Você está na página 1de 32

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


CENTRO DE CIÊNCIAS DA NTUREZA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Química Geral Experimental


ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS

Teresina - PI
2022
Laboratórios de Ensino de Química Geral

Código da Disciplina: QUI PRIL007


Nome: Química Geral Experimental

Professor: Ms. Luiz Alves Marinho

Revisão /2020.1
INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA

O laboratório é um dos principais locais de trabalho do químico. Existe certo


risco associado ao trabalho em laboratórios de química de um modo geral, uma vez
que os indivíduos ficam mais frequentemente expostos a situações potencialmente
perigosas.
Os principais acidentes em laboratórios de química se devem a ferimentos
provocados pela quebra de peças de vidro ou por contatos com substâncias cáusticas,
incêndios com líquidos inflamáveis. É preciso, então, planejar cuidadosamente o
trabalho a ser realizado e proceder adequadamente no laboratório a fim de minimizar
riscos. Também, deve-se sempre procurar conhecer as propriedades toxicológicas das
substâncias com que se trabalha, em termos agudos e crônicos, e, caso as
substâncias sejam desconhecidas, deve-se tomar os cuidados necessários para evitar
eventuais intoxicações. Dentro dos limites do bom senso, ao se trabalhar no
laboratório, deve-se considerar toda substância como potencialmente perigosa e evitar
contatos diretos, seja por inalação, por ingestão ou por contato com a pele.
Além da redução dos riscos de acidentes e intoxicação, é necessário ainda
estar atento à possibilidade de contaminações por substâncias que possam interferir
nos resultados. Uma maneira para reduzir essas contaminações é manter vestuário,
bancadas e materiais rigorosamente limpos.
Neste contexto, regras elementares de segurança e conduta devem ser
observadas no trabalho de laboratório, a fim de reduzir os riscos de acidentes, tais
como:
* Cortes por manejo inadequado de vidraria;
* Espalhamento de substâncias corrosivas ou cáusticas;
* Incêndios;
* Explosões;
* Inalação de gases ou vapores nocivos;
* Contato de produtos químicos com a pele ou mucosa.

Regras Gerais de Segurança e Conduta no Laboratório


Químico

1. Verifique o local e o funcionamento dos dispositivos de segurança no laboratório


(extintores de incêndios, chuveiros de emergência, saída de emergência, etc.).
2. Trabalhe com atenção, calma e prudência.
3. Realize somente experimentos autorizados pelo professor responsável.
4. Leia com atenção e previamente os roteiros das experiências a serem realizadas.
5. Vista roupa e calçados adequados e use óculos de segurança. Se tiver cabelos
compridos, mantenha-os presos atrás da cabeça.
6. Todas as substâncias, de certo modo, podem ser nocivas ou perigosas e, portanto,
devem ser tratadas com cautela e respeito. Evite o contato direto com as substâncias
do laboratório.
7. Lave as mãos após o eventual contato com as substâncias e ao sair do laboratório.
8. Não coma, não beba e não fume dentro do laboratório (não fume em lugar nenhum).
9. Utilize somente reagentes disponíveis na sua bancada de trabalho ou aqueles
eventualmente fornecidos pelo instrutor. Não utilize reagentes de identidade
desconhecida ou duvidosa.
10. Mantenha sua bancada de trabalho organizada e limpa.
11. Não despeje as substâncias indiscriminadamente na pia. Informe-se sobre como
proceder a remoção ou o descarte adequado.
12. Não jogue na pia papéis, palitos de fósforo ou outros materiais que possam
provocar entupimento.
13. Trabalhos que envolvem a utilização ou formação de gases, vapores ou poeiras
nocivas devem ser realizados dentro de uma capela de exaustão.

Relação de Substâncias e Materiais Perigosos

A relação de substâncias e materiais perigosos, apresentada a seguir, não


pretende ser exaustiva, limitando-se apenas à indicação dos produtos mais
comumente utilizados em laboratórios de Ensino de Química.

Solventes inflamáveis

Muitos solventes usados no laboratório químico, como acetona, benzeno, etanol, éter etílico,
éter de petróleo, hexano, metanol, tolueno, etc., são inflamáveis.

Regras gerais de segurança em trabalhos que envolvem o uso de solventes


inflamáveis

1. Não fume no laboratório;


2. Realize a transferência de solventes distante de qualquer chama aberta (bico de
Bunsen, etc.). Quando possível, realize essa operação dentro de uma capela;
3. Após retirar a quantidade necessária de solvente, feche bem a garrafa de reserva a
guarde-a em lugar adequado;
4. Aquecimento de solventes inflamáveis (em operações de refluxo, destilação,
extração, evaporação, etc.) deve ser efetuado com dispositivos adequados tais como
banho de água ou banho de óleo; evite uso de chama aberta ou chapa elétrica direta.

Em caso de incêndio com solventes, tome as seguintes providências:

1. Afaste-se das imediações do fogo e tente apagá-lo com um extintor adequado (gás
carbônico ou pó químico); água não é recomendável para apagar incêndios com
solventes;
2. Desligue os dispositivos elétricos através do interruptor geral;
3. Feche a torneira geral de abastecimento de gás;
4. Se a roupa de uma pessoa pegar fogo, deita-a no chão e cubra as chamas
mediante um cobertor adequado;
5. Em caso de queimaduras, procure imediatamente atendimento médico (não tente
medicar as queimaduras por conta própria).
Experimento 1 - O Método Científico: Observação da vela

1 INTRODUÇÃO

Talvez mais do que qualquer outra ciência, a Química se apoia na experiência.


Parte da razão disso é que o químico lida com coisa que não pode ver e contar
facilmente: átomos e moléculas. Outra parte da razão apoia-se no fato de que
embora a matéria siga leis gerais, muitas das quais já são conhecidas, surgem
frequentemente tantos novos fatores envolvidos numa ideia química ou num problema
químico, que a única maneira de saber “se funciona” é experimentar. Assim sendo,
você começará seu estudo de química com sua atividade mais importante: a
experimentação.

As experiências iniciais dizem respeito a um objeto do cotidiano, uma vela. Sua


primeira reação a esse experimento pode ser de que você já sabe o que há para se
aprender acerca de uma vela. Pode parecer simples demais para valer o tempo
perdido, mas a experiência mostrará que isso raramente acontece.

1.1. Observação e descrição cientifica.

Para estar certo de todas as condições que devem cercar qualquer


experimento você deve desenvolver o seu trabalho num laboratório. Os laboratórios
destinados a esse fim dispõem de todos os instrumentos e materiais necessários e
são instalados de modo que as condições como de luz, pressão e temperatura podem
ser controladas ou, no mínimo, medidas. Mas, pode-se perguntar como saber quais
condições devem ser controladas? De antemão, esta questão não é fácil de responder
e sua resposta faz parte da atividade da pesquisa cientifica. Às vezes é difícil
descobrir as condições importantes, mas uma experiência pode ser inexpressiva se as
condições pertinentes não forem descobertas e controladas. Por exemplo, a
experiência é feita de dia; as luzes do laboratório estão acessas etc.

Por que essas condições são importantes? Tem algo em comum? Há o fator
comum de que uma vela não se queima regularmente numa corrente de ar. As
condições importantes não são muitas vezes tão facilmente reconhecidas como estas,
mas um bom experimentador despende muitas vezes tanto tempo em descobrir as
condições que devem ser controladas como em realizar a própria experiência.
1.2. OBJETIVOS

Objetivo Geral

* Compreender a aplicação de todos os passos envolvidos no método cientifico.

Objetivos Específicos

* Introduzir o aluno ao ato de observar um fato ou um fenômeno;

* Acentuar a importância e o valor de cuidadosas observações;

* Ilustrar a quantidade de observações válidas que podem ser feitas em um sistema


aparentemente simples.

3. MATERIAIS e REAGENTES

Materiais/Vidraria Reagentes
Balança analítica Água
Bico de Bunsen Álcool
Becker Azul de metileno
Erlenmeyer de 250 e 500mL Bico de Bunsen
Placa de Petri Fósforo
Proveta Velas
Régua e/ou Paquímetro

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. Propriedades Físicas


Examine atenciosamente as velas apagadas e anote todas as propriedades
físicas (ex. cor, estado físico etc.). Use a balança para aferir a massa das velas.
Utilizando uma régua e/ou paquímetro, meça a altura e o diâmetro das velas.
Calcule o volume dos objetos, usando o conhecimento matemático, (teórico).

4.2. Interação da com diferentes líquidos.


Coloque individualmente a vela em uma proveta contendo 25 mL de água. e
depois em 25 mL de álcool. Observe e registre evento. Anote o volume total
marcado pela água na proveta: Vt. Calcule o volume da vela: Vv= Vt – 25 mL.
Calcule a densidade da vela.

4.3. Interação com Meio Ambiente


Acenda vela no centro da placa de Petrí e coloque o liquido colorido até a
metade da placa. Coloque-a sob Erlenmeyer de diferentes volumes, e registre o
tempo de extinção da chama. Determine o volume de cada erlenmeyer. Estime o
consumo de oxigênio das velas. Anote todas as ocorrências.
REFERÊNCIAS

LENZI, E. et al. Química Geral Experimental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2004.
390 p.

COTTON, F. A.; LYNCH, L. D.; MACEDO, H. M. Manual do Curso de Química.


Rio/São Paulo: Forum, 1968. 530 p.

DICA

Aplicar os passos do Método Científico:

Fato observado; hipótese; experimentação; conclusão (generalização); publicação:


Fazer o primeiro ensaio de redação científica compilando todos os dados na obtidos
na experiência na forma de relatório científico. Para tanto, o aluno deve seguir as
instruções apresentadas na Unidade Didática 2 da disciplina, inserindo as
informações pertinentes a cada parte do relatório científico: Titulo, Introdução, Parte
Experimental (materiais e métodos), Resultados e discussão, Conclusão, Resumo e
Referências Bibliográficas.
Experimento 2 - Medidas de Massa, Volume e Densidade
Exatidão e Precisão

1 Introdução

Todas as generalizações e leis científicas são baseadas na regularidade derivada de


observações experimentais. Portanto é necessário para qualquer cientista levar em considerações
as limitações e confiabilidade dos dados a partir dos quais são tiradas conclusões. Um erro de
medida ocorre quando há uma diferença entre o valor real e o valor experimental. Vários fatores
introduzem erro sistemático ou determinado (erros no sistema que podem ser detectados e
eliminados), por exemplo: equipamentos não calibrados, reagentes impuros e erros no
equipamento. A medida também é afetada por erros indeterminados ou aleatórios (erros que estão
além do controle do operador) no qual incluem o efeito de fatores como: pequenas variações de
temperatura durante um experimento, absorção de água por uma substância durante a pesagem,
diferenças em julgamento sobre a mudança de cor do indicador ou perda de pequenas
quantidades de material ao transferir ou filtrar ou em outras manipulações. Erros aleatórios podem
afetar uma medida em direção positiva ou negativa, assim um resultado poderá ser ligeiramente
maior ou menor do que o valor real e para minimizá-lo é necessário efetuar as determinações em
duplicata, triplicata, etc.

Figura 1. Representação do conceito de precisão e exatidão de medidas.

A precisão de uma medida se refere à concordância entre diferentes determinações de


uma mesma medida (Figura 1). Você pode encontrar que um mesmo objeto tenha 1,0 m, 1,2 m ou
0,9 m para cada uma das operações de medida que realizar. Como erros aleatórios não podem
ser completamente eliminados, a perfeita precisão ou reprodutibilidade nunca é esperada. A
exatidão é uma concordância entre o valor medido e o real que pode ser calculado conhecendo o
valor real (dificilmente conhecido). O melhor a fazer é projetar instrumentos de medida e realizar
medidas de forma a tornar o desvio tão pequeno quanto ao instrumento utilizado que pode não
estar calibrado corretamente. A precisão depende mais do operador e a exatidão depende tanto
do operador quanto do instrumento da medida.
A realização de uma medição exata de líquidos empregando vidrarias graduadas como,
por exemplo: proveta, pipeta e bureta, requer uma visualização correta do menisco, isto é, da
curva formada na superfície do líquido, acima (menisco côncavo – Figura 2A) ou abaixo (menisco
convexo – Figura 2B) da marcação horizontal da vidraria a depender do tipo de líquido que está
sendo medido. A Figura 3 ilustra a forma correta da leitura de volume baseada no menisco.
Figura 2. Formas do menisco: (A) menisco Figura 3. Forma correta de realizar a leitura de
côncavo e (b) menisco convexo. volume: linha da visão no nível do menisco.

2 OBJETIVOS

Entender o conceito de precisão e exatidão de um instrumento, ou de uma medida. Aprender o


conceito de incerteza estatística e incerteza sistemática (ou erros). Expressar uma medida com o
seu respectivo erro, e ou expressar o melhor valor de uma medida com seu respectivo erro.
Utilizar corretamente um instrumento preciso e exato quando necessário, ou não.

PARTE EXPERIMENTAL

3 Materiais e vidrarias

Proveta de 10, 50 mL e 100 mL


Béquer de 10 e 25 mL
Balão volumétrico de 10 mL
Pipeta de 10 mL
Bureta de 10, 25 e 50 mL
Erlenmeyer de 25 mL
Termômetro

4 Procedimento Experimental

4.1 Medidas de volume


1. Meça 5 mL de água utilizando três vidrarias diferentes que estão em sua bancada. Justifique
a escolha da vidraria. Repita todo o procedimento, utilizando 30 mL de água. Para efeito de
comparação o aluno poderá utilizar a massa desses volumes. Discuta as diferenças de
volume observadas.
2. Adicione 40 mL de água a uma proveta de 50 mL e outros 40 mL de água a uma proveta de
100 mL. Em ambos os casos, adicione mais 1 mL de água com uma pipeta. Verifique a leitura
da situação final em cada caso.
3. Encha uma bureta com água destilada. Depois de ajustar o menisco no zero, abra a torneira e
deixe escoar lentamente 15 mL do líquido em uma proveta de 50 mL e em um béquer de 25
mL, feche a torneira e verifique o volume escoado. Confira se as leituras se aproximam do
volume da bureta.
4. Preencha a bureta de 50 mL novamente, completando seu volume até a indicação zero mL.
5. Transfira 20 mL de água para um erlenmeyer de 25 mL. Verifique se os volumes coincidem.
Descarte o líquido do erlenmeyer e meça novamente 20 mL de água no mesmo. Transfira
para a bureta este volume e compare novamente os resultados.

4.2 Medidas de massa


1. Pese os seguintes materiais secos: proveta de 10 mL, balão volumétrico de 10 mL e béquer
25 mL (peça ao professor ou monitor instruções sobre o uso da balança).
2. Na bancada, coloque cuidadosamente 10 mL de água destilada em cada recipiente referido
no item anterior e pese-os novamente. Anote os resultados no quadro abaixo. Meça a
temperatura da água dos recipientes. Calcule a densidade da água em cada caso.
3. Compare seus resultados obtidos com os dos colegas.

Vidraria/ mL Massa da Massa da Massa de Volume de Densidade Erro (%)


vidraria seca vidraria + 10 água (g) água (mL)* da água
(g) mL (g/mL)
Proveta 10
Balão 10
Béquer 20
*Considere a densidade da água e a massa obtida no experimento.

Fórmula para o cálculo:


Erro
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑒𝑚𝑛𝑡𝑎𝑙 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
𝐸% = 𝑥100
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
Desvio padrão amostral
∑𝑖(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )2
𝑠=√
𝑁−1
Questionário

1. Baseado numa inspeção visual da vidraria de laboratório situa-as em um dos seguintes grupos:
“mais exatas” e “menos exatas”
2. Por que é aconselhável fazer mais de uma determinação de cada medida?
3. Quais erros podem ser cometidos ao realizar medidas de volumes utilizando materiais
volumétricos?
4. Pesquise sobre os diferentes tipos de balança.

5. Referências bibliográficas

1. GESBRETCCHT, E. et al. Experimentos de Química, técnicas e conceitos básicos. São Paulo:


Moderna, 1979.

2. LENZI, E., FAVERO, L. O. B., TANAKA, A. S., VIANNA FILHO, E. A., SILVA, M. B., GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2004.

3. MITCHELL, R. S. A laboratory skills test: Determining students' abillity to transfer specific


volumes of liquid. Journal of Chemical Education. v. 68. n. 11, p. 941. 1991.

4. TRINDADE, D. F.; OLIVEIRA, F. P.; BANUTH, G. S. L.; BISPO, J. G. Química básica


experimental. São Paulo: Parma, 1981. 175p.
Experimento 3 – Propriedades físico-químicas:
Densidade e Viscosidade

1. Introdução

A densidade (ρ) de um material é definida pela razão entre a massa (m) e o volume (V) a
uma dada temperatura e pressão, obtida a partir da Equação 1:

com unidade de kg m-3 no SI, porém a unidade usual é g cm-3 ou g mL-1 do CGS. Os HandBook de
química dispõem os valores de densidade de vários materiais, normalmente, a 20 ou 25°C a 1
atm.
De modo geral, a densidade de um material tende a diminuir com o aumento temperatura
devido ao aumento de volume do mesmo. No entanto, há algumas exceções por exemplo, a água,
entre 0 e 4 °C, sua densidade aumenta com o aumento da temperatura devido à quebra e
rearranjo de interações do tipo ligação hidrogênio que levam à diminuição do volume. A partir de
5 °C a água apresenta uma redução de sua densidade com a elevação da temperatura como
pode ser observado na Tabela 1. A variação de pressão exerce um efeito insignificante sobre a
densidade de líquido e sólido. Sendo necessário um aumento de milhares de vezes na pressão do
sistema para alterar a densidade da água em 1%. As forças intermoleculares de atração e
repulsão são as que determinam as magnitudes destes efeitos em cada substância. O efeito da
pressão sobre a densidade dos gases é bastante significativo.

Tabela 1. Valores de densidade e viscosidade da água em diferentes temperaturas, a 1 atm.


Temperatura (°C) Densidade (g mL-1) Viscosidade (cP)
16 0,9989 1,1090
17 0,9988 1,0810
18 0,9986 1,0530
19 0,9984 1,0270
20 0,9982 1,0020
21 0,9980 0,9779
22 0,9978 0,9548
23 0,9975 0,9325
24 0,9973 0,9111
25 0,9970 0,8904
26 0,9968 0,8705
27 0,9965 0,8513
28 0,9962 0,8327

Sendo a densidade uma propriedade inerente de cada material, sua medida pode ser
utilizada para avaliar o grau de pureza. Embora a técnica de deslocamento de volume de água por
massas conhecidas não seja uma técnica de elevada precisão, adulteração grosseiras podem ser
detectadas. Por exemplo, a distinção entre ouro e latão.
A viscosidade de um fluido é a resistência à deformação ou ao escoamento e pode ser
entendida como uma fricção interna. Há várias definições para a viscosidade, no entanto neste
experimento será abordada a mais comum, é a Viscosidade Absoluta, também denominada de
Coeficiente de Viscosidade Dinâmica (μ), onde a unidade no SI é o Pa s (N s m-2= kg m-1 s-1).
Poise (P = 0,1 Pa s) ou o centipoise (cP = 0,001 Pa.s) são as unidades usuais. O nome da
unidade foi atribuído em homenagem ao médico fisiologista francês Jean Louis M. Poiseuille, que,
em 1846, publicou estudos sobre o fluxo laminar de fluidos Newtonianos.
A definição de fluidos Newtonianos compreende aqueles cuja viscosidade absoluta
depende apenas da temperatura e pressão, sendo desconsideradas as forças de escoamento.
Este conceito aplica-se a água e a maioria dos líquidos. A exemplo da densidade, a viscosidade
absoluta dos líquidos tende a diminuir com o aumento da temperatura, enquanto que a variação
da pressão exerce efeitos mínimos, exceto para pressões elevadas. Contribuições da energia
cinética das moléculas, forças intermoleculares de atração e repulsão irão determinar a
viscosidade do líquido, além do tipo e magnitude do efeito da temperatura sobre esta propriedade.
Há diferentes métodos para determinar a viscosidade absoluta de líquidos, neste
experimento será utilizada a água como líquido referência para estimar a dos demais líquidos,
devido seu comportamento adequado e conhecimento de sua viscosidade para uma ampla faixa
de temperatura. A viscosidade absoluta do líquido (μ) será calculada empregando a Equação 2:

( )
=

Sendo t, o tempo de escoamento, ρ, a densidade dos outros líquidos, μH2O e ρH2O , a viscosidade
absoluta e densidade da água, respectivamente, valores tabelados (ver Tabela 1).
Avaliando a Eq. 2 para o cálculo da viscosidade absoluta dos líquidos nota-se que tempos
de escoamento elevados não necessariamente indica que o líquido seja viscoso.

2. Objetivos

Determinar a densidade de diferentes líquidos e metais. Estimar a viscosidade de líquidos


utilizando a água como referência. Observar o uso de aparelhagem simples para determinação de
propriedades físico-químicas de líquidos e materiais

PARTE EXPERIMENTAL

3. Materiais, vidrarias e reagentes.

Balança analítica;
Termômetro;
Balão volumétrico de 50 mL;
Proveta de 10 e 50 mL;
Béquer de 100 mL;
Conta-gotas;
Seringa
Solução saturada de NaCl (0,4 g/mL);
Solução de glicerina 60% (v:v).
Solução saturada de NaCl com azul de bromocresol;
Solução de alaranjado de metila;

4. Procedimento experimental

4.1 Determinação da densidade dos líquidos


1. Pese o balão volumétrico de 50 mL, seco, na balança e anote sua massa (M1).
2. Preencha o balão com água até cerca de 1 cm abaixo da marca.
3. Utilize um conta-gotas para completar o volume exatamente até a marca do balão
(menisco).
4. Pese o balão volumétrico, contendo o líquido. Anote a massa (M2).
5. Transfira a água do balão para um béquer de 100 mL e coloque o termômetro. Aguarde
a temperatura estabilizar para realizar a leitura, anote seu valor na tabela abaixo.
6. Calcule a massa de água (M3 = M2 – M1) e sua densidade (ρ = M3 / 100 mL).
7. Repita o procedimento, a partir do item 2, para os demais líquidos. Utilize a tabela
abaixo para registro das medidas.

Massa balão: M1=


Líquido M2 M3 Densidade (g mL-1) Temperatura (°C)
Balão + Líquido Líquido
Agua destilada
Solução NaCl
Solução glicerina
*Não descartem as soluções utilizadas neste procedimento, pois estas serão reutilizadas no procedimento 4.3.

4.2 Determinação da densidade dos metais


1. Realize a pesagem da barra de ferro. Anote a massa (M).
2. Coloque água até cerca de 24 mL da proveta de 50 mL.
3. Utilize um conta-gotas para adicionar água na proveta até a marca 25 mL. Acerte o
menisco!
4. Insira a barra de ferro na proveta cuidadosamente para não saltar água. De modo a evitar
perda do líquido para o meio ou para a parte superior da proveta.
5. Anote o volume total marcado pela água na proveta: Vt
6. Calcule o volume do sólido: Vs = Vt – 25 mL
7. Calcule a densidade do sólido: ρ = M / Vs
8. Repita o procedimento para o outro sólido, registrando os dados na tabela abaixo.

Volume do sólido
Densidade
Sólido Massa do sólido Volume total Vs (mL)
(g mL-1)
M(g) Vt (mL)
Barra metálica
Esfera matilca

4.3 Determinação da viscosidade dos líquidos


1. Com auxilio de uma garra prenda a seringa ao suporte e adicione com a proveta 10 mL de
água. Use o dedo para obstruir a ponta da seringa e evitar a saída do líquido.
2. Ponha o béquer de 100 mL embaixo da seringa e zere o cronômetro.
3. Retire o dedo da ponta da seringa e inicie a contagem do tempo de escoamento, parando o
cronômetro assim que o líquido escoar completamente. Anote o tempo de escoamento (t -
s).
4. Repita 3 (três) vezes o procedimento e calcule o tempo médio de escoamento, anotando os
valores na tabela de resultados.
5. Coloque o termômetro no béquer, contendo o líquido coletado. Aguarde a temperatura (T)
estabilizar para realizar a leitura, anote seu valor na tabela abaixo.
6. Repita o procedimento acima para os demais líquidos, registrando os dados na tab abaixo.
7. Previamente, lave a seringa 3 vezes com água da torneira, sem sabão, deixando a água
escorrer pela ponta livremente. Seque-a sacudindo.
8. Calcule o Coeficiente de Viscosidade Dinâmica. Para o cálculo, use o valor de viscosidade
da água μH2O (ver Tabela1) cuja temperatura for a mais próxima à observada no
experimento. Utilize também os valores de densidades (ρ) obtidos no previamente no
procedimento 4.1 deste experimento.

Tempos de escoamento
Líquido
t1 t2 t3 tmédio(s)
Agua destilada
Solução NaCl
Solução glicerina

Viscosidade Dinâmica
Viscosidade Dinâmica
Líquido tmédio(s) Temperatura (°C)
(μ - cP)
Agua destilada
Solução NaCl
Solução glicerina
*As soluções de NaCl e de Glicerina devem ser colocadas de volta ao frasco de origem.

4.4 Efeito da densidade na mistura de líquidos


1. Com a seringa limpa e seca, meça e transfira 10 mL de glicerina pura para a proveta 50
mL. Em seguida, lave a seringa com descrito anteriormente.
2. Utilizando a seringa meça e transfira 10 mL da solução azul para a proveta 50 mL.
Adicione lentamente, deixando escoar pela parede da proveta. Em seguida, lave a seringa
com descrito anteriormente.
3. Repita o procedimento para a solução laranja. Faça o registro do fenômeno observado.

Questionamentos
1. Compare as densidades da água e da água saturada com sal, explique o motivo da
diferença existente.
2. Seria possível diferenciar uma jóia feita de ouro de uma outra feita de ferro banhada em
ouro utilizando um procedimento semelhante ao desta prática? Explique
3. É possível usar só o tempo de escoamento para comparar a viscosidade dos líquidos?
Explique.
5. Referências bibliográficas

BESSLER, K. E.; NEDER, A. V. F. Química Em Tubos de Ensaios: Uma Abordagem para


Principiantes. 1. Ed. Edgard Blucher, 2004.

WEAST, R. C. CRC Handbook of Chemistry and Physics. 58. Ed. Cleveland: CRC Press, Inc.
1977-1978.

COTTON, F. A.; LYNCH, L. D.; MACEDO, H. M. Manual do Curso de Química. Rio/São Paulo:
Forum, 1968. 530 p.

LENZI, E., FAVERO, L. O. B., TANAKA, A. S., VIANNA FILHO, E. A., SILVA, M. B., GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2004.
Experimento 04 – Identificação de íons metálicos usando teste de
chama

1 Introdução
A origem das cores nos fogos de artifício está diretamente relacionada com a estrutura
eletrônica dos átomos metálicos envolvidos na sua fabricação. Ao soltar os fogos de artifício, a
energia liberada na combustão promove os elétrons externos a estados excitados e, ao
retornarem ao seu estado eletrônico inicial, liberam a energia excedente na forma de luz
(fótons) (GRACETTO et al, 2006). Na Figura 1, por exemplo, observa-se facilmente que as
linhas espectrais do hidrogênio e do sódio aparecem em regiões distintas, as quais são
oriundas de transições eletrônicas característica de cada elemento. Com base nisso, vários
metais podem ser identificados qualitativamente pelo Teste da Chama com base nas suas
cores de emissão características.
Figura 1. Espectro atômico do sódio e hidrogênio.

Dentre as várias técnicas básicas de laboratório, o aluno iniciante deve conhecer o


manuseio do aquecimento com o bico de Bunsen, bem como todos os cuidados para evitar
acidentes. O bico de Bunsen é usado principalmente para o aquecimento de soluções. Nesse
caso, utiliza-se uma tela de amianto sobre um tripé metálico, em que embaixo se coloca o bico
com a chama regulada e em cima o frasco com a solução a ser aquecida (LENZI et al., 2004).
Na Figura 2, encontra-se a sua descrição, o qual é composto por um tubo com janelas
reguláveis na base para entrada de ar, o qual se mistura com o gás combustível (gás natural ou
GLP) vindo de uma tubulação lateral que permite a queima em segurança de um fluxo regulável
contínuo de gás.
Figura 2. Descrição geral de um bico de Bunsen.

2 Objetivos
- Analisar as características da chama do bico de Bunsen;
- Identificar a chama redutora e a oxidante;
- Identificar alguns metais presentes na composição de sais com base no Teste da Chama.

3 Parte Experimental

3.1 Materiais, vidrarias e reagentes


- Hastes de platina
- Béqueres de 25 ou 50 mL;
- HCl 6,0 mol L-1;
- sais de Lítio, Potássio, Cobre, Sódio, Zinco, Cálcio e Cobalto.

4. Procedimento experimental
4.1 Teste de Chama
1. Previamente, feche a entrada de ar girando o anel da janela lateral existente na parte inferior
do tubo do bico de Bunsen (o aluno deve consultar o Monitor ou professor da disciplina, em
caso de dúvida).
2. Aproxime um fósforo (ou um isqueiro) aceso a abertura superior do tubo do bico de Bunsen e,
em seguida, abra a válvula de gás, resultando em uma chama grande e amarela que desprende
fuligem.
3. Gire o anel para ajustar a entrada de ar pelas janelas da parte inferior do tubo visando a
obtenção de uma chama oxidante azul, a ser utilizada no procedimento seguinte. Faça o
registro fotográfico das mudanças de coloração da chama até o estágio oxidante.
4. Mergulhe hastes umedecidas em solução presente nos microtubos plásticos contendo os
respectivos sais. Depois, levar à chama e anotar as cores observadas no Quadro 1.
Quadro 1. Coloração dos sais observados na chama.
Sal avaliado Cor observada
Nitrato de cobre
Nitrato de lítio
Cloreto de sódio
Cloreto de zinco
Cloreto de cobalto
Cloreto de cálcio
Cloreto de potássio

4.2 Avaliação do efeito do ânion


1. Com o bico de Bunsen ajustado para a chama oxidante azul, leve a até a mesma com auxílio
de uma haste porções de cada sal de lítio.
2. Faça o registro fotográfico e anote as mudanças de coloração da chama.

4.3 Identificação de cátions


1. Com o bico de Bunsen ajustado para a chama oxidante azul, leve a até a mesma com auxílio
de uma haste porções de cada amostra.
2. Faça o registro fotográfico e anote as mudanças de coloração da chama.
3. Baseado na coloração emprestada à chama, sugira os cátions presentes em cada amostra.
Questionamentos
1. Como se dá a utilização do teste de chama na identificação de metais? Em misturas isso
seria possível?
2. O que é o espectro eletromagnético? Qual sua relação com o Teste da Chama?
3. Desenhe uma chama oxidante e uma redutora e descreva suas características.
4. Pesquise a coloração de pelo menos mais 5 metais não estudados na prática.
5. Pesquise o comprimento de onda aproximado para cada coloração e determine a
energia radiante liberada.
5 Bibliografia
BROWN, T. L., et al. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2005.

GRACETTO, A. C.; HIOKA, N.; SANTIN-FILHO, O. Combustão, chamas e teste de


chama para cátions: proposta de experimento. Química Nova na Escola, n. 23, p. 43-
48, maio 2006.

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; VIANA-FILHO, E. A.; SILVA, M. B.;
GIMENES, M. J. G. Química Geral Experimental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2004.
Experimento 05 - Polaridade de Moléculas

1. INTRODUÇÃO

Os compostos iônicos são formados por partículas dotadas de carga elétrica positiva,
denominadas cátions e por partículas dotadas de elétrica negativas, denominadas ânions, as
quais se mantem unidas umas as outras por forças de natureza elétrica.

Nos compostos moleculares, as moléculas não são partículas com carga elétricas,
embora apresentem polos elétricos (moléculas polares) ou não (moléculas apolares). Enquanto,
as moléculas polares têm sua trajetória alterada devido a sensibilidade a campos elétricos, as
moléculas apolares não sofrem influência, mantendo seu curso inalterado.

Devido as atrações de natureza elétrica, pode-se estabelecer a seguinte regra geral:


compostos iônicos e compostos polares são solúveis em solvente polares, mas são insolúveis
em solventes apolares.

2. OBJETIVOS

Avaliar o comportamento das substâncias sob efeito de um campo elétrico. Classificar as


substâncias quanto a polaridade. Verificar a influência da polaridade na solubilidade das
substâncias. Aplicar o conceito de mistura conforme os experimentos realizados.

Parte Experimental

3. Materiais, vidrarias e reagentes


─ Béquer de 250 mL;
─ Bureta de 50 mL;
─ Estande para tubos de ensaio;
─ Flanela;
─ Régua;
─ Tubos de ensaio;
─ Diclorometano;
─ Iodo:
─ Cloreto de sódio;
─ Óleo;
─ Etanol;
─ -Agitador tipo Vórtex
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 Exposição das substâncias a um campo elétrico

1. Monte uma bureta de 50 mL em suporte universal, colocando sob ela um


béquer de 250 mL. Preencha a bureta, até a marca zero, com água destilada.
2. Abra a torneira da bureta com água, de modo a deixar correr um filete de água
(um filete e não gota a gota) de uma altura aproximada de 15 cm entre o bico
da bureta e a borda do béquer.
3. Atrite uma régua de plástico contra uma flanela limpa e seca e, aproxime-a do
filete de água, porém sem encostar no mesmo.
4. Repita os procedimentos acima listados usando diclorometano, CH2Cl2, ao
invés de água.
5. 4.2 Solubilidade versus polaridade
6. Enumere 08 tubos de ensaio. Acrescente a cada tubo os reagentes conforme
as indicações contidas no Quadro abaixo. Após a mistura dos reagentes, agite
vigorosamente cada tubo e, deixe em repouso por alguns instantes. Registre
suas observações.

Tubo Reagente 1 Reagente 2


01 4,0 mL de água 1,0 mL óleo
02 4,0 mL de diclorometano 1,0 mL óleo
03 5,0 mL de água 0,5 g de Cloreto de sódio
04 5,0 mL de diclorometano 0,5 g de Cloreto de sódio
05 5,0 mL de água 0,2 g de iodo
06 5,0 mL de diclorometano 0,2 g de iodo
07 2,5 mL de água destilada 2,5 mL de diclorometano
08 2,5 mL de etanol 2,5 mL de diclorometano

Questionamentos
1. Considerando os resultados observados, qual a natureza química das
substancias com as quais se trabalhou neste experimento?
2. Como é possível constatar experimentalmente se um solvente é polar ou apolar?
3. Como é possível prever, experimentalmente, a natureza polar, pouco polar ou
apolar de certas substancia?
4. Que tipos de substancias devem ser solúvel em água e que tipos de substancias
solubilizam-se em tetracloreto de carbono?
5. Justifique a seguinte afirmação: moléculas que apresentam ligações covalentes
polares não serão necessariamente moléculas polares.
6. Faça a distinção dos compostos abaixo em polar e apolar:
 Água destilada;
 Etanol.
 Diclorometano.
 Óleo comestível.
 Iodo.
 Cloreto de sódio.
5. Referências bibliográficas

BRADY, J. E.; RUSSEL, J. B.; HOLUM, J. R. Química: A Matéria e suas


Transformações. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC Livros Técnicos e Científicos Editora S.A,
v. 1 e 2, 2002.

BROWN, T. L.; LEMAY JUNIOR, H. M.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química: A


Ciência Central. 9. ed. São Paulo: Person Pratice Hall, 2005.

KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. M. Química Geral e Reações Químicas. São Paulo:


Pioneira Thomson Learning, v. 1 e 2, 2005.

RUSSEL, J. B. Química Geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, v. 1 e 2, 1994.


Experimento 6 – Reações Químicas

1 INTRODUÇÃO

Uma reação química é representada esquematicamente por uma equação


química que mostra o reagrupamento dos átomos entre as substâncias de um dado
sistema. A equação escrita dá informações qualitativas e quantitativas quando os
reagentes e iniciadores da reação são misturados. Para escrever uma reação química
é necessário conhecer a fórmula dos reagentes e dos produtos e o estado físico em
que se encontram. Para se conhecer esta informação é preciso através de observação
e/ou análise química identificar os produtos.

Tipos de reação química:


a. Reação de Combinação, de síntese ou de adição – É aquela formada pela
combinação de duas ou mais sustâncias e que forma como único produto uma
substância mais complexa.
C (s) + O2 (g)  CO2 (g) Reação de combinação
CaO (s) + CO2(g)  CaCO3 (s) Reação de adição

b. Reação de Decomposição – Ocorre a decomposição do reagente gerando


mais de um produto e pode ser dita de análise.

Ca(OH)2 (s)  CaO (s) + H2O (g) Reação de análise

CaCO3 (s)  CaO (s) + CO2 (g) Reação de pirólise (decomposição por calor)

2Al2O3 (l)  4Al (s) + 3O2 (g) Reação de eletrólise (decomposição pela
passagem da corrente elétrica)

c. Reação de deslocamento (substituição ou troca) – ocorre pela troca de


átomos entre os reagentes e podem ser de simples troca ou dupla troca

Pb(s) + CuSO4 (aq)  PbSO4 (aq) Cu (s) Reação de simples troca (ocorre a
substituição de um elemento por outro na fórmula química).

CaCl2 (aq) + H2C2O4 (aq)  Ca2C2O4 (s) + HCl (aq) Reação de dupla troca (quando
duas substâncias trocam entre si dois elementos nas fórmulas químicas).

d. Reação de neutralização – Ocorre entre um ácido e uma base formando sal e


água. Está reação é também uma reação de dupla troca.

Ca(OH)2 (aq) + HCl(aq)  CaCl2 (aq) + H2O (l)


e. Reação de óxido-redução – nesta reação elementos que compõe os
reagentes e produtos passam por uma variação no estado de oxidação

Na (s) + H2O(l)  NaOH (aq) + H2 (g)

f. Reação de polimerização – consiste na transformação de uma dada


substância monomérica em outra de massa molar múltipla da primeira. Um polímero
apresenta milhares de unidades de monômero ligados entre si.

H2C =CH2  [H2C =CH2 ]


Etileno Polietileno
As evidências de uma reação química baseiam-se nas diferenças perceptíveis e
significativas entre o estado inicial dos reagentes, antes de serem colocados em
contato, e o estado final, isto é, os produtos formados. Critérios qualitativos podem ser
utilizados para evidenciar a ocorrência de uma reação química sendo que estes são
baseados em observações macroscópicas utilizando os órgãos dos sentidos (exceto o
paladar).

Evidências de ocorrência da reação química:

1. Mudança de coloração – Quando o produto formado apresenta-se no estado


líquido, porém de coloração diferente da coloração dos reagentes. Deve-se ter o
cuidado de observar se ocorreu apenas uma diluição da solução inicial ou uma
combinação de cores das soluções dos reagentes.

2. Mudança de odor – pode ocorrer devido à formação de um produto, ou


consumo de um reagente, que apresente um odor característico.

3. Formação de produtos gasosos – os produtos gasosos são identificados pela


ocorrência de borbulhamento na solução.

4. Transferência de energia – durante a reação há uma variação de temperatura


do meio. Quando há a absorção de energia a reação é dita endotérmica e quando há
liberação de energia a reação é exotérmica.

5. Formação de precipitado – uma reação de precipitação produz um produto


insolúvel no meio reacional e que muda o aspecto de transparência da solução. Neste
caso a precipitação ocorre quando a quantidade de um dos produtos formados excede
a sua solubilidade no meio, ocasionando uma turvação (opacidade) da mistura
reacional.
2. OBJETIVOS

Avaliar as evidências experimentais sobre a ocorrência de reação química.


Classificar as reações químicas. Representar as reações por meio de equação
química. Apontar evidências de ocorrência de uma reação química. Inferir sobre a
influência de possíveis fatores externos na reação química.

3. MATERIAIS E REAGENTES

 Erlenmeyer de 50 e 250 mL;

 Bastão de vidro;

 Provera de 250 mL com tampa

 Indicador Azul de Bromotimol;

 Azul de Metileno 0,1% (m:v);

 Solução de KI 16% (m:v);

 Solução de Pb(NO3)2 2% (m:v) em HNO3 10% (v:v);

 Água destilada;

 Hidróxido de Sódio;

 Glicose;

 Álcool etílico;

 Solução de NaOH (1 mol L-1).

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. Reação colorimétrica

Meça 50 mL da Solução KI 16% (m:v) e 50 mL da solução de Pb(NO3)2 2%


(m:v) em diferentes provetas de 100 mL. Depois, transfira simultaneamente para um
Erlenmeyer de 250 mL. Registre o fenômeno. Escreva as reações ocorridas.
4.2. Reação química “ativada” pela voz

Adicionar 4 gotas do indicador azul de bromotimol a 25 mL de álcool etílico em


um erlenmeyer de 50 mL. A seguir, acrescentar uma gota de solução 1 mol L-1 de
NaOH. Em seguida, os alunos devem pronunciar algumas palavras próximo ao
erlenmeyer contendo a solução.

4.3. Reação reversível

Adicionar 180 mL de água destilada e 3,5 g de hidróxido de sódio em uma


proveta de 250 mL e agitar até dissolver completamente o hidróxido; a seguir,
dissolver 6,0 g de glicose na solução de hidróxido de sódio e, então, acrescentar 3,5
mL de azul de metileno 0,1%.

5. QUESTIONÁRIO

1) O que são indicadores? Qual a evidência observada que comprova a ocorrência


das reações realizadas?
2) Quais fatores externos podem influenciar numa reação química?
3) Cite as principais evidências que atestam a ocorrência de uma reação química.
4) Dê outros exemplos de reações para cada tipo de reação citada na introdução.
5) Mostre as equações químicas das reações realizadas (ativada pela voz e garrafa
azul).

6) Qual a explicação para os fenômenos observados nas três reações?

6. BIBLIOGRAFIA

BACCAN, N., GODINHO, O.E.S., ALEIXO, L.M., STEIN, E. Introdução a


semimicroanálise qualitativa, Editora da UNICAMP, Campinas – SP, 1987.

VOGEL, A. I; Química analítica qualitativa, 5a edição, Editora mestre jou – SP, 1982.

ARROIO, A., HONÓRIO, K., WEBER, K. C., HOMEM-DE-MELLO, P.,


GAMBARDELLA, M. T. P., SILVA, A. B. F. O Show da Química: Motivando o Interesse
Científico. Química Nova. Vol. 29 (1), p. 173-178, 2006.
Experimento 07 – Fabricação de Pigmentos

Introdução

Pigmentos são substancias sólidas, finamente dispersas e geralmente


insolúveis nos mais diferentes meios, utilizadas para conferir aos materiais e objetos
propriedades como cor, brilho, obscuridade, condutividade elétrica, propriedades
magnéticas, resistência química, resistência a luz e efeitos luminosos. Os pigmentos
inorgânicos destacam-se pela sua elevada resistência química, térmica e mecânica. A
maioria dos óxidos metálicos, por exemplo, resiste ao fogo e é utilizada em cerâmicas,
vidros e esmaltes desde a antiguidade. Originalmente, foram utilizados pigmentos
inorgânicos de ocorrência natural, principalmente óxidos de ferro (limonita, hematita e
magnetita), ou cinábrio (HgS). Atualmente, quase todos os pigmentos inorgânicos são
produzidos industrialmente, gerando em torno de 10 bilhões de dólares por ano. Mais
da metade de todos os pigmentos inorgânicos produzidos mundialmente corresponde
ao pigmento branco dióxido de titânio (TiO2). Praticamente todas as tintas contem
pigmentos como componentes essenciais. Pigmentos magnéticos são substancias
ferromagnéticas em forma de partículas micro-cristalinas. São componentes
essenciais de fitas magnéticas (som, vídeo) e disquetes de computadores.

Quadro com alguns pigmentos inorgânicos mais importantes:


Pigmentos Nomes

Brancos Dióxido de titânio, principalmente rutilo, (TiO2), sulfeto de zinco (ZnS),


óxido de zinco (ZnO), sulfato de bário (BaSO4).

Amarelos Cromato de zinco (ZnCrO4), cromato de chumbo (PbCrO4), limonita (α-


FeOOH), sulfeto de cádmio (CdS).

Vermelhos Cromato de chumbo (PbCrO4), seleneto de cádmio CdSe), hematita (α-


Fe2O3), zarcão (Pb3O4)

Azuis Azul da Prússia [KFe2(CN)6], azul de cobalto (CoAl2O4), ultramarino


(NaAl6Si6O24S3), azul de manganês (BaMnO4).

Verdes Óxido de crômio (Cr2O3)

Negros Magnetita (Fe3O4), dióxido de manganês (MnO2), negro de fumo ou


negro de carbono (C).

Metálicos Alumínio, cobre, latão (liga cobre/zinco).

Magnéticos Magnetita (Fe3O4), maghemita (γ-Fe2O3), ferro metálico, dióxido de


cromo (CrO2).

Pigmentos das mais variadas cores e tonalidades podem ser obtidos por simples
mistura entre diversos pigmentos, sem que haja uma reação química entre eles.

Objetivos

– Sintetizar diversos pigmentos inorgânicos, por métodos semelhantes aos


empregados industrialmente, utilizando reações de precipitação em meio aquoso.
– Conhecer algumas propriedades características dos pigmentos sintetizados.
PARTE EXPERIMENTAL

Parte A

Obtenção de alguns pigmentos por precipitação em meio aquoso.

Materiais

– Tubos de ensaio
– Pinça para tubos de ensaio
– Estante para tubos de ensaio

Reagentes

– Ácido sulfúrico (H2SO4) diluído na proporção 1:17.


– Solução de cloreto de bário (BaCl2), 20,8 g/L
– Solução de cromato de potássio (K2CrO4), 19,4 g/L
– Solução de nitrato de chumbo (Pb(NO3)2), 33,1 g/L
– Solução de molibdato de sódio (Na2MoO4.2H2O), 24,2 g/L
– Solução de nitrato de ferro (III), (Fe(NO3)3.9H2O), 40,4 g/L
– Solução de hexacianoferrato(II) de potássio (K4[Fe(CN)6].3H2O 42,2 g/L

Procedimento geral para preparação dos pigmentos A-I e A-IV

1. Adicione 1 mL (ou 25 gotas) de água destilada em um tubo de ensaio.


2. Adicione a quantidade indicada do componente (a) ao tubo com água e
depois, lentamente e com agitação, a quantidade indicada do componente
(b).
3. Observe a precipitação do pigmento. Caso não ocorra precipitação
imediata, aqueça a mistura durante alguns minutos em banho-maria (60 a
80°C).
4. Observe e anote as cores dos pigmentos obtidos.

Parte A-I: Pigmento branco, sulfato de bário.

Reagentes:

Componente (a): Vinte gotas da solução de ácido sulfúrico.


Componente (b): Vinte e cinco gotas da solução de cloreto de bário.

Parte A-II: Pigmento amarelo, cromato de chumbo.

Reagentes:

Componente (a): Dez gotas da solução de cromato de potássio.


Componente (b): Quinze gotas da solução de nitrato chumbo.

Parte A-III: Pimento vermelho ou alaranjado, molibdato de chumbo.

Reagentes:

Componente (a): Oito gotas de cromato de potássio mais duas gotas da


solução de molibdato de sódio.
Componente (b): Quinze gotas da solução de nitrato de chumbo.
Parte A-IV: Pigmento azul, azul da Prússia.

Reagentes:

Componente (a): Quinze gotas da solução de nitrato de ferro (III)


Componente (b): Dez gotas da solução de hexacianoferrato (II) de potássio.

Parte A-V: Pigmento verde por mistura de pigmentos amarelos e azuis.

● Adicione a suspensão do pigmento azul (A-IV) em pequenas porções (gota a


gota), a uma suspensão do pigmento amarelo (A-II), até obter uma mistura de cor
verde. Nesse caso, não ocorre reação química; trata-se apenas de uma mistura física.

Descarte de resíduos

● Os diversos pigmentos produzidos contendo chumbo, bário, cromo devem ser


depositados em recipientes especifico para coleta de resíduos inorgânicos sólidos.

Discussão

1. Apresente as equações químicas correspondentes às reações realizadas.


2. Procure explicar a origem das cores das substancias.

PARTE B

Preparação de um pigmento magnético: Magnetita.

A magnetita (Fe3O4) contém ferro(II) e ferro(III) na proporção estequiométrica


1:2, sendo representada pela formula FeIIFe2IIIO4. Para sintetizar a magnetita,
precisamos de matérias-primas que forneçam FeII (por exemplo FeSO4) e FeIII, (por
exemplo, FeNH4(SO4)2, na proporção estequiométrica 1:2. Em meio básico,
precipitam-se simultaneamente os hidróxidos Fe(OH)2 e Fe(OH)3 em estado amorfo,
que se transformam espontaneamente em Fe3O4 microcristalino. A propriedade
ferromagnética do produto pode ser verificada facilmente mediante um imã.

Material e equipamento

– Tubos de ensaio
– Estante para tubos de ensaio
– Proveta de 10 mL
– Imã
– Banho-maria
– Estufa

Reagentes

– Solução a (recém-preparada): 2,4 g de FeNH4(SO4)2 .12H2O em 50 mL de


H2Odest.
– Solução b (recém-preparada): 1,2 g de FeSO4.7H2O em 50 mL de H2Odest.
– Solução c: 8 mL de amônia concentrada em 100 mL de H2Odest.
– Etanol.
Procedimento

1. Coloque 2 mL da solução a e 2 mL da solução b num tubo de ensaio.


2. Agite suavemente. Depois, adicione rapidamente 10 mL da solução c.
3. Aqueça o tubo em banho-maria (90 ± 5 °C) durante 5 minutos.
4. Aproxime o imã pela lateral do tubo e observe o comportamento das
partículas de magnetita.
5. Decante o precipitado com a ajuda do imã e descarte o sobrenadante.
6. Adicione cerca de 5 mL de H2Odest. Agite a mistura e repita o item anterior,
lave o filtrado com cerca de 10 mL de etanol. E seque-o na estufa a 110°C.
7. Verifique a propriedade ferromagnética deste produto seco, aproximando o
imã ao tubo de ensaio.
8. A magnetita obtida pode ser sua, guarde como lembrança.

Descarte de resíduos

● Os resíduos sólidos devem ser depositados no lixo.

● As soluções utilizadas, após diluídas, podem ser descartadas na pia.

Discussão

1. Quais são os íons presente nas soluções (a), (b), (c)?


2. Escreva as equações químicas correspondentes às duas etapas que levam
à obtenção da magnetita.

Questionamentos

1. Por que nem todas as substancias coloridas servem como pigmentos?


2. Pesquise sobre a toxicidade aguda e crônica dos elementos bário, cromo,
chumbo e de seus compostos
3. Cite outras substancias ferromagnéticas.
4. Explique a origem do magnetismo das substancias.

Referências

Bessler, K. E., Neder, A. de V. F. Química em tubos de ensaio: uma abordagem para


principiantes. São Paulo: Blucher, 2011.
Experimento 08 - Quantificação do teor de NaHCO3 em
medicamentos

1 Introdução

A palavra estequiometria (do grego stoicheon, elemento e metron, medida), foi


introduzida por Richter em 1792, referindo-se às medidas dos elementos químicos nas
substâncias. Modernamente, a estequiometria compreende as informações
quantitativas relacionadas a fórmulas e equações químicas. Ela está baseada nas leis
ponderais, principalmente na lei da conservação das massas e na lei das proporções
fixas (ou definidas). A lei da conservação das massas (Lavoisier, 1785) pode ser
enunciada como “a soma das massas dos reagentes é sempre igual à soma das
massas dos produtos”. Já a lei das proporções definidas (Proust, 1799) pode ser
enunciada como “uma substância, qualquer que seja sua origem, apresenta sempre a
mesma composição em massa”. As leis ponderais, importantes para o
estabelecimento da química como ciência, estão subjacentes à teoria atômica de
Dalton, que é a base da explicação das relações ponderais nas reações químicas
(CAZZARO, 1999).
Sabemos que os cálculos estequiométricos nos auxiliam na determinação de
quantidades de substâncias que participam de uma reação química a partir das
quantidades de outras substâncias. Portanto, neste experimento será calculado o teor
de bicarbonato de sódio (NaHCO3) em uma mistura desconhecida a partir da massa
de dióxido de carbono (CO2) produzido na efervescência conforme equação química
abaixo:

NaHCO3 (aq) + H3C6H5O7 (aq) → NaH2C6H5O7 (aq) + H2O (l) + CO2 (g)

2 Objetivos
Aplicar os conceitos abordados em Estequiometria;
Quantificar o teor de bicarbonato de sódio (NaHCO3) em uma amostra
desconhecida.
PARTE EXPERIMENTAL

3 Materiais, vidrarias e reagentes


- Medicamento contendo bicarbonato (NaHCO3); Ácido cítrico (H3C6H5O7);
erlenmeyer 50 mL; Espátula; Balança analítica; Proveta de 50 mL; vermelho de metila
(indicador).

4 Procedimento experimental
Pesar em um erlenmeyer aproximadamente 1,0 g do medicamento fornecido
pelo professor. Logo após, medir 20 mL de água destilada usando uma proveta de 50
mL, transfira para o erlenmeyer e adicione 3 gotas do indicador. Pesar separadamente
0,800 g de ácido cítrico e anotar. Considerar a massa inicial (mi) como sendo a
somatória das massas do erlenmeyer, do medicamento, da água e do ácido cítrico
(Importante: as massas não podem ser pesadas juntas com a água porque a reação
ocorre instantaneamente e não seria possível anotar a massa inicial). Transferir a
massa do ácido cítrico quantitativamente para o erlenmeyer já com o medicamento e a
água com cuidado para não haver perda de material. Aguarde o final da efervescência
e pese novamente o conjunto, massa final (mf). Repetir o procedimento mais duas
vezes para obter o melhor valor da massa de bicarbonato pela média.
Calcular a massa de dióxido de carbono usando a Equação abaixo:

m(CO2 ) = mi - mf

Com a obtenção da m(CO2), estime a massa de bicarbonato de sódio contida


em cada grama da amostra desconhecida aplicando uma regra de três.

Questionamentos
1. De que maneira a perda de material poderia influenciar o resultado?
2. Por que a mistura não pode conter carbonato de sódio (Na2CO3)?
3. Explique o fenômeno da efervescência, apresentando as reações
envolvidas.
4. Procedimentos como esse poderiam ser usados na indústria farmacêutica
de medicamentos efervescentes? Explique
5 Bibliografia

CAZZARO, F. Um experimento envolvendo estequiometria. Química Nova na Escola,


n. 10, p. 53-54, novembro 1999.

Você também pode gostar