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Correção:

O texto ficou muito bom, está muito bem escrito. Eu só preciso que você adicione
algumas informações e contextualize um pouco mais sobre, por exemplo:

- A Renúncia de Jânio Quadros

- Dificuldades na posse de Jango 🡪 Campanha da Legalidade e sistema parlamentarista

- Papel das mídias no golpe 🡪 “Rede da democracia”

- O suborno de Amaury Kruel e sua participação no golpe

Além disso, preciso que você contextualize, ao menos brevemente, sobre Vargas, em
relação a seu regime ditatorial, a influência de seus ideais, sua relação com João Goulart
e a UDN e o seu suicídio. O medo do retorno dos ideais varguistas foi uma importante
causa do golpe.

Envie para mim o texto reescrito com essas modificações até dia 27 (domingo), por
favor. Preciso dele pronto, porque na outra semana já é a entrega do trabalho.

Obrigado

-CONTEXTO DO GOLPE DE 1964

O golpe foi executado em 31 de março de 1964, depondo o atual presidente João


Goulart (conhecido como Jango) e instaurando uma ditadura militar no Brasil, que
durou até o ano de 1985. Seu antecessor Jânio Quadros renunciou o cargo de presidente
em 25 de agosto de 1961. Isso trouxe instabilidade no país,, em que partes da sociedade
e partidos políticos se dividiram. De um lado, a Campanha da Legalidade (liderada por
Leonel Brizola), que apoiava a posse de Jango e do outro, os que queriam novas
eleições.Apesar do golpe ter ocorrido em 1964, ele já estava sendo planejado desde as
primeiras medidas governamentais tomadas por João Goulart. Por Jango possuir uma
relação forte com os sindicalistas, conservadores começaram a desconfiar dele e muitas
vezes o chamavam de “comunista”. Além do governo de João Goulart incomodar os
conservadores, incomodava também o governo dos Estados Unidos, que o considerava
“muito à esquerda”.

A Lei de Remessas de Lucros de 1962 (que impedia multinacionais de enviar mais do


que 10% de seus lucros para o exterior) foi uma das medidas tomadas por Jango que
aumentou a oposição do governo americano, que começou a financiar políticos e grupos
conservadores no Brasil. O Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes) e o Instituto
Brasileiro de Ação Democrática (Ibad) foram grupos que receberam bastante
investimento dos Estados Unidos. A imprensa teve um papel significativo no que diz
respeito a desestabilização do governo Jango, em que os grandes jornais que circulavam
pelo país alimentaram a ideia de que o Brasil estava caminhando para o comunismo. A
“Rede da Democracia” foi o nome dado a rede de jornais que se juntou para planejar um
golpe. O medo do retorno das ideias varguistas contribuiu bastante para o golpe,
principalmente por conta da relação entre João Goulart e Getúlio Vargas, já que em
1953 Jango foi chamado para assumir o Ministério do Trabalho e ele propôs o aumento
do salário em 100%. Isso fez com que a UDN (União Democrática Nacional) e as
Forças Armadas pensassem cada vez mais em um golpe. Em 1954, Getúlio comete
suicídio para impedir que um golpe acontecesse e assim aconteceu. A comoção popular
foi tão grande que paralisou as forças já preparadas para o golpe.

Durante seu mandato, João Goulart aprovou as Reformas de Base, uma medida que
contribuiu ainda mais para agravar a crise política de seu governo. Essa medida visava
realizar reforma tributária, eleitoral, bancária, educacional, urbana e agrária, essa última
dividiu esquerda e direita e foi o principal debate político entre março e agosto de 1963.
Com isso, surgiram grupos de trabalhadores camponeses que invadiam propriedades
rurais e exigiam a aprovação da reforma e, por vez, os proprietários de terras não
apoiavam a reforma agrária. Essa ação dos camponeses, considerada radical, foi usada
para disseminar a ideia de que um golpe de esquerda estaria sendo planejado e que por
isso um golpe de direita era justificável.

A situação do Brasil no final de 1963 estava um caos e em 12 de setembro desse ano,


ocorreu a Revolta dos Sargentos. Sargentos dominaram prédios do governo em Brasília
e a causa dessa revolta foi a proibição, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de
sargentos ocuparem cargos no Legislativo. A rebelião foi contida, mas como esses
revoltosos não foram punidos, o governo de Jango passou uma mensagem de
impunidade para esse tipo de ocorrido. Já em outubro de 63, João Goulart exibiu uma
proposta ao Congresso de decreto de Estado de Sítio por 30 dias, mas a proposta foi
rejeitada e três dias depois Jango a retirou do Congresso.

A situação do país só piorava e, em 13 de março de 1964, ocorreu o Comício da Central


do Brasil, em que Jango reassumiu seu compromisso com as Reformas de Base. Essa
decisão do presidente gerou uma resposta imediata dos conservadores eles realizaram a
Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que mobilizou mais de quinhentas mil
pessoas lutando contra o comunismo e reivindicando a intervenção dos militares na
política brasileira.

O golpe estava previsto para acontecer por volta do dia 10 de abril, porém o plano não
saiu como calculado e ele se iniciou no dia 31 de março, comandado por Olympio de
Mourão. Uma rebelião foi iniciada em Juiz de Fora e as tropas de Mourão marcharam
em direção ao Rio de Janeiro. Com tudo isso acontecendo, Jango não tomou nenhum
tipo de atitude, pois ele sabia que o golpe era apoiado pelos EUA e que uma tentativa de
resistência resultaria em uma guerra civil. Amaury Kruel, principal aliado de Jango no
exército, retirou seu apoio e pesquisas recentes afirmam que Kruel foi subordinado pela
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para realizar tal ato . No dia 2
de abril, Auro de Moura (Senador da República) declarou vaga a presidência e
introduziu o meio para a Junta Militar assumir o poder. O Ato Institucional n° 1 foi
determinado em 9 de abril e a partir daí, a Ditadura começou a ganhar forma no Brasil.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

http://www.ebc.com.br/noticias/politica/2014/08/suicidio-de-vargas-adiou-golpe-
militar-por-10-anos /acesso em 28 de outubro de 2019

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-ultima-conversa-telefonica-de-joao-
goulart-com-o-general-que-o-trairia/ / acesso em 28 de outubro de 2019

https://brasil.estadao.com.br/blogs/arquivo/brizola-e-a-campanha-pela-legalidade/ /
acesso em 28 de outubro de 2019

https://brasilescola.uol.com.br/historiab/golpe-militar.htm / acesso em 12 de outubro de


2019

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