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1967-1969: Marechal Costa e Silva - Gaúcho, assumiu o poder com planos de restabelecer a democracia, mas
passou a ser visto como inimigo pela linha-dura ultranacionalista e decretou o Ato Institucional nº 5 (AI-5), que
lhe deu poderes para fechar o Congresso, cassar políticos e institucionalizar a repressão
Costa e Silva havia exercido o cargo de ministro da Guerra no governo anterior. Em agosto de 1969, ele ficou
doente e uma junta militar permaneceu no poder de 31 de agosto de 1969 a 30 de outubro de 1969, com os
seguintes integrantes: o brigadeiro Márcio de Souza e Mello; o almirante Augusto Rademaker; e o general
Aurélio Lyra Tavares.
Durante o governo de Castello Branco, Costa e Silva foi nomeado Ministro da Guerra do Brasil entre 4 de abril
de 1964 e 30 de junho de 1966. Em 1964, ainda ocupou o cargo de Ministro de Minas e Energia do Brasil, por
pouco menos de 1 mês.
Nesse tempo, foi responsável por articular o Golpe Militar de 64 ao lado do presidente Castello Branco. O golpe
depôs o presidente João Goulart.
Costa e Silva foi vítima de um derrame cerebral em agosto de 1969, o que o afastou do cargo de presidente.
Governo de Marechal Costa e Silva
Costa e Silva foi Presidente do país cerca de 2 anos. Foi eleito em 1966 e ocupou o cargo no período de 15 de
março de 1967 a 31 de agosto de 1969.
Durante esse tempo, seu mandato ficou conhecido como “anos de chumbo” uma vez que representou um dos
períodos mais duros da ditadura militar. Seu governo esteve marcado por forte agitação política, atos de torturas,
prisões e mortes.
Em 1968 foi promulgado o Ato Institucional nº 5 (AI-5) que concedeu maiores poderes ao Presidente. Marcado
por forte repressão, essa foi considerada uma das fases mais difíceis da ditadura no país.
Com o AI-5 foram fechados o Congresso Nacional, as assembleias legislativas e as câmaras municipais. Além
disso, houve a cassação dos mandatos legislativos, executivos, federais, estaduais e municipais.
Diversos tipos de torturas foram realizados aos militares e civis que estivessem contra o governo.
Durante seu governo, Costa e Silva combateu a inflação e ampliou as relações econômicas exteriores. Focou
numa reforma administrativa, expandiu as comunicações e os transportes.
Foi também durante seu governo que o movimento de oposição denominado “Frente Ampla” foi extinto. Foi
criado em 1966 e liderada por Carlos Lacerda e apoiada por Juscelino Kubitschek e João Goulart.
A “Frente Ampla” propunha a redemocratização do país, as eleições diretas para Presidente e a criação de uma
nova Constituição.
A partir de 1968 uma forte agitação política por parte dos estudantes marcou a “passeata dos cem mil” no Rio
de janeiro.
A principal causa foi a morte do estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto por um militar, além da falta
de verba e a privatização do ensino.
Em 1969, Costa e Silva foi afastado do cargo por problemas de saúde, sendo substituído por uma Junta Militar.
1969-1974: General Emílio Médici - Gaúcho, foi presidente durante o período de maior repressão da ditadura
militar, com tortura e morte dos opositores, censura à imprensa e cerceamento das liberdades individuais e de
pensamento. Adotou os slogans "este é um País que vai pra frente" e "Brasil: ame-o ou deixe-o". Seu mandato
foi marcado por um "milagre econômico" que mais tarde se revelaria uma ilusão.
Médici havia apoiado a Revolução de 1930, mas se manifestou contra a posse de João Goulart em 1961. Em abril
de 1964, comandava a Academia Militar de Agulhas Negras. Depois, foi nomeado adido militar nos Estados
Unidos e, em 1967, sucedeu a Golbery do Couto e Silva na chefia do poderoso SNI, cargo que ocupou por dois
anos. Apoiou com entusiasmo o AI-5. Em 1969, foi nomeado comandante do 3º Exército.
Governo Médici: milagre econômico
"Milagre econômico" é uma referência ao elevado crescimento da economia do País neste período. A expressão
fazia referência à euforia da prosperidade econômica, que teria acontecido sem planejamento.
No entanto, o crescimento era embasado em pesados empréstimos contraídos junto ao Banco Interamericano
de Desenvolvimento, o que elevou substancialmente a dívida externa brasileira.
Da mesma forma, durante o governo de Médici foram criados vários órgãos para ocupar e explorar a Amazônia.
Destes, se destacam o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o Projeto Rondon. Também
foram iniciadas a construção das rodovias Transamazônica, Cuiabá-Santarém e Manaus-Porto Velho.
Além disso, foram inauguradas a hidrelétrica de Ilha Solteira, a maior da América Latina, a refinaria de Paulínia
(SP) e a ponte ligando a cidade do Rio de Janeiro a Niterói. Todas essas grandes obras eram usadas para
transmitir a ideia de um país em progresso e unido.
1974-1979: General Ernesto Geisel - Gaúcho, trouxe de volta ao poder o general Golbery do Couto e Silva.
Juntos, articularam um projeto de abertura "lenta, gradual e segura" rumo a uma indefinida "democracia
relativa". Mas a crise econômica e a reação da "linha dura" do Exército colocariam permanentemente em cheque
os planos de "distensão" imaginados por Geisel e Golbery. O presidente fechou o Congresso em abril de 1977.
Geisel foi um entusiasta da extração petrolífera no Brasil. Dirigiu a refinaria de Cubatão em 1956 e a Petrobras
(1969 a 1973). Em sua gestão na presidência da Petrobras, concentrou esforços na exploração da plataforma
submarina. Conseguiu acordos no exterior para a pesquisa e firmou convênios com o Iraque, o Egito e o Equador.
Após o golpe de 1964, foi nomeado chefe da Casa Militar pelo presidente Castello Branco, que o encarregou de
investigar denúncias de torturas em unidades militares do Nordeste.
Castello o promoveu a general-de-exército em 1966 e o nomeou ministro do Supremo Tribunal Federal em 1967.
Geisel foi lançado candidato à Presidência pela Arena, em 1973, e derrotou no Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro
de 1974, Ulysses Guimarães - que era o candidato do único partido legal de oposição, o MDB. Na política externa,
procurou ampliar a presença brasileira na África e na Europa, evitando o alinhamento incondicional à política
dos Estados Unidos.
Governo de Ernesto Geisel: Principais Características
O general Geisel foi o 4º presidente da Ditadura Militar no Brasil. Ele foi eleito em 1973 e ocupou o cargo de 15
de março de 1974 a 15 de março de 1979. Foi representante da chamada “Linha Dura” do exército brasileiro.
Durante sua atuação, tem início o processo de redemocratização do país. No âmbito econômico, seu governo
esteve marcado por uma redução do crescimento. O chamado milagre econômico e o Ato Institucional nº 5 -
AI-5 foram extintos.
Para manter a economia aquecida, Geisel criou o “II Plano Nacional de Desenvolvimento” e ainda, colaborou
com a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Durante seu governo, a Guanabara foi anexada ao Rio de Janeiro e o Estado de Mato Grosso foi dividido também
em Mato Grosso do Sul.
Na área dos transportes, participou da inauguração das primeiras linhas do metrô nas cidades de São Paulo e
Rio de Janeiro.
Estreitou laços diplomáticos com a China, e com a Alemanha realizou um acordo nuclear.
Em 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado na sede do DOI (Destacamento de
Operações e Informações) do Codi (Centro de Operações de Defesa Interna).
Em 1985, seis anos após deixar o cargo de Presidente do país, Geisel apoiou as eleições de Tancredo Neves, o
primeiro presidente eleito após o golpe militar.
Saiba mais sobre a Ditadura Militar no Brasil e Lei da Anistia
Frases
“Eu sou um sujeito profundamente democrático.” “É muita pretensão do homem inventar que Deus o
“Ao longo da minha vida eu fui um infeliz.” criou à sua imagem e semelhança. Será possível que
“Nosso mal foi ter durado tanto tempo.” Deus seja tão ruim assim?”
1979-1985: General João Baptista Figueiredo - Carioca, chegou ao poder depois de chefiar o SNI. Foi o último
presidente do regime militar. Figueiredo teve a missão de concretizar a abertura iniciada por Ernesto Geisel, e
assinou a Lei da Anistia, em agosto de 1979 - o que permitiu a volta, ao país, de políticos exilados pelo governo
militar.
No seu governo, também foi permitido o retorno do multipartidarismo. A Arena e o MDB desapareceram, sendo
transformadas no PDS e no PMDB, respectivamente. Também surgiram legendas como o PDT de Leonel Brizola
e o PT.
Figueiredo foi eleito pela Arena, por escolha indireta no Colégio Eleitoral, em 1978. No discurso de posse,
prometeu a "mão estendida em conciliação" e jurou "fazer do Brasil uma democracia". Causou polêmica ao dizer
que iria "prender, matar e arrebentar" os opositores da abertura política, e ao dar a entender que gostava "mais
do cheiro dos cavalos do que do cheiro do povo".
No seu mandato, foram realizadas as primeiras eleições diretas para governador de estado, que haviam sido
interrompidas em 1965. Sua gestão ficou marcada por uma grave crise econômica que gerou altos índices
recessivos e inflacionários e pela dívida externa crescente. Figueiredo também enfrentou a segunda crise
internacional do petróleo.
A crise econômica reforçou os argumentos da oposição e gerou greves no ABC paulista. Essa situação ajudou a
deflagrar em 1984 a campanha pelas Diretas-Já - que mobilizou milhares de pessoas, nas maiores cidades do
País, em comícios pelo direito de eleger o presidente da República pelo voto popular.
Figueiredo implementou o programa de incentivo à agricultura, que tinha como slogan "plante que o João
garante".
OBS. Em resumo, a ação de copiar a pergunta antes de responder é uma estratégia eficaz para
melhorar o entendimento, a clareza e a pertinência das respostas dos alunos, contribuindo para uma
aprendizagem mais significativa e uma comunicação mais eficaz. Além disso, ela promove a
conformidade com as normas e expectativas acadêmicas. - TOP