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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE DIREITO

João
Larissa
Manuela Cordeiro de Queiroz

A arte como resistência no contexto das ditaduras Latino-


Americanas

Professor: Eduardo Manuel Val

Niterói
2023
No presente artigo o foco é estabelecer uma análise sobre a produção
artística como forma de resistência no contexto das ditaduras militares latino-
americanas. A reflexão parte de um olhar investigativo acerca da relevância do papel
desempenhado pelas distintas manifestações do campo das artes e pelos artistas
que as produzem nos movimentos de resistência popular, inseridos em um cenário
de cerceamento de direitos individuais e políticos. O objetivo do artigo é analisar
essa conotação de resistência das manifestações artísticas a partir de obras
produzidas pelos nacionais dos países sob o domínio de governos ditatoriais. O
principal método de pesquisa adotado foi a revisão de literatura, baseada em
trabalhos acadêmicos sobre temas convergentes, de forma a contribuir para uma
pesquisa qualitativa acerca do assunto. Além disso, foi utilizado um método analítico
pautado nas óticas objetiva e subjetiva para exame das obras estudadas. Concluiu-
se que a produção artística à época dos regimes ditatoriais foi de grande relevância
para o movimento de resistência aos mesmos, já que a arte é capaz de despertar a
consciência popular de luta por direitos, respeito e igualdade, cenário comum aos
países latino-americanos analisados, apesar das peculiaridades de seus regimes.
Palavras-chave: Ditadura Civil-Militar. América Latina. Resistência. Arte.

1. Introdução

Durante a segunda metade do século XX, a América Latina foi palco de


diversas ditaduras militares implantadas em vários países, como Brasil, Paraguai,
Uruguai, Argentina, Chile, Peru e Bolívia. Essas ditaduras e seus líderes civil-
militares tiveram grande influência dos Estados Unidos, devido às disputas por
poder com a União Soviética durante o período da Guerra Fria, como um
mecanismo de controle, utilizado para manter toda a América sob seu domínio
ideológico e político a fim de evitar situações semelhantes à de Cuba.
A Revolução Cubana de 1959, de caráter nacionalista, aproximou o país dos
ideais da União Soviética, o que foi visto pelos Estados Unidos como um perigoso
precedente que poderia abrir o continente americano à ideologia e ao domínio
soviético. A partir de então, as ações estadunidenses nos países latino-americanos,
que tinham como objetivo enfraquecer os movimentos de esquerda e as pautas
progressistas a partir das ditaduras de viés conservador, se tornaram mais
agressivas e eficientes.
Apesar de suas particularidades sociais e históricas, todas as ditaduras latino-
americanas tiveram em comum essa forte influência do capitalismo estadunidense, o
medo do comunismo, o caráter autoritário dos regimes instaurados e as diversas
atrocidades cometidas em face da oposição. Nos países que foram palco desses
regimes ditatoriais, portanto, o cenário foi fortemente marcado por repressão,
violência, tortura, restrição de direitos e censura.
A despeito da violenta repressão à oposição, foram diversos os movimentos
que lutaram contra os regimes militares e buscaram, à sua maneira, a efetivação de
direitos e o retorno da democracia e das liberdades. Além dos grupos armados, dos
protestos e dos grupos de militantes, entre eles os estudantes e intelectuais, a arte
ocupou um lugar de extrema importância na resistência contra os regimes ditatoriais
em toda a América Latina.
Há de se falar aqui em uma resistência a partir da música, do teatro, das artes
plásticas, da literatura e do cinema, formas artísticas que, além de demonstrarem os
ideais de um povo, conseguiram vencer a censura e a repressão e remetem, ainda
hodiernamente, a um dos períodos mais sombrios da história latina. A importância
da arte fica, dessa maneira, ainda mais latente no campo político e histórico e
agrega o papel de eternizar lutas e realidades.
Neste estudo, nos aprofundaremos na análise de obras pertencentes a
diversos ramos da arte produzidas ao decorrer das ditaduras de quatro países da
América Latina: Brasil, Chile, Argentina e Uruguai. O objetivo aqui é expor, através
de referencial bibliográfico e da análise das obras citadas, sob uma perspectiva
política e histórica, o papel da arte no tempo dos regimes ditatoriais latino-
americanos, a fim de concluir acerca da importância da arte, não apenas no período
citado, mas também nos dias atuais, no que diz respeito à resistência cultural e à
luta contra o preconceito e a discriminação.

2. Os regimes ditatoriais e a arte de resistência

2.1. Brasil
Em meados do século XX, a elite brasileira analisava a possibilidade de
colocar em prática o projeto da Teoria do embranquecimento, que constava em
embranquecer a maioria da população brasileira, sendo ela composta em geral por
índios e negros. Esse projeto reflete como a cultura, seja ela a arte e os costumes
desses povos eram discriminados e consideras como barbares pelos brancos que
consideravam apenas a cultura europeia como superior; logo o projeto visava a
construção de um Brasil com uma nação mais “civilizada”, seguindo então o padrão
branco europeu. Assim sendo, foi-se identificando que as produções artísticas
brasileiras, como a literatura, a arquitetura, a cinematografia e a pintura, sofreram
forte influência da cultura europeia, produzindo assim uma repressão a arte dos
povos que não correspondiam aos novos padrões estabelecidos.
Ademais, após a Primeira Guerra Mundial, novas visões de mundo foram
identificadas pela população brasileira, pois notou-se que com a derrota europeia, a
crença de paz e progresso da cultura ocidental já não mais prosperava, ou seja, a
partir de 1930 o Brasil entra em uma fase de buscar sua própria identidade nacional,
o que fez com que fosse aceito então a hegemonia das raças, momento esse em
que o mito da “democracia das raças” passa a substituir a teoria do
embranquecimento e logo as obras artísticas aproveitam desse momento para se
sobressair dos livros importados. Neste momento haverá então uma intensa
produção de obras nacionais que abordavam, em sua maioria, sobre problemas
nacionais, como a desigualdade social, a miséria, além de contribuírem com essa
visão de mestiçagem como o melhor caminho para o desenvolvimento do Brasil,
conforme visto na obra “Casa Grande e Senzala” de Gilberto Freyre.

A dificuldade de identificação com o povo é certamente um dos mais


constantes traços do elitismo da cultura brasileira. Para os intelectuais do
Estado Novo (1937-13945), período autoritário do governo Vargas, o povo
recebia uma avaliação positiva, era puro, espontâneo, autêntico – mas
analfabeto, imaturo, inconsciente -, e seria a ação do Estado que poderá
salvá-lo (Velloso, 1997). Dai ó o governo conferir atenção especial aos
aspectos culturais do país. (Lúcia, 2003, p.6)

Em 1937, Getúlio Vargas inicia sua fase ditatorial que terá como
nomenclatura “Estado Novo”; como já diz o próprio nome, seu intuito era de
proporcionar a salvação do povo e da pátria e com esse intuito o atual presidente
optou por inserir um regime político centralizado e controlador, ou seja, a
constituição proposta por ele seguia também com uma forte repressão as obras de
arte que não compactuavam com as novas medidas e ideologias do Estado Novo.
Consequentemente, diversas manifestações artísticas sofreram com uma
forte repressão, pois uma das características da Constituição do Estado Novo foi a
instituição da censura prévia aos meios de comunicação, ou seja, por meio do
Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) o Estado exercia censura nos
âmbitos artísticos, como cinema, rádio, literatura, jornais e teatros, corroborando
com o fim da liberdade de expressão.
Tendo em vista o seu caráter crítico reflexivo, a produção artística contra a
ditadura da Era Vargas, mesmo com as fortes repressões, continuou sendo
produzida para que houvesse uma mobilização por parte da população, sendo
assim diversas obras de forte relevância nacional foram apreendidas na época,
principalmente as que tinham relação com o comunismo.
Os artistas que produziam obras artísticas que obtinham forte relação com o
comunismo tinham não só suas obras apreendidas, mas eles também eram
condenados a prisão pela Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo, isso
ocorreu com artistas como Jorge Amado, Oscar Niemeyer e Graciliano Ramos.
Cabe lembrar que está repressão de obras comunistas obteve influência da política
da Boa Vizinhança criada pelo EUA, que tinha com intuito utilizar da diplomacia para
proporcionar sua influência.
O termo resistência e suas conexões com a arte e cultura surgiram entre os
anos de 1930 e 1950, pois um grande número de intelectuais se envolveu no
combate contra o fascismo e outras formas de repressão do Estado. Uma das obras
brasileiras que fazem parte a esse momento de resistência é “Memórias do Cárcere”
de Graciliano Ramos.
Visto que as pessoas que viveram a Era Vargas sofreram forte repressão por
conta de suas produções artísticas de resistência, é perceptível como a arte torna-
se então uma necessidade básica para o ser humano, para que esse obtenha uma
vida digna, pois “a arte representa um importante instrumento e veículo do
sentimento social, ou seja, se vincula a um anseio social e/ou político que, muitas
vezes, não é ouvido institucionalmente.” (Ferneda, Ariê & Ferraz, Miriam Olivia,
2023, p. 20), ou seja, se a arte é um meio da sociedade externalizar sua resistência
e sua negação a violação dos Direitos Humanos, a arte torna-se então um Direito
que deve ser preservado e estabelecido pela Corte Interamericana dos Direitos
Humanos como instrumento de olhar crítico e reparação histórica devido não só a
ditadura que ocorreu no Brasil, mas também as demais ditaduras que ocorreram
nos países da América Latina.
2.1. Argentina
Durante as décadas de 60,70 e 80, grande parte do mundo sofreu com as
ondas ditatoriais. E, o continente sul-americano não foi uma exceção a regra, em
um recorte maior, a Argentina sofreu com dois golpes militares. Nessa perspectiva,
vale analisar as obras do Héctor Germán, escritor e cartunista, que desenvolveu
uma obra referente a resistência ao autoritarismo. Publicado pela primeira vez entre
1957 e 1959 e depois sendo lançado de forma seriada entre 1976 e 1978, "O
Eternauta" é uma obra não só para entretenimento, mas tem como seu maior intuito
proporcionar senso crítico contra o autoritarismo.
Vale ressaltar e explicitar antes todo o contexto e o que proporcionou a
ditadura Argentina. Como já relatado, a Argentina teve um enredo de ditadura
bipartido, acontecendo com dois golpes em um lapso temporal de em média 10
anos. Acontecendo a primeira vez em 28 de junho de 1966, com a derrubada do
presidente constitucional, Arturo Umberto Illa, que decorreu em sete anos de
governo militar que terminou com a volta do peronismo em 1973. O peronismo é
uma denominação genérica ao "movimento nacional justicialista", que é posto essa
nomenclatura justamente pelo seu idealizador, Juan Domingo Perón, militar e
político argentino que tem como um pilar ideal, ser estadista. Algo insociável quando
se fala do peronismo é Eva Perón, atriz e líder política que propagava os ideais
"nacional justicialista". Promulgando políticas sociais de acessibilidade e qualidade
de vida para a população mais carente.
Exposto brevemente o teor do peronismo, já que a proposta do presente
artigo não é essa, após o peronismo voltar em 1973, a Argentina enfrenta outro
processo de ditadura. O golpe de estado ocorreu em 24 de março de 1976, o qual
depôs a presidenta vigente, Maria Estela Martínez de Perón, essa é a última
ditadura Argentina até então, estima-se que mais de 30 mil pessoas tenham sido
mortas durante esse período. Enfatizando que o trabalho que será discernido
aparece tanto na primeira ditadura quanto na segunda, mostrando assim ainda mais
o compromisso do autor com ações ante-ditatoriais. Em continuidade, é nítido que a
Argentina tem um histórico de processo ditatorial. Portanto, a arte expõe todo esse
dilema, e obras surgiram até em meio a ditadura, momento este conhecido pela
censura e repreensão.
A obra que surgiu durante a ditadura Argentina, sendo analisada e
complexada neste artigo é em formato de quadrinho, formato este que é
constantemente associado apenas a temas infantis, e retrata a ascensão do regime.
Com um foco maior nos processos de resistência que foram conduzidos pela
população oprimida. O quadrinho começa justamente com Buenos Aires devastada,
e os poucos que restaram têm que lutar pela sua sobrevivência.
Um futuro distópico, que permeia as dinâmicas de poder da sociedade,
especialmente o fenômeno do controle de um estrato social por outro, promovendo
assim estratégias de resistência para esse tipo de dominação. Isso tudo em uma
suposta ficção que se assemelhava bastante a realidade ditatorial, a linguagem de
quadrinho por ser caricata e supostamente "infantilizada", era mais fácil de passar
pelo sistema de censura. Em forma de história quadrinística que apontam a
necessidade e a possibilidade da construção de uma nova sociedade, fundada em
outros valores morais, valores mais voltados à coletividade, o autor faz alusão a
experiências sociais próximas do socialismo. Os dois momentos de exposição do "O
Eternauta" tem o objetivo na sua primeira publicação de relatar possíveis
acontecimentos e catástrofes em uma possível guerra atômica, pelo contexto de
guerra fria. Já na segunda o teor é muito mais crítico em relação à luta de classes e
a possibilidade de um mundo fundado por outros valores.
Em suma, a obra escrita por Héctor deixa claro a relevância dos quadrinhos e
como pode-se expor temas delicados de forma sútil e ainda gerar senso crítico.
Explicitando a gravidade de governos ditatoriais e abusos de poder, proporcionando
isso em uma linguagem simples e atrativa para a grande massa.

2.2. Uruguai
A ditadura cívico-militar do Uruguai iniciou-se em junho de 1973, durante a
presidência do Juan Maria Bordaberry e estendeu-se até o ano de 1985; assim
como as demais ditaduras que ocorreram na América Latina, essa também obteve
como característica o uso do autoritarismo, fascismo e demais ferramentas de poder
por parte do Estado. Essa é uma ditadura de suma relevância para ser analisada,
pois seu nome – cívico-militar – se dá pelo fato do presidente que foi eleito
democraticamente ter participado no golpe de Estado, ou seja, não foi somente o
corpo militar que exerceu a ditadura do Uruguai.
Alguns anos antes do inicio da ditadura, o Uruguai passava por uma grande
agitação política e social, devido à forte influência revolucionária que foi alimentada
após a Revolução Cubana em 1959, ou seja, diversos grupos revolucionários
surgiram com o intuito de derrubar o tipo de governo que estava prevalecendo nos
territórios da América Latina, sendo eles governos centralizadores e autoritários.
Ademais, um dos grupos que já existia desde 1963, o Movimento para Liberação
Nacional Tupamaros (MLN), foi o que mais se destacou neste cenário, devido a sua
forma de resistência muito presente na história do Uruguai; o MLN surgiu com o
intuito de lutar pelos direitos dos trabalhadores rurais e urbanos, mas com o
efervescer político entre os anos de 1968 a 1972, suas pautas foram ampliadas.
Assim sendo, uma das táticas de resistência adotadas pelo MLN era por meio da
divulgação de sua força nas rádios, dos cinemas e dos teatros, fazendo com que a
arte obtivesse grande relevância para que suas ideias fossem escutadas pela
população; será por esse motivo que a arte será indispensável, tanto na criação da
história quanto nos rumos de toda a nação; nota-se que quando há uma ação de
repressão, os artistas são os primeiros a serem atacados.

São ditaduras típicas da Guerra Fria, se instalam com o objetivo de


desmantelar determinados movimentos e projetos revolucionários. Mas a
preocupação não está somente em desmantelar o movimento guerrilheiro
ou violento. O que fazem é criar estratégias e mecanismos vinculados ao
medo para impedir que esses grupos revolucionários possam surgir (Carla
Larrobla, 2023)

O Estado por sua vez, devido a sua aversão as ideias


revolucionárias/comunistas, torna-se um grande repressor das artes de resistência,
logo o Estado cria mecanismos que fazem com que esses movimentos
revolucionários tenham menos direitos a realizar as suas manifestações, seja ela
sendo realizada de forma artística ou não.
Em 1973, Juan María Bordaberry nomeia o General Antonio Francese como
Ministro da Defesa, justamente, para contrariar a forte influência da Força Armadas
nas decisões do Estado; ademais, após analisar que essa sua medida fez com que
a Força Armanda se revoltasse, Juan irá então se aliar aos militares para converter
está situação, fato esse que fez com a ditadura tivesse seu ponto de partida e que
grandes direitos civis foram retirados da Constituição.
Uma das medidas dos militares junto com Juan a partir de então foi a
solicitação da dissolução das Câmaras com o intuito de acabar com a influência das
organizações de esquerda e qualquer outra atividade política; Em 1976, uma de
suas medidas, agora em cima da arte de resistência, foi a elaboração de um decreto
que dizia: “Pela realização constante de todo tipo de atividades políticas de
tendência marxista-leninista e sua invariável solidariedade com o trabalho de
agitação promovido pela CNT, o Poder Executivo dissolveu ontem a instituição
teatral El Galpón, cancelando sua pessoa jurídica”. (Andre Reina, 2017), não só a
Companhia de Teatro foi fechada, mas também os artistas que lá apresentavam
foram perseguidos e torturados pelo novo regime.
O caso do El Galpón é uma das maiores histórias de resistência da arte
presentes na América Latina devido ao seu alto alcance internacional; esse fato se
deu ao ponto que os artistas que realizavam suas apresentações, por estarem
sendo perseguidos pelo governo do Uruguai, passaram a se exilar no México e
como não pretendiam acabar com a força do grupo teatral, continuaram com suas
apresentações em terras estrangeiras; assim, durante 9 anos o grupo passou por 17
países realizando suas atividades e denunciando a ditadura que ocorria no Uruguai.

Os espetáculos tinham um objetivo político e uma funcionalidade social. Isso


envolveu certas posições ideológicas, posturas estéticas, modos de
conceber o campo cultural e o modo de ser teatral. Tanto El Galpón quanto
o MTC concebiam a arte como uma ferramenta de transformação social.
Parafraseando Yáñez, o trabalho teatral pretendia ser um instrumento da
cultura popular, democrática e nacional e este campo cultural foi concebido
como um instrumento para o povo uruguaio (Yáñez. 1984). (Luciana, 2021,
p.176)

Ou seja, a arte será aqui uma ferramenta utilizada pela população como
forma de permanecer com os seus direitos civis, políticos e culturais, e mesmo que
suas manifestações artísticas e/ou demais manifestações não tenham garantia de
vitória, a população ainda a realiza, justamente, pelo fato de que a arte de
resistência possui um papel simbólico de grande relevância para esse povo.
Um longo período de respeito à Constituição e estado de bem-estar social
foi interrompido pelo regime cívico-militar, durante 120 anos muitos cidadãos do
Uruguai foram perseguidos, torturados e executados; atualmente, o Uruguai
responde e reconhece sua responsabilidade pelo genocídio que cometeu na época,
segundo a reportagem de O Globo “É o segundo ato de reconhecimento de ação
estatal ilegítima durante o regime civil-militar ordenado ao Uruguai pela Corte
Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH).” e essa conquista é resultado das
diversas formas de resistência que ocorreram na época e que ocorrem ainda hoje.
REFERÊNCIAS

AGUIAR, José Fabiano Gregory Cardozo de. A canção engajada no Uruguai


(1968-1973): música popular, resistência e repressão. Vestígios do passado, a
história e suas fontes, IX Encontro Estadual de História, Associação Nacional de
História, Seção Rio Grande do Sul - ANPUH-RS, Rio Grande do Sul, 2008.

ANTUNES, Yaska. El Galpón - Narrador do sonho latino-americano. Urdimento,


Santa Catarina, N. 11, P. 51-65, dez. 2008.

ARTES plásticas na ditadura. Memórias da ditadura. Disponível em:


<http://memoriasdaditadura.org.br/artes-plasticas/>. Acesso em: 26 set de 2023.

BLUME, Bruno. “Afinal, o que é ditadura?” Politize, 07 mar. 2017. Disponível em:
<https://www.politize.com.br/ditadura-o-que-e> Acesso em: 01 de set de 2023.

ESCARAFÃO, Luciana. A obra teatral independente do Uruguai contra o consenso


cultural da ditadura: radicalidade, liminalidade e subversão. Revista Sures, ed. n°16,
jul. 2021. Disponível em: https://revistas.unila.edu.br/sures

FOLTER, Regiane. Ditadura no Uruguai: do início ao fim. Disponível em:


https://www.politize.com.br/ditadura-no-uruguai/. Acesso em: 08 nov. 2023.

Ferneda, Ariê & Ferraz, Miriam Olivia. (2023). Arte, memória e direitos humanos:
as manifestações da corte interamericana de direitos humanos. Revista
Humanidade e Inovação v.7, n°20. Disponível em:
https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/3592

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