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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES


UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO ENSINO DE PORTUGUÊS


DOCENTE: ALEXANDRE MARTINS JOCA
DISCENTE: MARIA RAQUEL DE SOUZA

Resgate de memórias sobre a minha experiência de aprendizagem da língua


portuguesa.
Desde do início da minha vida acadêmica, quando começou lá na creche até os dias
de hoje, passei por diversas coisas, várias dificuldades e desafios tanto no âmbito da
minha vida escolar, quanto na minha vida pessoal. Dessa maneira, tive algumas
dificuldades em algumas disciplinas, em especial a de língua portuguesa em relação aos
aspectos que envolvem a mesma, isso começou já na educação infantil, pois o ensino
ofertado foi um ensino tradicionalista e decodificador, assim tive bastante dificuldade
no meu processo de alfabetização e também para conseguir aprender a ler.

O ensino tradicionalista e decodificador, é pautado em memorizar os conteúdos


proposto em sala de aula, no qual o professor vai apenas, repassar aquele conteúdo para
o aluno, seja na lousa, no caderno ou no livro, sem que os alunos possam tirar as
dúvidas relacionadas aqueles conteúdos, dessa maneira os alunos não eram estimulados
a refletir sobre o assunto que está sendo trabalhado na sala de aula. Dessa maneira,
podemos destacar o texto alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos, no qual
em um dos trechos a autora Magda Soares salienta que nos métodos de alfabetização
tradicional, a aprendizagem da língua escrita é um processo de acumulação de
informações que são repassadas pelo professor, e assimiladas pelo aluno.c Assim como
ocorreu durante a minha experiência nos anos iniciais do ensino fundamental, quando
eu estava no processo de alfabetização, no qual a professora escrevia cada letra na lousa,
e mandava os alunos escreverem no caderno todos as letras, sem se quer dizer quais
eram aquelas letras ou algo assim, por esse motivo demorei bastante para aprender a ler
e bem como também associar as letras certos a inicial das palavras e dos nomes de
desenhos e o objetos.
Nessa perspectiva, como foi dito anteriormente demorei bastante para aprender a ler,
pois como o ensino era tradicionalista, para aprender a ler a professora pegava um livro
didático de alguma matéria e colocava cada um dos alunos para tentar ler sozinho e
depois ela chamava cada um para frente da sala de aula, e apontava o nome que estava
na lousa, para que o aluno pudesse ver as letras que em tem cada palavra, as silabas que
são formadas cada uma delas, e logo após isso a professora lia a palavra junto com o
aluno, e depois o aluno tinha que ler sozinho. Sendo assim, o ensino que eu tive foi algo
que só levava em consideração a leitura da palavra feita em sala de aula, sem levar em
consideração a leitura de mundo, pois os dois tipos de leituras são importantes.
Dessa maneira podemos destacar o texto de Paulo de freire, a importância do ato
de ler, no qual freire salienta que “a leitura de mundo, precede a leitura da palavra
“(1989), ou seja durante o meu processo de alfabetização, deveria ter tido essa leitura de
mundo, como aborda Paulo freire, entretanto, só tive apenas a leitura da palavra na
escola, e em casa não tive ajuda dos meus familiares em relação a aprender a ler ou algo
do tipo.
Além disso Paulo freire ainda destaca no seu texto, um pouco de como era sua casa,
quando era criança, as característica dela, e o falou pouco sobre algumas coisas que fez
durante a sua infância, dessa maneira a partir disso pude refletir um pouco sobre como
foi a minha infância, não só em relação ao ensino que tive na escola, em relação a
minha infância por inteiro. Lembre-me bastante da casa dos meus avós maternos, onde
passei praticamente a minha infância e adolescência inteira, gostava muito de conversar
na calçada com eles, de brincar no terreiro de casa, com terra ou com lama, mesmo no
meio da chuva, da comida da minha avó, como era boa, do cabelo enorme que ela tinha
e das roupas de boneca que ela fazia para minha boneca e do meu avo, me lembro dos
conselhos que ele me dava quando eu era adolescênte, e principalmente do jeito
brincalhão que ele tinha, sempre animava todos que estavam ao redor
Quando eu estava , no quinto ano, tive muito dificuldade em relação a alguns
conceitos que estão presentes no ensino de português, justamente porque a minha
professora queria que os alunos decorassem os conceitos, como por exemplo o que era
morfologia ou semântica, além disso a mesma passava provas sobre esse assunto, ou
seja era algo muito desafiador para os alunos, pois tinha que estudar sozinho sobre o
assunto, tinha que decodificar os conceitos e as palavras, assim como ocorreu durante o
ensino médio, apesar dos professores explicarem algumas coisas, na maioria das vezes
tinha muitos conceitos que seriam cobrados nas provas, e que na maioria das vezes era
uma explicação muito rasa, não dava para entender direito, por isso, que para fazer a
prova, e tirar uma nota razoavel , eu tinha que decorar aqueles conceitos sobre aquele
determinado assunto de português, como por exemplo o que é verbo, e os exemplos de
palavras que são consideradas verbos, assim como artigos, adjetivos e etc. vale a pena
ressaltar que isso não ocorria somente na disciplina de português mais em varias outras
também como por exemplo, historia, geografia e etc, porém só ocorria com mais
frequência em português.

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