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RECEITAS?

NÃO,
POSSIBILIDADES...

ADRIANO EDO NEUENFELDT

1ª Edição
SANTA MARIA – RS
2009
BIOGRAFIA DO AUTOR

Adriano Edo Neuenfeldt é formado em Matemática (Licenciatura


Plena) e bacharel em Desenho e Plástica, ambos pela UFSM.
Também é Mestre em Educação e desenvolve oficinas pedagógicas
trabalhando prioritariamente com Literatura Infantil e Ensino de
Matemática. Atuou durante dois períodos como professor substituto
na UFSM e como professor da rede pública de ensino. Atualmente
é professor de Matemática do Ensino à Distância – Curso de
Pedagogia – UAB.

Contato: nea2007@bol.com.br

Agradecimento:

A minha esposa...
RECEITAS? NÃO,
POSSIBILIDADES...

Introdução

Há algum tempo tenho observado e acompanhado, como professor,


alunos em sala de aula. E a constatação sempre é a mesma: a matemática é
“uma pedra”, e enorme, nos caminhos desses alunos. Contudo, observei que
ela não é apenas uma pedra no caminho para os alunos, mas para professores
também...
O livro continua sendo o melhor amigo do professor, e nada contra o
livro, seguramente se ele não existisse, seria criado, quem o coloca onde ele
deve estar, com a sua importância, somos nós mesmos, então, provamos do
“remédio” que nós mesmos criamos. Remédio por que achamos que através
dele podemos resolver todos os problemas. Mas há muito mais por detrás disto,
ele nos dá segurança, primeiro por que não fomos nós que escrevemos, então
se supõe que seja alguém importante, impassível de estar errado; segundo, é
mais fácil segui-lo, a ordem já está pronta, quem criou esta ordem? Para que
perguntar...Terceiro, quadro e folhas cansam, é mais fácil, de novo, preenchê-
lo ou transcrevê-lo para o caderno, nossos alunos (não sei quem um dia disse
que são “nossos”...) são ótimos copistas (e nós, professores, ótimos
repassadores) . Copiam até os erros dos livros. Na verdade não sabemos usar
o livro apenas copiá-lo, reproduzi-lo, e ensinamos isso aos alunos. Poderia
comentar mais n razões do uso do livro, mas vou resumir numa que acho
fundamental, ligados diretamente na função de professor, na de professor de
matemática ainda mais: poder.
Qual é área que possui mais horas/aula? Quem enche o peito para dizer
que fez “Curso, faculdade de Matemática”? De quem os alunos têm mais medo?
Maiores índices de recuperação e reprovação? Isto não é PODER? Perguntem
aos professores de matemática se cederiam suas aulas, ou de forma igualitária,
ficariam com o mesmo número de horas/aula que os professores de outras
áreas. Difícil.
Outra verdade, não sabemos matemática, fingimos que sabemos, e para
isso fazemos uso do livro, do poder...Usamos frases do tipo “É assim e pronto!”,
“Vou cobrar em prova!” e assim por diante....Aprendemos enquanto alunos
desta forma e, embora criticássemos essa forma de ensinar, a perpetuamos. Já
cheguei a encontrar o mesmo caderno amarelo de 20 anos atrás, que foi
passado como se fosse um legado para alunos estagiários de matemática. E
não houve recusa.
O que estou propondo a partir daqui, “não são receitas!”, mas
possibilidades. Inicialmente preciso quebrar com a relação de poder, ou pelo
menos, colocá-la num nível que ela aceita ver que o mundo não é feito só de
matemática. Para isso faço uso de conceitos como o de interdisciplinaridade,
contudo ressalto que, não estou preocupado em usar esse termo por que é do
senso comum e ele atrai, uma coisa é dizer que você adora o interdisciplinar,
outra coisa é você trabalhar a partir da lógica interdisciplinar e de tudo que isso
implica, da sua complexidade, dar conta dos envolvidos professores, alunos,
conteúdos, etc...Assim, eu poderia até criar outro termo, mas para que? Seria
mais um termo. Então o que procurarei fazer a partir daqui, além de oferecer
algumas bibliografias, será organizar e apresentar atividades como
possibilidades, que poderão ser usadas em sala de aula, ou fora, não há
nenhum problema se o pai ou a mãe quiser sentar com seu filho na correria do
dia a dia, e “brincar” um pouco. Ensinar e aprender não é apenas uma tarefa de
professor e aluno, em sala de aula. Percebam, de novo, que estou tentando
quebrar a relação de poder instituída à escola, à sala de aula, quatro paredes,
organização impecável, e mesmo quando não é impecável, continua sendo um
espaço limitado e delimitado. Não importa se você “dá” aula em mesa redonda,
a vida ainda corre mais solta do lado de fora, além das janelas, das portas. (E
aí não conseguimos entender por que os alunos não gostam de escola! Escola
é chato! Quatro horas sentados...bah.. Também ficamos. Justificamos.
Pergunto, com ou sem salário?) Não estou criticando a existência da escola,
mas procurando entender as pessoas que vivem comigo, os alunos, por
exemplo.
Ressaltamos que, cada turma, cada aluno, cada espaço, é único, assim,
também quando procuramos trabalhar com materiais não tradicionais, as
reações também serão únicas
Tenho trabalhado muito com a idéia de eixo organizador, ou seja, a partir
de algum material, texto ou o que for possível, organizar uma série de
atividades, relacionadas a diversas áreas, numa perspectiva interdisciplinar,
envolvendo professores, alunos, enfim..., no que chamamos de unidade
didática interdisciplinar.
Nesta unidade alguns temas se sobressairão, mais outros menos.
Ressaltamos que todas as áreas são consideradas importantes.
Escolhi trabalhar nesta obra, um pouco mais com a geometria. Por que a
geometria? Inicialmente por que é um dos últimos capítulos, deixados para o
fim e muitos vezes não ”vencido”, ou simplesmente”passado”; depois, pela
possibilidade que a geometria oferece para trabalharmos com outras áreas; por
fim, pela afinidade que tenho a com a mesma e, particularmente, gosto dessa
parte.
DE QUE FORMA ORGANIZAMOS ESTE LIVRO:
Inicialmente disponibilizei a maneira como temos trabalhado com o texto
côo eixo organizador.
Em seguida, disponibilizamos outros eixos e formas de desenvolvermos
atividades
Nas confecções de material, iniciarei com maior ênfase pela matemática
e aos poucos apresentarei outras possibilidades.
Por que não iniciar com outra área e depois chegar a matemática?
Seria possível, contudo, a própria experiência me mostrou que o
bloqueio instaurado ao falar em matemática, faz com que os alunos não
queiram depois de conhecer outra área voltar para matemática. Então ou se
trabalha a matemática no inicio ou conjuntamente com outras, o que acho mais
apropriado.

Uma observação:
A elaboração de confecção do material que será apresentado é original,
fruto de anos de pesquisa.
Quanto aos conteúdos de matemática e demais áreas citadas neste
trabalho, foram obtidos em livros didáticos e site especializados.
INTERDISCIPLINARIDADE NA ESCOLA: UMA POSSIBILIDADE A
PARTIR DO TEXTO COMO EIXO ORGANIZADOR DE UNIDADES
DIDÁTICAS INTERDISCIPLINARES

Autor: Adriano Edo Neuenfeldt1 – UFSM

I. Introdução/Justificativa/Objetivos
O processo de ensino na Educação Escolar precisa, no nosso entender,
ultrapassar a caracterização de “transmissão de conteúdos” e alcançar a
caracterização de construção de saberes. A partir dessa premissa, buscamos
desenvolver possibilidades de ensino e de aprendizagem distintas das
abordagens tradicionais, pois acreditamos num ensino contextualizado, com a
participação dos estudantes, e não numa simples apresentação de conceitos a
serem memorizados mecanicamente.
Nessa perspectiva, elaboramos e implementamos, inicialmente,
Unidades Didáticas Interdisciplinares (UDI: a forma como as atividades estão
organizadas) a partir de livros de Literatura Infantil. No entanto, devido aos
resultados positivos obtidos, tanto para os estudantes e professores regentes
das turmas nas quais estas UDI foram implementadas, quanto para as
acadêmicas dos cursos de Pedagogia, Educação Especial e Matemática em
oficinas pedagógicas, acreditamos na possibilidade e necessidade de
ampliação da pesquisa, bem como na implementação da mesma. Dessa forma,
procuramos ampliar a proposta, rediscutindo-a e vislumbrando uma possível
aplicabilidade para as séries finais do ensino fundamental e ensino médio.
Repensamos também, neste caso, o eixo integrador, a Literatura Infantil,
redimensionado para um texto mais adequado à faixa etária dos estudantes.
Neste ponto, estimulamos os estudantes a escreverem, visto que têm enorme
dificuldade e resignação para realizarem esta prática, e utilizamos esses textos,
criados pelos próprios estudantes, como eixo organizador.

1
Mestre em Educação pela UFSM, Licenciado em Matemática – Licenciatura Plena e Bacharelado em
Desenho e Plástica pela UFSM; professor do Departamento de Metodologia de Ensino – UFSM.
(nea2007@bol.com.br)
A proposta surgiu, assim, da busca de alternativas metodológicas
para ensinar Matemática, auxiliando os participantes a escreverem. No
entanto, no decorrer de seu desenvolvimento, percebemos que não nos
restringíamos somente a essa área, pois começamos a esboçar um desenho
curricular com um aspecto interdisciplinar, abrangendo diversas áreas do
conhecimento, através do uso do texto como eixo comum e integrador.

II. A Metodologia
A metodologia que caracteriza a proposta desenvolvida, embora
prefiramos nos referir a metodologia como as diversas possibilidades de um
processo, está baseada numa concepção freireana de educação, na qual a
participação do aluno (dialogicidade), suas idéias prévias e o seu cotidiano
assumem um papel de destaque. Destacamos que não estamos trabalhando
com a idéia de Tema Gerador, embora Freire faça parte de nossas leituras,
assim como outras bibliografias.
Para realizarmos as atividades organizamo-las em Unidades Didáticas
Interdisciplinares, desenvolvidas na forma de oficinas pedagógicas. As oficinas,
por sua vez, são organizadas em cerca de quatro momentos ou tempos. Não
se trata de uma estrutura rígida, inflexível, apenas organizacional.
A seguir apresentaremos a organização desses momentos e um
exemplo de algumas atividades desenvolvidas com estudantes das séries finais
do ensino fundamental.
Num primeiro momento, organizamos a turma ou os participantes das
oficinas, em pequenos grupos, e, após, distribuímos algumas figuras. Assim
que eles recebem as figuras deixamos claro que a interpretação do que está
posto ali caberá tão somente ao grupo, eles são livres para decodificar as
figuras. Na seqüência apresentamos as figuras (Fig. 1) de uma das
implementações. Estas figuras, no caso, são escolhidas de modo que permitam
diversas leituras.
Em seguida, esclarecemos que eles terão que, em grupo, organizar e
redigir uma história a partir das figuras. A ordem das figuras, na história caberá,
novamente, ao grupo. Aqui percebemos que os grupos se preocupam com
algumas questões: “Quantas linhas precisamos escrever?”, “Qual deve ser a
primeira figura?”. E quando espionam a organização das figuras de outros: “A
nossa ordem não está igual a dos colegas, qual a ordem certa ou a errada?”.
Procuramos deixar claro que não existe certo ou errado nesta atividade, eles
são livres e devem ficar à vontade, apenas solicitamos que utilizem todas as
figuras. O tempo destinado para essa atividade é estabelecido no início de
cada momento, geralmente entre vinte minutos até uma hora, mas isto vai
depender dos grupos e da turma, pois procuramos sempre respeitar o tempo
dos estudantes.

Fig. 1.

Quando as histórias estão prontas, no terceiro momento, solicitamos que


todos os grupos leiam os seus textos. Apesar do risco de que essa atividade se
torne cansativa, devido à quantidade de textos, destacamos sua importância,
pois enquanto os grupos lêem as histórias indicando em que parte aparecem
as figuras, os outros procuram perceber se a organização e a interpretação
destas, feita pelos colegas, é a mesma que a sua.
Nessa atividade, obtivemos os mais variados textos, a seguir
apresentamos alguns exemplos:

O dia do azar
E um dia de sol quente, uma mosca sai de um pé de coqueiro, e
sobrevoou tranqüilamente, quando de repente surge o sapo, e a
engole.
No mesmo dia, um rapaz que estava caminhando de pé descalço,
pisa em um prego, e no mesmo momento ele gritou, quando o boi
que estava pastando surge, e começa atrás do rapaz, o rapaz corre
em direção a cerca, foi quando ele foi cruzar pelo meio dos arames, e
enroscou a orelha ela começou a sangrar.
Mas pelo menos se livrou do boi. (Texto desenvolvido por um grupo
de estudantes do nono ano do ensino fundamental)

O sapo e a sua fome


Era uma vez um sapo, que estava no rio tentando comer a abelha
que estava voando por perto dele, mas a abelha estava tentando fugir
para banda do coqueiro que estava na sua frente, mas o sapo não
queria mais pegar a abelha por que o sol estava muito quente, mas
tinha um baita de um boi por perto do rio que estava tomando água
por que estava com muita sede. Mas quando ele ia tomar a água
tinha um prego atirado no chão e ele pisou em cima e pé dele
começou a sangrar muito e ele começou a berrar. Mas um homem
que estava por perto ouviu o boi berrando e pediu ajuda e foram lá
ajudar o boi e o boi sobreviveu. (Texto desenvolvido por um grupo de
estudantes do oitavo ano do ensino fundamental)

Unidade da vida
Num dia o sol brilhando, as abelhas voando, o boi berrando e o sapo
pulando, um menino com é inchado e também com muita dor de
ouvido.
Sentado embaixo de um pé de coqueiro, brincando com uma peteca.
Com muita vontade de estar jogando bola e escutando rádio, sentindo
aquela tristeza pegou a sua cadeira de rodas e foi embora (Texto
desenvolvido por um grupo de estudantes do sétimo ano do ensino
fundamental)

O sapo na lagoa azul em cima de uma pedra avistava um coqueiro e


o sol quente queimava a sua pele. Ele estava com o seu pé
machucado e ele queria fazer uma bruxaria. Daí ele botou um chapéu
de bruxa. Ele tinha que fazer uma bruxaria com um boi e daí caiu
uma orelha que estava voando. (Texto desenvolvido por um grupo de
estudantes do sexto ano do ensino fundamental)

No quarto momento, procuramos perceber quais as áreas/possibilidades


que podem ser exploradas a partir dos textos, o que procuraremos
exemplificar, resumidamente, a partir dos textos acima.
Inicialmente, não nos preocupamos com a forma como as histórias estão
escritas, pois queremos que eles escrevam. Se nos preocuparmos com a
acentuação gráfica e ortografia, poderemos inibir a elaboração dos textos,
somente após a leitura, começamos a observar questões dessa natureza.
Indagamos, por exemplo, o porquê desta organização das figuras e não de
outra, qual a lógica utilizada para que determinada figura esteja naquele local e
não em outro? Solicitamos, também, que organizem todas as palavras em que
tenham dúvidas a respeito de sua redação. Essas palavras serão reescritas
consultando o dicionário, assim, o texto todo poderá ser reescrito, procurando
estabelecer uma organização lógica. Em seguida, poderemos escolher um dos
textos e analisar as suas diversas passagens. Como no caso do primeiro texto:
“No mesmo dia, um rapaz que estava caminhando de pé descalço, pisa em um
prego”, poderemos desenvolver as seguintes questões: O que isso poderá
acarretar? Quais as infecções? O que vocês sabem a respeito do tétano? Entre
outras. No segundo texto, encontramos e podemos explorar o uso de gírias,
como, por exemplo, “baita”. No texto seguinte, nos chama a atenção a forma
como os estudantes se referem a “cadeira de rodas”, por que elas colocaram
isso no texto? Há algum caso na família ou pessoa conhecida? É uma forma de
abordamos, por exemplo, a inclusão. Do quarto texto, temos como exemplo,
“Ele tinha que fazer uma bruxaria com um boi e daí caiu uma orelha que estava
voando”, o que quer dizer bruxaria? Onde surgiu? Quais as suas raízes?, etc.
Vejamos agora um exemplo em que esta atividade foi desenvolvida com
professores da rede de ensino, durante uma oficina pedagógica. Salientamos
que a proposta foi a mesma, ou seja, os professores se reuniram, elaboraram
um texto e após organizaram os assuntos que poderiam ser abordados:

Precisamos ouvir o que o Planeta nos pede. Pois os anfíbios, os


mamíferos, os insetos e as plantas não sobreviverão.
A bruxa malvada, que é a poluição, causada muitas vezes pela ação
esmagadora do homem, levará a destruição da Terra.
A conscientização das pessoas nos trará um novo amanhecer, ou
seja, um Planeta melhor para viver. (Texto elaborado por um grupo
de professores durante uma oficina pedagógica)

A partir deste texto o grupo de professores apontou os seguintes


assuntos que poderiam ser abordados:

1. Órgãos dos sentidos (ouvido)


2. Grupo dos vertebrados: sapo (anfíbio), boi (mamífero)
3. Utilidades dos animais (boi)
4. Animais invertebrados (mosca)
5. Animais nocivos (mosca)
6. Cadeia alimentar
7. Vegetais: partes e funções
8. Formas geométricas (cone)
9. Verminoses, doenças (pé), higiene
10. Preservação ambiental
11. Sistema solar (sol)
12. Citologia (célula)
13. Ortografia: uso do dicionário
14. Pontuação
15. Letra maiúscula e minúscula
16. Sinais gráficos
17. Substantivos próprios e comuns
18. Seqüência lógica
19. História matemática
20. Aquecimento global (poluição)

É interessante salientar que os demais grupos se aproximaram muito


dos assuntos apontados por este grupo.
Dando continuidade a este trabalho, como já comentamos
anteriormente, estimulamos também os alunos do Curso de Matemática, mais
especificamente alunos das disciplinas que desenvolvemos atividades de
Estágio Supervisionado, Didática da Matemática e Laboratório em Educação
Matemática, para que trabalhem a elaboração de textos.
Percebemos que estes alunos, quando indagados, se possuem o hábito
de escreverem textos que não sejam na sua especificidade, respondem que
muito raramente. Contudo, ao oferecermos a oportunidade de realizarem a
atividade, eles o fazem com desenvoltura e com prazer. Os alunos discutem,
estabelecendo uma organização de acordo uma lógica própria para o que
fazem.
Vejamos alguns textos desenvolvidos por estudantes do referido curso.
Atentamos para o fato que temos utilizado as mesmas figuras, justamente para
podermos associar as histórias e observarmos as diferentes formas de redação
e interpretação das mesmas.
Um velho ritual
Era uma vez uma bruxa muito má e usava um chapéu com ponta
luminosa.
Certo dia, muito chateada e com muita dor na unha do dedão do pé
esquerdo, lembrou-se de um velho ensinamento de sua mãe: A mistura
“desencravadora” de unhas.
Para que a unha fosse curada era preciso que o remédio fosse feito em
um dia de muito sol. A bruxa deveria expor seu caldeirão ao sol e nele
colocar baba de boi brabo, veneno de cobra, folha de palmeira, pata de
grilo e xixi de sapo.
Feita a infusão, a bruxa mergulhou o pé no caldeirão e gritou 3 vezes:
“maldita unha encravada, sai do pé da bruxa malvada!” Após 3 dias a
bruxa ficou curada. (Texto desenvolvido por um grupo de estudantes
do Curso de Matemática)

Susto na praia
Estava num dia de sol debaixo de uma palmeira próximo a um farol,
quando de repente vi um sapo em cima do meu pé, assustada, saí
correndo e atropelei uma vaca que na rua passava. (Texto
desenvolvido por um grupo de estudantes do Curso de Matemática)
III. Referenciais: a concepção de Interdisciplinaridade

A aprovação da Lei de Diretrizes e Bases – LDB, nº 9394, de 20 de


dezembro de 1996 – e a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais de
1998 sinalizou para uma maior flexibilização dos conteúdos a serem
desenvolvidos em aula, possibilitando mudanças no currículo das escolas no
sentido de reduzir a fragmentação dos saberes característica de um currículo
disciplinar. Se analisarmos, por exemplo, as Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio (Parecer CEB/CNB n. 15/98, Resolução CEB/CNB n.
4/98), entre outras disposições, perceberemos que elas determinam que os
currículos devem organizar as áreas do conhecimento com base nos princípios
pedagógicos da interdisciplinaridade, da contextualização, da identidade e da
diversidade e autonomia, possibilitando uma redefinição no que tange à forma
de seleção e organização dos conteúdos, e à definição de metodologias
utilizadas nas escolas. Ainda, se analisarmos também os PCNs, notaremos
que eles deixam margens a diferentes interpretações do significado da palavra
interdisciplinaridade.
Assim, procuramos delimitar a nossa compreensão de
interdisciplinaridade, bem como de outros diferentes tipos de relações entre
disciplinas, como: multidisciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar e
transdisciplinaridade. Para tanto, usamos como referenciais, Zabala (2002),
Japiassu (1976), Fazenda (1993), entre outros.

Entendemos que a interdisciplinaridade não se constitui, assim, de forma


alguma, num aglomerado de disciplinas e conteúdos, ela vai muito além,
porque precisamos, neste intento, dialogar com diversas áreas do
conhecimento.
É importante deixar claro que, ao adotar a interdisciplinaridade como
característica do desenvolvimento desta proposta curricular, não abandonamos
as disciplinas e nem os saberes inerentes a cada especificidade, nem supomos
um único professor detentor do conhecimento de todas as especificidades.
Ressaltamos que a interdisciplinaridade não termina com os conteúdos, mas se
preocupa com a forma como os mesmos estão sendo trabalhados, procurando
refletir sobre o que está sendo feito.
Enfim, o interdisciplinar não se constitui apenas de conjunto de partes
que formam um todo, mas de partes que mantêm identidades que fazem parte
de um todo. Quando falamos em interdisciplinar estamos falando também de
matemática, também de biologia, também de língua portuguesa, e assim por
diante. E o auxiliar dessa integração é o texto, que assume o caráter de elo de
ligação. Assim, a presente proposta de trabalho permite apenas, que
diferentes áreas do conhecimento se organizem em torno de um eixo comum e
integrador, possibilitando o diálogo entre as diversas áreas, conforme esclarece
a figura a seguir (Fig. 2).

UDI

OUTRAS
ÁREAS

BIOLOGIA

MATEMÁTICA T
E
X LÍNGUA
Fig. 2.
PORTUGUESA
T
O

CONCLUSÃO

No decorrer das implementações, percebemos a efetiva participação dos


estudantes na elaboração das atividades, bem como a dos professores nas
diversas oficinas desenvolvidas. Os estudantes se mostraram interessados em
redigir suas histórias, incorporando as suas vivências nas mesmas.
Destacamos, ainda que, podemos encontrar alguns obstáculos na
execução de uma prática interdisciplinar, como, por exemplo, o empenho de
professores e estudantes, o tempo, a estrutura escolar, contudo, ressaltamos
que isso serve para continuarmos aprofundando as leituras a respeito de
interdisciplinaridade, implementando unidades didáticas para que, partindo de
seus registros, possamos buscar outras possibilidades.
Buscamos, com essa proposta interdisciplinar, auxiliar na superação da
fragmentação existente na prática educacional, procurando contextualizar os
diferentes saberes, considerando os referenciais teóricos apresentados
anteriormente. Assim, através da pesquisa e da elaboração de Unidades
Didáticas Interdisciplinares, temos o intuito de auxiliar professores no seu fazer
pedagógico, conjuntamente com os estudantes, buscando romper os limites
estritamente disciplinares.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares


nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio: bases legais. Brasília:
MEC/SEMT, 1999.
FAZENDA, Ivani C. Interdisciplinaridade: Um projeto em parceria. São Paulo:
Loyola, 1993.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários à Prática
Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro:
Imago, 1976.
JANTSCH, Ari Paulo, BIANCHETTI, Lucídio (orgs). Interdisciplinaridade: para
além da filosofia do sujeito. Petrópolis: Vozes, 1995.
VASCONCELOS, Eduardo Mourão. Complexidade e pesquisa
interdisciplinar: epistemologia e metodologia operativa. Petrópolis: Vozes,
2002.
ZABALA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma
proposta para o currículo escolar. Porto Alegre: ARTMED, 2002.
...............................................................................................................................
PALAVRAS-CHAVES: Interdisciplinaridade, ensino, aprendizagem, eixo
organizador, educação matemática.
...............................................................................................................................
Endereço para contato (E-MAIL): nea2007@bol.com.br;
adrianoedoneu@yahoo.com
UNIDADE
DIDÁTICA

EIXO: GARRAFA PET


UNIDADE DIDÁTICA
DIDÁTICA
EIXO: GARRAFA PET

Nesta unidade vamos utilizar a garrafa pet como eixo para


elaborarmos a unidade didática.
Para tanto adotamos como modelo um refrigerante de uma
marca qualquer e colocamos os componentes dessa e de outras
marcas que geralmente encontramos nos rótulos das garrafas.
Proporemos nesse estudo possibilidades e não respostas, assim,
faremos indicações de assuntos que poderão ser aprofundados.

Organizando as
possibilidades...

Iniciaremos com a exploração do rótulo


VALIDADE: 31/12/2009 LOTE 001

MANTENHA

FENILCETONÚRICOS – CONTÉM FENILALANINA


COLORIDO ARTIFICIALMENTE

A CIDADE
Refrigerante
Bebida de Baixa Caloria
LIMPA

de Uva
RECICLÁVEL

1,98 Litros Diet/light


B C A D

PARTE A:
Nesta parte geralmente encontramos: o nome do nome do refrigerante,
do que se trata; a logomarca do refrigerante; indicações quanto a diet e light .
a. Criar um rótulo para refrigerante, a partir de
empresas fictícias de propaganda, fazer a
campanha, a publicidade. O trabalho poderá ser
desenvolvido em grupo, sendo que o grupo terá
que apresentar os eu produto pra os demais
colegas. Podem ser criadas das frases,
“slogans”

b. Podemos ainda explorar quais as diferenças entre Diet e Light

CURIOSIDADES

Diet: Light:

Eliminação de um Diminuição da quantidade de


ingrediente. um ingrediente.

PARTE B:

POSSIBILIDADES
Podemos explorar os diferentes símbolos que
aparece na garrafa:

MANTENHA
RECICLÁVEL A CIDADE LIMPA

De acordo com ABRE (Associação Brasileira de Embalagens), veja outros


símbolos (Observação: procure outros símbolos):

RECICLÁDO PAPEL RECICLÁDO VIDRO

Símbolos retirados de: (http://www.abre.org.br/meio_simbologia.php)


Durante esta exploração podemos inclusive criar símbolos, ou usá-los,
nas cestas em cestas de lixo.
Ainda na parte B encontramos medida de capacidade desse recipiente,
ou seja, 1,98 litros. (Por que 1,98 l?)

Pesquisar as diferentes capacidades de


recipientes e organizar numa tabela. Por
exemplo:

CAPACIDADE 250ml 600ml 1000ml 2000ml 3000ml


TIPO
REFRIGERANTE A
REFRIGERANTE B
REFRIGERANTE C
REFRIGERANTE C

PARTE C:
“COLORIDO ARTIFICIALMENTE
VALIDADE: 31/12/2009 LOTE 001”
Aqui poderemos explorar os prazos de validade do produtos

PARTE D:
Nesta parte poderemos explorar o significado CURIOSIDADES
de: Bebida de Baixa Caloria e de
FENILCETONÚRICOS - CONTÉM FENILALANINA
FENILCETONÚRICOS – CONTÉM
A fenilcetonúria FENILALANINA
é uma doença
relacionada a uma alteração genética rara
(herdada) que envolve o metabolismo de proteínas. Em geral, quando uma
pessoa ingere comidas que contêm proteína, as enzimas quebram estas
proteínas em aminoácidos, que são peças que irão formar as proteínas,
importantes ao nosso corpo, participando do processo normal de crescimento.
Uma pessoa com fenilcetonúria não tem a quantidade normal de uma enzima
específica (fenilalanina hidroxilase hepática) para quebrar o aminoácido
fenilalanina. Por isso, qualquer comida que contenha fenilalanina não pode ser
digerida corretamente e ela se acumula no organismo, causando problemas no
cérebro e em outros órgãos.
(http://www.policlin.com.br/drpoli/109/)

As outras partes do rótulo são as seguintes:

PARTE E

Código de barras:

7 896391 600546
Para que serve o código de barras?

Código de barras é uma representação CURIOSIDADES


gráfica de dados que podem ser numéricos
ou alfanuméricos dependendo do tipo de
código de barras empregado.
As linhas paralelas e verticais escuras e os espaços entre elas têm
diferentes larguras em função das várias técnicas de codificação de dados
empregada. A descodificação dos dados representados é realizada por um
equipamento chamado "scanner", dotado de uma fonte luminosa vermelha,
que por contraste das barras e seus espaços convertem a representação
gráfica em "bits" (sequências de 0 ou 1), compreendidos pelo computador,
que por sua vez converte-os em letras ou números legíveis para nós.
(http://pt.wikipedia.org)

PARE F

Observe além dos Informação Nutricional


Porção de 200ml (1 copo)
componentes existentes nesta
informação,que podem ser Quantidade por porção % VD
explorados, como por exemplo: (*)
proteínas, gorduras totais, Valor energético 12 kcal = 49kJ 1
gorduras saturadas, gorduras Carboidratos 2,9 g 1
trans e fibra alimentar o
Sódio 40 mg 2
tamanho das letras de tamanho
diminuto. Não contém quantidade significativa de
proteínas, gorduras totais, gorduras
saturadas, gorduras trans e fibra alimentar
(*) Valores Diários de referência com base em uma dieta
de 2000 calorias ou 8400kJ. Seus valores diários podem
CURIOSIDADES ser maiores ou menores, dependendo de suas
necessidade energéticas

Carboidratos:
Os açúcares, como a glicose, a frutose e a
sacarose são os carboidratos mais conhecidos. Mas também existem
carboidratos de moléculas muito grandes (macromoléculas) como a celulose
e o amido. Os alimentos ricos em carboidratos produzem a energia
necessária para o funcionamento do organismo de quase todos os seres
vivos. É com a energia obtida dos carboidratos que temos força para
trabalhar, correr, andar e também brincar, etc. A energia dos carboidratos é
importante para manter nossa temperatura estável. Por isso, os alimentos
ricos em carboidratos são chamados alimentos combustíveis.
São alimentos ricos em carboidratos: cereais , pães, farinhas, mandioca e
batata doces, frutas.
http://www.cnpab.embrapa.br/educacao/baby/carboidr.html
PARTE G
Nesta parte poderemos explorar cada um
dos componentes do refrigerante.
CURIOSIDADES
Nem todos os refrigerantes Glúten
trazem esses dados de forma tão
especificada. O glúten é
Observe novamente o obtido da farinha de trigo e alguns outros
tamanho da fonte de letra . cereais, lavando o amido (fécula). Para
isso se forma uma massa de farinha e
Fabricado e Engarrafado por: água, que é lavada, até a água tornar-se
Empresa – Endereço – Telefone – CNPJ – limpa. Para usos químicos (não
Refrigerante de Uva – Não Alcoólico – Não
fermentado – Gaseificado. alimentares) é preferível usar uma
Composição: Suco Concentrado de Uva e solução salina para obter o resultado. O
Água Gaseificada. Contém: Edulcorantes
Artificiais Sacarina Sódica (INS 954 – 4,5 produto resultante terá uma textura
mg 100mL). Ciclamato de Sódio (INS 952 – pegajosa e fibrosa, parecida com a do
70mg 100mL). Aspartame (INS 951 – 7mg
100mL) e Acessulfame de Potássio (INS chiclete e seus derivados. A frase
950 – 4 mg 100mL). Conservantes comum "contém glúten", encontrada em
Benzoato de Sódio (INS 211) e Sorbato de
Potássio (INS 202). Antioxidante Ácido embalagens, serve para pessoas que
Ascórbico (INSS 300). Acidulante Ácido possuem alergia a essa proteína
Cítrico (INS 330). Corantes Artificiais
Vermelho Bordeaux “S”(INS “123”). selecionarem ou não esse alimento.
Amarelo Crepúsculo (INS 110) e Azul
Brilhante (INS 133) Aroma Natural de Uva
– NÃO CONTÉM GLÚTEN. http://pt.wikipedia.org

Como possibilidade podemos ainda explorar


quais as vantagens em usarmos as garrafas
pet ao invés das garrafas de vidro.
Por que substituímos o vidro pela pet?
Poderemos realizar uma pesquisa a respeito do
componentes de cada um inclusive do
surgimento do vidro.

A descoberta CURIOSIDADES
Tem-se como a data provável da descoberta do vidro,
algo em torno de 4000 a.C.. Os mais antigos objetos
fabricados em vidro que se conhecem foram
encontrados em túmulos egípcios, com 4000 anos de idade.
Em estado natural, o vidro existe na natureza desde os tempos pré-históricos,
muitos milênios antes de ser elaborado pelo primeiro artesão.
Essas rochas vítreas se formaram a partir de magmas, rochas vulcânicas que
tiveram um resfriamento tal que não chegaram a cristalizar. A rocha vítrea mais
empregada pelo homem pré-histórico foi a obsidiana, rocha encontrada em
antigas regiões vulcânicas dos atuais México, Canárias, Hungria, Islândias, etc.
Esse tipo de vidro era empregado desde o período neolítico, aproximadamente
8000 a.C., para a fabricação de diferentes utensílios domésticos e,
principalmente, armas rudimentares de defesa, além de serem utilizados como
amuleto e elemento decorativo.
Alguns autores supõem que o vidro foi descoberto pelos primeiros fundidores
de metais ou até pela vitrificação acidental de uma peça de barro cozido.
Como toda boa história pressupõe uma lenda, com o vidro não poderia ser
diferente. O historiador Caio Plínio II (27-79 d.C), em sua obra "Historia
Natural", atribuiu o descobrimento do vidro a mercadores fenícios que
desembarcaram nas costas da Síria e, necessitando de fogo, improvisaram
fogões, usando blocos de salitre (trona) sobre a areia.
Passado algum tempo, notaram que do fogo escorria uma substância líquida e
brilhante, que se solidificava imediatamente: o vidro. Os inteligentes Fenícios
teriam, então, dedicado-se à reprodução daquele fenômeno, chegando à
obtenção de materiais utilizáveis.
(http://www.achetudoeregiao.com.br/lixo_recicle/vidro_sua_historia.htm)

CONSTRUÇÃO DE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

A partir daqui buscamos explorar a


garrafa pet e confecção de material para a
matemática.

A. A garrafa “pet”
ETAPAS DA CONSTRUÇÃO:

1. Recorte a
parte central da
garrafa (cilindro),
fazendo um corte
vertical:

2. Recorte a parte superior de uma


garrafa, de tal forma que seja
possível posteriormente encher com
água morna:

3. Enrole a parte recortada da primeira


garrafa ao contrário da força que ela
está exercendo para enrolar e coloque-
a dentro da segunda garrafa :
4. Coloque água dentro da segunda
garrafa, tomando cuidado para que a
água esteja sempre entre morna e
quente, nunca fervendo, este processo
planificará a folha facilitando o trabalho
das etapas seguintes, repita o
processo umas duas vezes:

5. Enquanto a folha descansa, desenhe


os sólidos desejados em folhas de papel
comum (ofício, cartolina, papelão, etc),
de tal forma que estas folhas não
ultrapassem a área da folha retirada da
garrafa “pet”, (nota: não é necessário
desenharmos abas nas figuras):

1. Tracemos uma 2. Dividimos a 3. Escolhemos


circunferência. circunferência em seis alternadamente três
O raio, por exemplo, partes iguais de tal forma das marcas e as
6 cm: que se unirmos as marcas unimos:
obteremos um hexágono:

4. Em seguida marcamos os pontos


médios dos lados, unindo-os:

6. Em seguida, coloque a folha da


garrafa “pet” sobre o desenho da figura
desejada, fixe, aproveitando o material
da melhor forma possível, e risque
todas linhas com algo ponti-agudo
(ponta de tesoura, compasso, prego,
etc.)
7. Guarde o molde feito em papel,
servirá para outras construções, pegue
a folha plástica que contém a figura
riscada e recorte:

Pirâmide de base quadrada

8. A etapa final consiste em


reforçar todas as dobras e unir as
arestas dos lados, colando-as
com fita adesiva transparente:
UNIDADE
DIDÁTICA

EIXO:
PERSONAGENS DE
LITERATURA INFANTIL
UNIDADE DIDÁTICA
EIXO: COONFECÇÃO DE PERSONAGENS DE LITERATURA
INFANTIL

Nesta unidade vamos utilizar a confecção de personagens como


eixo para elaborarmos a unidade didática.
Estamos propondo a confecção de três personagens:
- Possibilidade 1: um cavalo;
- Possibilidade 2: um jacaré;
- Possibilidade 3: um sapo ou cobra;
- Possibilidade 4: um pássaro.
Organizando as
POSSIBILIDADE 1: possibilidades...
Atividade:
A. Inicialmente recortamos um quadrado de 8cm de lado.

Propriedades do quadrado:
- O quadrado é uma figura plana que possui quatro lados com as mesmas
medidas.
- Contudo, para que esta figuras seja um quadrado, ela também precisa ter os
quatro
ângulos internos de 90° (noventa graus);
Perceberemos que:
- A soma dos ângulos internos de um quadrado será de 360°;
- A soma das medidas dos lados, o perímetro, que aqui é de 8 cm cada lado
será de 32 cm.
- A área do quadrado, dado como lado vezes lado é de 8 cm x 8 cm, ou seja,
64 cm2.

8 cm
8 cm

B. Dividimos este quadrado ao meio, de tal forma que resulte em dois


retângulos,
com as mesmas medidas., ou seja, 8cm x 4cm, cada um.
4cm 4cm

8 cm

8 cm

4cm 4cm 8 cm

Propriedades do retângulo:
- O retângulo é uma figura plana que possui dois pares de lados paralelos com
as mesmas medidas.
- Contudo, ele também precisa ter quatro ângulos internos de 90° (noventa
graus);
Perceberemos que:
- A soma dos ângulos internos de um retângulo será de 360°;
- A soma das medidas dos lados, o perímetro, que aqui é de 8cm, dois lados, e
de
4cm os outros dois, será de 24 cm.
será de 32 cm.
- A área de cada um dos retângulos será dado por 8cm x 4cm, ou seja,
32 cm2.
Poderemos ainda, observar que:
Cada um dos retângulos possui a metade (1/2) da área do quadrado (1).
Se somarmos as duas metades teremos o quadrado todo (um inteiro):
1 1 2
+ = =1
2 2 2
C. Dividimos, agora o quadrado (ou os dois retângulos) em quatro quadrados
de mesma área
Cada um dos quadrados menores possui 4cm de lado.

4cm 4cm
4 cm

4 cm

4 cm
4cm 4cm
4 cm

4 cm

4 cm

4cm 4cm
Uma área de 4c x 4cm = 16 cm2. Essa área é quarta parte da área do quadrado
maior.
16 cm2 + 16 cm2 + 16 cm2 + 16 cm2 = 64 cm2
Cada um dos quadrados corresponde a quarta parte (1/4, lemos: um quarto)
do quadrado maior (1):

Se somarmos as quatro partes teremos o quadrado todo (um inteiro):


1 1 1 1 4
+ + + = =1
4 4 4 4 4
Ainda podemos observar algumas adições possíveis:

1 1 2 1
+ = =
4 4 4 2

Representação:

1 2 3
+ =
4 4 4
Representação:

1 1 1 3
+ + =
4 4 4 4

Representação:

1 3 4
+ =
4 4 4
Representação:

Com esse material podemos explorar a multiplicação:

1x2 = 2 (Leitura: 1 vez o 2)

1x
=
2x2 =4 (Leitura: 2 vezes o 2)

2x = =

Se desejássemos prosseguir:

3x2=6 (Leitura: 3 vezes o 2)

3 x = =

4x2=6 (Leitura: 4 vezes o 2)

4 x = =

3 multiplicador
x 2 multiplicando
6 produto

3x2=6

O multiplicando indica a ‘tabuada’.


D. Dividimos, agora, os quatro quadrados em oito partes de mesma área.

Podemos perceber que não temos uma forma única de realizar essa divisão:

Cada uma das partes corresponde a um oitavo (1/8) do todo (1).

Ainda podemos observar algumas adições possíveis:


1 1 2 1
+ = =
8 8 8 4
Representação:

1 3 4 8
+ + = =1
8 8 8 8
Representação:

Frações equivalentes:
2 1
=
8 4

4 2 1
= =
8 4 2

= =
Cálculo da área do triângulo:
Vamos tentar entender o que acontece com a área de um oitavo da figura
total

Observando as figuras temos que:

A área do quadrado é igual a lado x lado, 4 cm x 4cm, ou seja, 16 cm2.


4 cm

4 cm

Se pensarmos na
metade dessa área, lado x lado 4 cm x 4cm 16cm 2
2
=
2
=
2
=8 cm2
temos:

Ou seja:
Se observarmos a metade do quadrado,
perceberemos que se trata de um triângulo.
Desta forma, podemos perceber assim a fórmula do
triângulo e o porquê da divisão por 2, na fórmula do
cálculo da área do triângulo.

D. Dividimos, agora, os quatro quadrados em dezesseis partes


(1/16, um dezesseis avos) de mesma área, do quadrado maior (1).

2 cm 2 cm 4 cm
2 cm
2 cm
2 cm
2 cm

Área dos quadrados:


Podemos obter a área de cada um dos quadrados da seguinte forma:
2 cm x 2 cm = 4 cm2 2 cm
2 cm
Área dos triângulos:
Podemos obter a área de cada um dos quadrados da seguinte forma:
4 cm x 2 cm
= 4 cm2
2
2 cm
(altura)

4cm

Podemos usar o Teorema de Pitágoras, embora fique um pouco mais


trabalhoso, encontrarmos outras medidas:
a2 = b2 + c2 (a: hipotenusa; b e c: medida dos lados do triângulo)
a 2 = b 2 + c2

42 = x2 + x2
4 cm
x 16 = 2x2

16
x2 = = 8
2
x
x= 2 . 2. 2 = 2. 2 2 =2 2 cm
Logo:
2 2 x2 2 4 4 4x2 8
A∆= = = = =4
2 2 2 2

A ∆ = 4 cm2
Passos finais para a confecção do
cavalo:
Organizando as
POSSIBILIDADE 2 possibilidades...
Atividade:
A. Inicialmente recortamos
um retângulo formado por oito 4 quadrados agrupados
Sendo que cada quadrado possui 8 cm de lado.
8 cm
8 cm 8 cm 8 cm
8 cm

Propriedades do quadrado:
- O quadrado é uma figura plana que possui quatro lados com as mesmas
medidas.
- Contudo, para que esta figura seja um quadrado, ela também precisa ter os
quatro ângulos internos de 90° (noventa graus);
Perceberemos que:
- A soma dos ângulos internos de um quadrado será de ................°.
Qual a soma de todos ângulos internos dessa figura? (Estamos considerando
aqui, a junção dos quatro quadrados.)
.....................................................................................................................
- A soma das medidas dos lados, o perímetro, que aqui é de 8 cm cada lado
será de .................. cm para um quadrado.
Qual o perímetro total da figura?
.....................................................................................................................
- A área do quadrado, dado como lado vezes lado é de 8 cm x 8 cm, ou
seja, ................ cm2.
Qual á área total dessa figura:
.....................................................................................................................
Passo 2:
B. Prosseguindo dividimos o primeiro quadrado em triângulos:

2 cm
4 cm

4 cm

4 cm 2 cm

4 cm 4 cm
8 cm

8 cm 8 cm 4 cm
2 cm 4 cm 2 cm

A área do quadrado já foi calculada anteriormente: 64 cm2.

A área do triângulo pode ser calculada a partir de:


8 cm x 8 cm 64 cm2
A ∆ = base x altura
= = = 32 cm2
2 2 2

Podemos perceber que a área do triângulo é a metade da área do quadrado.


Podemos verificar isso da seguinte forma:

Inicialmente, tomamos o triangulo e traçamos a altura, dividindo-o em dois


triângulos congruentes.
8 cm

Reorganizando
esses dois
triângulos:

8 cm

4 cm 4 cm 4 cm

Logo, trata-se da metade de área do quadrado, 32 cm2.

Podemos seguir o
mesmo raciocínio
para o outro
8 cm

triângulo:

4 cm 4 cm
Fazendo alguns
ajustes, um
deslocamento,
observando a
medida da base:

4 cm
4 cm
8 cm

2 cm 2 cm 2 cm 2 cm

4 cm 4 cm
Portanto, a área do triângulo
menos é igual a um quarto do
quadrado, ou seja, 16 cm2 .

Podemos realizar outros


cálculos, por exemplo: os
8 cm

dois triângulos estão


sobrepostos, qual a área dos
triângulos formados ao lado,
na região que não está
sobreposta?

2 cm 4 cm 2 cm
Ainda com os triângulos existem outras possibilidades que podem se
exploradas, por exemplo, a classificação dos triângulos.:
Classificação dos triângulos quanto aos ângulos:
a. Acutângulo: é o triângulo que possui
três ângulos agudos, ou seja,
com medida inferior a 90°.

b. Obtusângulo: é o triângulo que possui um ângulo obtuso, ou seja, com


medida superior a 90°.

c. Retângulo: e o triângulo que possui um ângulo reto, ou seja, com medida


igual a 90º

Classificação quanto aos lados:

a. Triângulo isósceles:
é o triângulo que
possui as medidas
de dois lados com
mesmo
comprimento.
b. Triângulo escaleno: é o triângulo que possui
diferente as medidas de comprimento dos três
lados medidas de mesmo comprimento.

Nessa classificação, teríamos ainda o triângulo eqüilátero que possui os três


lados com as mesmas medidas de comprimento.

Passo 2:
B. Prosseguindo dividimos o segundo quadrado em retângulos:

2 cm 2 cm

4 cm 4 cm

2 cm 2 cm

2 cm 8 cm 2 cm

8 cm
4 cm 4 cm

2 cm 8 cm 2 cm

Podemos aproveitar para calcular a área dos retângulos:


A□ = lado x lado
A□ = 8 cm x 2 cm = 16 cm2
Passo 3:
C. Prosseguindo dividimos o terceiro quadrado em trapézios:

2 cm 2 cm 3 cm

4 cm 4 cm 2 cm

2 cm 2 cm 3 cm

2 cm 2 cm 3 cm

8 cm

4cm 8 cm 2 cm

Trapézio: é todo quadrilátero que possui somente um para, de lados opostos,


paralelos.
AB // CD
A B
Os lados AB (segmento AB ) e CD
(segmento CD ) são paralelos. Sendo que

AB e CD são as bases do trapézio.

AC // BD

Os lados AC (segmento AC ) e BD
(segmento BD ) são os lados transversos
C D
do trapézio.
Classificação dos trapézios:
Trapézio isósceles:
os lados transversos tem medidas de comprimento iguais.

A B E F
AC = BD

EG = FH

C D G H

Trapézio retângulo: Trapézio escaleno:


Um dos lados transversos é perpendicular às bases. Nesse caso o trapézio
tem os lados
I J
transversos com
medidas diferentes. O
trapézio retângulo seria
um caso em particular.

IL ≠ JM

2 cm
L
M
Cálculo da área do trapézio:

base maior + base menor (B + b) h


A= ( ) altura =
2 2

8 cm + 2 cm
A=( ) x 8 cm = 5 cm x 8 cm = 40 cm2
2

8 cm
D. No último quadrado, fazemos um rebatimento do terceiro quadrado.

4 cm 2 cm 2 cm 3 cm
2 cm

4 cm 4 cm 22cm
cm
4 cm

2
4 cm 2 cm 2 cm 3 cm

O jacaré ficará desta forma:


Organizando as
POSSIBILIDADE 3: possibilidades...
a. Inicialmente
confeccionamos um quadrado
de 12 cm de lado.

Propriedades do quadrado:
- O quadrado é uma figura plana que possui quatro lados com as mesmas
medidas.
- Contudo, para que esta figuras seja um quadrado, ela também precisa ter os
quatro
ângulos internos de 90° (noventa graus);
Perceberemos que:
- A soma dos ângulos internos de um quadrado será de 360°;
- A soma das medidas dos lados, o perímetro, que aqui é de 12 cm cada lado
será de................ cm.
- A área do quadrado, dado como lado vezes lado é de 12 cm x 12 cm, ou
seja, ...... cm2.
12 cm

12 cm

b. Em seguida, traçamos a diagonais do quadrado.


Como calcular a diagonal do quadrado.

12 cm
d

12 cm
Através de Pitágoras poderemos calcular a diagonal
do quadrado:

(hipotenusa)2 = (cateto)2 + (cateto)2


d 2 = (12 cm)2 + (12 cm)2
d 2 = 144 cm2 + 144 cm2
d 2 = 288 cm2

d= 288 cm2

d = 22.22.2 .32 cm2 = 4.3 2 cm = 12 2 cm

Podemos ainda, calcular a área do triângulo, aqui, no caso será a metade da


área do quadrado.

Logo:
12 cm x 12cm 144 cm2
A∆= = = 72 cm2
2 2
A ∆ = 72 cm2
Semelhanças de triângulos.

Dois triângulos são semelhantes somente se, existe uma correspondência


biunívoca que associa os três vértices do outro, de forma que:
a) lados opostos a vértices correspondentes são proporcionais.
b) ângulos com vértices correspondentes são congruentes.
∆ ABC ~ ∆ ABC A

C
B

B
C

Área do hexágono:

Podemos calcular área do hexágono multiplicando seis vezes a área do


triângulo:
Logo:
4 cm x 4cm 16 cm2
A∆= =
2 2

A ∆ = 8 cm2

Área do Hexágono:

6. A ∆ = 6. 8 cm2 = 48 cm2

Área do hexágono:

Podemos calcular área do hexágono multiplicando três vezes a área do


triângulo:

Logo:
4 cm x 4cm 16 cm2
A∆= =
2 2

A ∆ = 8 cm2
Área desse pentágono:

3. A ∆ = 3. 8 cm2 = 24 cm2
Contagem das formas geométricas:

É possível que façamos uma contagem simples de todas as formas


geométricas que aparecem:
Aqui temos mais dois quadrados, e seis triângulos.

Temos também um hexágono.

Pentágono: temos dois pentágonos, um de cada lado.

Podemos realizar uma tabela, a partir dos dados anteriores:

Figura quantidade
Triângulos 18
Quadrados 3
Pentágono 2
Hexágono 1
POSSIBILIDADE 4
Organizando as
possibilidades...

A construção de um pássaro a partir de formas geométricas circulares


Para que possamos realizar essa construção necessitamos dos seguintes
círculos:

Raio 4 cm
Raio 3,5 cm

Raio 2,5 cm
Raio 2 cm

Raio 4,5 cm

Raio 3 cm

Alguns conceitos básicos:


Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico de todos os pontos de
um plano que estão localizados a uma mesma distância r de um ponto fixo
denominado o centro da circunferência.

exterior
Interior
r

Centro (C)

Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um plano cuja distância


a um ponto fixo O é menor ou igual que uma distância r dada. Quando a
distância é nula, o círculo se reduz a um ponto. O círculo é a reunião da
circunferência com o conjunto de pontos localizados dentro da mesma.

exterior
Interior
r

Centro (C)

Raio, diâmetro e corda.


Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um segmento de reta
com uma extremidade no centro da circunferência e a outra extremidade num
ponto qualquer da circunferência. O segmento de reta CO ( CO ), é exemplo de
um raio.

exterior
Interior
r O

Centro (C)
Corda: Corda de uma circunferência é um segmento de reta cujas
( )
extremidades pertencem à circunferência. O segmento de reta AE AE é um
exemplo de corda.

Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um círculo) é uma corda que


passa pelo centro da circunferência. Observamos que o diâmetro é a maior
corda da circunferência.. O segmento de reta BG ( BG ) é um exemplo de
diâmetro.

exterior
Interior
r G

B
Centro (C)

http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/geometria/geom-circ/geom-circ.htm
Perímetro da circunferência
Podemos calcular por exemplo, a medida do perímetro da circunferência
abaixo a partir da seguinte fórmula:
C = 2¶r
C = 2 . 3,14 . 4cm = 25,12 cm

Raio: 4 cm
Área do círculo:
Aproveitamos para calcular a área do
círculo:
A = ¶r2
A = 3,14. (4 cm)2 = 3,14 . 16 cm2 = 50,24cm2

Podemos calcular a diferença de áreas dos diferentes círculos:

Tomaremos como exemplo o círculo com raio igual 2 cm e o


círculo que possui raio igual a 4cm:

A1 – A2 = ¶r1 2 - ¶r22

A1 – A2 = 3,14. (4 cm)2 - 3,14. (2 cm)2


A1 – A2 = 3,14. 16 cm2 - 3,14. 4 cm2
A1 – A2 = 50, 24 cm2 – 12,56 cm2
A1 – A2 = 37,68 cm2
Raio 4,5 cm

R = 2 cm

R = 2,5 cm

R = 3 cm

R = 3,5 cm

R = 4 cm R = 4,5cm
FRAÇÕES

Cada um das asas


 1
é a metade   de um
2
círculo inteiro (1).
Cada um dos pés
corresponde a
1
um quarto   de
4
um círculo inteiro (1).
A PARTIR DAS PEÇAS PODEMOS OBSERVAR
ALGUMAS NOÇÕES DE FRAÇÕES

1
2

1 1
2 2
1 + 1 = 2 =1
2 2 2
1 1 1 1 1 1
4 4 4 4 4 4
1 1 1+ 1+1+ 1 = 4 = 1
4 4 4 4 4 4 4
1 1
4 4 3
4
1 1 1
4 4 4
1 + 1 + 1 = 3 3 + 1 =4=1
4 4 4 4 4 4 4
1 1
4 4 2 2
1 1 4 4
4 4
1 + 1 =2=1 2 + 2 =4=1
4 4 4 2 4 4 4 2
UNIDADE
DIDÁTICA

EIXO:
JOGO A PARTIR DE FOLHETOS
DE PRODUTOS
UNIDADE DIDÁTICA
EIXO: COONFECÇÃO DE PRESONAGENS DE LITERATURA
INFANTIL

Nesta unidade vamos utilizar a confecção de um jogo como eixo


para elaborarmos a unidade didática.

Jogo 1: CáCULO MENTAL


Confecção:
Inicie fazendo uma pesquisa nos estabelecimentos de sua rua (ou
cidade).
Recolha os encartes de produtos que geralmente são oferecidos como
propaganda dos produtos.
Escolha, por exemplo, 20 produtos entre R$ 0,01 e R$ 10,00
Recorte todos estes produtos e cole em cartões de mesmo tamanho,
tendo o cuidado de preservar o valor (preço) e algumas características que
geralmente acompanham o produto.

CAFÉ

COXA E
AZEITE SOBRECOXA
1l 1 kg
CAFÉ
1 kg
R$ 1,89
R$ 2,88
R$ 3,45

Observando e explorando o material:


Feito isso vamos explorar esse material.
a. Classificação dos produtos:
Primeiro organize uma tabela classificando os produtos, por exemplo,
em produtos de limpeza, comestíveis, de escritório, etc.
CLASSIFICAÇÃO PRODUTOS DE COMESTÍVEIS ESCRITÓRIO
PRODUTOS LIMPEZA
AZEITE X
CAFÉ X
PAPEL A4 X
SABONETE X

Após, explore os valores comparando produtos com a mesma utilidade,


por exemplo, sabonete tipo A e sabonete tipo B, ou até mesmo quando os
produtos são de mesma marca, mas de preços diferentes.

POSSIBILIDADES:

Observar o rótulo dos produtos:


- código de barras;
- prazo de validade;
- local de origem/fabricação;
- constituição do produto;
- produtos diet e light;
- cuidados ao manuseá-lo.
b. Ordenação de valores, reta numérica, escrita e leitura de decimais
Feito isso, vamos explorar os valores.
Organize os produtos em ordem crescente de preço.
Podemos organizá-los na reta numérica:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 101

Suponhamos que o azeite custe R$ 1,89 e o café R$ 3,45:

AZEITE CAFÉ

R$ 1,89 R$ 3,45

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Esta reta começa no zero porque estamos falando em valores e, portanto,


nesse caso não temos valores (preços) negativos.
Leitura e escrita de números decimais:
Por exemplo:
1, 89: um inteiro e oitenta e nove centésimos (ou) um inteiro, oito décimos e
nove centésimos.
3,45: três inteiros e quarenta e cinco centésimos (ou) três inteiros, quatro
décimos e cinco centésimos.
0,89: oitenta e nove centésimos (ou) oito décimos e nove centésimos.

Transformação de um número decimal num número fracionário:


a. Observe o numero de casas decimais, por exemplo, 1,89 possui duas
casas decimais, logo dividimos 189 por 100.
189
100
Outro exemplo:
45
0,45 =
100
Seguindo na confecção:
Precisamos confeccionar ainda mais uns 20 cartões com valores (montantes).

R$ 0,50 R$ 1,00 R$ 1,80


Novamente podemos explorar o os valores, a reta numérica.

Podemos solicitar que os alunos explorem de que forma, por exemplo,


podemos chegar ao montante de R$ 0,75. Vejamos algumas
possibilidades: Esta possibilidade
de exploração
pode ser criada a
partir de qualquer
R$ 0,50 + R$ 0,25 valor (montante).

R$ 0,75
R$ 0,25 + R$ 0,25 + R$ 0,25

R$ 0,50 + R$ 0,10 + R$ 0,10 + R$ 0,05

POSSIBILIDADES:

Podemos realizar uma pesquisa coletando moedas e cédulas, associando-as


aos governos, presidentes, etc.
Além disso, podemos explorar as moedas de outros países, organizando um
mapa.
COMO JOGAR:
Pode ser jogado com quantos jogadores quisermos.
Para fins de explicação suponhamos que sejam dois jogadores.
Inicialmente é embaralho os cartões dos valores(montantes) e dos produtos,
separadamente.
Colocamos os dois montes virados pra baixo.
Em seguida, o primeiro jogador retira um valor(montante) sem mostrar ao
companheiro, e começa a comprar produtos, calculando mentalmente a soma dos
valores dos produtos tentando se aproximar do montante.
Ele não deve mostrar os produtos que comprou, mesmo que ultrapasse o
valor (montante).
Quando achar que é suficiente deve dizer que está bom e que vai parar.
O segundo jogador repete o processo.
No final são comparadas as somas, aquele que se aproximar mais do valor
montante vence a rodada.
Caso os dois ultrapassem o valor (montante) na sua compra, podem
considerar a rodada empate.
O número de rodadas pode ser combinado no início do jogo.

Observação 1:
Quando utilizamos os encartes de loja não estamos fazendo comercial de
nenhum produto, colocamos inclusive nos anexos a fichas prontas, onde vocês
podem escolher os valores dos produtos, sem as marcas comerciais, contudo,
também pensamos que não adianta fugirmos do uso de encartes, pois um dos
objetivos é justamente selecionar e pesquisarmos produtos.

Observação 2:
Esse jogo e suas etapas podem ser trabalhadas também nas séries iniciais.
Podendo ser trabalhada a questão de quais os valores são maiores ou menores,
depende a turma situando ou não na rede numérica. Podem ser escolhidos produtos
que tenham valores inteiros, por exemplo. Se houver dificuldade no cálculo mental
as somas e as subtrações podem ser realizadas a partir de apontamentos.
Reforçamos que o professor poderá adaptar de acordo com a turma ou o que ele
deseja trabalhar.
ANEXOS:

R$ 0,25 R$ 0,50 R$ 0,75

R$ 2,00 R$ 3,00 R$ 3,00

R$ 4,20 R$ 5,00 R$ 6,00

R$ 7,00 R$ 7,10 R$ 7,45

R$ 4,00 R$ 9,00 R$ 9,50

R$ 10,00 R$ 1,00 R$ 8,60

R$ 8,00 R$ 6,50
PÃO LARANJA CADERNO
1 kg 1 kg unidade c/ 100fl

R$ ............ R$............. R$.............

FEIJÃO
PREGOS
1 KG
1 KG

TOALHA DE
FEIJÃO PREGOS ROSTO
1 kg 1 kg unidade

R$ ............ R$ ............ R$ ............

CREME

BONÉ LÁPIS CREME DENTAL


unidade unidade 100g

R$ ............ R$............. R$ ............


AZEITE DETERGENTE PAPEL
1l 250 ml HIGIÊNICO
30 m

R$ ............ R$ ............ R$.............

CAFÉ

COXA E
SOBRECOXA CAFÉ SABONETE
1 kg 1 kg 100 g

R$ ............ R$ ............ R$ ............

BOMBONS

GOMA BOMBONS PAPAEL A4


unidade Cx c/ 350 g 100 fl

R$ ............ R$............. R$.............


BORRACHA REFRIGERANTE
unidade 2l

R$ ............ R$ ............
UNIDADE
DIDÁTICA

EIXO:
CONFECÇÃO DE MAQUETES
UNIDADE DIDÁTICA
EIXO: COONFECÇÃO DE MAQUETES – UNIDADES DE MEDIDA

Nesta unidade vamos utilizar a confecção de maquetes como eixo


para elaborarmos a unidade didática.

POSSIBILIDADE
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas
Medidas de comprimento
Você já observou atentamente uma régua? Observe. Quando a usamos
para mensurar alguma coisa devemos ter o cuidado perceber que existe
um espaço entre o início e o zero que não deve ser usado.
Vamos inicialmente trabalhar com a régua:
OBSERVAÇÕES:

1. Medimos a partir do
zero (0) e não do início
da régua.

2. Cada centímetro (ou


seja, a distância de um
número a outro na régua,
ex.: de 0 a 1), possui dez
marcas que
correspondem a dez
milímetros.

Em 1790 a Academia de Ciências de Paris nomeou uma comissão de matemáticos e físicos e


astrônomos para criarem um sistema decimal de medidas, pois até o século XVII as medidas eram feitas das mais variadas
formas, sem uma uniformidade.
A primeira unidade criada foi o METRO, unidade de comprimento.
A definição inicial (1790) do METRO era a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre.
Em 1799 o METRO foi definido como: a distância entre dois traços (ranhuras) gravadas numa barra de platina iridiada
depositada na Repartição Internacional de Pesos e Medidas, em Sévres (Paris, França).
No Brasil, podemos encontrar uma cópia no Museu Nacional.
Por exemplo:
Se pegarmos uma das casinhas construídas no item.... e apontarmos algumas de
suas medidas, teremos:

ALGUMAS MEDIDAS DE COMPRIMENTO

MEDIDA LEITURA E ESCRITA


(FORMA
DECIMAL)

LARGURA 10 cm dez centímetros


DA CASA :

ALTURA 4 cm quatro centímetros


DA CASA :

LARGURA 1,7 cm um centímetro e sete


DA PORTA milímetros

ALTURA 3,1 cm três centímetros e um


DA milímetro
PORTA:

LARGURA 2,3 cm dois centímetros e três


DA milímetros
JANELA:
Agora, vamos utilizar as casas e organizá-las como se formassem um vilarejo:

ESCOL

A B

IGREJ

E
C D
Com o auxílio de uma régua ou de uma trena faremos as seguintes medições:

DISTÂNCIAS

MEDIDA LEITURA E ESCRITA


(FORMA DECIMAL)

DA CASA “A” A 1, 20 m um metro e vinte centímetros


CASA “B”

DA CASA “B” A 1,45 m um metro e quarenta e cinco centímetros


CASA “C”

DA CASA “C” A 1,83 m um metro e oitenta e três centímetros


CASA “D”

DA CASA “C” A 1,70 m um metro e setenta centímetros


CASA “E”

DA CASA “E” A 0, 35 m trinta e cinco centímetros


CASA “D”

Num terceiro exemplo, imagine a distância pro exemplo de uma cidade a outra. Por
exemplo, de Santa Maria
a Porto Alegre, que é de aproximadamente 400 quilômetros.(verifcar)

Qual a diferença entre exemplos? Basicamente são as dimensões das medidas que
aumentam.

OS MÚLTIPLOS DO UNIDADE OS SUBMÚLTIPLOS DO METRO


METRO FUNDAMENTAL
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
km hm dam m dm cm mm
1000m 100 m 10 m 1m 1/10 do m 1/100 do m 1/1000 do
m

Quilo: significa 1000 vezes a unidade e se abrevia com a letra minúscula k.


Hecto: significa 100 vezes a unidade e se abrevia com a letra minúscula h.
Deca: significa 10 vezes a unidade e se abrevia com a letra minúscula da.
Deci: significa que a unidade foi dividida em dez partes iguais, das quais devemos
considerar uma ou mais partes, abreviamos com a letra minúscula d.
Centi: significa que a unidade foi dividida em cem partes iguais, das quais devemos
considerar uma ou mais partes, abreviamos com a letra minúscula c.
Mili: significa que a unidade foi dividida em mil partes iguais, das quais devemos
considerar uma ou mais partes, abreviamos com a letra minúscula m.

A polegada vale 2, 54 cm
O pé vale 30,48 cm
A jarda vale 91,44 cm
A milha vale 1609 m

PROPOSTA: construção de um fichário para trabalharmos medidas de comprimento


Como construir o fichário:
1. Recorte 7 papeis com formato retangular de 5 cm por 4 cm e faça os cortes
e dobras:
5 cm

4 cm

2. Recorte mais 7 papeis com formato retangular de 2 cm por 1 cm, e faça os


seguintes cortes e dobras:
1 cm

2 cm

3. Recorte um papel no com formato triangular para representar a virgula:

vírgula
4. Recorte alguns papéis com formato retângulas para representar os números:

1 2 3 67 8 90 0 0 0
1,5 cm

45 0 0 2
6 cm

5. Após cole os papéis dos itens 1 e 2 da seguinte forma:

km hm dam m dm cm mm

COMO USAR O FICHÁRIO:

Vamos fazer uso das medidas apontadas anteriormente, por exemplo, a


largura da janela é 2, 3 cm, e usarmos o fichário., para verificarmos quantos a
quanto milímetros correspondem
1. Inicialmente no fichário a medida solicitada, não esquecendo que a vírgula
vai logo após a unidade de medida em questão:

2 3

km hm dam m dm cm mm

2. Após, transporte, primeiramente, a vírgula para depois da unidade para


qual será feita a conversão
2 3

km hm dam m dm cm mm

Assim, 2,3 cm será igual a 23 mm.

Outro exemplo:
A quantos centímetros correspondem 1,20 m?
1,

1 2 0

km hm dam m dm cm mm

2.

1 2 0

km hm dam m dm cm mm

Logo, 1,2 m é igual a 120 cm.


Este processo te processo, será efetuado para
quaisquer outros exemplos.
Fazendo uso do fichário procure fazer alguns
exercícios:
1,45 m = ......................cm 0,35
m = ...................... cm
1,45 m = ......................mm 0,35
m = ...................... mm
1,83 m = ...................... cm 1,83 m = ...................... mm
Algumas observações quanto a redação das medidas:
• as abreviaturas das medidas são escritas com letras minúsculas;
• as abreviaturas são escritas após o registro do numeral;
• o algarismo das unidades é o que representa a medida indicada
pela abreviatura;
• as abreviaturas não têm plural, errado escrever kms.

O fichário pode ser adaptado para trabalharmos medidas de capacidade,


massa, área e volume.

Medidas de capacidade

kl hl dal l dl cl ml

O litro é unidade básica das medidas de capacidade.


O símbolo do litro é l.

Unidades maiores que o litro (múltiplos):


Quilolitro(kl) = 1000 litros
Hectolitro (hl) = 100 litros
Decalitro (dal) = 10 litros

Unidades menores que o litro (submúltiplos):


Decilitro (dl) = 0,1 litro
Centilitro (cl) = 0,01 litro
Mililitro (ml) = 0,001 litro

Medidas de massa

kg hg dag g dg cg mg
O grama é unidade básica das medidas de capacidade.
O símbolo do litro é g.

Unidades maiores que o grama (múltiplos):


Quilograma(kg) = 1000 gramas
Hectograma (hg) = 100 gramas
Decagrama(dag) = 10 gramas

Unidades menores que o grama (submúltiplos):


Decigrama (dg) = 0,1 grama
Centigrama (cg) = 0,01 grama
Miligrama (mg) = 0,001 grama

Medidas de área

km2 hm2 dam m2 dm2 cm2 mm2


2 22 22

Por exemplo, na casa a parede da frente (face) mede 10 cm de largura por 4 cm de


altura:

Se multiplicarmos 10 cm por 4cm teremos 40 cm2 (quarenta centímetros quadrados)


10 cm

1 cm 1 cm 1 cm 1 cm 1 cm 1 cm 1 cm 1 cm 1 cm 1 cm
1 cm
1 cm

4 cm
1 cm
1 cm

Se usarmos o fichário para transformarmos 40 cm2 em mm2, teremos o seguinte:


1.
4 0

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2


222 222

2.

4 0 0 0

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2


222 222

Logo, 40 cm2 correspondem a 4000 mm2

O que na prática nós fizemos foi converter cada cm2 em mm2, ou seja, dividimos
cada centímetro quadrado em 100mm2, como são 40 quadrados teremos 4000 mm2.

1 cm 1 cm 1 cm 1 cm 10 cm
1 cm 1 cm 1 cm 1 cm 1 cm 1 cm
1 cm
1 cm

4 cm
1 cm
1 cm
100 mm
10mm 10mm 10mm 10mm 10mm 10mm 10mm 10mm 10mm 10mm

10mm 10mm 10mm 10mm

40 mm
Medidas de volume:

km3 hm3 dam m3 dm3 cm3 mm3


3

Por exemplo, podemos retira da casa um bloco sólido, semelhante a um tijolo cujas
dimensões são as seguintes:

4 cm

5 cm

10 cm

Quando calculamos o volume desse sólido estamos multiplicando a largura pela


altura pela profundidade, ou seja,
volume = 10 cm x 4 cm x 5 cm = 200 cm3
4 cmdo bloco em 200 blocos menores de 1 cm
O que na prática foi realizado foi a divisão
x 1c x 1cm (1 cm3).

5 cm

10 cm

2 faríamos
0 0
Se pensássemos em transformar 200 cm3 em mm3, com fichário o seguinte:

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

2 0 0 0 0 0

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

Ou seja, cada cubo de 1cm3 convertemos em 1000 cubos.Assim1 cm3 = 1000mm3.


1 cm

1 cm

1 cm

10 mm

1 mm

10 mm

10 mm
UNIDADE
DIDÁTICA

EIXO:
CONFECÇÃO DE MATERIAIS:
MAQUETE
PANDORGA
CHAPÉU
BAÚ
POSSIBILIDADE
Este espaço se destina ao estudo das unidades de medida.
A idéia é a de conseguirmos no final conseguirmos elaborar uma vila, com
casas, como se fosse uma maquete. Iniciaremos pela confecção das casas.
Planificação em anexo:

Podemos perceber que a casa é formada por formas geométricas planas,


sendo assim podemos explorar a área de cada uma delas.
Podemos fazer uma classificação das figuras que encontramos na
planificação:

Retângulos:
______________________________________________________________

Triângulos:
______________________________________________________________

Trapézios:

Podemos ainda calcular a áreas de cada uma das figuras, por exemplo:
ÁREA DO RETÃNGULO:

altura
A□ = base x altura

base
ÁREA DO TRIÂNGULO:

A área do triângulo pode ser calculada a partir de:

altura
A ∆ = base x altura
2
base

ÁREA DO TRAPÉZIO:

base maior + base menor (B + b) h


A= ( ) altura =
2 2

Base Menor

Altura

Base Maior

Na elaboração da vila podemos estudar


coordenadas, e isso, pode ser feito através de
um jogo, para tanto é necessário inicialmente
que construamos quatro dados, dois com seis
faces (cubo) e dois com quatro faces
(tetraedro):

CONSTRUÇÃO DE UM DADO RÁPIDO:


MATERIAL NECESSÁRIO:
• Cartolina
• Régua.
• Tesoura.
• Cola
ETAPAS DA CONSTRUÇÃO:
1. Na cartolina ou em outro 2. Recorte da cartolina o
papel de gramatura semelhante retângulo contendo os quadrados:
risque 15 quadrados com cerca de 3
cm de lado (poderão ser outras
medidas):

3. Retire dois quadrados da 4. Recorte nas linhas


extremidade do retângulo: pontilhadas e dobre em todas as
linhas riscadas:

5. Agora, basta dobrá-lo, dando o formato de um dado e colar as faces


uma sobre a outra:

89
POSSIBILIDADES:
Possibilidades de explorarmos inserções em diferentes áreas do
conhecimento (interdisciplinares):
É possível fazermos uma pesquisa histórica a respeito do dado para
sabermos, por exemplo:
- Qual a origem do dado?
- Do que o dado pode ser feito?
Durante a construção do dado podemos explorar as noções dos
princípios multiplicativos.

Um modelo de planificação: como construir o tetraedro

1. Tracemos uma 2. Dividimos a 3. Escolhemos


circunferência. circunferência em seis alternadamente três
O raio, por partes iguais de tal das marcas e as
exemplo, 6 cm: forma que se unirmos as unimos:
marcas obteremos um
hexágono:

4. Em seguida
marcamos os
pontos médios
dos lados,
unindo-os:

90
Nos dados hexagonais Este outro dado indicará o sinal
colocaremos números de 0 a 5 . Um da ordenada ou da abscissa.
dado corresponderá às ordenadas e o
outro às abscissas.

0 -

0
+ - +
3 1 2 2 1
+
5
4

Depois disso elaboramos um eixo de coordenadas, ordenadas e


abscissas:

y
5

3
O eixo vertical
2 representa o
eixo das
1 ordenadas,
x geralmente
5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 chamado de y, e
o eixo horizontal
1 representa o
eixo d as
2 abscissas,
geralmente
3 chamado de x.

Este sistema de coordenadas poderá ser feito numa folha


maior.

91
Plano cartesiano e par ordenado
A geometria analítica teve como principal idealizador o filósofo francês
René Descartes (1596-1650). Com o auxílio de um sistema de eixos
associados a um plano, ele faz corresponder a cada ponto do plano um par
ordenado e vice-versa.
Os eixos desses sistemas são perpendiculares na origem, essa
correspondência determina um sistema cartesiano ortogonal (ou plano
cartesiano). Observe o plano cartesiano nos quadros quadrantes:

Y
5

2º QUADRANTE 1º QUADRANTE
4
Neste quadrante, o x é Neste quadrante os
negativo e o y é positivo seus elementos são
3
x < 0 e y > 0. positivos, x e y,
x > 0 e y > 0.
2

1
X
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

-1

3º QUADRANTE -2 4º QUADRANTE
Neste quadrante os Neste quadrante o x é
seus elementos são -3 positivo e o y é
negativos, x e y, negativo,
x < 0 e y < 0. -4 x > 0 e y < 0.

-5

Par ordenado
Indicamos por (x, y) o par ordenado formado pelos elementos x e y,
onde x é o 1º elemento e y é o 2º elemento.
Podemos representar um par ordenado através de um ponto num plano,
onde O 1º número do par ordenado deve ser localizado no eixo das abscissas e
o 2º número do par ordenado deve ser localizado no eixo das ordenadas. Se
traçarmos retas perpendiculares aos eixos x e y, por esses pontos,
encontraremos o ponto procurado na interceptação das mesmas.

92
LOCALIZAÇÃO DE PONTOS

Y 5

E C 4

3
A

X -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

-1
D

B -2

-3

-4
F

-5

Por exemplo:
A (2,3), 2 e 3 são as coordenadas do ponto A. O 1º número do par
ordenado é a abscissa e o 2º é a ordenada. Ambos são positivos, logo, o
ponto A pertence ao 1º quadrante, (xA > 0 e yA > 0).

E(-4, 2) pertence ao 2º quadrante ( xB < 0 e yB > 0)


B(-3, -2) pertence ao 3º quadrante ( xB < 0 e yB < 0)
F(3, -4) pertence ao 4º quadrante ( xB > 0 e yB < 0)

Observação: Por convenção, os pontos localizados sobre os eixos não


estão em nenhum quadrante.
Exemplos :
C(0, 4), o ponto está sobre o eixo y.
D(5, 0), o ponto está sobre o eixo x.

93
ATIVIDADE: De posse do eixo de coordenadas e das casas, por
exemplo, 12 casas, organize a turma em quatro grupos, cada um responsável
por um quadrante. O objetivo é ver quem consegue o maior número de casas
no seu quadrante.
Inicialmente o primeiro grupo joga o dado com valores e o dado com os
sinais para definir a abscissa, por exemplo:
No tetraedro: No cubo:
consideramos o consideramos o
sinal que está na valor que está na
face inferior. face superior.
1

2
2 0
+ 0
1 -

Poderíamos ter aqui a Poderíamos ter aqui, a


abscissa igual a “– 1”. ordenada igual a “+ 2”.

Desta forma, teremos o ponto A (-1, +2).

y
5

1
x
5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5

94
CONFECÇÃO DE UMA PANDORGA
(pipa, papagaio)
1 A
C
H
PASSO 1:
O 1. Inicialmente preparamos três varetas
F E com cerca 30 cm cada uma. Aos
amarramos umas na outras.

D G

B RETA:
A partir deste passo inicial, podemos estudar um pouco a respeito de
retas.
Representamos uma reta da seguinte forma:

As setas, uma de cada lado indicam que podemos prolongá-la


indefinidamente.
Além disso, podemos designá-la selecionando dois pontos da infinidade
de pontos que a forma:

A B r
AB ou BA ou ainda reta r

Segmento de reta:
Quando desenhamos uma reta e assinalamos nela dois pontos, A e B, a
parte entre os pontos consideramos como segmento.

A B

Indicamos: AB ou BA , onde A e B são os extremos do segmento.

95
A partir daqui podemos introduzir algumas noções sobre ângulos
Se desenharmos uma reta e assinalarmos um ponto A, este ponto
dividirá a reta em duas partes. Cada parte é uma semi-reta. O ponto A será a
origem das duas semi-retas.

Isto nos ajudará para definirmos o conceito de ângulo: a união de duas


semi-retas que têm a mesma origem, mas não estão contidas numa mesma
reta.
A As duas semi-retas são os lados do ângulo.
A origem B das semi-retas é vértice do ângulo.

C
B
Para representáramos um ângulo, tomamos dois outros pontos, cada um
pertencente a um lado do ângulo, e escrevemos assim: A Ĉ B ou B Ĉ A. O sinal
^ acompanha sempre a letra do meio, que é o vértice do ângulo.
Outra forma de representar o ângulo usando somente a letra do vértice e
o sinal ^ : Ĉ
Se observarmos a organização das varetas poderemos continuar os
estudos de ângulos observando os tipos de ângulos:
Ângulo Reto Ângulo Agudo Ângulo Obtuso
A C
H

E O
O O
E E

Se observamos os segmentos AB e EF , no desenho inicial,


perceberemos que estes dois segmentos são perpendiculares, pois formam 4
ângulos retos. Assim como, CD e GH :

96
A
C
H

O O

E
F

D G
B

Ângulos Ângulos adjacentes:


consecutivos: A consideramos dois
consideramos dois C ângulos consecutivos
ângulos como como adjacentes se,
consecutivos se um não têm pontos
dos lados de um deles E internos comuns. AÔC
coincide com um dos O e CÔE são ângulos
lados do outro ângulo. adjacentes.

Ângulos opostos pelo


vértice:
Consideremos duas retas
1 A
concorrentes cuja interseção seja o C
H
ponto O. Estas retas determinam
quatro ângulos. Os ângulos que não
são adjacentes são opostos pelo O
vértice. E
F
São opostos pelo vértice os
seguintes ângulos:
AÔC e DÔB, CÔE e DÔF, EÔG
e HÔF, GÔB e HÔA. D G

97
Ângulos congruentes
Dizemos que dois ângulos são congruentes se, quando superpostos um
sobre o outro, todos os seus elementos coincidem.

A A
A A
C C
H C
C
C C
O C
O O
E
F E
O O O
E

D G

Usamos a notação para denotar ângulos congruentes. Dois ângulos


opostos pelo vértice são sempre congruentes.

Para medir ângulos:


Quando desejamos medir um ângulo utilizamos um
instrumento denominado transferidor, que contém um segmento
de reta em sua base e um semicírculo na parte superior marcado
com unidades de 0 a 180. Também podemos encontrar alguns
transferidores com a escala de 0 a 180 marcada em ambos os
sentidos do arco para a medida do ângulo sem muito esforço.

98
Transferidor
Podemos medir um ângulo em graus. O grau é obtido pela divisão da
circunferência em 360 partes iguais, obtendo-se assim um ângulo de um grau,
sendo que a notação desta medida usa um pequeno o colocado como
expoente do número, como 1º.

Ângulos complementares, suplementares e replementares

Dois ângulos são denominados:


Complementares: se a Suplementares: se a Replementares: se a
soma de suas medidas soma de suas medidas soma de suas medidas
é igual a 90º. Por é igual a 180º. Por é igual a 360º. Por
exemplo, AÔC e CÔE. exemplo, CÔE e CÔF. exemplo, AÔE.
C
A A
45° C
F
90°
45°
E
O E E O
O

270°

99
2 A
C
H
PASSO 2:

O
E 2. Amarramos as extremidades com
F
barbante, umas nas outras.

D G

TRIÃNGULOS:
Observando a figura podemos perceber que ela é formada por
triângulos.

A
C A figura é composta por oito
H
triângulos com as mesmas
proporções, ou seja, oito
O
E triângulos congruentes. Além
F
disso, são triângulos
isósceles, ou seja, triângulos
D G que possuem dois lados com
B medidas de mesmo
tamanho.
Área dos triângulos e área total:
Podemos calcular a área de cada um dos triângulos fazendo uso da
formula:
medida da base (b) x altura (h)
Área do triângulo = altura (h)
2
Para calcularmos a área total basta
multiplicarmos por 8 (são oito triângulos, que formam
um octógono).
base (b)

100
Ângulos: A
C
H
Se observarmos o ângulo AÔE perceberemos
que se trata de um ângulo reto, 90 graus, e que
O
E
o segmento OC divide o ângulo AÔE em dois F
ângulos de mesma medida. Este segmento faz
o papel de bissetriz, ou seja, uma bissetriz é a
D G
semi-reta que divide um ângulo em dois
B
ângulos congruentes. Portanto, cada ângulo
mede 45°.
A
45° C

45°
O E

Desta forma, podemos perceber também os ângulos internos do


triângulo isósceles em questão.
Se o ângulo EÔC mede 45° e os lados OC e OE são congruentes, os
ângulos OÊC e O C E são congruentes, e, sabendo que os ângulos internos de
um triângulo medem 180°, isso no leva a pensara que cada um dos ângulos
que falta mede 67,5°.
O
A
45°
45° C

45°
E C
O E

3 A
C
H
PASSO 3:
3. Amarramos as varetas com barbante
O E
F umas nas outras a cerca de 10 cm das
extremidades.

D G

B
101
SEMELHANÇA DE TRIÃNGULOS:
Se observarmos atentamente a figura 3 perceberemos que temos dois
triângulos sobrepostos.

C O O
C’

E
E’ E’ C’ E C

Os triângulos EOC e E’OC’ são semelhantes.

Os próximos passos serão os seguintes:

5 6
4

O passo 4 é feito com barbante e a


partir do 5 trata-se do preenchimento e
da colagem do papel na pipa.

102
CONFECÇÃO DE UM BAÚ
Muitas vezes recortamos , pregamos e costuramos sem nos dar conta, ou sem dar a devida importância para a matemática
que ali podemos encontrar. Nesta unidade vamos trabalhar principalmente com essa idéia, a de pregar e costurar.

CONFECÇÃO DE UM BAÚ:

1 3 1 2
X X X X
4 4 4 4
2X X 2X
A B C D E F G H

2X

J
X

103
Poderemos adotar quaisquer medidas para x, por exemplo se pensarmos para x = 1. teremos AB2x

Para calcularmos cada uma das partes precisaremos multiplicar a base pela altura, é o modo como calcularmos a área do
retângulo.

A = base x altura

a. Vamos adotar a peça abaixo, quadrado, como a peça em que os lados terão medidas x

104
Assim teremos A = x. x = x2.
Se atribuíssemos o valor 2 cm, para x teríamos: A = 2 . 2 = 4 cm2

b. Nas próxima peças temos as seguintes dimensões:


x x
2x Assim teremos A = 2x. x = 2x2.
Reorganizando
x temos dois
x quadrados de x
de lado (x2), logo:
x2 + x2 = 2 x2

1
X
4
Reorganizando
x 1 1 2 temos um
Assim teremos A = x. x = x
4 4 retângulo que é a
quarta parte do
quadrado de x de
lado (1/4x2).
2
X
4 Reorganizando
temos um
2 2 2 1 2 retângulo que é a
x Assim teremos A = x. x = x = x
4 4 2 metade do
quadrado de x de
lado (1/2x2).

105
1 1 1
3 ( + + )x Reorganizando
X 4 4 4 temos três
4
retângulos que
3 3 2 são a terça parte
Assim teremos A = x. x = x x
x 4 4 do quadrado de x
de lado (3/4x2).

2x
x x

x Reorganizando temos
Assim teremos A = 2x. 2x = 4x .2 quatro quadrados de
2x x de lado cada um
(x2), logo:
x x + x + x2 + x2 = 4 x2
2 2

x
x

Assim teremos A = x. 2x = 2 . x . x = 2x2 Reorganizando


x temos dois
2x quadrados de x
de lado cada um
(x2), logo:
x x + x2 = 2 x2
2

106
3 1 1 1
X ( + + )x
4 4 4 4

Reorganizando
3 3 6 temos um
Assim teremos A = x. 2x = . 2 . x . x = x2
4 4 4 x quadrado de x de
2x lado (x2) mais
meio quadrado
x de x de lado
(1/2x2):
x2 + 1/2x2 = 3/2 x2

1
X 1
4 x
4

1 2 2 2 1 2 x
2x Assim teremos A = x. 2x = x.x= x = x
4 4 4 2
x

Reorganizando temos dois retângulos,


onde cada um é a quarta parte do
quadrado de x de lado (1/4x2), os dois
juntos são a metade do quadrado de x
de lado (1/2x2):
1/4x2 + 1/4x2 = 2/4 x2= 1/2 x2

107
2
2 X
x 4
4 2 2 2 1 2
Assim teremos A = x. x = x = x
4 4 2
2x x

x
Reorganizando temos
dois retângulos, onde
cada um é a metade do
quadrado de x de lado
(1/2x2), logo,
1/2x2 +1/2x2 = x2

108
ANEXO:

109
CONFECÇÃO DE UM CHAPÉU

MATERIAL NECESSÁRIO:
• Tesoura, lápis, borracha, régua, uma folha de papel (cartolina).
• Uma linha ou trena.

ETAPAS DA CONSTRUÇÃO:
Nessa atividade propomos a construção de um chapéu de bruxa.

1. Inicialmente, medimos a circunferência de 2. Em seguida, traçamos uma circunferência maior que contenha a
nossa cabeça com uma linha, por circunferência anterior, as duas são desenhadas a partir do mesmo
exemplo, 58 cm, assim poderemos centro:
descobrir qual o raio para desenharmos a
parte central do chapéu:
C = 2π R

58 = 2. 3,14 . R, logo R = 9,2 cm

110
3. Em seguida efetuamos alguns cortes na parte central: Já tendo o perímetro da circunferência do círculo interno:
C = 58 cm
r = 9,2 cm
precisamos calcular a medida do arco, supondo que o raio seja
de 20 cm.
A medida do arco terá que ser igual a medida da circunferência,
ou seja 58 cm, para que o encaixe seja perfeito.
O cálculo do arco pode ser feito
n
Comprimento do arco AB = r , onde:
180
r = raio
n = medida do ângulo

Como a medida do arco deverá ter


58 cm, e adotamos como 20 cm o B
raio, então teremos:
4. Agora, construiremos um setor de
n
circunferência cujo arco possui a medida da AB = r n
circunferência interna: 180 A
n
58 = 3,14 . 20 .
180 r
58. 180
n=
3,14 . 20
n = 173,1°

111
Podemos assim calcular a altura do chapéu
utilizando a fórmula de Pitágoras:
5. Construímos um cilindro com a parte anterior (o setor):
a2 = b2 + c2

(20cm)2 = (9,2 cm)2 + c2


400 cm2 = 84,64 cm2 + c2
20 cm
c2 = 400 cm2 - 84,64 cm2
c2 = 315, 36 cm2

9,2 cm

6. Dobramos as partes que recortamos inicialmente e colocamos o cilindro: Se quiséssemos colocar uma fita ao
redor da parte superior do chapéu
como faríamos?

112
Outro tipo de chapéu: Os primeiros passos seguem como na confecção anterior, o que muda é a substituição
do cone por um cilindro.
A circunferência do círculo da base do cilindro é a mesa do círculo interno, ou seja,
58 cm, de onde podemos obter da mesma forma o raio.
C = 2π R
58 = 2. 3,14 . R,
logo R = 9,2 cm

ÁREA DA BASE DO CILINDRO


A área da base do cilindro pode ser obtida por A = π R2
A= π (9,2 cm)2 A = 265,7696 cm2

ÁREA LATERAL DO CILINDRO


A área lateral do cilindro pode ser obtida por A = π R2
A = 2 π R . h (adotamos a altura com sendo 10cm)
A = 58cm . 10cm = 580 cm2

58 cm

10 cm
113
Possibilidades de explorarmos inserções em diferentes áreas do conhecimento (interdisciplinares):

Além de explorarmos as noções de circunferência, área, perímetro, podemos trazer alguns questionamentos:
- Como e de que materiais os chapéus são feitos? Por exemplo: as nonas (avós de descendência italiana) trançam
com palha de trigo.
- Quais as vantagens para saúde do uso de chapéus? Será que existe vantagem entre o chapéu industrial e o chapéu
artesanal?

É possível realizarmos uma pesquisa histórica a respeito dos tipos de chapéus; mapeando os diferentes povos do globo de
acordo com os modelos de chapéus.

A respeito da história das bruxas:


- De que forma elas surgiram?
- Quem realmente eram as bruxas?
- Elas ainda existem?

114
CONFECÇÃO DE UMA ALMOFADA

115
Vamos explorar as partes dessa almofada. QUADRADO
30 cm As propriedades do quadrado forma estudadas na
possibilidade........ Aqui, podem ser retomadas.

Perímetro do quadrado
É obtido somando-se a medida de todos os lados, ou seja, P =

30 cm
30cm + 30cm + 30cm + 30cm = 120 cm

Área do quadrado:
A área do quadrado é igual a lado x lado, ou seja,
A = 30 cm x 30cm = 900 cm2.

CIRCUNFERÊNCIA
As propriedades da circunferência foram estudadas na possibilidade........ Aqui, podem ser
retomadas.

Perímetro da circunferência
Podemos calcular, por exemplo, a medida do perímetro da circunferência a partir da seguinte
fórmula: C = 2¶r
C = 2 . 3,14 . 15cm = 94,2 cm
Nesse caso temos a metade do perímetro, ou seja, 47,1cm mais a medida do diâmetro, 30 cm,.
p = 47,1 cm + 30 cm = 77,1 cm.

Área do semi-círculo:
A área do semi-círculo é igual a metade do círculo, ou seja,
A = ( ¶r2 )/ 2
d = 30 cm
3,14. (15 cm)2
A= = 23,55 cm2
2

116
ANEXOS:

PLANIFICAÇÃO DDE UMA CASA:

117
PLANIFICAÇÕES:

Planificação do octaedro

118
Planificação do icosaedro:

119
PLANIFICAÇÃO DE UM DODECAEDRO:

120
PLANIFICAÇÃO DE UMA PIRÂMIDE DE BASE QUADRADA:

121
PLANIFICAÇÃO DE UM TETRAEDRO:

PLANIFICAÇÃO DE UM CUBO:

122

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