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A primeira Carta Magna brasileira traz apenas dois parágrafos em um único artigo sobre a educação
primária. O primeiro estabelece que “A instrução primária é gratuita a todos os cidadãos” (Art. 179,
§ 32). O segundo diz respeito aos “Colégios e universidades, onde serão ensinados os elementos
das ciências, belas letras e artes” (Art. 179, § 33).
Como se vê, a educação não era assunto de muita relevância naquele momento político, e, muito
embora o Brasil tenha sido um dos primeiros países a inscrever em sua legislação a gratuidade da
educação, essa não foi efetivada na prática.
O momento de maior destaque para a educação no período vem na lei de 15 de Outubro e 1827
que trata da primeira Lei Geral relativa ao Ensino Elementar. A Lei tratou dos mais diversos
assuntos como descentralização do ensino, remuneração dos professores e mestras, ensino mútuo,
currículo mínimo, admissão de professores e escolas das meninas. Sua primeira contribuição foi a
de determinar no seu artigo 1° que as escolas de Primeiras Letras ensinassem aos meninos a
leitura, a escrita, as quatro operações de cálculos e noções básicas de geometria. E para as
meninas aprenderiam as noções de economia doméstica, como cozinhar, bordar.
A Constituição de 1967 foi concebida num cenário em que a supressão das liberdades políticas
ainda não atingira seu estágio mais agudo. Assim, no caso da educação, os dispositivos não
chegam a traduzir uma ruptura com conteúdos de constituições anteriores. Antes expressam a
presença de interesses políticos já manifestos em outras Cartas, sobretudo àqueles ligados ao
ensino particular. A "liberdade de ensino", tema chave do conflito entre o público e o privado desde
meados dos anos cinquenta, é visível no texto produzido na ditadura militar.
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