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A DITADURA

MILITAR
1964 - 1985
“Dormia a nossa Pátria Mãe tão distraída. Sem perceber que
era subtraída. Em tenebrosas transações.”
CHICO BUARQUE DE HOLLANDA
“É PAU, É
PEDRA, É O
FIM DO
CAMINHO”
Imagem de 1968 mostra estudante de
medicina durante manifestação contra
regime militar no Rio — Foto: Evandro
Teixeira
A CONSTRUÇÃO DO
AUTORITARISMO
 Crise política: a saída de Jânio Quadros (1961) somada aos posicionamentos do governo
Jango.
 Setores conservadores, aliados dos militares, deram início à campanha de desestabilização do
governo.
 As “Reformas de Base” foram duramente combatidas pela elite.
 Em 31 de março de 1964, o golpe militar derrubou Jango.
 A partir do golpe, os militares passaram a desmobilizar quaisquer focos de luta popular.
 As organizações trabalhistas, como a CGT; as organizações estudantis (UNE); as Ligas
Camponesas e os movimentos de base da Igreja Católica (JOC) passaram a ser duramente
perseguidos e reprimidos.
Formado por seis governos, o regime instalado com o
golpe de 1964 prolongou-se até 1985. Repressivo,
especialmente durante o período Médici, favoreceu os
capitalistas estrangeiros e brasileiros e os grandes
proprietários rurais, promovendo uma modernização
conservadora no país.
0S JORNAIS SAUDARAM A
DITADURA
UM PAÍS POLARIZADO
Esquerda Direita

 CGT (Central Geral dos Trabalhadores),  IPES (Instituto Nacional de Pesquisa e


de inspiração comunista. Estudos Sociais) e IBAD (Instituto
Brasileiro de Ação Democrática) – centros
 UNE (União Nacional dos Estudantes).
de combate ao comunismo, com o apoio
 CPC’s (Centros Populares de Cultura) da CIA.
 Ligas Camponesas.  MAC (Movimento Anti-comunista) e
Frente da Juventude Democrática.
A CONSTRUÇÃO DO
AUTORITARISMO
 Logo após o golpe, ficou claro que os militares se estabeleceriam no poder.
 Embora o movimento tivesse contado com o apoio de civis – UDN, os militares não
pretendiam entregar o poder.
 Em abril de 1964 foi editado o ATO INSTITUCIONAL nº 1.
 Ato institucional: Conjunto de leis promulgado sem a necessidade de aprovação popular ou
pelo Congresso Nacional – Mecanismo ditatorial de controle do poder de Estado.
 Os militares optaram pelo alinhamento ao bloco ocidental (EUA) – Os norte americanos
prontamente reconheceram o governo militar logo após o golpe.
SENDO DURO E PERDENDO A
TERNURA: O AI-1
 AI-1, 9 de abril de 1964: deu ao governo militar o poder de alterar a Constituição, cassar
mandatos legislativos, suspender direitos políticos por dez anos e demitir qualquer pessoa
acusada de atentar contra a segurança.
 Nomeação do Gen. Humberto de Allencar Castello Branco para a Presidência.
 As constituições estaduais e a federal seriam mantidas.
 A eleição do presidente e vice passaria a ser efetuada pelo Congresso Nacional.
 O presidente passava a ter amplos poderes para remeter ao Congresso “sugestões” para a
reforma da Constituição de 1946.
 As investigações contra crimes contra o Estado ou a Ordem Pública, política e social,
poderiam ser instauradas contra indivíduos ou coletivamente.
 Os Comandantes-em-Chefe das Forças Armadas, que assinavam o AI-1, poderiam caçar
direitos políticos pelo prazo de 10 anos e anular mandatos legislativos.
RESULTADO DO AI - 1
 Prisão dos governadores Miguel Arraes (PE) e João Dória (SE)
 Destruição das sedes da UNE e do jornal Última Hora
(favorável a Jango)
 Muitos apoiadores do governo deposto foram perseguidos, presos ou maltratados.
 Assassinato de militantes das Ligas Camponesas por jagunços
a serviço dos grandes latifundiários
FOLHA DE SÃO
PAULO CELEBRA
A “CAÇA ÀS
BRUXAS”
CASTELO BRANCO (1964-1967)
 O General Castelo Branco era líder do “grupo da sorbonne”, ligado à Escola Superior de
Guerra (ESG).
 Ao assumir a presidência, afirmava que seu objetivo era implantar uma “democracia
restringida” – para ele, isso significava atuar na reformulação política e econômica do Estado,
com o propósito de “combater o comunismo e promover a consolidação da democracia”.
 Foi o idealizador de mecanismos da repressão, como o SNI (Serviço Nacional de
Informações).
 Castelo Branco promoveu prisões arbitrárias e iniciou perseguições políticas e torturas aos
opositores do regime, embora ainda estivesse em vigor o Habeas Corpus.
 Lideranças sindicais e camponesas foram mortas ou desapareceram; governadores eleitos
perderam seus mandatos.
CASTELO BRANCO (1964-1967)
 Entre os primeiros cassados pelo governo constavam: João Goulart, Jânio Quadros, Miguel Arraes,
Leonel Brizola, Luis Carlos Prestes, Celso Furtado, Darcy Ribeiro, etc.
 Em 1966, a oposição saiu vitoriosa nas eleições estaduais em Minas e Rio de Janeiro.
 O governo reagiu, editando o AI-2.
 AI-2, 27 de outubro de 1965: instituiu a eleição indireta para presidente, dissolveu todos os partidos
políticos, alterou a composição do Supremo Tribunal Federal e estabeleceu que o presidente poderia
decretar estado de sítio por 180 dias sem consultar o Congresso, decretar o recesso do Congresso,
intervir nos estados e demitir funcionários.
 O AI-2 colocava fim em todos os partidos políticos existentes e autorizava a formação de apenas
duas legendas: a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático
Brasileiro).
 A reação popular contra a arbitrariedade foi imediata. Nas ruas, renasceu o movimento estudantil.
Movimentos e passeatas tomaram conta dos centros urbanos. O governo respondeu com violência e
truculência.
A MORTE DA DEMOCRACIA
UMA DITADURA
BIPARTIDÁRIA
 A Arena (Aliança Renovadora Nacional) era o partido do governo. Estavam ali todos os
políticos de direita que apoiavam a ditadura. De onde vinham? Basicamente, da UDN. Mas
também um bando de gente do PSD, do PSP de Adhemar de Barros e, por incrível que pareça,
muitos da velha guarda integralista. Apoiavam o regime militar em tudo que ele fazia.
 O MDB (Movimento Democrático Brasileiro) era o partido da oposição consentida. A
ditadura, querendo uma imagem de democrática, permitia a existência de um partido
levemente contrário. Contanto que ninguém fizesse uma oposição muito forte. O MDB era
formado pelos que sobraram das cassações, um pessoal do PTB, alguns do PSD. No começo, a
oposição era muito tímida. Nos anos 70, porém, o MDB conseguia votações cada vez maiores
para deputados e senadores. Então seus políticos - muitos eram novos valores surgidos na
década - começaram a fazer uma oposição importante ao regime, capitaneados pela figura do
deputado paulista Ulisses Guimarães (1916-1992) . “Naqueles tempos, brincando é que se diz
a verdade, comentávamos que o MDB era o Partido do Sim e a ARENA era o Partido do Sim
Senhor!”
A DISSOLVIÇÃO DOS
PARTIDOS
CASTELO BRANCO (1964-1967)
– PLANO ECONÔMICO
 O governo procurava, no setor econômico, uma forma de conter a inflação que chegava aos
100% ao ano.
 Assim, lança o PAEG – Plano de Ação Econômica do Governo:
a) Abertura para o capital exterior, consolidando uma fórmula tipicamente exportadora – altas
na balança comercial.
b) Controle nas linhas de crédito para o setor privado.
c) Redução dos gastos públicos.
d) Contenção dos salários. Fim da estabilidade (10 anos) – Criação do FGTS.
e) FGTS faz “girar” os financiamentos no BNH.
f) Revogação da “Lei de remessa de Lucros”, editada em 1962 pelo governo João Goulart.
O PAEG DEU CERTO?
 Para o que ele se propunha, sim, foi bem-sucedido. A inflação caiu. O preço social disso é que
representa problema.
 Para começar, os investidores estrangeiros ficaram mais tranqüilos: não havia mais ameaça de
nacionalismo, nem de greves e muito menos de socialismo.
 O novo governo tinha eliminado as restrições ao capital estrangeiro.
 O FMI, feliz com o Brasil militar, também emprestou dinheiro, E nós vimos que ajuda do FMI
era uma espécie de garantia para que outros banqueiros confiassem no país.
 Fim da luta de classes pela via do aniquilamento da representatividade trabalhista.
 Quer dizer então que uma ditadura consegue estabilidade? Essa pergunta necessita de outra: de
que tipo de estabilidade estamos falando? Quando examinamos as estatísticas econômicas
percebemos que a estabilidade teve um preço: o aumento de exploração da força de trabalho.
O AUMENTO DA REPRESSÃO
 A Constituição de 1946 sofreu reformas por meio dos Atos Institucionais 3 e 4.
 O AI-3 estabeleceu eleições indiretas para governadores e prefeitos de cidades consideradas
“de segurança nacional”.
 O AI-4 convocava o Congresso, em sessão extraordinária, para a aprovação de uma nova carta
constitucional.
 A Constituição de 1967 aumentou o poder do executivo e limitou a autonomia dos Estados.
 Foram publicadas as severas Lei de Imprensa e Lei de Segurança Nacional, destinadas a
facilitar a atuação dos órgãos de segurança do Estado (aparelhos da repressão) contra os
“inimigos internos”.
AFASTA DE
MIM ESSE
CALE-SE
O TRIUNFO DA “LINHA DURA”
 Em 1966, teve início o processo de sucessão presidencial.
 A sucessão dependia da luta interna travada nos bastidores militares: de um lado estava a
“linha dura” do regime; de outro, os militares mais moderados, conhecidos como “Sorbonne”.
 Na disputa, prevaleceu a candidatura do Gen. Artur Costa e Silva, um dos líderes do golpe.
 A indicação de Costa e Silva não significava diretamente a vitória da linha dura, mas a mesma
viria em função dos acontecimentos.
 No mesmo ano, a oposição aos militares começou a se manifestar com mais força: ocorreram
protestos estudantis em várias partes do país e foi anunciada a formação da Frente Ampla,
movimento que reunia opositores das mais variadas correntes políticas.
 Sem conseguir apoio popular e unidade política, a Frente Ampla acabou desaparecendo.
COSTA E SILVA (1967-1969)
 Costa e Silva iniciou o governo demitindo todos os civis que compunham o quadro de cargos
públicos de confiança, nomeando militares para os seus lugares.
 Somente dois civis permaneceram no quadro: Delfim Neto e Hélio Beltrão (Ministério da
Fazenda e Ministério do Planejamento).
 Os dois ministros iniciaram um projeto econômico que visava retomar o crescimento sem
aumentar a inflação.
 As novas medidas incluíam o aumento da linha de crédito bancário para o setor privado e o
controle de preços, por meio do CIP (Conselho Interministerial de Preços).
 O governo fixou oficialmente os valores dos salários do setor público e do setor privado.
COSTA E SILVA (1967-1969)
 A nova política econômica
trouxe resultados positivos,
uma vez que o PIB alcançou
índices de crescimento da
ordem de 10 e 11,2% -
iniciava-se o “Milagre
econômico brasileiro”.
O MILAGRE ECONÔMICO
Antônio Delfim Netto: “primeiro aumentar o bolo, para depois reparti-lo”.
 O “milagre” durou de 1968 a 1973, com o PIB crescendo a taxas médias anuais superiores a 10%.
 Grande investimento estrangeiro no país
 Empresas estatais altamente lucrativas
 Concentração de renda nas classes alta e média
O MILAGRE QUE NÃO ERA
MILAGRE
COSTA E SILVA (1967-1969)
 Os primeiros tempos do governo Costa e Silva foram marcados por protestos estudantis.
 As táticas do comício relâmpago e das passeatas entusiasmavam os estudantes.
 Em 28 de março de 1968, realizou-se duas manifestações no Rio: o protesto contra a má
qualidade e o preço elevado das refeições do “Restaurante Calabouço!”.
 A polícia Militar chegou atirando e matou o estudante Edson Luis, um jovem de 16 anos.
 O fato abalou a opinião pública.
 O corpo foi velado na Assembléia Legislativa, e ao enterro compareceram 50 mil pessoas.
 No cemitério, os estudantes proferiram um juramento: “Neste luto, a luta começou”.
“CAMINHANDO
E CANTANDO E
SEGUINDO A
CANÇÃO”
1968: O ANO QUE NÃO
TERMINOU.
 Após a morte de Edson Luis, as passeatas multiplicaram-se pelas capitais – “Neste luto, a luta
começou.”
 Greves em Contagem e Osasco.
 A seqüência de manifestações reprimidas violentamente por todo o país acabou por despertar a
indignação das classes médias no Rio de Janeiro.
 A sociedade indignada promove a Passeata dos Cem Mil, em 21 de junho de 1968.
 O governo decidiu então ampliar os mecanismos de repressão de modo a “acabar com os
subversivos”.
 Nos dias 02 e 03 de setembro de 1968, o jovem deputado Márcio Moreira Alves, do MDB da
Guanabara, usou a Tribuna do Congresso para fazer um discurso inflamado contra a ditadura.
AS PALAVRAS EMERGEM DO
SILÊNCIO
AS PALAVRAS EMERGEM DO
SILÊNCIO
1968: O ANO QUE NÃO
TERMINOU.
 O Procurador Geral da República encaminhou o discurso aos quartéis.
 Os oficiais, indignados, afirmavam que Moreira Alves havia praticado um “atentado contra a
ordem democrática”.
 O governo encaminha para o Congresso um pedido para processar Moreira Alves.
 Entretanto, o Congresso rejeita o pedido por 216 votos a 14.
 Temendo a reação do governo, Márcio Moreira Alves decidiu exilar-se.
 A resposta do governo veio numa sexta-feira 13 de dezembro de 1968, publicando o AI-5.
“PARA NÃO DIZER QUE NÃO
FALEI DE FLORES”
“APESAR DE VOCÊ, AMANHÃ
HÁ DE SER UM NOVO DIA”
O GOLPE DENTRO DO GOLPE:
O AI-5
 O AI-5 foi o principal instrumento de arbítrio da ditadura militar.
 O general-presidente poderia, sem dar satisfações a ninguém, fechar o Congresso Nacional,
cassar mandatos de parlamentares, demitir juízes, suspender garantias do Poder Judiciário,
legislar por decretos, decretar estado de sítio, enfim, ter poderes tão vastos como os dos
tiranos.
 O governo passa a ter o direito de suspender o habeas corpus
 Tem gente que chega a falar do “golpe dentro do golpe”.
 Costa e Silva acabou não tendo tempo de “saborear” os resultados do AI-5 – um derrame
cerebral o tirou do poder.
O AI – 5 NOS JORNAIS E
REVISTAS
O AI – 5 NOS JORNAIS E
REVISTAS
A LUTA ARMADA
 A falta de crédito na ação parlamentar e o endurecimento do regime faz com que os setores de
esquerda se lancem em ações armadas.
 O PCB – resistência no interior do MDB e dos sindicatos.
 O PC do B – iniciou uma campanha de guerrilhas rurais, com escasso apoio camponês.
 Entre 1968 e 1974, a ALN (Aliança Nacional Libertadora); a VAR (Vanguarda Armada
Revolucionária), o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro) e a Ação Popular
promovem a guerrilha urbana.
A LUTA ARMADA
 Em setembro de 1969, a ALN e o MR-8 seqüestram o embaixador americano Charles Elbrick.
 Em troca da libertação do embaixador, os militantes divulgam um manifesto revolucionário na
imprensa e libertam 15 prisioneiros políticos, entre eles, Zé Dirceu.
 Em represália, a Junta Militar cria mais dois AI’s: um dava direito à expulsão do país de todos
que fossem considerados “subversivos”; o outro introduzia a pena de morte.
O APARATO REPRESSIVO
 Para o controle da “ordem social”, o governo Costa e Silva melhora a eficiência dos
mecanismos de repressão.
 OBAN (Operação Bandeirante)
 DOPS – DEOPS (Departamento de Ordem Pública e Social)
 DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa
Interna).
 Em fins de 1969, Costa e Silva, doente, se afasta. Em seu lugar seguiria uma junta militar e,
em seguida, o governo Médici e o endurecimento do regime.
CAÇA AOS “SUBVERSIVOS”
GOVERNO MÉDICI (1969-1974):
A MÁQUINA DA REPRESSÃO
 Repressão e silenciamento dos principais líderes da luta armada: Carlos Mariguella (1969) e
Carlos Lamarca (1971).
 O único movimento sobrevivente foi a Guerrilha do Araguaia, derrotada em 1975.
 Com a grande imprensa silenciada, as notícias sobre as torturas e o regime passam a ser
veiculadas somente na clandestinidade.
 Muitos documentos sobre a prática da tortura só existem em função da ação da Teologia da
Libertação, de orientação marxista-cristã.
 Como forma de encobrir o clima de terror, o governo propaga a propaganda ufanista.
PROPAGANDA UFANISTA
MUITOS PREFERIRAM DEIXÁ-
LO
GOVERNO MÉDICI (1969-1974)
 O governo aposta no aparato ideológico do crescimento da nação:
“Você constrói o Brasil”
“Ninguém segura este país”
“Brasil, conte comigo”
“Brasil, ame-o ou deixe-o”
 O auge da campanha publicitária foi atingido na Copa de 1970: “Pra frente Brasil”.
 As torturas e a repressão são sufocadas pela euforia da idéia produtivista do “Milagre
Econômico’.
 O PIB atingiu índices na ordem de 10% e 11,2%.
OS MILITARES SAÚDAM A
SELEÇÃO
Pra frente Brasil
Os incríveis
Noventa milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a
mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Gol!
Somos milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a
mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
SELEÇÃO DO TRI
PELÉ
LEVANTANDO
O CANECO
GOVERNO MÉDICI (1969-1974)
 O Brasil passa a ser conhecido pelas grandes obras públicas (faraônicas).
 Entre 1967 e 1972, a dívida externa atingiu a casa dos US$ 10 bi.
 O governo criou o INCRA (inst. Nac. Colonização e Ref. Agrária); o PIS (Plano de Integração
Nacional) e o MOBRAL (Mov. Brasileiro de Alfabetização).
 O milagre econômico sustentou-se em três pilares: o arrocho salarial, os empréstimos externos
e a repressão política.
 Houve a incrementação de mercado da classe média e no setor agrícola.
As Obras Faraônicas: Ponte Rio-
Niterói, Usina de Itaipu e a
Transamazônica...
O BOLO CRESCEU MAS NÃO
FOI DIVIDIDO
CONCENTRAÇÃO DE RENDA
AUMENTO DA DÍVIDA
EXTERNA
QUANDO MARX SE FEZ REAL
TIO SAM NÃO FAZ MILAGRES
ERNESTO GEISEL (1974-1979)
 Chefe do Gabinete Militar de Castello Branco, Presidente da Petrobrás em Costa e Silva, e
presidente do Superior Tribunal Militar em Médici, Geisel foi eleito indiretamente pelo
Colégio Eleitoral.
 Para disputar simbolicamente o pleito, o MDB lançou Ulisses Guimarães e Barbosa Lima
Sobrinho.
 Início do processo de abertura política: “Lento, gradual e seguro”.
 A necessidade de mudanças ficou evidenciada nas eleições parlamentares de 1974, quando o
MDB praticamente dobrou a sua representação: de 87 DF pulou para 165, enquanto a ARENA
reduziu de 223 para 199. No Senado, o MDB pulou de 7 para 20 Sen., enquanto a ARENA
diminuía de 59 para 46.
OS PORÕES COMEÇAM A
REVELAR SEUS CADÁVERES
Herzog

A morte do jornalista Vladimir


Herzog, nos porões do DOI-
CODI, provocou indignação e
fez com que Geisel apressasse a
mudança na imagem da
ditadura.
A DITADURA PARADISÍACA
ERNESTO GEISEL (1974-1979)
Pacote de Abril (1977):
 o presidente fecha o Congresso e passa a governar por decretos.
 Eleição indireta para os governadores de estado.
 Lei falcão (1976).
 Aumento do mandato presidencial (de 5 para 6 anos).
 As decisões no Congresso passaram a depender apenas de maioria simples.
 Um terço das cadeiras do Senado passaram a ser concedidas aos “Senadores Biônicos”.
“AFASTA DE MIM ESSE CALE-
SE”
ERNESTO GEISEL (1974-1979)
 Acordo militar Brasil-Alemanha: usinas nucleares de Angra dos Reis.
 Projeto Pró-álcool: a substituição da gasolina pelo álcool combustível.
 Dentro dos ideais da DSN, os militares lançam os PND’s:
PNDI: Governo Médici – Delfim Netto
PNDII: Goverbno Geisel – Mário Henrique Simonsen: alimentar créditos à empresas privadas
e fortalecer setores estatais.
 Diversas entidades promovem debates de cunho social: OAB, CNBB, ASBPC, CEB’s, UNE,
ABIM, etc.
 Na classe operária, surgem manifestações sob a liderança de trabalhadores como LULA.
GOVERNO FIGUEIREDO (1979-
1985)
 Continuidade ao processo de abertura política.
 A ANISTIA veio em 1979, mas não beneficiou os condenados por seqüestros e atentados
políticos.
 A reforma política implementada pelo Estado permitiu a volta do pluripartidarismo.
 ARENA se transformou em PDS (Part. Dem. Social); MDB se tornou PMDB (Part. Do Mov.
Democrático Brasileiro). Surgiram o PDT, o PT, o PP e o PTB.
 A direita, ligada ao aparelho da repressão, não aceitava a abertura – terrorismo: atentado do
Riocentro, em 1981.
 A oposição lança o movimento DIRETAS JÁ
TERRORISTAS SÃO OS
OUTROS
DIRETAS JÁ
A REDEMOCRATIZAÇÃO
 Ementa Dante de Oliveira – derrotada no Congresso.
 Transição democrática: Paulo Maluf (PDS) X Tancredo Neves (PMDB)
 15 de janeiro de 1985: Tancredo e Sarney são eleitos depois de 21 anos de governos militares.
 Na data da posse, 15 de março, Tancredo é internado – Sarney assume.
 21 de abril: morre Tancredo.
 Começava a conturbada NOVA REPÚBLICA.

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