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CONSTITUIÇÃO

ALUNOS (AS): EVANDRO GOMES; GLADSTON; JOSE RENATO;


LARISSA SARMENTO; LAUANY BARBOSA; MIRELLY MOURA E
YSLA CRUZ.

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO DO ESTUDO AO DIREITO.

PROFESSOR: FABIANO SANT’ANNA

TEMA: CONSTITUIÇÃO.
HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES

CONSTITUIÇÃO

|Conceito – “Conjunto de preceitos imperativos fixadores de deveres e direitos e distribuidores de


competência, que dão a estrutura social, ligando pessoas que se encontram em determinado
território” (Michel Temer).

As constituições nascem ou morrem a partir de momentos que marcam rupturas e necessidade de


uma nova ordem política, econômica ou social.

Ao longo da história, os textos constitucionais alternam momentos de maior ou menor equilíbrio


entre o poder estatal e os direitos fundamentais dos cidadãos, transitando por períodos
democráticos e autoritários.

O Brasil teve sete Constituições desde o Império – 1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988.
1824 – A Constituição Política do Império

De todas as constituições da história nacional, a


Constituição Política do Império do Brasil foi a que vigorou
por mais tempo – 65 anos, e nesse período sofreu apenas
uma emenda. Somente a constituição dos Estados Unidos
era mais antiga que a brasileira. Ela foi elaborada por um
Conselho de Estado e outorgada em 1824 por D. Pedro I.

O texto consolida, em seu artigo 1º, a independência do


Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822, formando
uma “nação livre e independente, que não admite com
qualquer outra laço algum de união, ou federação, que se
oponha à sua independência”. No artigo 10, a repartição de
poderes se faz em quatro – o Poder Legislativo, o Poder
Moderador, o Poder Executivo, e o Poder Judicial.
1891 – Constituição Republicana

Com o fim da monarquia é assinado em 15 de novembro de


1889 o decreto que institui o Governo Provisório da Nova
República – o documento pelo qual é proclamada a República. O
momento exigia a elaboração de uma nova carta constitucional
que estabelecesse a estrutura do Estado e os rumos a seguir e,
um ano após a proclamação da República, foi instalado o
Congresso Constituinte.

A primeira Constituição republicana do Brasil, com seus 91


artigos e outros oito nas Disposições Transitórias, foi então
promulgada em 24 de fevereiro de 1891, com modificações
profundas em relação à carta anterior.
1934 DEMOCRÁTICA E DE CURTA DURAÇÃO

A Constituição de 1934 reafirma em seu artigo 1º o


compromisso com a República e com o princípio
federativo da carta anterior. Para o ministro Celso de
Mello, a Constituição de 34 representou um “divisor de
águas na evolução do constitucionalismo brasileiro”.

O texto liberal é fruto de uma série de fatores internos e


externos que culminaram no esgotamento do modelo
anterior e já estabelece em seu artigo 2º que “todos os
poderes emanam do povo e em nome dele são
exercidos”.
1937 – Institui o Estado Novo com supressão de direitos e garantias

Inspirada nos regimes totalitários em ascensão na Europa


no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, a
Constituição de 1937 foi outorgada por Getúlio Vargas para
implantar e consolidar o chamado Estado Novo.

De caráter autoritário, o texto começa com uma exposição


de motivos feita por Getúlio Vargas para justificar as
medidas duras que viriam a ser elencadas em seus artigos e
parágrafos, para “assegurar à Nação a sua unidade, o
respeito à sua honra e à sua independência, e ao povo
brasileiro, sob um regime de paz política e social, as
condições necessárias à sua segurança, ao seu bem-estar e
à sua prosperidade”.
1946 – Retomada democrática

A Constituição de 1946 foi promulgada pelo Congresso


Nacional durante o governo de Eurico Gaspar Dutra. Ela tem
o caráter democrático que a anterior não tinha, retomando os
preceitos da Carta liberal de 1934.

Passam a ser restabelecidos os direitos individuais, a


independência dos Poderes da República e a harmonia entre
eles, a autonomia dos estados e municípios, a pluralidade
partidária, direitos trabalhistas como o direito de greve e a
instituição de eleição direta para presidente da República,
com mandato de cinco anos.
1967 – Consolidação do Regime Militar

Após a instalação do Regime Militar em 1964 foi


mantido o funcionamento do Congresso Nacional,
contudo seus poderes e prerrogativas eram
controlados “em nome da segurança nacional”.
Apesar de ter sido promulgada pelo Congresso
Nacional, como foram outras cartas com caráter
democrático, a Constituição de 1967 consolidou o
Regime Militar no Brasil, tendo como marca o
autoritarismo e a reversão dos princípios
democráticos preconizados na Carta de 1946.

Houve a concentração de poderes na União, com um


Poder Executivo Federal mais forte, e supressão de
garantias políticas, com a adoção da eleição indireta
para presidente da República, por meio de Colégio
Eleitoral.
1988 – Constituição Cidadã

A partir do governo do general Ernesto Geisel, com a


aprovação da Lei da Anistia para os exilados políticos,
o processo de abertura política tornara-se irreversível,
sendo fortalecido durante o governo do general João
Figueiredo, com a convocação de eleições via Colégio
Eleitoral, após a rejeição da emenda constitucional
que procurava restabelecer eleições diretas no Brasil.

Promulgada em 5 de outubro de 1988 pela


Assembleia Nacional Constituinte eleita em 1987, a
nova Constituição veio consolidar a transição do
Regime Militar para a Nova República, após 20 anos
de repressão e direitos individuais tolhidos em nome
do interesse do Estado.

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