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ELEMENTOS DE QUÍMICA L
(prática)
1o Semestre de 2010
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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE QUÍMICA GERAL
1. Introdução
Qualquer ciência tem os seus aspectos empíricos. Todo cientista precisa
obter números que concordem com as observações. É natural, portanto que a
educação de um aluno inclua alguns trabalhos experimentais. Na Química a
realização de experiências é fundamental: nenhum químico pode considerar-se
adequadamente treinado sem ter dedicado muitas horas ao trabalho de
laboratório.
Em todos os ramos da química há técnicas específicas a aprender,
princípios gerais a serem demonstrados na prática, reagentes com os quais deve
familiarizar-se, e assim por diante. Qualquer que seja a especialização que você
venha a seguir, você terá que aprender um certo número de técnicas básicas e
sendo assim esse primeiro curso experimental tem o objetivo de introduzi-lo
nestas práticas. Você terá a oportunidade de aplicar conceitos teóricos
previamente estudados e discutir resultados experimentais.
Como esta é a primeira disciplina experimental do Departamento de
Química Fundamental (DQF) comentaremos a seguir alguns itens relevantes com
respeito ao laboratório e ao curso propriamente dito.
2. Segurança
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insolúveis ou perigosas devem ser colocadas em recipientes apropriados
indicados pelo instrutor.
M. É proibido comer, fumar ou beber no laboratório. Não leve a mão à boca ou
aos olhos quando estiver manuseando produtos químicos;
N. Para manuseio de substâncias voláteis, use sempre a capela.
O. Comunique qualquer ocorrência ao instrutor. Em caso de acidentes,
mantenha a calma e chame o professor ou técnico responsável;
P. Brincadeiras são absolutamente proibidas nos laboratórios;
Q. Siga corretamente o roteiro de aula e não improvise, pois improvisações
podem causar acidentes, use sempre materiais e equipamentos
adequados;
R. Receber visitas apenas fora do laboratório, pois elas não conhecem as
normas de segurança e não estão adequadamente vestidas.
Classe de Periculosidade
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Tóxico: substância que perturba ou destrói as funções do organismo.
A inalação, ingestão e contato com uma substância tóxica ou os seus vapores
podem resultar em distúrbios no organismo, queimaduras, ferimentos graves e
até a morte. Evite inalar, ingerir e contato com a pele.
4. Limpeza
O aluno só deverá se ausentar do laboratório após o professor ter se
certificado de que a sua bancada esteja em ordem, inclusive áreas comuns como
balança, capela, etc. Se necessário reserve 15 minutos finais para este fim.
5. Estrutura do curso
A carga horária semanal do curso é de 02 horas, estando a disciplina
baseada em atividades essencialmente práticas. Organiza-se da seguinte
maneira:
5.1 - Pré-relatórios
Uma apostila contendo todas as práticas a serem realizadas no semestre
deverá ser adquirida. Leia-a, cuidadosamente, quantas vezes forem necessárias,
antes de vir ao laboratório, certificando-se de que esteja entendendo
perfeitamente o que será realizado. Feito isso, você estará apto a preparar o pré-
relatório, o qual consiste basicamente de:
I. Fluxograma ou resumo das principais etapas do experimento;
II. Cálculos e/ou tabelas que porventura constem na experiência;
III. Respostas às perguntas (se existirem) inclusas no roteiro experimental.
IV. Relatar a periculosidade e procedimentos de primeiros socorros de cada
reagente a ser administrado na prática.
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O pré-relatório deve ser feito no caderno de laboratório e mostrado ao
professor, antes do início da aula, do contrário não será permitida a participação
do aluno na prática do dia, ficando este com zero no referido experimento sem
direito à reposição. Você só deve começar a trabalhar quando tiver a noção
exata do que fazer em todas as etapas da experiência.
5.3 - Relatórios
O relatório deve ser descrito em no máximo 5 páginas, não mais que isso.
O desenvolvimento correto da prática, a precisão dos dados empíricos e o
domínio teórico do assunto relacionado com a prática são alguns fatores
essenciais para um bom desenvolvimento das disciplinas experimentais. No
entanto é necessário apresentá-los em forma de texto organizado e lógico. Esse é
o papel do relatório. Após realizada cada prática você terá que prepará-lo, em
letra legível ou digitado, e entregá-lo ao professor na aula seguinte. O relatório
deve apresentar uma folha de rosto (capa) com os elementos de identificação
(unidade de ensino, número do experimento, título, nome completo do aluno,
turma, nome do professor, local e data) e ser dividido em 04 seções básicas,
conforme mostramos nos exemplos 1 e 2, respectivamente:
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Exemplo 1:
SUGESTÃO DE CAPA
EXPERIMENTO NO1
TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE
ALUNO:
TURMA:
PROFESSOR:
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Exemplo 2:
Título da prática
Introdução
Deve situar o leitor no assunto a ser abordado. Faça uma breve descrição
dos aspectos teóricos ou princípios envolvidos, preocupando-se em inserir nessa
seção os seguintes aspectos:
Procedimento Experimental
Resultados e discussões
Conclusões
Aqui você deve como o próprio nome sugere, concluir o relatório. Relacione
suas conclusões com o objetivo apresentado na introdução. Comente sobre os
pontos positivos e a eficiência da prática. Tente levantar possíveis erros e
sugestões para otimização do experimento.
No final do relatório devem ser respondidas as perguntas existentes no
final do roteiro experimental.
Referências
Relacione todas as referências utilizadas por você para fazer seu relatório.
Observe a forma correta de escrever as referências no Anexo 1, desta apostila.
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As seções devem ser construídas de modo que exista uma seqüência
lógica unindo-as. Não existe uma lógica padrão, você deve criar sua própria lógica
para cada relatório não fugindo, no entanto do modelo proposto.
3. Relatório: 10 6
2. 1ª Nota da disciplina:
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3. 2ª Nota da disciplina:
Item 2 + item 3
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Observações:
Faltas: Alunos com número de faltas superior a 2 serão reprovados por falta.
Horário: Uma questão que deve merecer especial atenção é o horário de início
da aula. Fica estabelecido que:
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EQUIPAMENTOS DO LABORATÓRIO DE QUÍMICA
EXPERIMENTAL
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Funil de separação Utilizado na separação de
líquidos não miscíveis e
na extração líquido/líquido
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Kitassato Utilizado em conjunto com
o funil de buchner em
filtrações a vácuo.
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tela de amianto Suporte para as peças a
serem aquecidas. A
função do amianto é
distribuir uniformemente o
calor recebido pelo bico
de Bunsen.
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Pinça de Hofman Possui a finalidade de
impedir ou reduzir o fluxo
de líquidos ou gases
através de tubos flexíveis.
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ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
1. INTRODUÇÃO
1,2471
810,4 +
811,6471 “pela calculadora”.
Uma vez que não conhecemos nada sobre a segunda casa decimal do
número 810,4 não tem sentido tentarmos estabelecer uma quarta casa decimal na
resposta.
Vamos examinar a propagação de erros. Considere os resultados abaixo:
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maneira de aumentarmos a precisão deste experimento é portanto tentando obter
o segundo número com uma precisão maior, através de um equipamento melhor,
um procedimento experimental mais aprimorado, etc. Duas regras devem ser
seguidas a fim de tornar coerentes os resultados de operações com algarismos
significativos:
Portanto a resposta de 1,2471 1,04 coerente com a precisão dos fatores é 1,30
(com incerteza no último algarismo). Assim:
onde o erro 0,52 109 foi encontrado tirando-se o antilogaritmo de -8,6 e de -8,8.
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Para escrever corretamente o resultado de um cálculo, com tantos
algarismos significativos for preciso você precisa conhecer algumas regras de
aproximação:
Se o último digito é um número maior que 5, você deve escrever o seu
resultado, aumentando em um número o último algarismo significativo, por
exemplo:
TIPOS DE ERROS
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reproduzido ao longo de todas as medidas. Por exemplo, usar um instrumento
sem calibrar.
( x 1 - X ) 2 ( x 2 - X ) 2 ... ( x n - X ) 2
Desvio Padrão S
N -1
Essa expressão mede a proximidade dos resultados agrupados em torno
da média. Quanto menor o desvio padrão mais precisa é sua medida
Referências Bibliográficas
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EXPERIMENTO 1
TESTANDO A PRECISÃO E EXATIDÃO DE VÁRIOS INTRUMENTOS
AFERINDO O MENISCO
TÉCNICA DE PIPETAGEM
A pipeta previamente limpa é cheia, por aspiração com a pêra, com água
destilada até acima do menisco, controlando-se a vazão com o dedo indicador;
acerta-se o menisco com cuidado e verte-se a água contida na pipeta no
recipiente desejado.
1. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
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A- Vamos obter dados para calcular o volume médio de uma gota de água
destilada, que será calculado a partir da massa e da densidade da água. Coloque
um pequeno béquer (5 mL) ou vidro de relógio numa balança analítica e tare-a.
Com a pipeta de Pasteur, coloque 1 gota de água destilada e anote sua massa,
repita este processo para mais 4 gotas, para obter a massa de 5 (cinco) gotas
uma a uma. Agora coloque 20 gotas de água e anote a massa das vinte gotas.
Anote os valores das massas de água e depois calcule o volume correspondente
a 1 gota.
B- Utilize a pipeta graduada de 5 mL e meça um volume de água destilada
de exatamente 5 mL. Após secar o béquer ou vidro de relógio utilizados
anteriormente, tare novamente a balança analítica e pese 5 gotas uma a uma
originadas da pipeta graduada. Agora pese vinte gotas de água a partir da pipeta
graduada. Anote os valores das massas de água e depois calcule o volume
correspondente a 1 gota.
C- Coloque 50 mL de água destilada medidos pela pipeta volumétrica num
balão volumétrico de 50 mL, num béquer de 100 mL, numa bureta de 50 mL, e
numa proveta de 50 mL.
D- Com uma pipeta de Pasteur adicione ou retire o volume de água
necessário para o instrumento marcar exatamente 50 mL, prestando atenção na
forma correta de aferir o menisco. Conte o número de gotas de água adicionadas
ou retiradas. A partir deste número de gotas, será calculado o volume de água
adicionado ou retirado, possibilitando então a aferição destes instrumentos.
E- A terceira parte deste experimento consiste na medida de massa de
cinco rolhas distintas. Escolha uma das rolhas e pese-a cinco vezes em cada uma
das balanças analítica e semi-analítica, sempre tarando-as antes de cada medida.
Pese agora as cinco rolhas juntas nestas mesmas balanças. Pese estas cinco
rolhas nas balanças analítica e semi-analítica.
2. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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3. CONCLUSÃO
Referências Bibliográficas
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EXPERIMENTO 2
DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DO ÓLEO MINERAL VENDIDO EM
FARMÁCIA.
1. INTRODUÇÃO:
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
B. Encha o balão até a sua marca com óleo mineral, com muito cuidado
(3 vezes). Lembre-se de tarar a balança antes de cada medida.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
( x 1 - X ) 2 ( x 2 - X ) 2 ... ( x n - X ) 2
Desvio Padrão S
N -1
O desvio padrão é uma medida do grau de dispersão dos valores em
relação ao valor médio (a média).
4. CONCLUSÃO
Referências Bibliográficas
5. QUESTÕES
1. Qual a diferença entre flotação e decantação?
2. Qual é o erro na medição da massa do balão?
3. Qual a precisão da balança analítica?
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EXPERIMENTO 3
PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES
1. INTRODUÇÃO:
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
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C3. Anote todas as observações (solubilidade, liberação ou absorção de
calor, etc.)
C4. Transfira a solução para um balão volumétrico de 100 mL e complete
com água destilada até a aferição.
C5. Guarde a solução num frasco plástico e rotule.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
B. M. Mahan e R. J. Myers - Química - Um Curso Universitário
J. B. Russel - Química Geral
Atkins, P; Jones, L. – Princípio de Química, ed. LTD
5. QUESTÕES
4. Qual a massa necessária de NaOH para preparar uma solução de 100 mL de água a 0,1 molal.
5. Qual a massa HCl necessária para para preparar uma solução de 100 mL de água a 0,1 molal.
6. O que é fração molar? Pode-se dizer que um composto tem fração molar de 1,1 numa solução?
7. Defina solubilidade.
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EXPERIMENTO 4
DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FUSÃO DO ÁCIDO BENZÓICO E DA
GLICOSE E DE UMA MISTURA 1:1 DESTES COMPOSTOS.
1. INTRODUÇÃO:
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4. CONCLUSÃO:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
B. M. Mahan e R. J. Myers - Química - Um Curso Universitário
J. B. Russel - Química Geral
Atkins, P; Jones, L. – Princípio de Química, ed. LTD
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EXPERIMENTO 5
OXIDAÇÃO DA PALHA DE AÇO.
1. INTRODUÇÃO:
Zn + Cu+2 Zn+2 + Cu
Dizemos que a espécie é oxidada quando ela perde elétrons, neste caso o
Zinco sofre oxidação, mas para isso ele promove uma redução, logo ele é
chamado de agente redutor.
A espécie química é redutora quando ela ganha elétrons. O cobre sofre
redução, logo ele promove a oxidação, portanto é chamado de agente oxidante.
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
4. CONCLUSÃO:
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5. QUESTÕES PARA O RELATÓRIO:
5.1- Fale sobre o processo natural de corrosão e exemplifique mostrando o
processo para o caso do ferro.
5.2- Fale sobre o processo de galvanização de metais e o que deve ser feito para
evitar a corrosão do ferro?
5.3- Porque pregos de ferro sofrem oxidação quando expostos num recipiente de
água?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
B. M. Mahan e R. J. Myers - Química - Um Curso Universitário
J. B. Russel - Química Geral
Atkins, P; Jones, L. – Princípio de Química, ed. LTD
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EXPERIMENTO 6
REAÇÃO DO BICARBONATO DE SÓDIO COM VINAGRE
1. INTRODUÇÃO:
Uma importante propriedade dos ácidos é que eles liberam gás quando
combinado com carbonatos ou bicarbonatos.
Para o pré-relatório, trazer a equação química e a quantidade do gás
formado partindo de 25g de bicarbonato de sódio, assumindo que ele seja o
reagente limitante da reação.
2.PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
4. CONCLUSÃO:
5. QUESTÕES:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
B. M. Mahan e R. J. Myers - Química - Um Curso Universitário
J. B. Russel - Química Geral
Atkins, P; Jones, L. – Princípio de Química, ed. LTD
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EXPERIMENTO 7
DESTILAÇÃO DA ÁGUA DE TORNEIRA.
1. INTRODUÇÃO:
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
4. CONCLUSÃO:
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B. Fale sobre destilação fracionada, o principio em que se baseia e cite um
método industrial que usa a destilação fracionada para separação de
componentes.
C. No tratamento da água para consumo, quais os métodos de separação que
são usados
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
B. M. Mahan e R. J. Myers - Química - Um Curso Universitário
J. B. Russel - Química Geral
Atkins, P; Jones, L. – Princípio de Química, ed. LTD.
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EXPERIMENTO 8
DESIDRATAÇÃO DO AÇÚCAR
1. INTRODUÇÃO:
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
4. CONCLUSÃO:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
B. M. Mahan e R. J. Myers - Química - Um Curso Universitário
J. B. Russel - Química Geral
Atkins, P; Jones, L. – Princípio de Química, ed. LTD
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ANEXO 1
(RESUMO DA NORMA DA ABNT- NBR 6023/2002)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
34
Ambiente.
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OTT, Margot Bertolucci. Tendências
Ideológicas no Ensino de Primeiro Grau.
Porto Alegre: UFRGS, 1983. 214 p. Tese
(Doutorado) – Programa de Pós-Graduação
em Educação, Faculdade de Educação,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 1983.
Evento (congresso, conferência, NOME DO EVENTO, nº do evento, ano,
encontro...) local. Título. Local: Editor, ano de
publicação. nº de pág. (opcional)
Ex. :
ou
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CD-ROM AUTOR. Título. Edição. Local de publicação:
Editora, data. Tipo de mídia.
Ex. :
3. PARTES DE DOCUMENTOS
37
Brasileira, Brasília, v. 1, n. 3, p. 35-58, maio/ago.
1979.
Artigo de jornal SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título
do jornal, local, dia, mês e ano. Título do
caderno, seção ou suplemento, página inical e
final.
ou
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Trabalho apresentado em SOBRENOME, Prenome (autor do trabalho).
congresso Título: subtítulo. In: NOME DO CONGRESSO,
nº. ano, local de realização. Título (da obra no
todo). Local de publicação: Editora, ano. Páginas
inicial e final do trabalho.
Ex.:MOREIRA, A. F. B. Multiculturalismo,
Currículo e Formação de Professores. In:
SEMINÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
BÁSICA, 2., 1998, Santa Cruz do Sul. Anais...
Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 1998, P. 15-30.
ou
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