Você está na página 1de 4

9 - ANOS

OS PRESIDENTES DA DITADURA MILITAR


1964-1967: Humberto Castello Branco - Cearense,
foi um dos líderes do golpe. General, foi transferido
para a reserva no posto de marechal. Durante seu
governo, de 1964 a 1967, instituiu o Serviço Nacional
de Informações (SNI). Criou o Banco Central e o
Banco Nacional de Habitação (BNH).
Os partidos que existiam na época foram fechados.
Passaram a ser permitidas apenas duas legendas: a
Aliança Renovadora Nacional (Arena), governista; e
o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição. Castello Branco aprovou o regulamento geral do
Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA) e promulgou a Constituição de 24 de novembro de 1967, que
institucionalizava a ditadura.
No seu governo, foram cassados os direitos políticos de deputados, governadores, ex-presidentes e lideranças
de entidades civis. Em 1967, foi aprovada a Lei de Imprensa, que limitava a liberdade de pensamento e
informação e era uma expressão do caráter arbitrário do regime.
Foi um dos principais articuladores do Golpe Militar de 1964, que tirou do poder o presidente João Goulart (1918
- 1976), que foram eleito pelo povo. Foi conduzido por meio de eleição indireta para o cargo de presidente em
15 de abril do mesmo ano.
O marechal Castello Branco foi vítima de um acidente aéreo e morreu em 18 de julho de 1967.
Governo Castello Branco – corre que eu estou chegando comunista
A aparato que garantiu a repressão política durante a ditadura militar no Brasil foi criado durante o governo do
marechal Castello Branco. A administração interferiu nas entidades sindicais, de estudantes e houve grande
número de prisões daqueles que discordavam do governo.
A perseguição levou políticos, artistas, militantes e estudantes ao exílio. Castello Branco rompeu as relações
diplomáticas com Cuba, o que demonstrava a orientação política de repressão ao comunismo.
Ao mesmo tempo, houve uma aproximação com os Estados Unidos que, curiosamente, nunca passou por uma
ditadura militar e prega a liberdade entre seus preceitos e direitos dos cidadãos.
Nesse governo foi criado o SNI (Serviço Nacional de Informações), responsável por manter o governo a par das
atividades políticas dos cidadãos. O marechal Castello Branco aprovou as medidas que excluíam a participação
popular da escolha dos governantes nas principais esferas de poder.
Os partidos políticos foram extintos e só dois estavam autorizados a funcionar, a Arena (Aliança Renovadora
Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). As medidas só seriam revogadas no governo de outro
militar, o general João Baptista Figueiredo.

1967-1969: Marechal Costa e Silva - Gaúcho, assumiu o poder com planos de restabelecer a democracia, mas
passou a ser visto como inimigo pela linha-dura ultranacionalista e decretou o Ato Institucional nº 5 (AI-5), que
lhe deu poderes para fechar o Congresso, cassar políticos e institucionalizar a repressão
Costa e Silva havia exercido o cargo de ministro da Guerra no governo anterior. Em agosto de 1969, ele ficou
doente e uma junta militar permaneceu no poder de 31 de agosto de 1969 a 30 de outubro de 1969, com os
seguintes integrantes: o brigadeiro Márcio de Souza e Mello; o almirante Augusto Rademaker; e o general
Aurélio Lyra Tavares.
Durante o governo de Castello Branco, Costa e Silva foi nomeado Ministro da Guerra do Brasil entre 4 de abril
de 1964 e 30 de junho de 1966. Em 1964, ainda ocupou o cargo de Ministro de Minas e Energia do Brasil, por
pouco menos de 1 mês.
Nesse tempo, foi responsável por articular o Golpe Militar de 64 ao lado do presidente Castello Branco. O golpe
depôs o presidente João Goulart.
Costa e Silva foi vítima de um derrame cerebral em agosto de 1969, o que o afastou do cargo de presidente.
Governo de Marechal Costa e Silva
Costa e Silva foi Presidente do país cerca de 2 anos. Foi eleito em 1966 e ocupou o cargo no período de 15 de
março de 1967 a 31 de agosto de 1969.
Durante esse tempo, seu mandato ficou conhecido como “anos de chumbo” uma vez que representou um dos
períodos mais duros da ditadura militar. Seu governo esteve marcado por forte agitação política, atos de torturas,
prisões e mortes.
Em 1968 foi promulgado o Ato Institucional nº 5 (AI-5) que concedeu maiores poderes ao Presidente. Marcado
por forte repressão, essa foi considerada uma das fases mais difíceis da ditadura no país.
Com o AI-5 foram fechados o Congresso Nacional, as assembleias legislativas e as câmaras municipais. Além
disso, houve a cassação dos mandatos legislativos, executivos, federais, estaduais e municipais.
Diversos tipos de torturas foram realizados aos militares e civis que estivessem contra o governo.
Durante seu governo, Costa e Silva combateu a inflação e ampliou as relações econômicas exteriores. Focou
numa reforma administrativa, expandiu as comunicações e os transportes.
Foi também durante seu governo que o movimento de oposição denominado “Frente Ampla” foi extinto. Foi
criado em 1966 e liderada por Carlos Lacerda e apoiada por Juscelino Kubitschek e João Goulart.
A “Frente Ampla” propunha a redemocratização do país, as eleições diretas para Presidente e a criação de uma
nova Constituição.
A partir de 1968 uma forte agitação política por parte dos estudantes marcou a “passeata dos cem mil” no Rio
de janeiro.
A principal causa foi a morte do estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto por um militar, além da falta
de verba e a privatização do ensino.
Em 1969, Costa e Silva foi afastado do cargo por problemas de saúde, sendo substituído por uma Junta Militar.

1969-1974: General Emílio Médici - Gaúcho, foi presidente durante o período de maior repressão da ditadura
militar, com tortura e morte dos opositores, censura à imprensa e cerceamento das liberdades individuais e de
pensamento. Adotou os slogans "este é um País que vai pra frente" e "Brasil: ame-o ou deixe-o". Seu mandato
foi marcado por um "milagre econômico" que mais tarde se revelaria uma ilusão.
Médici havia apoiado a Revolução de 1930, mas se manifestou contra a posse de João Goulart em 1961. Em abril
de 1964, comandava a Academia Militar de Agulhas Negras. Depois, foi nomeado adido militar nos Estados
Unidos e, em 1967, sucedeu a Golbery do Couto e Silva na chefia do poderoso SNI, cargo que ocupou por dois
anos. Apoiou com entusiasmo o AI-5. Em 1969, foi nomeado comandante do 3º Exército.
Governo Médici: milagre econômico
"Milagre econômico" é uma referência ao elevado crescimento da economia do País neste período. A expressão
fazia referência à euforia da prosperidade econômica, que teria acontecido sem planejamento.
No entanto, o crescimento era embasado em pesados empréstimos contraídos junto ao Banco Interamericano
de Desenvolvimento, o que elevou substancialmente a dívida externa brasileira.
Da mesma forma, durante o governo de Médici foram criados vários órgãos para ocupar e explorar a Amazônia.
Destes, se destacam o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o Projeto Rondon. Também
foram iniciadas a construção das rodovias Transamazônica, Cuiabá-Santarém e Manaus-Porto Velho.
Além disso, foram inauguradas a hidrelétrica de Ilha Solteira, a maior da América Latina, a refinaria de Paulínia
(SP) e a ponte ligando a cidade do Rio de Janeiro a Niterói. Todas essas grandes obras eram usadas para
transmitir a ideia de um país em progresso e unido.

Milagre Econômico ou "milagre econômico brasileiro" corresponde ao crescimento econômico ocorrido no


Brasil entre os anos de 1968 a 1973.
Esse período foi caracterizado pela aceleração do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), industrialização e
inflação baixa.
Contudo, por trás da prosperidade, houve o aumento da concentração de renda, corrupção e exploração da mão
de obra.
Foi no governo do presidente Emílio Médici (1905-1985), que o milagre econômico chegou ao ápice.
O início do milagre econômico está na criação do Programa de Ação Econômica do Governo (Paeg) na gestão
do presidente Castelo Branco (1964-1967).
O Paeg previa incentivo às exportações, abertura ao capital exterior, bem como reforma nas áreas fiscal, tributária
e financeira.
Durante o milagre econômico, o PIB alcançou 11,1% de crescimento anual.
Para centralizar as decisões econômicas foi criado o Banco Central. Da mesma forma, a fim de favorecer o crédito
e resolver o déficit habitacional, o governo instituiu o SFH (Sistema Financeiro Habitacional), formado pelo BNH
(Banco Nacional de Habitação) e pela CEF (Caixa Econômica Federal).
A principal fonte de recursos para o sistema habitacional viria do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Este imposto, criado em 1966, era descontado do trabalhador e foi usado para estimular a construção civil.
Também se favoreceu a criação de bancos para estimular o mercado de capitais e a abertura de crédito para o
consumidor melhorando, entre outros, o desempenho da indústria de automóvel.
Além disso, nada mais que 274 estatais, como a Telebrás, Embratel e Infraero foram abertas neste período.
Na época, o ministro da Fazenda, Delfim Neto, justificou essas medidas como fundamentais para impulsionar o
crescimento do País. Delfim Neto utilizava a metáfora que “o bolo precisava crescer para depois ser repartido”.

1974-1979: General Ernesto Geisel - Gaúcho, trouxe de volta ao poder o general Golbery do Couto e Silva.
Juntos, articularam um projeto de abertura "lenta, gradual e segura" rumo a uma indefinida "democracia
relativa". Mas a crise econômica e a reação da "linha dura" do Exército colocariam permanentemente em cheque
os planos de "distensão" imaginados por Geisel e Golbery. O presidente fechou o Congresso em abril de 1977.
Geisel foi um entusiasta da extração petrolífera no Brasil. Dirigiu a refinaria de Cubatão em 1956 e a Petrobras
(1969 a 1973). Em sua gestão na presidência da Petrobras, concentrou esforços na exploração da plataforma
submarina. Conseguiu acordos no exterior para a pesquisa e firmou convênios com o Iraque, o Egito e o Equador.
Após o golpe de 1964, foi nomeado chefe da Casa Militar pelo presidente Castello Branco, que o encarregou de
investigar denúncias de torturas em unidades militares do Nordeste.
Castello o promoveu a general-de-exército em 1966 e o nomeou ministro do Supremo Tribunal Federal em 1967.
Geisel foi lançado candidato à Presidência pela Arena, em 1973, e derrotou no Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro
de 1974, Ulysses Guimarães - que era o candidato do único partido legal de oposição, o MDB. Na política externa,
procurou ampliar a presença brasileira na África e na Europa, evitando o alinhamento incondicional à política
dos Estados Unidos.
Governo de Ernesto Geisel: Principais Características
O general Geisel foi o 4º presidente da Ditadura Militar no Brasil. Ele foi eleito em 1973 e ocupou o cargo de 15
de março de 1974 a 15 de março de 1979. Foi representante da chamada “Linha Dura” do exército brasileiro.
Durante sua atuação, tem início o processo de redemocratização do país. No âmbito econômico, seu governo
esteve marcado por uma redução do crescimento. O chamado milagre econômico e o Ato Institucional nº 5 -
AI-5 foram extintos.
Para manter a economia aquecida, Geisel criou o “II Plano Nacional de Desenvolvimento” e ainda, colaborou
com a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Durante seu governo, a Guanabara foi anexada ao Rio de Janeiro e o Estado de Mato Grosso foi dividido também
em Mato Grosso do Sul.
Na área dos transportes, participou da inauguração das primeiras linhas do metrô nas cidades de São Paulo e
Rio de Janeiro.
Estreitou laços diplomáticos com a China, e com a Alemanha realizou um acordo nuclear.
Em 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado na sede do DOI (Destacamento de
Operações e Informações) do Codi (Centro de Operações de Defesa Interna).
Em 1985, seis anos após deixar o cargo de Presidente do país, Geisel apoiou as eleições de Tancredo Neves, o
primeiro presidente eleito após o golpe militar.
Saiba mais sobre a Ditadura Militar no Brasil e Lei da Anistia
Frases
 “Eu sou um sujeito profundamente democrático.”  “É muita pretensão do homem inventar que Deus o
 “Ao longo da minha vida eu fui um infeliz.” criou à sua imagem e semelhança. Será possível que
 “Nosso mal foi ter durado tanto tempo.” Deus seja tão ruim assim?”
1979-1985: General João Baptista Figueiredo - Carioca, chegou ao poder depois de chefiar o SNI. Foi o último
presidente do regime militar. Figueiredo teve a missão de concretizar a abertura iniciada por Ernesto Geisel, e
assinou a Lei da Anistia, em agosto de 1979 - o que permitiu a volta, ao país, de políticos exilados pelo governo
militar.
No seu governo, também foi permitido o retorno do multipartidarismo. A Arena e o MDB desapareceram, sendo
transformadas no PDS e no PMDB, respectivamente. Também surgiram legendas como o PDT de Leonel Brizola
e o PT.
Figueiredo foi eleito pela Arena, por escolha indireta no Colégio Eleitoral, em 1978. No discurso de posse,
prometeu a "mão estendida em conciliação" e jurou "fazer do Brasil uma democracia". Causou polêmica ao dizer
que iria "prender, matar e arrebentar" os opositores da abertura política, e ao dar a entender que gostava "mais
do cheiro dos cavalos do que do cheiro do povo".
No seu mandato, foram realizadas as primeiras eleições diretas para governador de estado, que haviam sido
interrompidas em 1965. Sua gestão ficou marcada por uma grave crise econômica que gerou altos índices
recessivos e inflacionários e pela dívida externa crescente. Figueiredo também enfrentou a segunda crise
internacional do petróleo.
A crise econômica reforçou os argumentos da oposição e gerou greves no ABC paulista. Essa situação ajudou a
deflagrar em 1984 a campanha pelas Diretas-Já - que mobilizou milhares de pessoas, nas maiores cidades do
País, em comícios pelo direito de eleger o presidente da República pelo voto popular.
Figueiredo implementou o programa de incentivo à agricultura, que tinha como slogan "plante que o João
garante".

TRABALHO – RESPONDER EM UMA FOLHA


DEVE COPIAR A PERGUNTA
1. Quem foi o presidente do Brasil durante o período de 1964 a 1967, no início da ditadura militar?
2. Qual foi uma das principais realizações do governo de Humberto Castello Branco?
3. Quais foram os dois principais partidos políticos permitidos durante o governo de Castello
Branco?
4. Qual foi o regulamento geral aprovado durante o governo de Castello Branco?
5. O que foi o SNI e quem foi responsável por sua criação?
6. Por que o governo de Castello Branco rompeu as relações diplomáticas com Cuba?
7. Quem sucedeu Humberto Castello Branco no cargo de presidente em 1967?
8. Qual foi o impacto do governo de Marechal Costa e Silva na política do Brasil?
9. O que foi o Ato Institucional nº 5 (AI-5) e quando foi decretado?
10. Como o governo de Costa e Silva é geralmente lembrado em termos políticos e sociais?
11. O que é conhecido como "Milagre Econômico" e quando ocorreu?
12. Quais foram as principais realizações econômicas do governo de Emílio Médici?
13. O que foi a "Linha Dura" do exército brasileiro e como se relaciona com o governo de Ernesto
Geisel?
14. Qual foi o slogan de Emílio Médici que descrevia o crescimento econômico do Brasil?
15. Quais foram as principais características do governo de João Baptista Figueiredo e como ele
contribuiu para o fim do regime militar no Brasil?

OBS. Em resumo, a ação de copiar a pergunta antes de responder é uma estratégia eficaz para
melhorar o entendimento, a clareza e a pertinência das respostas dos alunos, contribuindo para uma
aprendizagem mais significativa e uma comunicação mais eficaz. Além disso, ela promove a
conformidade com as normas e expectativas acadêmicas. - TOP

Você também pode gostar