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ALUNO: EDUARDO FERREIRA ALVES

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE


GOIÁS

Curso Superior de Licenciatura em Química


DISCIPLINA: História da Educação
PROFESSOR: Alan Ricardo Duarte Pereira

NOME:

RELATÓRIO PARCIAL (máximo 3 páginas)


Valor: 5,0 pontos

A partir dos textos, materiais de apoio e artigos estudados até agora, elabore um QUADRO
DESCRITIVO/EXPLICATIVO mencionando: o processo de elitismo e exclusão e a educação nas
constituições brasileiras.

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ALUNO: EDUARDO FERREIRA ALVES

DATA ACONTECIMENTOS

Primeira assembleia constituinte do Brasil, somente uma


minoria participava das decisões políticas, mulheres,
escravos, analfabetos e aqueles que não tinham renda
suficiente eram excluídos. Com a proclamação da
Independência e fundação do Império do Brasil, em 1822,
inicia-se uma fase de debates e projetos que visavam a estruturação de uma
1824 educação nacional. A primeira Carta Magna brasileira traz apenas dois parágrafos de
um único artigo sobre a matéria. Ao tratar da inviolabilidade dos direitos civis e
políticos dos cidadãos brasileiros, estabelece que a instrução primária é gratuita a
todos os cidadãos. A segunda referência diz respeito aos Colégios e universidades,
onde serão ensinados os elementos das ciências, belas letras e artes. A presença
desses dois únicos dispositivos sobre o tema no texto de 1824 é um indicador da
pequena preocupação suscitada pela matéria educativa naquele momento político.

A primeira constituição republicana do Brasil em fevereiro


de 1891. As principais inovações são a introdução do
sistema federativo de estado e a extinção do poder
moderador que restaura a independência plena entre os
três poderes. Foi abolido o voto censitário, mas manteve-
se a proibição de voto às mulheres, analfabetos e os indigentes. O estado separou-
se da igreja e foi criado o recurso do habeas corpus. A Constituição de 1891
1891 apresenta maior número de dispositivos sobre educação que o texto de 1824, mas
ainda não chega a ser pródiga. Mesmo assim, sua importância é significativa para a
educação, explicitando alguns temas que irão estar presentes ao longo da história. A
nova Carta Magna define como atribuição do Congresso Nacional "legislar sobre [...]
o ensino superior e os demais serviços que na capital forem reservados para o
Governo da União" (art. 34, inciso 30); suas responsabilidades limitam-se à esfera da
União. Tem ainda a incumbência de "não privativamente: animar, no País, o
desenvolvimento das letras, artes, e ciências [...] sem privilégios que tolham a ação
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dos governos locais, criar instituições de ensino superior e secundário nos Estados e
prover à instrução primária e secundária no Distrito Federal" (art. 35, incisos 2º, 3º e
4º). Aqui é importante assinalar que o texto de 1891 afirma uma tendência que vai
se manter constante na história da política educacional. A "dualidade dos sistemas",
traduzida na configuração de um sistema federal integrado pelo ensino secundário e
superior, ao lado de sistemas estaduais, com escolas de todos os tipos e graus,
estimularia a reprodução de um sistema escolar organizado em moldes tradicionais
e de base livresca. Não há ainda no País uma mentalidade de pesquisa, embora se
possa dizer que a Reforma Benjamin Constant evidencie uma preocupação mais
ostensiva com a formação científica.

É promulgada a constituição que finalmente dá direito de


voto às mulheres, o voto passa a ser obrigatório e secreto
para todos os cidadãos maiores de 18 anos. Porém os
analfabetos continuam de fora. Os estados perdem poder
para o governo central e é criada a justiça eleitoral,
começa a se estruturar a justiça do trabalho, são asseguradas as conquistas sociais
com destaque para ampliação da previdência social. A Carta de 1934 é a primeira a
dedicar espaço significativo à educação, com 17 artigos, 11 dos quais em capítulo
específico sobre o tema. Em linhas gerais, mantém a estrutura anterior do sistema
1934
educacional, cabendo à União "traçar as diretrizes da educação nacional" (art. 5º,
XIX), "fixar o plano nacional de educação, compreensivo do ensino de todos os graus
e ramos, comuns e especializados, organizar e manter" os sistemas educativos dos
Territórios e manter o ensino secundário e superior. Importante matéria do texto é o
financiamento da educação. Pela primeira vez são definidas vinculações de receitas
para a educação, cabendo à União e aos municípios aplicar nunca menos de dez por
cento e os Estados e o Distrito Federal nunca menos de vinte por cento, da renda
resultante dos impostos na manutenção e no desenvolvimento do sistema
educativo.

É imposta à constituição do estado novo, a nova carta


magna suspende vários direitos e garantias individuais,
1937 institui a pena de morte e suprime as liberdades políticas
e de imprensa, muitos opositores do novo regime são
presos ou são exilados. O dever do Estado para com a
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educação é colocado em segundo plano, sendo-lhe atribuída uma função
compensatória na oferta escolar destinada à infância e à juventude, a que faltarem
os recursos necessários à educação em instituições particulares. É clara a
concepção da educação pública como aquela destinada aos que não puderem arcar
com os custos do ensino privado. O velho preconceito contra o ensino público
presente desde as origens de nossa história permanece arraigado no pensamento
do legislador estado-novista. Sendo o ensino vocacional e profissional a prioridade,
é flagrante a omissão com relação às demais modalidades de ensino. A concepção
da política educacional no Estado Novo estará inteiramente orientada para o ensino
profissional, para onde serão dirigidas as reformas encaminhadas por Gustavo
Capanema.

Mais uma assembleia constituinte é convocada para a


elaboração de uma nova constituição para substituir a
carta de 1937. São restabelecidos os direitos e liberdades
públicas e individuais. Acaba a censura prévia e é extinta a
pena de morte, a nova constituição restaura a
independência e o equilíbrio entre os três poderes. A Carta Magna de 1946 retoma
o espírito da Constituição de 1934, apresentando algumas novidades. É estabelecida
a competência da União para legislar sobre as diretrizes e bases da educação
nacional. O texto de 1946 faz ressurgir o tema da educação como direito de todos.
1946 Não há, entretanto, um vínculo direto entre esse direito e o dever do Estado em um
mesmo artigo, como ocorrera no texto de 1934. O ensino religioso, fonte adicional
para uma compreensão dos embates entre católicos e liberais, assegura seu espaço
no texto, através da orientação de que o ensino religioso constitui disciplina dos
horários das escolas oficiais, e é de matrícula facultativa e será ministrado de acordo
com a confissão religiosa do aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou pelo seu
representante legal ou responsável. A novidade da vinculação de recursos para a
educação, estabelecendo que a União deva aplicar nunca menos de 10% e Estados,
Municípios e Distrito Federal, nunca menos de 20% das receitas resultantes de
impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino.
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Teve início com o golpe de 1964 em que conservadores
derrubaram Jango apoiados pelos EUA (Operação Brother
Sam). Reunia as medidas ditatoriais dos atos institucionais
os quais garantiam o autoritarismo através de princípios
democráticos como: concessão de amplos poderes às
forças armadas: poder de suspender direitos políticos, suspensão do Habeas corpus,
fim dos partidos políticos, poder de cassar mandatos legislativos. São acrescidas
atribuições relativas aos planos nacionais de educação (art. 8°, XIV). Orientações e
princípios de Cartas anteriores são reeditados, tais como: o ensino primário em
língua nacional (Constituição de 1946, art. 168, I, e Constituição de 1967, art. 176, §
3°, I), a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário (Constituição de 1946,
1967
art. 168, I e II, e Constituição de 1967, art. 176, § 3°, II), o ensino religioso, de
matrícula facultativa como "disciplina dos horários normais das escolas oficiais de
grau primário e médio (Constituição de 1946, art. 168, § 5º, e Constituição de 1967,
art. 176, § 3°, V). À noção de educação como "direito de todos", já presente no texto
de 1946 (art. 166), a Constituição de 1967 acrescenta "o dever do Estado" (art. 176).
vale registrar o flagrante retrocesso representado pela desvinculação dos recursos
para a educação. Enquanto pela Constituição de 1946, a União estaria obrigada a
aplicar "nunca menos de dez por cento, e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios nunca menos de vinte por cento da renda resultante dos impostos na
manutenção e desenvolvimento do ensino" (art. 169), na Carta de 1967 tal
obrigação desaparece.

A constituição cidadã é a que permanece em vigor até


hoje. Ela promove profundas alterações econômicas e
sociais no país, a saúde, educação e o meio ambiente são
definidos direito de todos e dever do estado. Novos
direitos trabalhistas são reconhecidos, como a redução da
1988 jornada semanal de trabalho de 48 para 44 horas, o
seguro desemprego e as férias remuneradas acrescidas de um terço do salário e o
direito de voto é estendido aos analfabetos e aos jovens de 16 a 17 anos. A
constituição de 1988, inova com a introdução de uma série de benefícios sociais,
como a extensão da licença-maternidade e a criação de uma licença paternidade. A
Carta trata da educação em seus diferentes níveis e modalidades, abordando os
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mais diversos conteúdos. Em sintonia com o momento de abertura política, o
espírito do texto é o de uma "Constituição Cidadã" que propõe a incorporação de
sujeitos historicamente excluídos do direito à educação, expressa no princípio da
"igualdade de condições para o acesso e permanência na escola" (art. 206, I). Outras
conquistas asseguradas são: a educação como direito público subjetivo (art. 208, §
1º), o princípio da gestão democrática do ensino público (art. 206, VI), o dever do
Estado em prover creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade (art. 208,
IV), a oferta de ensino noturno regular (art. 208, VI), o ensino fundamental
obrigatório e gratuito, inclusive aos que a ele não tiveram acesso em idade própria
(art. 208, I), o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências
(art. 208, III). Esta é a primeira Carta Magna a tratar da autonomia universitária,
estabelecendo que "as universidades gozam de autonomia didático-científica,
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão" (art. 207). Além de muitos
outros benefícios a educação, essa constituição foi em si umas das melhores já
elaboradas, pois ela trouxe oque nem uma outra trazia por completo: Educação,
direitos, programa sociais e muito mais.

TODAS FONTES UTILIZADAS, FORAM AS DISPONIBILIZADAS PELO


PROFESSOR NO MOODLE.

FONTE UTILIZADAS:

VIEIRA, Sofia. Lerche. A educação nas


constituições brasileiras: texto e contexto. RBEP,
Brasília, v. 88, n. 219, p. 291-309, mai./ago.
2007.Arquivo

Vídeo: História das Constituições do


BrasilPágina

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