Você está na página 1de 45

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTANCIA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE FOMENTO E INDUÇÃO DA INOVAÇÃO DA FORMAÇÃO INICIAL
CONTINUADA DE PROFESSORES E DIRETORES ESCOLARES-PRIL
COORDENAÇÃO DO CURSO DE QUIMICA – PRIL/CEAD/ UFPI
DISCIPLINA:LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
SEQUENCIA DIDÁTICA 02

A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES


BRASILEIRAS

Profa. Dra. MARIA DO CARMO DE S. BATISTA


CCE- Departo. de Fundamentos da Educação DEFE
mcbatista@ufpi.edu.br

MARÇO/2023
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

As constituições nascem e são extintas a partir de momentos que marcam


rupturas e necessidade de uma nova ordem política, econômica ou social. Foi
assim na história do Brasil desde a formação de sua primeira Carta
Constitucional em 1824, a primeira do BR, até a Constituição Cidadã, de
1988, em vigor.

Ao longo da história, os textos constitucionais alternavam momentos de maior


ou menor equilíbrio entre o poder estatal e os direitos fundamentais dos
cidadãos, transitando por períodos democráticos e autoritários.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras

 Numero  Data  Período


 Primeira  1824  Imperial
 Segunda  1891  Primeira Rpública
 Terceira  1934  Segunda República
 Quarta  1937  Estado Novo
 Quinta  1946  Retomada democrática
 Sexta  1967  Regime militar
 Sétima  1988  Atual (Constituição Promulgadas – as demais
Cidadã)
Promulgadas (P) – elaboradas por um órgão constituinte composto por representantes
eleitos pelo povo.
Outorgadas (O) – impostas pelo governante sem discussão e/ou votação.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras

1824 – A Constituição Política do Império

De todas, foi a que vigorou por mais tempo – 65


anos, e nesse período sofreu apenas uma emenda.

Foi elaborada por um Conselho de Estado e


outorgada em 1824 por D. Pedro I.

Consolida, em seu artigo 1º, a independência do


Brasil, proclamada em 07.set.1822, formando uma
“nação livre e independente, que não admite com
qualquer outra laço algum de união, ou federação, que
se oponha à sua independência”.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras

(1ª) 1824 – A Constituição Política do Império

No artigo 10, a repartição de poderes -quatro – o


Poder Legislativo, o Moderador, o Executivo, e o
Judicial.

O imperador como chefe supremo da nação, acima


de todos os outros, e lhe confere um caráter
inviolável, sagrado e isento de qualquer
responsabilidade.

Pelo dispositivo, o Imperador tem poderes


https://
ilimitados para nomear senadores, convocar ou www2.senado.leg.br/bdsf/
prorrogar assembleia geral, dissolver a Câmara dos bitstream/handle/id/
Deputados e suspender magistrados. 137569/
Constituicoes_Brasileiras_v1
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(1ª) 1824 – A Constituição Política do Império
EDUCAÇÃO:
À época - o entendimento: de que a educação era
de responsabilidade da família e da Igreja.

Inspirada nos ideais da revolução francesa: ideias


de igualdade, liberdade e fraternidade.

Contraste: garantia a liberdade e mantinha a


escravidão, estabelecia a unicidade religiosa e garantia
o culto a todas as religiões.

O direito à educação expresso no artigo 179 –


“XXXII. [garante] A instrução primária e gratuita a
todos os cidadãos” (BRASIL, 1824).
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
A instauração da primeira Constituição Brasileira, outorgada em 1824,
estabeleceu alguns pontos, como:

Poder O catolicismo
Executivo, foi adotado
Legislativo, como a religião
Judiciário e oficial do
Moderador. Estado.

1ª Constituição
Brasileira
As mulheres 1824
não tinham
direito ao Eleições
voto. censitárias.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras

(2ª) 1891 – Primeira constituição Republicana

Em 15.nov.1889 foi assinado o decreto que institui


o Governo Provisório da Nova República –documento
pelo qual é proclamada a República.

O momento exigia uma nova constituição que


estabelecesse a estrutura do Estado e os novos rumos.

Com 91 artigos mais oito nas Disposições


Transitórias, foi promulgada em 24.02.1891, com
modificações profundas em relação à carta anterior.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(2ª) 1891 – Primeira constituição Republicana

A Constituição - caráter mais democrático, foi promulgada


pelo Congresso e instituiu o federalismo, “por união
perpétua e indissolúvel das suas antigas províncias, em
Estados Unidos do Brasil”.

Foi criada a República presidencialista com federalismo,


preservando a autonomia dos estados e destinando uma área
de 14.400 km² a ser demarcada no Planalto Central, para
nela estabelecer-se a futura capital federal.

Garantiu a eleição direta, por maioria absoluta de votos não


secretos, para presidente e vice-presidente da República -
brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade, no
exercício dos direitos políticos.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(2ª) 1891 – Primeira constituição Republicana

Foi inspirada no modelo norte-


americano – presidencialista com federalismo
– que se opunha ao modelo da carta anterior
da monarquia constitucionalista.

Estabelece a separação e
independência entre os Poderes, extingue o
Poder Moderador e preconiza a laicidade do
Estado. Institui o habeas corpus como
garantia do direito de locomoção.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(2ª) 1891 – Primeira constituição Republicana
EDUCAÇÃO:

Art. 35. Incumbe, outrossim, ao Congresso,


mas não privativamente:

[...] 3º criar instituições de ensino superior


e secundário nos Estados;

4º prover a instrução secundária no Distrito


Federal (BRASIL, 1891).
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(3ª) 1934 – Democrática (curta duração)

A Constituição de 1934 reafirma (art.1º) o


compromisso com a República e com o princípio
federativo da carta anterior.

É considerada um “divisor de águas na evolução do


constitucionalismo brasileiro”.

O texto liberal é fruto de uma série de fatores


internos e externos que culminaram no esgotamento do
modelo anterior e já estabelece em seu artigo 2º que
“todos os poderes emanam do povo e em nome dele são
exercidos”.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(3ª) 1934 – Democrática (curta duração)

Após a Revolução de 1930 era necessária uma nova


Carta Magna, uma vez que o então presidente, Getúlio
Vargas, governava de forma autocrata, por meio da
edição de decretos.

Contra essa concentração de poder surgiu a


Revolução Constitucionalista de 1932, ocorrida em São
Paulo, que levou à elaboração da Constituição de 1934.

Avanços: na legislação eleitoral e trabalhista – com


a conquista do voto obrigatório e secreto e do direito
de voto às mulheres.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(3ª) 1934 – Democrática (curta duração)

Marca a criação da Justiça Eleitoral e do Trabalho.


O texto traz ainda uma nova estruturação do
Estado, com as prerrogativas privativas da União
frente aos governos estaduais, e uma nova organização
da Justiça no país.

Além disso instituiu o Ministério Público, o Tribunal


de Contas, o mandado de segurança e a ação popular.

Apesar dos avanços propostos na Carta de 1934,


ela durou apenas 3 anos, e foi revogada para a
entrada em vigor da Constituição de 1937, criada para
consolidar o Estado Novo e a ditadura da Era Vargas.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(3ª) 1934 – Democrática (curta duração)
EDUCAÇÃO:
Institui o ensino leigo ministrado nos estabelecimentos
públicos. Adotando o modelo federal, preocupou-se em
discriminar a competência legislativa da União e dos
Estados em matéria educacional.

Coube à União legislar sobre o ensino superior enquanto


aos Estados competia legislar sobre ensino secundário e
primário, embora tanto a União quanto os Estados
pudessem criar e manter instituições de ensino superior e
secundário.

Rompendo com a adoção de uma religião oficial,


determinou a laiscização do ensino público.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(4ª) 1937 – Estado Novo

 Foi outorgada por Getúlio Vargas para implantar e consolidar


o Estado Novo, de caráter autoritário. O texto começa com uma
exposição de motivos feita por Getúlio Vargas para justificar as
medidas duras que viriam a ser elencadas em seus artigos e
parágrafos, para “assegurar à Nação a sua unidade, o respeito à
sua honra e à sua independência, e ao povo brasileiro, sob um
regime de paz política e social, as condições necessárias à sua
segurança, ao seu bem-estar e à sua prosperidade”.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(4ª) 1937 – Estado Novo
A Constituição de 1937 -mudanças:

Extinção da Justiça Eleitoral e dos partidos políticos;

Os meios de comunicação precisavam publicar e emitir


notificações que dissessem respeito ao governo;

Censura nos meios de comunicação e foi instituída de forma


prévia;

Proibição do direito à greve- sem participação popular;

Previsão de pena de morte para crimes políticos;

Proibição de eleições -só Getúlio Vargas podia nomear.


A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(4ª) 1937 – Estado Novo
Foi inspirada nos regimes totalitários em ascensão na Europa
(período pré-2ª.Guerra Mundial), esta Constituição -outorgada por
Vargas- para implantar e consolidar o chamado Estado Novo.

O texto, de caráter autoritário, inicia com uma exposição de


motivos feita por G.Vargas para justificar as medidas duras que
viriam a ser instituídas, para “assegurar à Nação a sua unidade, o
respeito à sua honra e à sua independência, e ao povo brasileiro,
sob um regime de paz política e social, as condições necessárias à
sua segurança, ao seu bem-estar e à sua prosperidade”.

Assim, a Carta de 37 instituiu a pena de morte, suprime


liberdades individuais e os partidos políticos e concentra poderes
no chefe do Executivo, acabando com a independência dos demais
poderes da República.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(4ª) 1937 – Estado Novo

Além disso, restringiu a atuação e as prerrogativas do


Congresso Nacional, permitindo a perseguição política aos
opositores do governo e estabelecendo a eleição indireta com
mandato fixo de seis anos para presidente da República.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a decadência dos


regimes totalitários que inspiraram o Estado Novo, havia uma
insatisfação gerada pela grande concentração de poder nas mãos
do chefe do Poder Executivo e, esses fatos, levaram à queda do
regime de Vargas.

Assumiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),


ministro José Linhares, para a convocação de eleições e de uma
Assembleia Constituinte para a elaboração de uma nova ordem
constitucional.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(4ª) 1937 – Estado Novo
EDUCAÇÃO:

O texto constitucional de 1937 vincula a educação a


valores cívicos e econômicos.

A partir desse Diploma, a educação é facultada à livre


iniciativa.

Sem muita inovações na área, fortalece a centralização


dos sistemas educacionais e as competências para
legislar sobre a matéria.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(5ª) 1946 -Retomada democrática

Foi promulgada pelo Congresso Nacional durante o


governo de Eurico Gaspar Dutra.

Teve caráter democrático, retomando os preceitos da


Carta liberal de 1934.

Passam a ser restabelecidos os direitos individuais, a


independência dos Poderes da República e a harmonia
entre eles, a autonomia dos estados e municípios, a
pluralidade partidária, direitos trabalhistas como o
direito de greve e a instituição de eleição direta para
presidente da República, com mandato de cinco anos.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(5ª) 1946 -Retomada democrática

Foi promulgada pelo Congresso Nacional durante o


governo de Eurico Gaspar Dutra.

Teve caráter democrático, retomando os preceitos da


Carta liberal de 1934. Passam a ser restabelecidos os
direitos individuais, a independência dos Poderes da
República e a harmonia entre eles, a autonomia dos
estados e municípios, a pluralidade partidária, direitos
trabalhistas como o direito de greve e a instituição de
eleição direta para presidente da República, com
mandato de cinco anos.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(5ª) 1946 -Retomada democrática

A pena de morte foi extinta, garante a liberdade de


expressão, o direito de propriedade, a inviolabilidade
das correspondências, entre outros.

Instituição do regime parlamentarista, por meio do


chamado Ato Adicional, de 2 de setembro de 1961, após
a renúncia do então Presidente Jânio Quadros. Mas tal
emenda previa a realização de um plebiscito, que foi
realizado em janeiro de 1963, no qual a população
decidiu pela restauração do regime presidencialista.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(5ª) 1946 -Retomada democrática

Embora democrática, a Constituição de 1946, com


seus 218 artigos traz na sua primeira parte toda a
estruturação do Estado e somente a partir do artigo
129 começa a tratar da declaração de direitos e da
cidadania e das garantias individuais.

Impede qualquer reforma constitucional na vigência


de estado de sítio e a deliberação de projetos tendentes
a abolir a Federação ou a República.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(5ª) 1946 -Retomada democrática
EDUCAÇÃO:

Voltou a ser definida como um direito de todos


prevalecendo a ideia de educação pública.

Define princípios norteadores do ensino obrigatório e


gratuito e a previsão de criação de institutos de
pesquisa.

A vinculação de recursos para a pasta é restabelecida.


A competência legislativa da União circunscreve-se às
diretrizes e bases da educação nacional.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(6ª) 1967 -
Apesar de ter sido promulgada pelo Congresso Nacional,
a Constituição de 1967 consolidou o Regime Militar no
Brasil, tendo como marca o autoritarismo e a reversão dos
princípios democráticos preconizados na Carta de 1946.

Houve a concentração de poderes na União, com um


Poder Executivo Federal mais forte, e supressão de
garantias políticas, com a adoção da eleição indireta para
presidente da República, por meio de Colégio Eleitoral.

O texto foi diversas vezes emendado, por meio de atos


institucionais e atos complementares decretados entre
1964 e 1969.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(6ª) 1967 -
O mais conhecido deles foi o Ato Institucional nº 5, de 13
de dezembro de 1968, que levou ao fechamento do Congresso
Nacional, à supressão de direitos e garantias do cidadão, à
proibição de reuniões, à imposição da censura aos meios de
comunicação e expressões artísticas, à suspensão do habeas
corpus para os chamados crimes políticos, à autorização para
intervenção federal em estados e municípios e decretação de
estado de sítio.

Considerada por alguns historiadores como “a Constituição de 1969”, a Emenda


Constitucional nº 1, de 1969, foi, “nada mais que uma Carta imposta
autoritariamente por um triunvirato militar, na ausência do presidente da
República, que havia falecido – o presidente Costa e Silva”.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras

(6ª) 1967 -

Na concepção do decano do STF, essa emenda


constitucional “é uma Carta Constitucional envergonhada de si
própria”, imposta de maneira não democrática e
representando a expressão da vontade autoritária dos
curadores do regime”.

A história oficial, entretanto, reconhece apenas sete as


constituições brasileiras, de forma que a Emenda
Constitucional 1/1969 é considerada apenas uma
reinterpretação do texto de 1967, decretada pela Junta
Militar que governava o País, após a morte de Costa e Silva.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(6ª) 1967 -
EDUCAÇÃO
Mantém a estrutura organizacional da educação nacional,
preservando os sistemas de ensino dos Estados.

Retrocessos:
-fortalecimento do ensino particular, incluindo previsão de
substituição do ensino oficial gratuito por bolsas de estudo;
-necessidade de bom desempenho para garantia da
gratuidade do ensino médio e superior aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
-limitação da liberdade acadêmica pela fobia subversiva;
-diminuição do % de receitas vinculadas para a manutenção
e desenvolvimento do ensino (limitadas somente aos
municípios após a Emenda Constitucional de 1969).
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(7ª) 1988 –Constituição Cidadã
A partir do governo do general Ernesto Geisel, com a
aprovação da Lei da Anistia para os exilados
políticos, o processo de abertura política tornara-se
irreversível, sendo fortalecido durante o governo do
general João Figueiredo, com a convocação de
eleições via Colégio Eleitoral, após a rejeição da
emenda constitucional que procurava restabelecer
eleições diretas no Brasil.

Promulgada em 5.out.1988 pela Assembleia Nacional


Constituinte eleita em 1987, a nova Constituição veio
consolidar a transição do Regime Militar para a Nova
República, após 20 anos de repressão e direitos
individuais tolhidos em nome do interesse do Estado.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(7ª) 1988 –Constituição Cidadã
A nova Constituição é considerada uma das mais
modernas, complexas e extensas do mundo – são 250
artigos, 99 emendas constitucionais e outras seis emendas
de revisão promulgadas em 1993.

O texto elenca direitos individuais e coletivos e


consagra a proteção ao meio ambiente, à família, aos
direitos humanos, à cultura, educação, saúde e, de forma
inédita na legislação brasileira, traz um capítulo especial
dedicado à ciência e à tecnologia.

E impede a aprovação de emenda constitucional


tendente a abolir as chamadas cláusulas pétreas – regime
federativo, separação de Poderes, direitos e garantias
individuais e voto direto, secreto e universal e periódico.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(7ª) 1988 –Constituição Cidadã

Ela permite o exercício direto da cidadania


também por meio de projetos de lei de iniciativa
popular e consagra os princípios de garantia dos
direitos adquiridos, dos atos jurídicos perfeitos e da
coisa julgada.

Assim, considerada muito analítica por uns ou


ainda inacabada por outros, a Constituição Federal de
1988 chega aos seus 30 anos tendo por guardião o
Supremo Tribunal Federal – função por ela mesma
estabelecida em seu artigo 102.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
O CONTEXTO DA CF/1988

A Assembleia Nacional
Constituinte de 1987-1988
propiciou uma oportunidade inédita
de participação política ao povo
brasileiro. Em nenhuma das
constituições brasileiras anteriores
houve a participação do povo como
na elaboração da Carta Magna.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
(7ª) 1988 –Constituição Cidadã

Igualdade
Educação

Direito
à vida Liberdade
Constituição de 1988
Ampliação das liberdades e
dos direitos individuais.
Propriedade
Saúde
Direito
de culto
 Voto
direto
secreto Segurança
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
(7ª) 1988 –Constituição Cidadã
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Constituições brasileiras
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
R E S U M O
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Casa Civil. A Constituição Federal de 1988. Atualizada. Disponível em
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 08.dez.2022
   
BRASIL. Casa Civil. Emenda Constitucional 59/2009. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_ 03/constituicao/emendas/emc/emc59.htm.> Acesso em
08.dez.2022.

BRASIL. Casa Civil. Emenda Constitucional 85/2015 Altera e adiciona dispositivos na Constituição
Federal para atualizar o tratamento das atividades de ciência, tecnologia e inovação. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc85.htm Acesso em 08.dez.2022.

BRASIL. Casa Cvil. Emenda Constitucional 108/2020. Altera a CF de 1988 para dispor sobre o
FUNDEB. Disponível em:https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc108.htm.
Acesso em 08.dez.2022

GONÇALVES, Nádia Gaiofatto. Constitição Histórica da Educação no Brasil. Curitiba: intersaberes,


2013.

MORAES, Raimunda Da Silva. OLIVEIRA, Ginarajadaça Ferreira dos Santos. Aspectos da evolução
das reformas educacionais no brasil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano
04, Ed. 04, Vol. 02, pp. 13-24. Abril de 2019.
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
REFERÊNCIAS

MORI, Rafael. O debate da igualdade. Direito à Educação. 2020. Disponível em:


https://blogdorafaelmori.wordpress.com/2020/10/08/3-o-debate-da-igualdade-direito-a-educacao/.
   

OLIVEIRA, R. P. O direito à educação; In: PORTELA, R. P.; ADRIÃO, T. (Org.). Gestão, financiamento e
direito à educação: análise da Constituição Federal e da LDB. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Xamã, 2007. p.
15-41.

SAVIANI, D. O direito à educação. In: ______. O lunar de Sepé: paixão, dilemas e perspectivas da
educação. Campinas: Autores Associados, 2014. p. 75-84. (Coleção educação contemporânea).

Você também pode gostar