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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

TATIANA BAPTISTA DE SANTANA

ALFABETIZAÇÃO, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO (CAPÍTULO)

Nova Iguaçu
Setembro/2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ALFABETIZAÇÃO, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO (CAPÍTULO)

TATIANA BAPTISTA DE SANTANA

Sob a orientação do(a) Professor(a)


Flávio Anício Andrade

Texto apresentado ao Departamento de Educação e


Sociedade do Instituto Multidisciplinar da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro como
requisito parcial para aprovação na disciplina
Seminário de Monografia I do Curso de Licenciatura
em Pedagogia.

NOVA IGUAÇU - RJ

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Introdução

Esse trabalho monográfico tem como objetivo refletir em como o uso das telas
pode contribuir, beneficiar ou influenciar no processo de desenvolvimento durante a
alfabetização e no processo educativo.
Desta forma, considerando em uma perspectiva positiva o uso das telas e da
tecnologia como um agente potencializador em uma proposta pedagógica de
possíveis estratégias e possibilidades, a fim de facilitar o processo de alfabetização.
A tecnologia quando bem aplicada é capaz de coisas inimagináveis, mas
também sozinha não pode fazer milagres. Especificamente, a proposta desse
trabalho é através da pesquisa reiterar que apesar de inúmeros artigos destacando
os malefícios do uso das telas, se usadas com moderação, prudência e conteúdos
educativos elas podem sim ser uma possibilidade de se tornarem fatores
beneficentes e contribuintes no processo de alfabetização, não rejeitando os
métodos tradicionais, mas sim usadas como componentes para complementar e
facilitar o trabalho docente e o aprendizado do discente.
O desenvolvimento desse trabalho tem como base em experiências obtidas
durante a alfabetização do meu afilhado, que usarei como meu objeto de estudo por
ter se destacado dos demais alunos da classe sendo o único na sala a conhecer
todas as letras do alfabeto, devido ao conteúdo consumido através das telas. E
experiências adquiridas em sala de aula durante um estágio não obrigatório como
mediadora de crianças com deficiência, onde propus o uso das telas como uma
forma de reforçar o trabalho diário.

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Capítulo 1. Trajetória escolar

Quero iniciar esse trabalho dizendo o quanto foi difícil para mim relembrar
cada fato vivido por todos esses anos. Fatos esses que minha memória por algum
motivo apagou, mas forçar para lembrar me fez reviver cada momento, foi como se
por alguns instantes eu tivesse me transportado para o determinado momento.
Nesses momentos percebi o quanto deixamos vários fatos e acontecimentos sobre
nós mesmos passar desapercebidos.
Entretanto ainda lamento por não ter conseguido lembrar de muitos detalhes,
como o nome da maioria dos meus professores, o número das turmas nas quais fiz
parte e até mesmo de alguns colegas que por incrível que pareça, marcaram de
alguma maneira aquele momento. Sempre fui muito tímida e fechada no meu núcleo
de amigos, talvez se fosse mais extrovertida e falante, tivesse aproveitado melhor de
cada ano, principalmente o ensino médio. Mas vejo que agora no ensino superior,
estou tendo a chance de fazer diferente. Ainda dá tempo.

1.1. Ensino Fundamental I: 2001 – 2006 - E.M. Octávio Tarquínio de Souza –


Pavuna/RJ

O primeiro dia de Aula.


Parece que foi ontem, minha mãe me acordando as 6h da manhã. Sem
entender o exato motivo de ter que acordar tão cedo, ela me veste e se emociona.
- Minha filha já está uma mocinha. – diz ela com lágrimas nos olhos.
Ainda sem entender, vamos para um lugar completamente estranho no meu
ponto de vista. Tinha grades formando um corredor logo após a porta de entrada.
Muitas outras crianças, algumas chorando e outras sem entender muita coisa assim
como eu.
Minha mãe larga minha mão e faz um gesto me influenciando a entrar. Se
despede de mim e eu entro. Logo após vem até mim a primeira mulher que marcou
minha vida escolar. Professora Neuza. Muito simpática e sorridente, me pôs no
ultimo lugar da fila. Em falar em fila, logo após outras duas meninas foram postas
atrás de mim, Brenda e quatro “Vanessas”. Nós três éramos as mais altas da turma,
mas a Vanessa superava a todos, era quase do tamanho da professora Neuza.

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Chegou então o momento chato que aconteceria todo dia primeiro do mês por
longos 5 anos. Cantar o Hino Nacional. Tenho a plena convicção que desde criança
nunca fui muito patriota, pois detestava ficar tanto tempo em pé, cantando uma
música que eu não entendia nada da letra, mal sabia cantar e pronunciar as
palavras gramaticalmente difíceis. Iniciando assim, toda uma jornada escolar.
Os Demais Dias E Anos Posteriores
Não consigo me lembrar exatamente o que aconteceu em cada ano do meu
ensino fundamental. Lembro de pequenos fragmentos, os mais marcantes e
significantes para o meu aprendizado e sociabilidade com o próximo.
Dos momentos que me recordo, alguns são:
Uma vez a professora mandou que pegássemos o pote correspondente ao
nosso nome, no qual havia lápis de cor dentro. Todos pegaram os seus. Não lembro
exatamente por quanto tempo, mas pareceu horas que fiquei olhando para o pote
que estava escrito o meu nome. Eu estava completamente nervosa e sobre pressão,
só conseguia pensar: “e se essa Tatiana não for eu?”, “e se eu estiver lendo errado
e não for assim que meu nome se escreve?”, “e se eu pegar, esse não for o meu
pote e a professora brigar comigo na frente de todos?”. Por fim, depois de tanto
pensar, pedi emprestado para outras colegas de classe, como elas sempre foram
rudes comigo, a professora acabou percebendo e me entregou o meu pote, disse
que aquele era o meu nome e eu poderia pegar quando quisesse. Naquele momento
senti uma sensação de alivio, misturada com angustia por não ter tido ousadia o
suficiente para pegar o pote mesmo na duvida de que se fosse meu ou não.
Colegas de classe rudes comigo. Era o maior motivo dos meus choros diários
em casa e na creche. Elas tinham mais brinquedos, materiais e qualquer outra coisa
a mais do que eu, ou que eu não tivesse. Elas nunca me emprestavam, me
chamavam de pobre e feia. Viviam fazendo uma brincadeira de “cortar”, quando eu
fazia algo que elas não queriam, o que me motivava a sempre fazer o que elas
queriam a fim de não perder a “amizade” delas.
Bullying da parte dos meninos.
O segundo motivo dos meus choros diários em casa e na creche. Eu era alta,
magra (nada muito diferente de hoje) e minha mãe ainda fazia uma maria Chiquinha
com tranças no meu cabelo, o que resultava em apelidos como: ET, Olivia Palito,
Allien, Perna de Vareta, Bete a feia entre outros que minha mente fez questão de
esquecer.
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Fazia mais desenhos do que qualquer outra coisa, pintar e desenhar estão
incluídos. Inclusive teve uma situação um tanto inusitada. A Professora Neuza deu
vários gizes de cera na mão dos alunos. Ensinou como se fazia o número 2 e
mandou que imitássemos no quatro. Quando chegou a minha vez, eu sublinhei o
dois dela que não estava perfeitamente apagado no quadro. Ela viu e me recordo do
esporro que tomei por tentar dar uma de esperta.
Uma vez durante a educação física, pedi ao professor para ir no banheiro. Ele
não deixou, alegando que faltava pouco tempo para a aula terminar. Continuei a
brincar de correr, mijei nas calças e fui motivo de chacota por muito tempo.
A primeira vez que fiquei doente na escola. Para mim era um dia comum
como qualquer outro, até que uma coleguinha encostou em mim e gritou: “Nossa,
como você está quente!”. A professora imediatamente pôs a mão em mim e me
levou imediatamente para a secretaria. Eu não entendi porque estava lá, achei que
tinha feito algo de errado.
Fiquei por muito tempo sentada naquele sofá marrom de couro e de minutos
em minutos a diretora vinha me perguntar se eu estava bem, me sentindo bem. De
repente sinto que tem algo errado comigo, mas não sei exatamente o que. Sinto
meu corpo amolecer, começo a perder os sentidos, primeiro a visão ficou turva,
depois a audição aguçada e a língua formigar. Acho que estava tão abatida que era
nítido a expressão de preocupação da diretora. Ela então me pegou no colo e
começou a me ninar. Não consigo explicar, mas aquilo me fez melhorar um pouco e
meus sentidos voltarem. Eu já nem era tão pequena, pesada até para ela aguentar.
Mas guardo comigo até hoje aquela expressão gratuita de carinho e cuidado.
Não sei exatamente o período que aprendi a ler e escrever, creio que tenha
sido pelos 7/8 anos. Mas por já ter um apoio na creche, quando a professora
colocava no quadro coisas do tipo “ba-be–bi–bo–bu” eu já sabia escrever. Então
ouvia o que ela dizia e escrevia. Por conta disso acabei me destacando dos demais.
Uma vez a turma plantou feijões em um copinho. Fizemos todo o
procedimento até crescer. Perguntei a professora se poderia comer, ela com o
semblante irritado disse que não. Qual a finalidade de plantar feijões se não para
comer?
Depois de sair do primário, mudou de professora, passou a ser então a
Urania.

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Não lembro de nada em especifico sobre a professora Urania, apesar de
terem sido anos, não marcou.
Lembro que a partir da terceira série só tirava nota absurdamente baixa. Não
conseguia sair do I de Insuficiente. Não tinha apoio em casa e nem na creche e só
passei de ano por conta da aprovação automática. Lembro que uma vez questionei
uma tia da creche e então ela começou a me ajudar a estudar. Após isso tirei um R
de Regular e fiquei absurdamente feliz, mesmo permanecendo numa nota ruim.
Eu e mais 3 alunos fomos convocados para fazer uma prova no intuito de
pular de série. Entretanto só uma passou, e eu fiquei absurdamente triste por ter de
continuar em uma classe onde sofria bullying e maus tratos por parte das outras
colegas de classe.
A escola só ia até a 4ª série. Então começou os trâmites para alocar os
alunos em outras escolas. Fui encaminhada para o Telêmaco, para felicidade da
minha mãe. Ela estudou lá também e ficou contente por ver que eu estava fazendo a
mesma trajetória que ela em relação as instituições.

1.2. Ensino Fundamental II: 2007 – 2010 – E.M. Telêmaco Gonçalves Maia –
Pavuna/RJ

A Segunda parte do meu ensino fundamental foi o processo de adaptação e


amadurecimento. Começando em uma escola nova, me agarrei aos outros alunos
que conhecia, que foram transferidos do Octavio Tarquínio também. Agora de vez
termos uma única professora para todas as matérias, tínhamos diversos
professores, um para cada matéria. Usar lápis agora era proibido, somente para
respostas no caderno, o que foi horrível no início. Lembro do meu caderno ter em
cada linha corretivo líquido.
No Telêmaco fiz amizades que carrego até hoje, e a cada ano tinha uma
paixonite diferente. Em relação ao desempenho nas matérias, olhando o meu
histórico hoje, vejo e me recordo de que passei a me empenhar mais, espacialmente
porque tinha um medo terrível de repetir de série. As matérias humanas sempre
foram fáceis para mim, biologia também. Entretanto, as exatas sempre foram o terror
da minha vida escolar.
De todos os professores que tive no Telêmaco, apenas dois marcaram em
especial, dois professores de matemática, em anos distintos. Eu sempre tive muita
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dificuldade com matemática, porém com o professor Celso, eu entendia
perfeitamente. Não me recordo exatamente da didática que ele usava para prender
nossa atenção e nos fazer aprender, porém foi a primeira vez que eu tomei gosto
por matemática e em decorrência disso, ele gravou o meu nome e sempre ficava no
meu pé, dando bronca quando não fazia as lições e explicando 20 vezes se
necessário até ter a plena convicção de que eu havia aprendido a matéria.
Professor Vicente
O outro professor, Vicente. De início ele era como os outros, indiferente para
mim, contudo as coisas começaram a mudar quando ele começou a pegar no meu
pé. Eu era representante de turma e por conta disso, ele deixava várias
responsabilidades nas minhas costas. Um dia, não deu tempo de terminar a lição, e
ele não me deixou sair de sala. Disse que eu só sairia quando terminasse e na
primeira oportunidade que tive, sai correndo. Ele ficou na porta da sala me gritando,
porém lá no fundo me senti livre, liberta e com aquela sensação de que ninguém
manda em mim.
No dia seguinte, ele puxou a minha mesa e cadeira para ficar de lado com a
mesa e a cadeira dele, de frente para o resto da turma, assim como ele. Meu rosto
queimou de vergonha, eu não tinha sido a única a fugir, mas fui a única a ser usada
como exemplo para os demais e por muito tempo me perguntei o porquê. Entretanto,
para o meu desgosto, aquilo não durou apenas um dia, foram todas as aulas dele
até o fim do ano letivo.
Quando saia um determinado professor de outra matéria e eu já sabia que
viria o Vicente, já puxava a cadeira e a mesa para o lado da mesa dele. Foram dias,
meses, tendo que fazer exercícios e exemplos no quadro, distribuindo e recolhendo
provas, ficando até depois do horário para o reforço de matemática.
A cada dia que passava o meu ódio só aumentava, porque eu não conseguia
entender o motivo de tudo aquilo. Um único erro e ele me faz passar por isso? –
uma pausa, os olhos já encheram d’agua – Até que na ultima aula antes da ultima
prova, quando fui me preparar para colocar a mesa e a cadeira encostadas na dele,
ele fez um sinal, me mandando parar: - Não é mais necessário. Meu trabalho com
você acabou, dever cumprido e um dia você vai entender. – Disse ele sorrindo.
Eu não entendi muito bem, mas fiquei tão contente por não precisar mais
fazer aquilo, porém confesso que foi estranho vê-lo de frente após tanto tempo
vendo somente o perfil. Passou se então o dia da prova e veio o resultado final, eu
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que só tirava notas baixas em matemática, havia ficado entre as mais altas. Achei
que o mérito tinha sido todo meu, mas como seria meu se eu não estudava fora da
escola? Nas férias do ano seguinte, eu refleti muito sobre essa situação, minha ficha
caiu sobre o que o professor Vicente fez por mim. Além de ter melhorado minha
aprendizagem na matéria, me trouxe o amadurecimento, visão. Eu fiquei durante
toda as férias desejando voltar para poder falar com ele, agradecer o que havia feito
por mim.
Contudo, no primeiro dia de aula daquele ano, esperando o toque do sinal
para ir para a sala, a diretora fez um comunicado no alto falante:
“Alunos, por favor, prestem atenção. É com dor no coração que digo a vocês que o
professor Vicente de matemática veio a falecer no início desse ano devido a um
câncer no intestino. Peço encarecidamente que orem pela alma dele e pela família
que fica.”

1.3. Ensino Médio: 2011 – 2013 – C.E. Visconde de Cairu – Méier/RJ

O primeiro dia do ensino médio não foi de todo ruim, conheci uma amiga para
toda a vida, Karina. Mas antes desse evento acontecer, eu nunca tinha visto tanta
gente em um único lugar, o colégio é enorme, tantos andares e foi necessário a
ajuda da minha mãe para achar minha sala.
Começou mal porque a professora que daria aula nos dois primeiros tempos
faltou. Imagine uma sala com aproximadamente 40 alunos. Ninguém se conhece,
todos sobre pressão, por dois tempos inteiros em silencio, o medo/receio era tanto
que até para se mexer, fazer qualquer movimento era difícil para todos. Entretanto
tudo isso passou após o horário do lanche da tarde. Já estava praticamente todo
mundo se falando e conversando, quem via nem acreditava na situação de antes.
No ensino médio senti uma carência de professores de química e física. Por
não ter tido essas matérias, sofri consequências depois no pré-vestibular, pois não
tinha base alguma.
A verdade é que eu não gostava muito daquele colégio. Era tão longe da
minha casa, pegava diversos trânsitos até chegar e na maioria das vezes não
chegava a tempo. Fiquei muitos dias do lado de fora, sem poder entrar, porque não
permitiam a entrada após o limite tolerado, independente do motivo.

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A única professora na qual eu lembro o nome é a Tatiana de português e só
porque ela tem o mesmo nome que o meu. Mesmo sem saber ou lembrar os nomes
dos meus professores do ensino médio, ainda lembro da fisionomia de alguns e a
grande maioria eram empenhados e tinham gosto em dar aulas.
A melhor parte do Ensino médio foi as amizades que fiz, por diversas vezes
que achei que reprovaria em alguma matéria, tive o apoio das minhas amigas para
estudar, fazer trabalhos entre outras coisas. A pior parte do Ensino médio era a
educação física, durante o primeiro bimestre até que era bom, queimado, vôlei,
futebol – eu sempre ficava no gol pois agarrava bem – e outras atividades. A parte
péssima era uma dança obrigatória no último bimestre. Todos os 3 anos teve isso.
No primeiro ano eu consegui fugir de dançar para o grande público, fiz a
recuperação e dancei “O Rebolation” para a professora junto com 3 outras colegas.
Não sei se estávamos tentando seduzir ou assustar a professora, sei que rendeu
boas gargalhadas de todos no final, esse mico.
No segundo ano com muita dificuldade eu decidi dançar, mas para a minha
tristeza era justamente o que eu detestava: Samba! Eu não fazia ideia de como se
sambava, foram dias sofrendo nos ensaios, sendo alvo de piadas e risos por ao
invés de dançar, dar uma demonstração de ataque epilético. No dia da apresentação
o foco eram outras meninas, então creio (e espero) que eu e o meu samba
desengonçado tenhamos passado desapercebido.
No terceiro e último ano também dancei. Não lembro exatamente o ritmo e
estilo musical, mas lembro que era uma música do Ricky Martin. Essa foi a única
dança que eu tomei gosto, dancei com vontade e justamente a nossa que foi “a
melhor” o professor deixou para ser a última a ser apresentada, ou seja, quando
finalmente chegou a nossa vez, já não tinha quase ninguém para assistir. E assim
finaliza minha trajetória escolar.

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Capítulo 2. Tecnologia na Infância: Um perigo ou benefício?

2.1 - Caso Miguel


A inspiração do tema desse trabalho teve como base experiências obtidas
durante a alfabetização do meu afilhado, onde foi possível observar que ele estava
se destacando das outras crianças de sua classe devido ao seu avanço, e em
decorrência disso dava para notar que ele já conhecia praticamente todas as letras e
números. Questionei como ele naquela idade (2 anos na época) já estava tão
adiantado, pois estagiando com crianças de 7 a 10 anos e sabendo da defasagem
enorme que existe no sistema educacional, fiquei surpreendida com o seu caso. Em
resposta a mãe dele disse o que eu já imaginava por conviver um pouco com ele. No
caso, o avanço dele era consequência do uso de telas. Desde então, a mãe do
Miguel passou a relatar os fatos diante do sucesso que foi o uso de telas na
alfabetização dele e dessa forma esse trabalho começou a ser desenvolvido
tomando o caso como inspiração.
Atualmente, Miguel tem 6 anos e recentemente foi descoberta uma pequena
deficiência motora, mas falaremos disso mais para frente ao longo desse trabalho.
Tendo em vista que o Miguel foi um bebê e posteriormente uma criança bem
acompanhada pela mãe, a interação do uso das telas ajudou no seu
desenvolvimento. Sendo alguns deles vídeos da Galinha Pintadinha, Casa do
Mickey, canal Criança Inteligente que tem conteúdos afim de ensinar números,
letras, abecedários, fonética, e entre outros que veremos a seguir.
Os canais mais utilizados no Youtube Kids foram:
 Farmees Song em Português;
 Marsha e o Urso;
 BabyBus;
 Bliip.
No Youtube Comum foram:
 Numberblocs;
 Mundo Bita;
 Bolofofo;
 Palavra Cantada;
 Ensinando meu Filho;

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 Jp Kids;
 Fafá Conta Histórias;
 Ticolicos.
De forma substancialmente, conforme os relatos da mãe do Miguel, foi possível
acompanhar e seguir a linha do tempo conforme seu desenvolvimento anual junto
com seu histórico escolar:
Quatro Meses: Ele já começou a pronunciar as primeiras palavras, sendo uma
delas “mamãe”.
Seis Meses: A mãe acessava o aplicativo BimiBoom através do tablet, que
consiste em jogos educativos sendo eles: continhas, alfabeto, jogo de memória e
etc. Um método usado por ela para realizar as atividades era manusear a tela
segurando e guiando o dedo dele.
Nove Meses: Ele começou a pegar o celular e o tablet por conta própria e
escolhia os vídeos que queria assistir no Youtube Kids. Nessa fase ele já estava
cantarolando as músicas e identificava os personagens dos vídeos.
Um Ano: Ele começou a montar frases para se expressar.
Dois Anos: Nessa fase, Miguel começou os estudos no maternal 1, sendo
matriculado em uma creche/escola e estudou todo o período letivo. Notavelmente,
ele passou a demonstrar interesse por línguas estrangeiras. Devido aos conteúdos
assistidos através das telas, ele entrou na escola sabendo todas as letras do
alfabeto, contado de 1 até 50, 1 até 10 em espanhol, 1 até 10 em inglês e também já
sabia várias cores em inglês. Como ele estava avançado em relação as outras
crianças, a escola optou em conjunto com a mãe focar no desenvolvimento motor
pois ele ainda não andava sozinho, então o objetivo era ensinar ele a se locomover,
e também auxiliar no desenvolvimento social para que assim ele passasse a
interagir com outras crianças na sua faixa etária.
Três anos: Passou para o maternal 2, nessa fase a escola já havia cumprido o
objetivo do ano anterior, pois ele já estava andando sozinho e tinha feito amizades.
Até março de 2020 ele ia para a escola normalmente, participou do bailinho de
carnaval e outras atividades, porém com a pandemia as aulas se tornaram remotas,
sendo realizadas através do aplicativo Zoom por Vídeo Chamada, e assim, as
crianças se reuniam para interagir. Nesse período a professora entregava o material
na escola, sendo estas, folhas com atividades propostas para realização em casa,

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além de vídeos com as atividades que deveriam ser feitas. A mãe mostrava o vídeo
e o ajudava com as atividades que eram curtas, pois em cerca de no máximo 5
minutos já finalizava. Com o intuito de complementar as atividades da escola, era
utilizado o uso das telas e concluía colocando os vídeos do Youtube, músicas e
atividades relacionadas a matéria do dia para assistir.
Nessa fase foi o momento em que ele passou a ter mais autonomia. Como ele
tinha facilidade com os números, descobriu a senha do celular apenas observando
enquanto sua mãe desbloqueava e então gravou na memória. Em decorrência disso,
ele passou a tirar o celular do modo Kids sozinho. Dessa forma, além do Youtube
Kids, ele começou a assistir o Youtube normal, porém com restrições, porque esse
foi o período em que começou a pandemia da Covid-19 e foi necessário que a mãe
desse aula para ele em casa. Com isso, aumentou o tempo de telas e passou a usar
mais ainda o canal Criança Inteligente, Palavra Cantada, além de procurar outros
canais que ensinavam formas, contas, formação de frases e etc. E com o uso
individual do celular e do tablet, ele descobriu como baixar e instalar jogos no celular
dos avós, o que deu espaço para a descoberta de outros jogos como Minecrafit,
Roblox, entre outros.
Quatro anos: A pandemia estabilizou e ele voltou para a escola, porém foi difícil a
adaptação, o retorno dele para a sala de aula, então a mãe optou por tirar ele da
escola, porque achou que estava pagando para ela mesma dar aula. Ele deveria ter
ido para o Pré 1, mas não cursou porque seria presencial e a família ainda não havia
sido vacinada sendo alguns do grupo de risco, dessa forma não era vantagem
permanecer com a matrícula ativa na escola. Como ele não estava matriculado em
nenhuma instituição, a mãe dele passou a cuidar da educação dele de forma
integral, pois nesse período ela estava trabalhando de Home Office e assim
conseguia administrar seu tempo com eficiência para dar aula para ele. Dessa
forma, determinou o horário para ensiná-lo, sendo a partir de 14 horas da tarde, 1
hora e meia de aula. Nas atividades ela seguia o padrão tentando trabalhar mais a
escrita, pois foi o que mais demorou para ele desenvolver, então mandava ele
escrever o cabeçalho, o próprio nome, buscava na internet atividades e realizava
junto com ele, complementando tudo o que foi passado com o uso de telas com
atividades vistas no Youtube, reforçando a matéria do dia assim como era feito no
ano anterior. Nessa fase ele contava até 50 em ucraniano, mais uma vez em
decorrência do uso de telas.
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Cinco Anos: Nesse ano ele voltou efetivamente para a escola, pulou o Pré 1 (um)
pois já estava adiantado e foi direto para o Pré 2 (dois). Uma atividade notadamente
realizada pela escola afim de auxiliar o reforço tirando um pouco o foco do uso das
telas, é toda sexta-feira os alunos levarem para casa um caderno com os deveres de
casa e também um livro sendo essa atividade denominada “Ciranda da Leitura”, que
cada semana vai intercalando entre eles e a atividade proposta é que desenhem o
que entenderam da história.
Miguel sabe escrever o próprio nome sozinho, sem precisar copiar. Caso precise
realizar prova oral, ele saberá responder tudo com clareza, entretanto a parte escrita
ainda está em desenvolvimento devido ao atraso na questão motora, onde foi
detectado recentemente através de exames uma hemiparesia do hemisfério
esquerdo, bem leve. Foram inúmeros exames até conseguir detectar e por fim, o
neuro concluiu com esse diagnóstico. Com isso foi necessário a realização de
fisioterapia, natação, entre outras atividades afim de desenvolver a coordenação
motora, como por exemplo, desde pegar uma caneta até se locomover
corretamente. Um outro aspecto que a tecnologia auxiliou, no entanto, a escola foi
mais fundamental para que ocorresse, foi no desenvolvimento da socialização, ou
seja, a questão da interação social. A escola o ajudou e o ensinou a interagir, visto
que ele era uma criança muito tímida. Contudo, foi melhorando a socialização e
assim, interagindo com os professores e com outras crianças.
Nessa mesma idade ele já sabia somar e subtrair, com o auxílio dos canais do
Youtube. A maior dificuldade durante essa época era fazer ele ler, pois como já
conhecia as letras, era necessário fazer ele começar a pronunciar, ou seja, juntar as
sílabas. Assistindo o canal Criança Inteligente que ia narrando as historinhas, ele
conseguiu associar as musiquinhas, o lúdico e as histórias com o que precisava ser
lido, e assim, ele passou a ler algumas palavras. Dessa forma aprendeu a juntar as
sílabas, se tornando assim, o único da sala que já estava minimamente alfabetizado.
A partir disso, a escola começou a usar os mesmos canais como complemento
durante as aulas como reforço para as crianças que estavam “atrasadas” na
alfabetização, e também passaram a encaminhar e indicar os links dos canais para
que os pais fizessem uso do reforço de forma individual em casa também.
Abaixo segue imagens (print) do grupo da escola onde os professores
recomendam os canais do YouTube que já eram utilizados pela mãe do Miguel.

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Durante a pandemia também surgiu um aplicativo que fez sucesso, o famoso
TikTok. Inevitavelmente nessa época de exílio da sociedade era impossível seguir
com as aulas escolares e com a fisioterapia. Então o aplicativo foi de grande auxílio
para a mãe do Miguel, pois de acordo com ela, conseguiu adquirir conhecimentos
assistindo alguns conteúdos de qualidade, como por exemplo algumas pedagogas e
educadores e professores que davam dicas de como “dar aula” para os filhos em
casa, dicas de musiquinhas, como trabalhar os traços finos, motricidade e
principalmente a parte de coordenação motora que devido a descoberta da
deficiência precisava ser trabalhada para ser desenvolvida. Desde então pegou
como referência várias atividades, como por exemplo: usar o macarrão pene pra
fazer cordão; pegar o pregador e colocar na barra da blusa; trabalhar modos de abrir
e fechar a mão; desenhar em um papelão em forma de tênis e fazer uns furos para
passar o cadarço e aprender a amarrar o mesmo. Entre diversas outras dicas que é
impossível enumerar nesse trabalho. Dessa forma, ela conseguiu instruções de
como trabalhar com o filho em casa, pois como não tinha mais o apoio presencial na
escola, contou com o apoio dos profissionais que utilizaram a rede com
solidariedade afim de propagar o conhecimento e contribuir para que as crianças
não ficassem atrasadas quando voltassem para as unidades escolares.
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Apesar de reforçar o quanto o uso da tecnologia foi benéfico para o Miguel, as
professoras que ele teve ao longo do período escolar foram fundamentais para
auxiliar no desenvolvimento do vocabulário, nos conteúdos que seriam passados e
como seriam passados. Além disso, tinham controle e acompanhamento sobre o
comportamento dele individualmente e socialmente que estava alterando devido à
ausência do pai e a dependência que tinha na prima. Inclusive, identificando quando
necessário a necessidade de procurar um Profissional Fonoaudiólogo e
Fisioterapeuta. Ou seja, nada substitui o profissional que estudou, se formou e se
especializou na função.
Decorreu que preocupada com o tempo de exposição as telas, a mãe do
Miguel procurou um oftalmologista. Ele a instruiu a dosar o tempo do uso de tela
porque além de causar o vício e a dependência nos aparelhos tecnológicos poderia
também causar problemas de visão futuramente. O oftalmologista determinou 1 hora
no máximo para o uso, além de não utilizar os aparelhos eletrônicos em movimento
como dentro de ônibus, carro e etc. Usar de preferência Televisão, mas se caso for
fazer uso de outros aparelhos como celular ou tablet, não pode estar em movimento
para não correr o risco de causar deslocamento de retina.

LUPENSE – MATRIX (como usam a tecnilogia como recurso educacional). ??

2.2 - Benefícios e Malefícios da Tecnologia na Infância

O uso das telas na infância tem sido tema de vários debates, isso porque
existe quem defende e quem condena tal ato. Neste trabalho a intenção é mais
defender do que condenar, pois o mundo tem evoluído e a tecnologia faz parte
dessa evolução, e dessa forma sigo na convicção que devemos acompanhar as
mudanças e nos adaptarmos a elas, isto é, não esquecendo dos nossos princípios e
sem desvalorizar os métodos tradicionais que foi o que nos fez chegar até aqui.
Quando se fala de telas usadas por crianças, a Sociedade Brasileira de
Pediatria defende o uso restrito por menores de 2 anos, entretanto a Organização
Mundial de Saúde (OMS) divulgou, em abril de 2019, orientação condenando o uso
de telas por crianças de até 1 ano de idade.

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2.3 –. Tecnologia nas escolas
Se o uso das telas na infância por si só já é tema de debates e discussões,
edemas em sala de aula. Algumas instituições banem por completo o uso de
equipamentos eletrônicos adotando a chamada pedagogia Waldorf, “focada em
atividade física e aprendizado, através de tarefas criativas e práticas.” Acreditando
que equipamentos eletrônicos atrapalham o desenvolvimento do movimento, do
pensamento criativo e a interação humana das crianças. Nas instituições que usam
essa filosofia, é prezado a individualidade de cada criança, que tem seu tempo de
desenvolvimento respeitado, bem como seus talentos e capacidades tratados como
únicos.

https://nic.br/noticia/na-midia/restricao-ao-uso-de-telas-em-escolas-divide-
especialistas-no-brasil-e-eua/
https://blog.pitagoras.com.br/pedagogia-waldorf/
https://pt.ikipedia.org/wiki/Pedagogia_Waldorf
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2.4 – Tecnologia como agente potencializador na Alfabetização Inclusiva / Uso da


Tecnologia na Educação Especial.

3. Tecnologia Educacional

3.1 – Uso da Tecnologia como Instrumento de Alfabetização


18
3.2 – Visão dos Autores sobre o tema

3.3 – A Importância do professor no processo de Alfabetização Tecnológica

3.4 – Educação Pós pandemia: Tecnologia como recurso Pedagógico

4. Educação Interativa

4.1 – Educação Tradicional x Educação Interativa

4.2 – Método Interativo de Cursos Profissionalizantes

4.3 – A Importância do professor em Cursos Tecnológicos

4.4 – Práticas Inovadoras

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REFERÊNCIAS:

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