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Pedro: Sério Marcos? Eu que sou formado e tenho pós graduação em ensino
de química, você acha que eu erraria algo assim?
- Segundo, quem você acha que é para querer me corrigir no meio da sala? Você
tem alguma formação acadêmica?
Pedro: Nunca vi isso, aluno querer corrigir professor, eu estou aqui porque eu
estudei, sou formado, tenho mais conhecimentos que vocês.
Marcos tinha lido o livro de Paulo Freire semanas antes, até que se lembra de
uma parte do livro sobre o qual Paulo diz sobre educação bancaria, e então
decide refutar o professor.
- Eu apenas queria corrigi-lo, pois estamos aqui não para senhor “transferir”
conhecimento para nós, e sim para que nós possamos compartilhar experiências
para a fim de que todos nós possamos construir uma bagagem juntos.
Então Pedro retorna à sala de aula, após refletir durante a sua saída.
- Eu disse que Paulo Freire era comunista, pois vejo alguns canais no youtube
que dizem sobre isso, porém essa opinião é deles e não a minha, eu apenas
estava só transmitindo oque escutei.
- Até por que nunca pesquisei sobre. Uma leve risada, sem esboçar som.
- Gostei muito que o senhor conseguiu repensar na sua atitude e ver que estava
errado. É sempre importante possuirmos a autocrítica.
Pedro: Então turma, a partir de hoje mudarei meu método de ensino, antes que
era um ensino autoritário, onde eu achava que eu era o detentor do saber e que
devia apenas “transmitir” o conhecimento para vocês.
- Agora irei trazer para nossas aulas uma educação dialógica e libertadora, onde
o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é
educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa.
Marcos: Professor, estou muito feliz que o senhor apenas não leu e sim está
aplicando em seu dia-a-dia.
- Fora que o livro traz tanto conhecimento, para nós como individuo em uma
sociedade opressora.
A turma inteira ficou entusiasmada com o livro, todos queriam ler também.
FIM