogia Tecnicista foi influenciada pelas políticas educacionais da
ditadura militar, que buscavam formar mão de obra qualificada para o desenvolvimento
econômico e controlar o sistema educacional. Essa abordagem recebeu críticas de diversos setores
da sociedade, que questionavam sua visão reducionista da educação e sua falta de preocupação
com a formação integral dos indivíduos.
Apesar de ter perdido espaço ao longo do tempo, a Pedagogia Tecnicista deixou um legado no
sistema educacional brasileiro, principalmente no que diz respeito à valorização da eficiência, da
padronização e da formação profissional. No entanto, hoje em dia, a tendência pedagógica
dominante no país é mais centrada no aluno, valorizando a participação ativa, o desenvolvimento
crítico e a formação integral dos estudantes.
EDUCAÇÃO CIENTÍFICA
A educação científica no Brasil tem sido uma preocupação constante ao longo dos anos, visando
promover o desenvolvimento de uma cultura científica e o estímulo ao pensamento crítico e
investigativo dos estudantes. O objetivo é formar cidadãos capazes de compreender e participar
ativamente do mundo científico e tecnológico.
No contexto brasileiro, a educação científica está presente em diferentes níveis de ensino, desde
a educação básica até o ensino superior e a pesquisa acadêmica. Algumas iniciativas importantes
foram adotadas para promover a educação científica no país. Entre elas, destacam-se:
Inserção da ciência no currículo escolar: A ciência é parte integrante dos currículos escolares,
desde a educação infantil até o ensino médio, por meio das disciplinas de ciências naturais, física,
química, biologia e outras áreas relacionadas. Essas disciplinas buscam desenvolver habilidades
científicas e promover a compreensão dos princípios científicos.
Programas de popularização da ciência: Diversas instituições, como universidades, museus,
centros de ciência e órgãos governamentais, promovem programas de popularização da ciência,
como feiras científicas, exposições, palestras e atividades interativas. Esses programas visam
aproximar a ciência da sociedade e despertar o interesse e a curiosidade dos cidadãos em relação
aos temas científicos.
Olimpíadas científicas: As olimpíadas científicas, como a Olimpíada Brasileira de Matemática
das Escolas Públicas (OBMEP) e a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA),
têm como objetivo estimular o estudo da ciência e da matemática entre os estudantes, promovendo
competições e desafios nas respectivas áreas.
Investimento em pesquisa científica: O Brasil tem buscado fortalecer sua capacidade de pesquisa
científica, por meio do financiamento de projetos de pesquisa e da formação de recursos humanos
qualificados. Isso possibilita a geração de conhecimento e a formação de profissionais aptos a
contribuir para o avanço científico e tecnológico do país.
Apesar dos esforços em promover a educação científica no Brasil, ainda existem desafios a serem
superados, como a falta de infraestrutura adequada nas escolas, a formação insuficiente dos
professores e a necessidade de maior incentivo à pesquisa científica. No entanto, a educação
científica continua sendo uma prioridade na agenda educacional do país, visando formar uma
sociedade mais crítica, informada e participativa no contexto científico e tecnológico.
CONSTITUIÇÃO DE 1988
A Constituição de 1988, também conhecida como Constituição Cidadã, é a atual Constituição da
República Federativa do Brasil. Foi promulgada em 5 de outubro de 1988 e representa um marco
na história do país, pois consolidou a redemocratização e estabeleceu uma série de direitos e
garantias fundamentais.
Alguns aspectos importantes da Constituição de 1988 incluem:
Direitos e garantias fundamentais: A Constituição de 1988 reconhece e assegura uma ampla gama
de direitos e garantias fundamentais, como a igualdade, a liberdade de expressão, a liberdade de
religião, o direito à educação, à saúde, à moradia, entre outros. Também proíbe a tortura, a
discriminação e o trabalho escravo.
Organização do Estado: A Constituição estabelece o sistema de governo do Brasil como uma
República Federativa, composta por estados, municípios e o Distrito Federal. Também define os
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de atribuir competências a cada um deles.
Separação dos poderes: A Constituição estabelece a divisão de poderes entre os três poderes do
Estado, garantindo a independência e a harmonia entre eles. O Executivo é exercido pelo
presidente da República, o Legislativo pelo Congresso Nacional e o Judiciário pelo Supremo
Tribunal Federal e demais tribunais.
Direitos sociais: A Constituição de 1988 dedica uma atenção especial aos direitos sociais,
estabelecendo a proteção à saúde, à educação, ao trabalho, à cultura, ao lazer, entre outros.
Também estabelece a proteção dos direitos dos trabalhadores, como a jornada de trabalho, o
salário mínimo, o direito de greve, entre outros.
Meio ambiente e sustentabilidade: A Constituição de 1988 reconhece a proteção ao meio ambiente
como um direito fundamental, estabelecendo a responsabilidade de todos na preservação e
conservação dos recursos naturais. Também prevê a participação da sociedade na defesa do meio
ambiente.
A Constituição de 1988 é considerada uma das mais avançadas e progressistas do mundo,
destacando-se pela sua extensa lista de direitos e garantias fundamentais. Ela representa a
consolidação do processo de redemocratização e tem como objetivo principal a promoção da
justiça social, da igualdade e da dignidade humana.
ENSINO MILITAR
Durante o período da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985), a Academia Militar das Agulhas
Negras (AMAN) teve um papel importante na formação de oficiais militares alinhados com os
ideais e a doutrina do regime.
Na AMAN, assim como nas demais instituições militares, houve uma forte influência ideológica
e um rigoroso controle do regime sobre a formação dos cadetes. O objetivo era preparar líderes
militares leais ao governo militar e disseminar a ideologia militarista.
Além disso, a AMAN era uma instituição na qual a hierarquia e a disciplina eram extremamente
valorizadas. Os cadetes eram submetidos a um treinamento físico e militar rigoroso, com ênfase
na obediência aos superiores e no respeito à cadeia de comando.
Nesse contexto, a AMAN desempenhou um papel fundamental na formação de oficiais militares
que atuaram na repressão política durante a ditadura. Muitos dos graduados da academia
ocuparam cargos importantes nas forças armadas e participaram ativamente de operações de
controle interno, como a perseguição a opositores políticos, a censura, a tortura e outros abusos
de direitos humanos.
É importante ressaltar que essa descrição se refere à influência e à prática geral na AMAN durante
a ditadura militar. No entanto, é possível que houvesse variações e diferentes experiências entre
os cadetes e oficiais formados na academia durante esse período.
Alguns dos principais ensinamentos militares durante a ditadura incluíam:
Obediência e lealdade ao regime: Os militares eram instruídos a serem leais ao governo militar e
a defenderem os interesses do Estado, conforme definido pela cúpula militar. A subordinação ao
regime e o cumprimento de suas políticas eram considerados deveres essenciais.
Técnicas e táticas militares: Além dos aspectos ideológicos, os militares recebiam treinamento
prático em técnicas e táticas militares, incluindo estratégias de combate, operações de campo,
armamento e defesa territorial. Essas habilidades eram essenciais para a atuação das Forças
Armadas em seu papel de controle interno e na segurança nacional.