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Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Araçatuba SP

CURSO DE ENGENHARIAS

APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS

DE QUÍMICA GERAL

Profa Rosemeire Conceição Parra Pastor


INSTRUÇÕES GERAIS PARA O TRABALHO NO LABORATÓRIO

- Não será permitida, em hipótese alguma, a presença de aluno nas aulas práticas sem jaleco
de algodão, calça “comprida” e sapato “fechado”;

- Caso o comportamento do aluno nas dependências do laboratório for considerado


“inadequado” pelo professor ou pelo técnico responsável, principalmente no que diz
respeito à brincadeiras com o material utilizado nas aulas, este será convidado a se retirar,
ficando com falta registrada na lista de presença e impedido de entregar relatórios.

- Não poderá entregar relatório o aluno que não participar da respectiva aula prática;

- As provas práticas parciais não serão repostas, ou seja, caso o aluno não compareça em
alguma (s) destas, ficará automaticamente sem nota na mesma;

- A entrega de relatórios e/ou trabalhos fora do prazo pré-determinado fará com que o valor
deste seja reduzido em 30%, sendo tolerado o máximo de 1 semana de atraso;

- Caso um aluno não entregue relatórios e /ou trabalhos, ficará automaticamente sem nota
no mesmo.

- Preparar-se para realizar cada experiência, lendo antes os conceitos referentes ao


experimento e a seguir ler o roteiro da experiência.

- Respeitar rigorosamente as precauções recomendadas.

- Não fumar no laboratório

- Se algum ácido ou qualquer outro produto químico for derramado, lavar o local
imediatamente com bastante água

- Não tocar os produtos químicos com as mãos, a menos que o professor os recomende.

- Nunca provar uma droga ou solução.

- Para sentir o odor de uma substância, não colocar o rosto diretamente sobre o recipiente.
Em vez disso, com a mão trazer um pouco de vapor até o nariz.

- Não deixar vidro quente em lugar em que possam pegá-lo inadvertidamente. Deixar
qualquer peça de vidro quente esfriar durante bastante tempo, lembrando-se que o vidro que
tem a mesma aparência do vidro frio.

- Ter cuidado com reagentes inflamáveis: não manipular em presença de fogo.

- Quando terminar seu trabalho fechar com cuidado as torneiras de gás evitando
escapamento.

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- Utilizar sempre que necessários materiais que possam garantir maior segurança no
trabalho, tais como: pinça, luvas, óculos, etc...

- Jogar todos os sólidos e pedaços de papel usados em frasco ou cesto para isto destinado.
Não jogara nas pias, fósforos, papel de filtro, ou qualquer sólido ainda que ligeiramente
solúvel.

- Ler com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagente antes de usá-lo. Segurar o frasco
pelo lado que contém o rótulo para evitar que o reagente escorra sobre este.

- Não recolocar no frasco uma droga não usada.

- Conservar limpo seu equipamento e sua mesa.

- Ao término do período de laboratório, lavar todo o material utilizado, deixando-o na


ordem em que encontrou.

PRIMEIROS SOCORROS

- Cortes e ferimentos devem ser desinfetados e cobertos.


- Queimaduras leves com fogo ou material quente, tratar com água fria ou ácido pícrico.

Queimaduras cutâneas:

- Com ácidos
- lavar com bastante água e sabão e, em seguida, neutralizar com leite de magnésia ou
bicarbonato de sódio.

- Com bases
- lavar com muita água e, em seguida, com solução diluída de ácido acético (0,1N).

- Com fenol
- lavar abundantemente com álcool etílico.

- Queimaduras oculares com substâncias ácidas ou básicas devem ser lavadas com água
(usar lava - olhos) e tratadas com colírio estéril.

Ingestão:

- De ácidos
- tomar hidróxido de cálcio, leite de magnésia ou leite. Não tomar bicarbonato de sódio ou
carbonato de cálcio. Estes produtos são contra-indicados porque produzem distensão e
facilitam a perfuração.
- De bases
- tomar solução de ácido acético 1/100 ou vinagre 1/10 ou água de limão.

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Intoxicação por gases:
- Regra geral: remova o paciente da exposição, fazendo-o respirar profundamente e
mantendo-o aquecido.

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIO

Um relatório, em geral, é composto de cinco partes: TÍTULO, INTRODUÇÃO,


PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL, RESULTADOS E CONCLUSÕES E
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. Cada uma dessas partes deve ser destacada em
separado, através de um subtítulo, contendo, pelo menos, o nome específico da parte.

- TÍTULO – Através de um título, que pode ser o mesmo já contido no material referente à
experiência, deve-se explicitar o problema resolvido através da experiência realizada.

- INTRODUÇÃO – Explicitar, de forma breve e clara, qual foi o objetivo da experiência


(o problema a ser resolvido através da experiência), qual o método ou métodos utilizados
pra resolvê-los e quais os princípios fundamentais em que esse método ou métodos se
baseiam.

- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – Esta seção deve conter relatos exatos e claros


de como foi feita a experiência, de modo que, baseada nesses relatos, qualquer pessoa possa
repeti-la. Note que não basta copiar o procedimento experimental contido no material
referente à experiência, pois, na melhor das hipóteses, toda forma de redação deverá ser
mudada. Lembrar-se de que a forma deverá ser impessoal, usando voz passiva no tempo
passado. Além disso, cada equipamento utilizado deverá ser claramente especificado.
Assim, esta seção deverá conter só uma descrição detalhada de como a parte experimental
foi realizada, sem que se incluam os resultados obtidos experimentalmente ou cálculos
realizados.

- RESULTADOS E CONCLUSÕES – Nesta parte do relatório, devem ser colocados os


dados coletados durante a experiência e os cálculos realizados; também devem ser os
resultados finais obtidos, comentando-se sobre sua adaptação ou não, apontando-se as
possíveis explicações e fontes de erro experimental. Uma forma rápida e eficiente de se
registrar dados em um relatório é sob a forma de tabelas e gráficos.

- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – Finalmente, sempre se devem mencionar, no


relatório, as fontes bibliográficas consultadas. Recomenda-se a utilização das normas para a
citação bibliográficas (Manual do Unisalesiano), que para o caso de livros e manuais são as
seguintes:
SOBRENOME DO AUTOR, primeiro Nome completo e o restante iniciais. Título:
subtítulo. Tradutor. No da edição. Editora. Local de publicação. Ano de publicação.

Obs.:

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Gráfico: é a maneira de detectar visualmente como varia uma quantidade (y) a medida que
uma segunda quantidade (x) também varia; é imprescindível o uso de papel milimetrado
para construção de um gráfico.
- Eixos:
horizontal (abcissa): representa a variável independente; é aquela cujo valor é controlado
pelo experimentador;

vertical (ordenada): representa a variável dependente; cujo valor é medido


experimentalmente;
- Escolha das escalas: suficientemente expandida de modo a ocupar a maior porção do
papel (não é necessário começar a escala no zero, sim num valor um pouco abaixo do valor
mínimo medido);
- Símbolos das grandezas: deve-se indicar junto aos eixos os símbolos das grandezas
correspondentes divididos por suas respectivas unidades;
- Título ou legenda- indicam o que representa o gráfico;
- Valores das escalas: deve-se marcar os valores da escala em cada eixo de forma clara;
- Pontos: deve-se usar círculos, quadrados, etc. para indicar cada ponto de cada curva;
- Traço: a curva deve ser traçada de modo a representar a tendência média dos pontos.

TÓPICOS DE COMPOSIÇÃO:
1. Capa
2. Resumo
3. Introdução
4. Materiais e Métodos
5. Resultados e Discussão
6. Conclusões
7. Referências

Capa
A capa deve conter:
- Logotipo da instituição
- Título
- Nome dos discentes (autores)
- Nome do doscente.

 SILVA,Ricardo,R.; et al. Introdução à Química Experimental. Editora McGraw


Hill. São Paulo. 1990.

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ATIVIDADE EXPERIMENTAL NO- 1

OBSERVAÇÃO CIENTÍFICA E DESCRIÇÃO

Segundo Hennig*, os cientistas trabalham seguindo processos sutis de atividades racional,


lógica e prática, que se constituem no MÉTODO CIENTÍFICO. No centro de qualquer
atividade científica está o método que une as idéias a fatos, disciplina o trabalho e distingue
idéias importantes das vazias. Para o investigador, o método científico é um guia mutável
que não exclui a inspiração, o tempo, a chance e mesmo a sorte. O fazer ciência através do
método científico não requer toques de genialidade; requer, mesmo, é uma honestidade de
propósitos e trabalho sério. Não se trabalha e progride por receber um toque de genialidade;
adquire-se inspiração, progride-se na investigação e, talvez, transforme-se em um gênio,
por se estar trabalhando. O trabalho é a mola mestra que impulsiona a Ciência.

Em seus fundamentos básicos, o método científico é simples, sendo usado por muitas
pessoas se bem que incompletamente. É neste aspecto que o homem comum distingue-se
do cientista, pois que este usa o método científico consciente e totalmente, orientando, por
ele, sua atividade e, com isto, consolidando seus conhecimentos e fazendo novas
descobertas. O método científico não significa o formalismo de algumas etapas de atividade
convencionalmente estabelecidas ou a aridez de um roteiro de trabalho, ou a duvidosa
certeza de seguir uma infalível receita que dá resultados surpreendentes; por outro lado, o
método científico não supre os conhecimentos necessários para que uma investigação
científica seja realizada, apenas ajuda a ordená-los, tornando-os precisos e valorados.

Na realidade, o método científico não é nem mesmo uma diretriz para o trabalho científico.
Um mesmo fato pode ser investigado sob vários aspectos (forma, dimensões, estrutura,
funcionamento, relações,...) conforme as tendências do cientista ou fatores circunstanciais
que intervenham no momento (sorte, inspiração, necessidade). Uma investigação pode ter
resultados imediatos ou arrastar-se durante anos na busca de soluções. A natureza pode
esperar muito tempo para que um importante encontro se realize: o fenômeno importante
com a pessoa certa, na hora exata e em determinadas circunstância-ambiente.

A dimensão positiva do método científico refere-se àquelas instruções de como proceder,


como pesquisar, por onde começar, qual a seqüência a seguir, ... .
Portanto, o método científico é o modo particular e característico de proceder da Ciência;
uma estratégia de conduzir a investigação científica. São diretrizes que norteiam a atividade
científica através de etapas sistematizadas de atividades mentais (pensar – reflexão) e
práticas (agir – experimentação). São etapas do método científico:

*HENNIG, G. Metodologia do ensino de ciência. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1986,


p.159-159.

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Observar coisas e fenômenos do mundo natural;

Colher evidências sobre observações, transformando-os em fatos;

Propor problemas a respeito de fatos discrepantes que intrigam;

Formular uma ou mais hipóteses, como tentativas antecipadas de explicar fatos;


Testar as hipóteses através da experimentação, manipular, observar, registrar, organizar,
analisar, interpretar e inferir conclusões, transformar dados brutos em conceitos qualitativos
ou quantitativos, aceitar, reformular ou rejeitar as hipóteses de acordo com a conclusão
obtida;

Aplicar os conhecimentos já definidos a outras situações.

“A atividade científica nada mais é que um caminhar às apalpadelas, no terreno intelectual.


Não às tontas e desordenadamente, mas de forma ordenada, disciplinada e sistematizada”
(Guimarães).

Bons observadores todos nós julgamos ser. Entretanto há muito mais a observar além do
que chama a atenção à primeira vista. Para isso é preciso concentração, atenção aos
detalhes, espírito aberto e, muitas vezes, paciência.

Nesta atividade faremos o treinamento da habilidade específica da observação. Consiste na


descrição de uma vela, identificando e nomeando os aspectos mais característicos; não
deverão ocorrer interpretações, mas apenas detalhamentos que promovam maior significado
às observações feitas.

MATERIAIS:

- Velas
- Fósforos
- Régua
- Balança
- Relógio

ATIVIDADES:

- Observar e descrever uma vela intacta;


- Observar e descrever uma vela acesa.

BIBLIOGRAFIA
HENNIG, G. Metodologia do ensino de ciências. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1986.
CHEMS (org.). Química, uma ciência experimental. trad. Anita Rondon Berardinelli, São
Paulo, EDART, 1972.
COTTON, F. A.; et al., Curso de química. trad. Álvaro Geraldo da Rocha Neves e outros
Rio de Janeiro, Fórum Editora, 1968.

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ATIVIDADE EXPERIMENTAL NO 2 - TRATAMENTO DE DADOS
EXPERIMENTAIS

TRATAMENTO DE DADOS EXPERIMENTAIS

I. Introdução

Na Química como em outras ciências, as grandezas são determinadas experimentalmente


através de medidas ou de combinações de medidas. Tais medidas possuem uma incerteza
oriunda das características dos aparelhos usados, do método e do próprio observador.
Ao fazermos a determinação de uma grandeza, obtemos um número que a caracteriza e que
é o valor dessa grandeza. Quando esse resultado vai ser aplicado, é freqüentemente
necessário saber com que certeza o número obtido representa a grandeza.

II. Erros experimentais

O valor que e obteria, utilizando-se técnicas, amostras e instrumentos perfeitos, seria o


valor verdadeiro de uma grandeza. A diferença entre o valor obtido experimentalmente em
uma medida e o valor verdadeiro da grandeza constitui o que chamamos de erro.

Erro = (valor experimental - valor verdadeiro)

Os erros distribuem-se em duas classes: os erros sistemáticos ou determinados e os erros


aleatórios (casuais) ou indeterminados.

Os erros sistemáticos são aqueles que podem ser identificados e em muitos casos até
avaliados. Se a fonte de erro puder ser localizada, geralmente é possível fazer uma correção
ou uma modificação no procedimento de modo a eliminá-la.

Dentro da classe de erros sistemáticos, podemos distinguir:

Erros pessoais: dificuldades em distinguir certas cores (cegueira parcial); leitura defeituosa
(de uma escala, de menisco, etc...)

Erros de método: escolha inadequada de um indicador em uma titulação, precipitação de


algo solúvel em uma determinada gravimetria, etc...

Erro devido à aparelhagem e reagentes: aparelhos (buretas, pipetas, balões volumétricos)


mal calibrados ou calibrados a uma temperatura diferente da que esta sendo usada,
reagentes impuros, entre outros...

Os erros aleatórios (casuais) são causados por variáveis que não podemos determinar ou
controlar. Eles podem ser constatados quando fazemos uma medida repetitiva vezes e
obtemos não um valor, porém uma faixa de valores. Esse tipo e erro é objeto de estudo da
estatística e o seu tratamento não será discutido nessa disciplina.

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III. Exatidão e Precisão

As observações quantitativas são expressas por valores numéricos, os quais podem ser
exatos ou aproximados.

Número exato: são aqueles com nenhuma incerteza, na vida diária são os menos comuns.
Exemplo: número de jogadores de um time de futebol (11).

Número aproximado: aqueles que apresentam algum grau de incerteza, são os mais
comuns.
Exemplo: volume de sangue presente no corpo de um homem adulto (aproximadamente 5
litros).

Exatidão: relaciona-se ao verdadeiro valor da quantidade obtida (aproximação do valor


correto).

Precisão: relaciona-se à reprodutibilidade do número medido. Um número com alta


precisão possui muitos algarismos significativos.

A exatidão é relativa ao verdadeiro valor da quantidade medida e a precisão é relativa à


reprodutibilidade do número medido. Por exemplo, imagine um lápis de exatamente 22 cm.
O comprimento do lápis é medido com um dispositivo que permite aproximações de 0,01
cm. Seis medidas foram realizadas separadamente, e o valor foi calculado. Os valores
medidos são:

20,14 cm
20,17 cm
20,12 cm
20,16 cm
20,15 cm
20,12 cm
Média = 20,14 cm

Embora estes números oscilem em torno da média, nenhuma medida está próxima do
verdadeiro valor do comprimento do lápis (22 cm). Como a reprodutibilidade do
comprimento medido (20,14 cm) é boa (nenhuma medida difere por mais de 0,03 cm do
valor médio), sua precisão é considerada alta. Mas os números individuais (e sua média)
não estão próximos do verdadeiro comprimento do lápis, e, portanto a exatidão do resultado
é considerada baixa.

Assim, para escrever corretamente os resultados das medidas experimentais, tem-se que
considerar a precisão do aparelho utilizado e, para isso, tem que se fazer uso dos
Algarismos Significativos.

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IV. Algarismos significativos

Todas as medidas de uma propriedade físico-química estão afetadas por uma incerteza,
chamada em geral erro, desvio ou imprecisão da medida. Por isso, os resultados das
medidas devem ser expressos de modo tal que se possa avaliar a precisão com que elas
foram feitas (ou calculadas). Portanto, o número que representa a medida de uma
propriedade não pode ter uma quantidade qualquer de algarismos, ele deve conter apenas
algarismos que representem realmente a precisão com que a medida foi feita, ou seja, todos
os algarismos devem ter um significado. Introduzimos assim o conceito de algarismos
significativos, procurando indicar que nem todos os algarismos que aparecem na
representação de uma medida ou no resultado de uma operação matemática tem significado
científico.

Algarismos significativos: são números que exprimem o resultado de uma medida de


maneira que só o ultimo algarismo seja duvidoso.

Quando se escreve 6,41 mL quer-se dizer que a imprecisão (a dúvida da medida de


volume) está no último algarismo "1". É errado escrever que 6,41 mL = 6,410 mL, pois
neste último caso a dúvida está no milésimo de centímetro e não em centésimo como no
primeiro caso.

- Em 167, há 3 algarismos significativos e o 7 é o duvidoso.


- Em 1,0238, há 5 algarismos significativos e o 8 é o duvidoso.

Quando se fala em algarismos significativos de um número, está se referindo aos dígitos


que representam um resultado experimental, de modo que apenas o último algarismo seja
duvidoso, não importando a posição da vírgula. O número de algarismos significativos
expressa a precisão de uma medida e não depende do número de casas decimais. Assim,
quando se quer expressar a massa de 15,1321 g em unidades de miligramas, deve-se
representá-la por 15132,1 mg. No primeiro caso, têm-se quatro casas decimais e no
segundo, apenas uma. Entretanto, nos dois casos têm-se seis algarismos significativos.
Assim também os números 1516; 151,6; 15,16; 1,516 e 0,1516 contêm quatro algarismos
significativos, independentemente da posição da vírgula. Outro exemplo: se você faz uma
leitura de um volume contido numa proveta e acha que esse volume é melhor indicado
como 90,2 mL, o seu resultado possui três algarismos significativos, dentre os quais os
dígitos nove e zero são conhecidos com certeza, enquanto o dois é o duvidoso.

Dessa forma, um volume de “20 mL” deve ser expresso como:

a) 20,00 mL, se a menor divisão da proveta utilizada for 0,1 mL;

b) 20,0 mL, se a menor divisão da proveta utilizada for 1 mL.

c) 20 mL se a menor divisão da proveta utilizada for 10 mL

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Outros exemplos:

Medida (em gramas) Número de Agarismos


Significativos
0,0062 2
0,62000 5
33,0245 6
20,010 5

É importante observar que:

- Os zeros são significativos quando fazem parte do número e não são significativos
quando são usados somente para indicar a ordem de grandeza. Assim, os zeros situados à
esquerda de outros dígitos não são significativos, pois nestes casos são usados apenas para
indicar a casa decimal. Se for necessário expressar 11 mg em gramas, escreve-se 0,011 g,
que continua a ter apenas dois algarismos significativos. Assim, por exemplo:

Medida(em gramas) Número de Agarismos


Significativos
0,1516 4
0,01516 4
0,001516 4
0,0001516 4

- Os zeros colocados à direita de outros dígitos somente são significativos se forem


resultado de uma medida. Não são significativos se apenas indicam a ordem de grandeza de
um número.

Por exemplo:

17,0900 tem 6 algarismos significativos.

0,0620 tem 3 algarismos significativos

17,0900 tem 6 algarismos significativos

Durante os cálculos, pode-se trabalhar com um algarismo a mais, mas ao se apresentar o


resultado final, deve-se usar o número correto de algarismos significativos, obedecendo às
seguintes regras:

-se o algarismo a ser cortado for maior que 5, soma-se 1 ao algarismo anterior,
-se o algarismo a ser cortado for menor que 5, o algarismo anterior mantém-se inalterado,
-se o algarismo a ser cortado for igual a 5, soma-se 1 ao anterior se ele for ímpar,
mantendo-o inalterado se for par.

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Operações com algarismos significativos:

Considerando o caso em que a pesagem de dois objetos, em duas balanças diferentes,


indicou os seguintes resultados: m1 = 6,3 g e m2 = 4,17 g, o valor de m1 é indicado com
apenas 2 algarismos significativos, sendo o dígito seis, o algarismo significativo conhecido
com certeza e o dígito três, o algarismo duvidoso, que foi avaliado da maneira
anteriormente ilustrada. Analogamente, o valor de m2 possui três algarismos significativos,
sendo os dígitos quatro e um os conhecidos com certeza e o dígito sete, o duvidoso. Qual
será a massa total dos dois objetos? Certamente, basta somarmos as massas individuais.
Isto, entretanto, requer certo cuidado porque os valores foram obtidos com instrumentos
diferentes. Analisaremos, aqui, como proceder nos casos da adição, subtração,
multiplicação e divisão de medidas que contêm diferentes números de algarismos
significativos.

Adição e Subtração:

O número de dígitos à direita da vírgula no resultado calculado deve ser o mesmo do


número com menos dígitos entre os números somados ou subtraídos. Assim, ao somarmos
os valores das massas m1 e m2:

6,3
4,17 +
10,47

O resultado a ser tomado deve ser 10,5 g, uma vez que o número 6,3 tem a menor ordem
decimal. Assim, existem duas regras bem simples para o procedimento de arredondamento
de algarismos significativos, a saber:

Arredondamento

a) Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é


inferior a 5, o algarismo a ser conservado permanecerá sem ser modificado. Exemplo: 2,14
ao ser arredondado para conter 2 algarismos significativos, tornar-se-á 2,1.

b) Se o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado for


superior a 5, o último algarismo a ser conservado aumenta de uma unidade. Exemplo: 7,435
passa a 7,44 e 63,99 passa a 64,0 ao serem arredondados para três algarismos
significativos.

c) Se o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado for igual a


5:

- Sendo o último algarismo a ser conservado ímpar, ele aumenta de uma unidade,
exemplo:
3,5501 ao ser arredondado para conter dois algarismos significativos, torna-se 3,6.
7,635 ao ser arredondado para conter três algarismos significativos, torna-se 7,64.

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- Sendo o último algarismo a ser conservado for par mantêm o mesmo valor do último
algarismo,
exemplo:
8,105 ao ser arredondado para conter 3 algarismos significativos, torna-se 8,10.

Outro exemplo: um pedaço de polietileno pesou 6,8 g numa balança, cuja incerteza é – ou
+ 0,1g. Um pedaço deste corpo foi retirado e pesado em uma balança analítica, cuja massa
medida foi de 2,6367 g. Calcular a massa do pedaço de polietileno restante.

6,8
2,6367 - A massa do polietileno restante é 4,2 g
4,1633

Para fins de padronização, os arredondamentos deverão ser feitos somente para o


resultado final.

A tabela abaixo mostra as regras de arredondamento do número à direita do último


algarismo significativo:

Caso Regra Exemplo


MAIOR QUE 5 Aumenta 1 unidade 5,4987 = 5,499
IGUAL A 5 Se o último algarismo for Par: 3,2845 = 3,284
par – mantém-se igual.
Se o último algarismo for Ímpar: 9,135 = 9,14
ímpar – aumenta 1 uidad
MENOR QUE 5 Mantém-se igual 2,1921 = 2,192

Multiplicação e divisão

O número de algarismos significativos, no resultado calculado, deve ser o mesmo daquele


que apresenta o menor número de algarismos significativos.

Exemplo:

1,473 / 2,6 = 0,57 (2 algarismos significativos)

3,94 x 2,122345 = 8,36

Exercícios

1. Fale sobre erro, exatidão e precisão.

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2. As medias do comprimento de um lápis de exatamente 22 cm foram: 20,14; 20,17;
20,13; 20,16 cm.
Pergunta-se:
a) A média das medidas e os valores individuais estão próximos do valor verdadeiro (22
cm) ?

b) A precisão é alta ou baixa? E a exatidão?

3. Quantos algarismos significativos há em cada um dos seguintes números?


a) 26,31
b) 26,01
c) 20,00
d) 0,206
e) 0,00206
f) 2,060 10-3

4. Faça as operações aritméticas indicadas, admitindo que cada número é resultado de uma
medida experimental:
a) 323 + 2,981
b) 20,368 – 0,004
c) 26,14 + 1,073
d) 4,673 - 20,1
e) 4,368 x 9,00
f) 67,6/38
g) 126 x 3,9

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ATIVIDADE EXPERIMENTAL NO 3 MATERIAIS DE LABORATÓRIO

OBJETIVOS

- Associar o nome de cada material/ equipamento com seu uso específico;


- Reconhecer os diversos materiais de um laboratório;
- Aplicar corretamente a técnica de utilização de cada material.

INTRODUÇÃO

De um modo geral, um laboratório compõe-se de:


- Laboratório propriamente dito é o local de trabalho ativo: bancada, capela, pias, etc;
- Almoxarifado, destinado a armazenagem de reagentes e materiais;
- Escritório ou sala de estudos;
- Sala para coleta de materiais;
- Sala para aparelhos (balança, espectrofotômetros e outros).

MATERIAIS DE LABORATÓRIO

Abaixo estão relacionados os equipamentos de laboratório mais comuns com a descrição


dos respectivos usos. As representações dos mesmos encontram-se na Figura 1.

1. Anel de ferro: Utilizado como suporte para funil de vidro ou tela metálica ou amianto.
2. Balão de destilação: Frasco com saída lateral utilizado para destilação de líquidos.
3. Balão volumétrico: Recipiente calibrado, de precisão, utilizado no preparo de soluções
de concentração definida.
4. Bastão de vidro: Também chamado de baqueta, usado na agitação de transferência de
líquidos.
5. Béquer: Recipiente utilizado para o preparo de soluções, aquecimento de líquidos, etc.
6. Bico de gás ou Bico de Bunsen: Fonte de calor destinado ao aquecimento de materiais
não inflamáveis.
7. Bureta: Equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Muito
utilizada em titulações.
8. Cadinho: Utilizado para calcinação de substâncias.
9. Cepilho: Escova de pêlos destinada à limpeza.
10.Condensador: Equipamento destinado á condensação de vapores, em destilação ou
aquecimento de refluxo.
11. Dessecador: Utilizado no armazenamento de substâncias quando se necessita de uma
atmosfera com baixo teor de umidade.
12. Erlenmeyer: Frasco utilizado para aquecer líquidos ou efetuar titulações.
13. Espátula: Utilizada para transferir substâncias sólidas.
14. Funil: Utilizado na transferência de líquidos de um frasco para outro ou para efetuar
filtrações simples.
15. Funil de buchner: Utilizado para filtração por sucção. Deve ser acoplado ao Kitassato.
16. Funil de separação: Equipamento utilizado para separar líquidos não miscíveis.

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17. Garra: Peça metálica utilizada para montagem de parelhos, em geral a garra é presa em
um suporte.
18. Gral e pistilo: Destinado a pulverização de sólidos. O mesmo também é conhecido
como almofariz.
19. Kitassato: Frasco munido de saída lateral e utilizado em filtrações a vácuo.
20. Pêra de borracha: Equipamento que se acopla a uma pipeta com a finalidade de se
aspirar líquidos venenosos.
21. Pinças: São utilizadas para pegar recipientes aquecidos.
22. Pipeta graduada: Utilizada para escovar volumes variáveis de líquidos.
23. Pipeta volumétrica: Utilizada para escoar volumes fixos de líquidos.
24. Pissete. Frasco utilizado para efetuar lavagem de recipientes com jatos de líquidos nele
contido. Auxiliam principalmente em processos de filtração simples.
25. Placa de Petri: Placas de vidro com diâmetro variável, com rebordo de
aproximadamente 2 cm e fundo chato. Serve para o armazenamento de substâncias
químicas e biológicas (meios de cultura, germinação de sementes, etc.)
26. Proveta: Também chamada de cilindro graduado, é destinado a medidas aproximadas
de volumes líquidos.
27. Suporte universal: utilizado para várias funções: para filtrações, como suporte de
condensadores, para a sustentação de peças em geral.
28. Tela de amianto: Tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir
uniformemente o calor de um bico de gás.
29. Tripé: Utilizado como suporte, principalmente de tela e triângulos.
30. Trompa: Dispositivo utilizado para aspirar o ar, reduzindo a pressão no interior do
recipiente. Muito utilizado em filtrações por sucção.
31. Tubo de ensaio: Utilizado para realizar reações químicas em pequena escala.
32.Vidro de relógio: Usado geralmente para cobrir béqueres contendo soluções, para
secagem de sólidos, pesagem, etc.

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ATIVIDADE EXPERIMENTAL NO4: MEDIDAS DE VOLUMES E
TRANSFERÊNCIAS DE LÍQUIDOS

Introdução

As experiências de laboratório em química, assim como em outras ciências quantitativas,


envolvem muito frequentemente medidas de massa e volume, que são posteriormente
utilizados em cálculos. Nas próximas experiências, você medirá as massas e volumes da
água, e utilizará os resultados obtidos para calcular a densidade da água.

Medidas

Sempre que uma medida é efetuada, deve-se levar em consideração o erro a ela inerente.
O erro de uma medida é muitas vezes limitado pelo equipamento que é empregado na sua
obtenção. Em uma medida exata, os valores encontrados estão muito próximos do valor
verdadeiro. A precisão refere-se a quão próximos diversas determinações de uma medida
estão entre si. Medidas podem ser precisas sem serem exatas, devido a algum erro
sistemático. O ideal é que as medidas sejam precisas e exatas. A precisão de uma medida
pode ser melhorada aumentando-se o número de determinação de uma medida e fazendo-se
o valor médio das mesmas.

MEDIDAS DE VOLUME

A precisão da medida de volumes é um fator importantíssimo em muitos métodos


analíticos realizados em laboratório. Geralmente as unidades utilizadas são: litro (L) e
mililitros (mL), que é a milésima parte de um litro. A utilização de litro ou mililitro
depende do volume a ser medido.

As medidas de volume de um líquido com esses instrumentos são feitas comparando-se o


nível do mesmo com os traços marcados na parede do recipiente. Na leitura do volume de
um líquido usando-se um destes instrumentos, ocorre uma concavidade que recebe a
denominação de menisco.

Os instrumentos volumétricos não apresentam a mesma precisão. As provetas ou cilindros


graduados são usados para medidas de volumes aproximadas. Para medidas mais precisas
utilizam-se pipetas, buretas e balões volumétricos. Os balões volumétricos são utilizados no
preparo de soluções de concentrações definidas.

Erros nas medidas de volume

Os erros na leitura de volumes devem ser eliminados, pois são responsáveis por sérios
prejuízos nas determinações químicas. O olho do observador deve estar colocado no nível
da base do menisco, eliminando assim o erro de paralaxe. O menisco inferior deve
coincidir exatamente com o traço de aferição, quando observado a altura dos olhos. Para
soluções fortemente coloridas, faz-se o ajuste com o menisco superior.

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Para a leitura correta de um instrumento de medida deve-se considerar a sua precisão e o
número máximo de algarismos significativos permitidos para o instrumento.

Na leitura de um instrumento graduado deve ser considerado como algarismo duvidoso a


metade da menor divisão do instrumento.

Erros mais comuns:

- Leitura da graduação volumétrica obtida pela parte superior do menisco.


- Medição de volume de soluções quentes.
- Uso de instrumento inadequado para medir volumes.
- Uso de instrumento molhado ou sujo.
- Formação de bolhas nos recipientes.
- Controle indevido da velocidade de escoamento.

Na leitura de volumes, o olho precisa estar no nível da superfície do líquido, para se evitar
o erro devido à paralaxe, uma condição que faz que o volume pareça menor que seu valor
verdadeiro, se o menisco for visto de cima, e maior, se o menisco for visto de baixo.

Técnicas de utilização de material volumétrico

Pipetas

- Mergulhar a pipeta, limpa e seca, no líquido a ser medido.


- Aplicar sucção na parte superior da pipeta por meio de uma pera de borracha, aspirando o
líquido até um pouco acima da marca. Nesta operação, a ponta da pipeta deve ser mantida
sempre mergulhada no líquido, caso contrário, será aspirado ar.
- Deixar o líquido excedente escoar até que a parte inferior do menisco coincida com a
marca da graduação da pipeta. Remover a gota excedente.
- Encostar a ponta da pipeta na parte interna do recipiente onde será recebido o líquido
medido e deixar escoar. Esperar quinze segundos e afastar a pipeta sem tentar remover o
líquido remanescente da ponta da pipeta.

Importante: No caso da pipeta apresentar dois traços em sua porção superior, após o
escoamento do líquido (ou solução), deve-se liberá-la totalmente, pois o material
remanescente na ponta faz parte da leitura realizada.

As pipetas são utilizadas para permitir a transferência de volumes conhecidos precisos. As


mais utilizadas são a volumétrica, que libera um único volume, fixo entre 1 e 100 mL, e a
graduada, que permite a liberação de qualquer volume apresentando capacidades variáveis
entre 0,5 e 25 mL.
É importante lembrar que em uma pipeta, seja graduada ou volumétrica, existem:
- Uma coloração utilizada como código, que indica a capacidade da mesma;
- Algumas vezes, um anel duplo próximo a extremidade superior da mesma, indicando que
a última gota contida na mesma deve ser soprada para fora; caso não exista este anel, a

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pipeta já é então projetada para ficar realmente com esta gota, que não provocará alterações
no volume lido.

Bureta

Verificar se a bureta esta limpa e seca e se não há vazamento na torneira. Prender a bureta
verticalmente em um suporte e adicionar o líquido até acima do zero da escala. Abrir a
torneira e deixar escoar para encher o espaço abaixo da torneira da bureta. Acertar o
menisco com o zero da escala. Colocar o frasco que receberá o líquido sob a bureta e deixar
o líquido escoar.

As buretas são como as pipetas graduadas, utilizadas para liberar qualquer volume de
líquido até sua capacidade máxima, apresentando, porém, maior precisão. São utilizadas
geralmente em titulações ou em adições demoradas, que requerem certo cuidado quanto à
quantidade de volume adicionado.

Balão volumétrico

É um instrumento usado para preparo de soluções que exigem maior precisão de medida de
volume. Adiciona-se o solvente da solução até próximo da marca do balão volumétrico, em
seguida, o volume é completado até a marca de aferição adicionando-se o solvente através
de pissete ou pipeta graduada.

Limpeza e secagem de material volumétrico

Os aparelhos volumétricos devem estar perfeitamente limpos, para que as medidas possam
ser reproduzidas. O material é lavado com detergente e enxaguado várias vezes com água
de torneira e, em seguida, com água destilada. Para verificar se a limpeza foi completa,
deve-se escoar a água e observar se a película líquida inicialmente formada nas paredes
escorre uniformemente sem deixar gotículas presas. Caso não se consiga retirar materiais
aderidos nas paredes só com o uso de detergente, deve utilizar mistura sulfocrômica
(dicromato de potássio em ácido sulfúrico concentrado), tomando os devidos cuidados ao
manuseá-la, pois se trata de uma mistura corrosiva.

A secagem do material é feita por evaporação da água a temperatura ambiente ou em


corrente de ar. Uma secagem mais rápida pode ser obtida enxaguando-se o material com
álcool ou acetona. Caso não se disponha de tempo para secar pipetas ou buretas, deve-se
enxaguá-las com porções do líquido que será usado para enchê-las.

NOTA: Os materiais volumétricos não devem ser secos em estufa e nem ser aquecidos por
outros processos, pois o vido sofre dilatação pelo calor, alterando o volume dos materiais.

MEDIDAS DE MASSA

No laboratório, a massa de substâncias químicas é determinada com o uso de balanças. Na


maioria das análises, uma balança analítica precisa ser utilizada para se obter massas
altamente exatas. As balanças de laboratório menos exatas também são empregadas para as

19
medidas de massa quando a demanda por confiabilidade não for crítica. A precisão a ser
utilizada depende do trabalho a ser desenvolvido. É importante salientar que não se deve
realizar pesagens de produtos químicos diretamente sobre o prato da balança. Costuma-se
usar um vidro de relógio ou outra vidraria.

Cuidados com a Balança

As balanças são instrumentos adequados para medir massas. O manuseio de uma balança
requer muito cuidado, pois são instrumentos delicados e caros. Quando de sua utilização,
devem ser observados os seguintes cuidados gerais:
- Manter a balança limpa;
- Não colocar os reagentes diretamente sobre o prato da balança;
- Os objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e à temperatura ambiente;
- A balança deve ser mantida travada caso não estiver sendo utilizada;
- As balanças analíticas devem estar travadas quando da retirada e colocação dos - objetos a
serem pesados;
- Nas balanças analíticas, os objetos devem ser colocados e retirados com a pinça e não
com as mãos;
- O operador não deve se apoiar na mesa em que a balança está colocada.

Utilização de uma Balança Analítica

Existem duas técnicas para pesagens dependendo do tipo de balança. Uma delas é pesar
previamente a vidraria e em seguida o reagente químico, determinando a massa deste por
diferença. A outra consiste em zerar a balança com a vidraria a ser utilizada na pesagem
sobre o prato, obtendo-se diretamente a massa do reagente.

Para se fazer as pesagens adotam-se os seguintes procedimentos:


- Observa-se se a balança está no nível; caso não esteja, deve-se regular girando-se os
“pés”.
- Fecham-se as portas de vidro.
- Zera-se a balança pressionando o botão “tara”.
- Abre-se a porta, coloca-se o que se deseja pesar e fecha-se a porta.
- Espera-se até que o mostrador digital não flutue mais e anota-se a massa. Preste atenção a
unidade de medida (mg, g, ...).
- A última casa decimal é a incerteza.

Geral

O material a ser utilizado na medição de volumes depende da exatidão da medida que se


necessita. Quando não é necessária uma grande exatidão na medida, esta pode ser efetuada
em bécher graduado, proveta ou pipeta graduada (ordem crescente de exatidão). Para
medidas exatas, utiliza-se pipeta volumétrica, balão volumétrico e também buretas, que são
calibrados pelo fabricante em temperatura padrão de 20ºC.

Para realizar a leitura de volume de uma solução líquida deve-se obedecer à posição do
menisco, ou seja: soluções incolores por convenção a leitura se dá pela tangente do menisco

20
inferior e para soluções coloridas pelo menisco superior. Dessa forma determina-se com
precisão a leitura de volume de qualquer que seja a solução líquida.

Objetivos

- Manusear instrumentos de medidas, efetuando de maneira correta a leitura de volume e


temperatura;
- Comparar a sensibilidade dos diferentes instrumentos utilizados;
- Diferenciar as vidrarias volumétricas das graduadas;
- Utilizar algarismos significativos;
- Comparar a precisão e a exatidão de medidas de volume obtidas com distintas vidrarias.

Materiais

Béquer de 100 mL
Proveta de 100 mL
Bastão de vidro
Termômetro
Balão volumétrico de 100 mL
Pipeta graduada de 10 mL
Pipeta volumétrica de 10 mL
Bureta de 25 ou 50 mL
Reagentes Água destilada.

Procedimento Experimento I

1 - Medir 100 mL de água destilada em um balão volumétrico de 100 mL e fazer a leitura


do volume;
2 - Transferir a água do item 1 para um béquer de 100 mL e fazer a leitura do volume;
3 - Transferir a água do item 2 para uma proveta de 100 mL e fazer a leitura do volume;
4 - Comparar os dados obtidos nos itens anteriores;
5 - Pipetar com pipeta graduada 1 mL, 2 mL e 7 mL da solução do item 3 e transferir para
um béquer de descarte.
6 - Encher uma bureta de 25 mL com água destiçada e deixar escoar volumes de 5 mL, 8
mL, 10 mL e 15 mL, recolhendo o líquido em um erlenmeyer.

Procedimento Experimento II

1 - Pese um béquer de 100 mL e anote a massa.


2 - Meça 10 mL de água em uma proveta de 100 ml (verifique a temperatura da água),
transfira para o béquer e pese-o novamente. (Repita essa etapa mais duas vezes);
3 - Meça 10 mL de água em uma pipeta volumétrica de 10 ml, transfira para o béquer e
pese-o novamente. (Repita essa etapa mais duas vezes);

Sugestão: Utilize a tabela de densidades da água em várias temperaturas para determinar a


massa de 10 mL de água na temperatura em que a sua experiência foi realizada.

21
Tabela I: Densidade Absoluta da Água

0oC 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 0, 999700 691 682 673 664 654 645 635 624 615
11 605 595 585 574 564 553 542 531 520 509
12 498 486 475 463 451 439 427 415 402 390
13 377 364 352 339 326 312 299 285 272 258
14 244 230 216 202 188 173 159 144 120 114
15 099 084 069 054 038 023 007 991 975 959

16 0, 998943 926 910 893 877 860 843 826 809 792
17 774 757 739 722 704 686 668 650 632 613
18 595 576 558 539 520 501 482 463 444 424
19 405 385 365 345 325 305 285 265 244 224
20 203 183 162 141 120 099 078 056 035 013

21 0, 997992 970 948 926 904 882 860 837 815 792
22 770 747 724 701 678 655 632 608 585 561
23 538 514 490 466 442 418 394 369 345 320
24 296 271 246 221 196 171 146 120 095 069
25 044 018 992 967 941 914 888 862 836 809

26 0, 996783 756 729 703 676 649 621 594 567 540
27 512 485 457 429 401 373 345 311 289 261
28 232 204 175 147 118 089 060 031 002 973

29 0, 995944 914 885 855 826 796 766 736 706 676
30 646 616 586 555 525 494 464 433 402 371

FICHA DE ATIVIDADES

1. Como é feita a limpeza do material volumétrico de laboratório? Porque não se deve secar
o material volumétrico na estufa?

2. Compare os resultados obtidos nos itens 1,2 e 3 do experimento I e discuta sobre a


exatidão dos materiais volumétricos. Coloque os materiais volumétricos utilizados em
ordem crescente de exatidão.

3. Calcule as médias dos volumes encontrados no experimento II para as vidrarias


volumétricas utilizadas.

4. Baseado nos dados obtidos no experimento II analise qual das vidrarias utilizadas (pipeta
volumétrica e proveta) é mais exata. Justifique.

5. Baseado nos dados obtidos no experimento II analise qual das vidrarias utilizadas (pipeta
volumétrica e proveta) é mais precisa. Justifique.

22
ATIVIDADE EXPERIMENTAL No 5– DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE

Introdução

As propriedades físicas da matéria agrupam-se em duas categorias principais: intensivas e


extensivas. Existem propriedades que independem de quanto se tem de matéria. Por
exemplo, a temperatura de uma amostra de matéria não depende do seu tamanho e sim, do
meio onde ela se encontra; já a massa depende. Assim, a temperatura é uma propriedade
intensiva (outro exemplo: densidade) e a massa é uma propriedade extensiva (outros
exemplos: volume e quantidade de matéria). É interessante ressaltar que a razão entre duas
propriedades extensivas é uma intensiva. Exemplos disso são a densidade e a concentração.

ρ=m
v

A massa é uma propriedade fundamental e intrínseca de qualquer amostra de matéria. Ela é


uma medida direta de quanta matéria há na amostra.
As balanças são instrumentos usados para determinação de massas. Vários são os tipos das
balanças, desde as que pesam quantidades mínimas até as que pesam toneladas (exemplo:
nos postos rodoviários).
Nos laboratórios existem balanças que permitem determinar massas inferiores ao
miligrama.
As unidades de massa mais importantes para o nosso estudo são:
- quilograma (kg);
- grama (g) e
- miligrama (mg)

1 kg = 1000 g = 1.000.000 mg
1 kg = 103 g = 106 mg

As balanças são aparelhos delicados e caros que devem ser usados com muito cuidado e
técnica. Dependem do bom uso, as condições de funcionamento e o tempo de vida útil,
assim como a sua precisão.
A densidade, como já foi visto, é uma propriedade intensiva da matéria, isto é, seu valor
independe de quanta matéria há na amostra. Mas o que é densidade? Para entender o que é
densidade, inicialmente cabe lembrar que toda amostra de matéria tem massa e ocupa
espaço (tem volume), ao mesmo tempo. Isto significa que, numa dada condição, se porções
de matéria de um mesmo tipo têm volumes diferentes, necessariamente elas têm massas
diferentes. Além disso, estas massas são diretamente proporcionais ao volume e vice-versa.
Logo, quanto maior o volume (V) de uma dada porção de matéria, maior será sua massa
(m), pois são diretamente proporcionais, ou seja:

23
m α V (lê-se: a massa é proporcional ao volume)

Agora, cabe perguntar: é possível saber a massa de uma dada porção de matéria medindo
apenas seu volume? A resposta é sim, mas desde que se conheça a constante de
proporcionalidade entre estas duas grandezas (massa e volume). Esta constante de
proporcionalidade, por convenção, é denominada densidade e tem como símbolo a letra
grega (lê-se: rô).
Densidade, portanto, nada mais é que uma grandeza que expressa quanto há de massa por
unidade de volume de uma dada porção de matéria. Portanto:

m= ρxV
A densidade é uma propriedade física de extrema importância na caracterização,
identificação e utilização de substâncias ou materiais. Muitos processos químicos, tais
como fermentação de amidos, fabricação de ácidos e oxidação de amônia, são controlados
através da medida da densidade. Hoje, o teor de água no álcool hidratado utilizado como
combustível é controlado nos postos de serviço através da densidade da mistura hidro-
etanólica. Polímeros comerciais, como, por exemplo, o polietileno, são caracterizados
comercialmente através de suas densidades. As substâncias simples de muitos elementos
químicos podem ser identificadas através dos seus valores de densidade.

Vários métodos podem ser utilizados na determinação da densidade de líquidos. Uma


maneira é determinar a massa da amostra com uma balança, determinar o volume através
de instrumentos de laboratório que possibilitem tal aferição e fazer o quociente entre os
dois (d = m/v). A massa deve ser expressa em gramas (g) e o volume em centímetros
cúbicos (cm3). Outra maneira é utilizar um densímetro, um aparelho que permite a
determinação da densidade de líquidos onde são mergulhados, com leitura direta numa
escala, sem necessidade de cálculos ou balanças.

Objetivos
- Medir a densidade de algumas amostras de líquidos

Materiais
Béquer de 50 ml
Pipeta volumétrica de 5 ml (2)
Pêra
Proveta de 250 mL
Densímetro
Pipeta 5 ml graduada

Reagentes
Água destilada
Álcool etílico
Pedaço de ferro
Pedaço de chumbo

Procedimento Experimental

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I) Determinação de densidades de líquidos

1 - Determinar a massa de um béquer de 50 ml limpo e seco. Repita o procedimento mais


duas vezes.
Massa do béquer: ____________, ____________ e _____________.
Média da massa do béquer: _________________
2 - Pipetar 5,00 mL (com pipeta volumétrica) de água destilada e transferir para o becher
cuja massa já foi determinada, determinando a massa do conjunto becher + água. Repetir o
procedimento mais duas vezes;
Massa da água: _____________, _______________, _________________
Média da massa da água: ______________
3 - Com os valores das médias da massa e do volume da água, determine sua densidade.
Densidade: ________________________
Determine a temperatura da água utilizada no experimento.
4 - Repetir os procedimentos acima, substituindo a água por álcool etílico.

Massa do béquer: ___________, ______________ e ____________


Média da massa do béquer: _______________
Massa do álcool: ___________, ___________ e ____________
Média da massa do álcool: ___________________
Densidade: ____________________
5 - Encha uma proveta de 250 mL com água destilada. Lenta e cuidadosamente, ponha o
densímetro no líquido (deixe-o flutuar sem que encoste na parede da proveta).
Densidade: ____________

Material Massa (g) Volume (mL) Densidade (g/mL) Erro %


Teórica Exp.
Água 1.00
Álcool 0,79

O Erro percentual (E) pode ser dado por:

E = diferença entre os valores teórico e experimental . 100


Valor teórico

II. Determinação de densidades de sólidos

1 - Pesar um pedaço de ferro, anotando a massa encontrada.


Massa de ferro encontrada: ___________________
2 - Em uma proveta de 50,0 mL colocar água suficiente para que o pedaço de ferro pesado
possa ficar imerso,

25
3- Colocar o pedaço de ferro pesado na água e (corresponde à massa do metal). Para
diminuir o erro, retire o volume deslocado com uma pipeta graduada e faça nela a leitura.
Volume de água deslocado: ___________________
4. Calcular a densidade Densidade: ________________
5. Repetir os procedimentos acima, substituindo o ferro por chumbo.
Massa de chumbo encontrada: _________________
Volume de água deslocado: ___________________

Material Massa Volume Densidade E%


(g) (mL) (g/mL)
Teórico Experi
Fe 7,86
Pb 11,34

Atividades

1.Compare as densidades da água medidas com o densímetro e com a pesagem.

2.Compare as densidades da água, do álcool, do ferro e do chumbo obtidas nos


experimentos com as densidades encontradas na literatura, a mesma temperatura.

3. O Mercúrio despejado dentro de um béquer com água fica depositado no fundo do


béquer. Se Gasolina é adicionada no mesmo béquer ela flutua na superfície da água. Um
pedaço de Parafina colocado dentro da mistura fica entre a água e a gasolina, enquanto um
pedaço de Ferro vai situar-se entre a água e o Mercúrio. Coloque estas cinco substâncias em
ordem crescente de densidade.

4.Um béquer contendo 4,00 102 cm3 de um líquido com uma densidade de 1,85 g.cm-3
apresentou uma massa igual a 884 g. Qual é a massa do béquer vazio?

5. Explique o principal fator responsável pelos erros nos dois métodos utilizados na
determinação da densidade.

26
ATIVIDADE EXPERIMENTAL No 6 - CALIBRAÇÃO DE VIDRARIAS

TÉCNICAS DE AQUECIMENTO

Algumas operações em laboratório envolvem processos de aquecimento. A escolha da fonte


de calor depende do material a ser aquecido e o porquê de ser aquecido. As fontes de
aquecimento mais utilizadas são: gás e energia elétrica.

Bico de Bunsen

Os bicos de bunsen são utilizados em aquecimento de substâncias não inflamáveis. As


partes fundamentais do bico de Bunsen são: a base (onde se encontra a entrada de gás), o
tubo ou haste (onde se encontram as janelas de ar que fornecem o oxigênio necessário para
alimentar a combustão, e por onde passa o fluxo de gás) e o anel (parte que envolve a haste
e contém as janelas de entrada de ar).
Para utilizar adequadamente o bico de Bunsen, uma vez que ele esteja conectado à rede de
distribuição de gás através de um tubo de látex, deve ser observada a seguinte seqüência:
- Verificar se a entrada de gás geral da bancada está aberta.
- Verificar se as entradas de gás e ar do bico de Bunsen estão fechadas.
- Acender o fósforo.
- Abrir a torneira de gás do bico.
- Aproximar o palito aceso da extremidade do bico (a chama obtida é amarela e luminosa)
- Regular a entrada de ar, até que se obtenha uma chama azul.
- Para apagar o bico, fechar sempre a entrada de ar (janela) antes da torneira.

Na chama obtida distinguem-se três zonas distintas: zona oxidante (região externa mais
quente, onde se obtêm as maiores temperaturas e localizada acima do cone interno), zona
redutora (região interna mais fria, onde se conseguem as temperaturas mais baixas e onde
ocorre o início da combustão. Caracterizada por combustão incompleta, por deficiência do
suprimento de O2) e zona neutra (de baixas temperaturas, pois ainda não se dá a
combustão do gás.

O aquecimento por Bico de Bunsen pode ser:

Direto: a chama fica em contato direto com o recipiente; é o caso do aquecimento de


cadinhos, que ficam apoiados sobre o tripé em triângulos de porcelana e de tubos de ensaio,
que são seguros através de uma pinça de madeira.

Indireto: os recipientes ficam apoiados sobre uma tela, denominada tela de amianto, que
distribui uniformemente o calor da chama; é o caso do aquecimento de béqueres, balões de
fundo chato, caçarolas, balões de fundo redondo e de destilação, etc.

27
Deve-se desligar o gás antes da secura completa, para evitar que a vidraria se quebre.

Os tubos de ensaio com líquidos podem ser aquecidos diretamente no bico de Bunsen, A
chama deve ser média e o tubo deve estar seco por fora, para evitar que se quebre ao
aquecer-se. O tubo deve ficar virado para a parede ou numa direção em que não se encontre
ninguém, pois é comum, aos operadores sem prática, deixar que repentinamente o líquido
quente salte fora do tubo, o que pode ocasionar queimaduras. O tubo é seguro próximo de
sua boca, pela pinça de madeira e agitando-se brandamente, para evitar superaquecimento
do líquido.

Energia elétrica

Para aquecimento de substâncias inflamáveis são utilizados os seguintes aparelhos:


Manta elétrica: serve para aquecimento de balão de fundo redondo.
Chapa elétrica: serve para aquecimento de balão de fundo chato, béquer, erlenmeyer, etc.

Para calcinação e secagem de material:

Forno ou mufla: atinge temperaturas de 1000 a 1500 ºC, sendo utilizado para fazer
calcinações. O material mais utilizado neste tipo de aquecimento é o cadinho.
Estufa: utilizada na secagem de materiais, atingindo no máximo 200 ºC.

PROPRIEDADES FÍSICAS DAS ESPÉCIES QUÍMICAS

Sabe-se que uma substância é identificada por suas propriedades características.


Quando estas propriedades assumem um valor constante, para qualquer porção da amostra
de um material, diz-se que o material é uma substância pura.
Um dos testes de pureza de uma substância é a medida de suas constantes físicas. A sua
repetibilidade caracteriza a veracidade de um método.

Ponto de Fusão

Fornecendo-se uma quantidade de calor suficiente a uma substância no estado sólido, esta
energia é utilizada para aumentar o movimento cinético das partículas até que seja atingido
o ponto de fusão da substância. A esta temperatura, a vibração das partículas é tão intensa
que o calor é utilizado para romper as forças de ligação. Com isso, não há aumento na
energia cinética e sim da energia potencial e a temperatura permanece constante.
A mudança do estado sólido para o líquido, através de calor, é um processo denominado
fusão. A temperatura na qual o sólido se funde é a temperatura de fusão (característica da
substância).
Uma substância pura possui, geralmente, um ponto de fusão bem definido e, por isso, esta
propriedade é bastante utilizada como critério de pureza de uma substância.
A presença de impurezas produz, na maior parte dos casos, um alargamento na faixa de
fusão, além de abaixa a temperatura de fusão.

28
Introdução

Calibração é o conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a


relação entre os valores indicados por instrumentos de medição, e os valores, de grandeza,
estabelecidos como padrões.
Para maior exatidão de uma medida volumétrica, a vidraria deve ser calibrada para medir
o volume que é realmente contido ou transferido. Isso é feito pela medida da massa de água
transferida ou contida no recipiente, sendo a densidade da água usada para converter massa
em volume. Por esse meio, você pode determinar, por exemplo, que a sua pipeta particular
de 10 mL transfere 10,016 mL e não 10,000 mL.

O balão volumétrico, por exemplo, é calibrado para conter um volume particular de


solução numa dada temperatura, quando a parte inferior do menisco é ajustada no centro do
traço de aferição no colo do balão. A temperatura do balão e do líquido contido nele é
importante porque o líquido e o vidro se expandem quando aquecidos.

Objetivos
- Aprender a calibrar vidrarias

Materiais
Béquer de 100 ml (2)
Pipeta volumétrica de 10 ml (2)
Pêra
Termômetro
Balão volumétrico de 50 mL.

Reagentes
Água destilada

Procedimento Experimental

1. Calibração de uma pipeta volumétrica:

- Coloque um béquer de 100 mL sobre o prato de uma balança e tare-o;


- Meça precisamente 10 mL água destilada através de uma pipeta volumétrica;
- Verta TODA a água contida no interior da pipeta para o interior do béquer;
- Feche o compartimento da balança e espere alguns minutos, até que a temperatura esteja
equilibrada;
- Anote a massa pesada.
- Meça cuidadosamente a temperatura da água e anote-a;
- Com a tabela densidade versus temperatura da água (prática 3), extrapole para o valor
mais representativo para a densidade, na temperatura medida;
- Calcule o volume real da pipeta, levando em consideração as incertezas nas medidas;

2. Calibração de um balão volumétrico:

29
Faça o mesmo procedimento descrito acima, substituindo a pipeta volumétrica pelo balão
volumétrico de 50 mL.

3. Calibração do termômetro:

- Adicionar cerca de 50 ml de uma mistura de gelo picado em um béquer de 100 mL e


agitar bem;
- Introduzir o termômetro a ser calibrado, de modo que o bulbo de mercúrio esteja
completamente imerso na mistura;
- Registrar a temperatura após a estabilização da mesma;
- Adicionar 100 ml de água a um erlenmeyer de 100 ml;
- Adaptar um termômetro com o bulbo próximo à superfície do líquido, porém, sem tocá-la;
- Aquecer a água a ebulição e registrar a temperatura observada;
- Construir um gráfico, lançando na abscissa os valores observados dos pontos de fusão e
ebulição e, na ordenada, os valores reais;

Bibliografia

BACCAN, N.; ANDRADE, J. C. de; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S. Química


Analítica Quantitativa Elementar. 3ª edição revista, ampliada e reestruturada. São Paulo:
Edgard Blucher, 2001.

HARRIS, DANIEL C. Análise Química Quantitativa. 5ª Edição. Rio de Janeiro: LTC,


2001.

PEQ-PROJETOS DE ENSINO DE QUÍMICA. Experiências de Química. São Paulo:


Moderna, 1979.

RUSSEL, J.B. Química Geral. Tradução de Divo Leonardo Sanioto et alii. São Paulo: MC
Graw-Hill, 1982.

SILVA, R. R.; BOCCHI, N.; ROCHA-FILHO, R. C. Introdução à Química Experimental.


São Paulo: MC Graw-Hill, 1990.

30
Atividade Experimental no 7 - FENÔMENOS FÍSICOS

Objetivos
Estudar os fenômenos de mudanças de estado. Graficar um fenômeno não linear.

Materiais
Béquer de 100 mL;
Vidro de relógio;
Termômetro;
Suporte universal;
Tela de amianto;
Garra de metal;
Tripé;
Bastão de vidro;
Pissete

Reagentes
Gelo;
Cristais de iodo

Procedimento Experimento I

A) Determinação da temperatura de fusão e ebulição da água pura

1. Coloque um becker de 100 mL sobre uma tela de amianto montada sobre um tripé.
2. Adicione cubos de gelo até 2/3 de seu volume.
3. Fixe um termômetro (com o auxílio do suporte universal e da garra) no interior do
béquer e aqueça o sistema montado com o bico de Bunsen.
4. Anote a temperatura em função do tempo.

Use uma tabela e defina quais os intervalos de leitura mais adequados. Grafique seus
dados e discuta o gráfico obtido. Qual a explicação para os resultados obtidos? Seus
dados estão de acordo com a literatura? Discuta as similaridades ou discrepâncias de
seus dados comparados com os descritos em livros texto.

Procedimento Experimento II

B) Avaliação do fenômeno de sublimação


1. Adicionar uma pequena quantidade de lodo sólido em um béquer de 50 mL
2. Cobrir com um vidro de relógio colocando, com um pissete, um pouco de água sobre o
mesmo.
3. Aquecer o béquer brandamente sobre a tela de amianto

31
4. Observar.
5. Desligar a chama e deixar esfriar em cima da tela de amianto, sem abrir o sistema.

ATIVIDADE EXPERIMENTAL N0. 8 - SEPARAÇÂO E PURIFICAÇÂO DE


SUBSTÂNCIAS

Técnicas de Separação e Purificação de Substâncias

Nas atividades desta unidade serão realizadas operações, muito comuns nos laboratórios de
química, para proceder à separação de substâncias de suas eventuais misturas ou impurezas,
com o objetivo de purificá-las ou mesmo caracterizá-las.

Primeira Parte: Filtração

Esta operação consiste em separar líquidos de sólidos passando a mistura através de um


material poroso que retém as partículas do sólido. Os materiais mais utilizados são: papel
de filtro, algodão, vidro sinterizado, porcelana porosa, fibras de vidro ou amianto. Tal
variedade deve-se ao fato de que na filtração o corpo sólido não deve passar através do
filtro ou penetrar em seus poros obstruindo-os e que o líquido não reaja com o material
utilizado, nem o dissolva mesmo que parcialmente.

Parte Experimental

a- Filtração Simples

a.I. Preparação do papel de filtro:


a.II. Dobra simples até ¼ de círculo:

Dobrar o papel de filtro em duas partes e depois novamente em duas partes.

a.I.2. Dobra múltipla para papel pregueado:

Dobrar o papel em duas partes, depois novamente em quatro partes e redobrá-la até
obter um total de dezesseis ou mais dobras.

a.2. Filtração: Determinação da Composição Percentual de Uma Mistura

- Verificar a massa de um papel filtro + vidro relógio previamente etiquetado com o


nome da equipe.
- Verificar a massa de uma cápsula de porcelana.
- Adaptar o papel de filtro pregueado na etapa anterior, no funil e umedecê-lo com água
destilada.
- Transferir para um béquer de 100 ml a amostra fornecida, adicionando sobre esta 50
ml de água destilada e agitá-la.
- Transferir, aos poucos e cuidadosamente a amostra para o funil.

32
- Lavar o béquer e o funil com água destilada, transferindo a água de lavagem para o
funil, e recolhendo o filtrado em uma proveta de 100 ml.
- Repetir esta operação tantas vezes quanto forem necessárias para que toda a amostra
seja transferida.
- Completar o volume da proveta com água destilada.
- Retirar o papel de filtro com a areia, e colocá-lo sobre o vidro de relógio e levar para
secar na capela.
- Transferir com a pipeta volumétrica, 10,0mL do filtrado para a cápsula de porcelana e
evaporar a água em um bico de bunsem procurando evitar a crepitação.
- Esfriar e pesar o papel de filtro, mais a areia no vidro de relógio, e a cápsula de
porcelana com o sal.
- Verificar as massas totais de areia e sal que foram utilizadas na prática.
- Calcular os rendimentos percentuais.

b- Filtração por Sucção

- Cortar um círculo de papel de filtro, cujo diâmetro deve ser de 1 a 2 milímetros menores
do que o diâmetro do funil de Buchner.
- Colocar o papel de filtro no funil de Buchner de modo a cobrir os orifícios do mesmo.
- Colocar o funil preparado no frasco kitassato, ligá-lo a um frasco de segurança constituído
por outro kitassato com entrada de ar externo.
- Adaptar este conjunto a uma trompa de água presa à torneira de água.
- Umedecer o papel de filtro com água destilada ou solvente, para permitir perfeita
aderência ao fundo do funil.
- Abrir a torneira de água e efetuar a filtração da amostra fornecida.
- Abrir a entrada de ar do frasco de segurança após o término da filtração, antes de fechar a
torneira de água.

Segunda Parte: Destilação

Uma das operações mais importante e comum de purificação de líquidos, a destilação


consiste na separação de um líquido de impurezas não voláteis por passagem ao estado de
vapor das mesma e posterior condensação com retorno ao estado líquido. Há quatro tipos
fundamentais de destilação, a saber: destilação simples, destilação fracionada, destilação a
pressão reduzida e destilação por arraste de vapor.

a- Destilação Simples

De uso mais comum na purificação de líquidos, a destilação simples consiste basicamente


na vaporização de um líquido por aquecimento, seguida da condensação do vapor formado.
Esta técnica é recomendada principalmente na purificação de misturas de líquidos em que
um só dos componentes é volátil. Quando uma substância pura é destilada a pressão
constate, a temperatura do vapor permanece constante durante toda a destilação.

Parte Experimental

33
- Montar a aparelhagem para a destilação simples: balão de destilação, condensador e
frasco para recolhimento do destilado.
- Colocar cerca de 100 ml da amostra no balão de destilação.
- Ligar a corrente de água no sistema refrigerante.
- Iniciar o aquecimento. Observar.
- Anotar a temperatura quando as primeiras gotas do destilado alcançar o condensador.
- Continuar a destilação lentamente, anotando a temperatura de destilação em intervalos
regulares (a cada 5 ml do destilado, por exemplo).
- Construir um gráfico, lançando a temperatura na ordenada e o volume correspondente de
destilado na abscissa.

b- Destilação por Arraste de Vapor

A destilação por arraste de vapor é um método para isolamento e purificação de substância.


Ela se aplica a líquidos que são imiscíveis em água ou com miscibilidade muito pequena.
Esta operação envolve co-destilação da substância a purificar com a água e tem como
principal vantagem o fato da mistura entrar em ebulição a uma temperatura inferior ao
ponto de ebulição da água. É muito utilizada na purificação de substâncias que se
decompõem a temperaturas elevadas, bem como na separação de um composto em uma
mistura reacional que contém outros compostos não voláteis. Para que uma substância
possa ser arrastada por vapor de água, é necessário que ela seja insolúvel ou pouco solúvel
em água, não sofra decomposição a quente e possua apreciável pressão de vapor.

Parte Experimental

- Montar a aparelhagem para destilação por arraste de vapor: balão que contem água e serve
de gerador de vapor, balão de destilação com a amostra para extração, condensador e frasco
para coleta do destilado.
- Colocar no balão gerador de vapor, um volume de água correspondente a mais ou menos
60% da capacidade total.
- Pesar a quantidade de amostra a se utilizada e transferir para o balão de destilação,
adicionando certo volume de água.
- Aquecer, por alguns minutos, o balão de destilação para evitar uma condensação
excessiva de vapor ao entrar em contato com a água ali contida.
- Recolher o destilado em uma proveta de 100 ml e anotar o volume obtido.
- Prender a um suporte universal um anel para funil e colocar nele um funil de separação.
- Observar se a torneira do funil está devidamente fechada e transferir para o funil o
material coletado na destilação.
- Esperar alguns minutos para as duas fases se separarem e a seguir abrir a torneira do funil
e recolher a fase inferior.
- Pesar um béquer e recolher a outra fase no mesmo, pesando-o em seguida.
- Calcular o rendimento percentual do processo.

Algumas Recomendações para o Processo da Destilação

34
- Toda aparelhagem para destilação deve estar aberta para a atmosfera afim de evitar
aumento de pressão do sistema com aquecimento.
- O balão de destilação deve ter uma capacidade de volume no mínimo uma vez e meia do
volume do líquido a ser destilado, pois:
- se o balão estiver muito cheio, pode ocorrer arraste mecânico do líquido a destilar,
impurificando o destilado;
- se o balão não estiver suficiente cheio, ocorrerão perdas desnecessárias devido ao grande
volume que o vapor deve ocupar para encher o balão.
- Nunca aquecer o balão até a secura pra não haver risco de quebra, já que não há líquido
para absorver o calor fornecido.
- Antes de iniciar a destilação deve-se adicionar ao balão algum material poroso para evitar
um superaquecimento com ebulição tumultuosa. O material poroso retém ar em seus poros,
que ao ser aquecido, se expande libertando-se e auxiliando na formação de bolhas,
promovendo uma ebulição regular.
- A água do condensador deve fluir em sentido contrário ao da corrente de vapores.
- Ao se destilar substâncias inflamáveis principalmente quando forem voláteis, não se deve
utilizar bico de Bunsem, pois pode haver vazamento ou o carregamento pelo ar de seus
vapores inflamáveis sobre a chama. Nestes casos utilizar aquecedor elétrico.
- Durante a destilação, controlar o aquecimento de modo que o líquido destile a uma
velocidade constante.

Terceira Parte: Recristalização

É o método mais comum de purificação de substâncias sólidas, uma vez que tais
substâncias raramente são puras quando obtidas a partir de uma reação. Baseia-se nas
diferenças das solubilidades das substâncias sólidas em diferentes solventes e no fato de
que a maioria das substâncias sólidas é mais solúvel a temperaturas mais altas. Assim o
sucesso da recristalização depende muito da escolha do solvente. Tais características são
recomendadas:
- dissolver grande quantidade da substância em temperatura elevada e pequena quantidade
em temperatura baixa.
- dissolver impurezas mesmo a frio, ou então, não dissolvê-las, mesmo a quente.
- ao ser esfriado, o solvente deve produzir cristais bem formados do sólido purificado, dos
quais deve ser facilmente removível.

Outros fatores, tais como, a facilidade na manipulação, a volatilidade e o custo também


devem ser considerados.
A escolha do solvente a ser usado para a recristalização é mais bem feita através de
tentativas experimentais. Os seguintes testes são utilizados:

- Coloca-se cerca de 0,1g de substância pulverizada em um tubo de ensaio.


- Adiciona-se o solvente, gota a gota, sob agitação contínua. Após haver adicionado cerca
de um ml de solvente, aquece-se a mistura até a ebulição. Se a amostra dissolver facilmente
no solvente frio ou após o aquecimento, o solvente não é adequado.
- Se o composto dissolver totalmente no solvente aquecido, esfriar o tubo para verificar se
ocorre cristalização.

35
- Se a cristalização não ocorrer rapidamente pode se devido à ausência de germes
adequados para o crescimento dos cristais. Neste caso, friccionar fortemente as paredes
internas do tubo com uma baqueta e resfriar. Se mesmo assim não ocorrer a cristalização, o
solvente é rejeitado. Se houver cristalização, o solvente é apropriado.
- Repetir o processo com outros solventes até encontrar o melhor deles.

Parte Experimental:

- Pesar 5,00g da substância a ser purificada e transferir para um frasco erlenmeyer de 250
ml.
- Adicionar cerca de 25 ml do solvente apropriado e aquecer até ebulição.
- Adicionar mais solvente, em pequenas porções, mantendo a ebulição e a agitação até que
a substância se dissolva completamente.
- Adicionar de 5 a 10 ml do solvente, cerca de 0,05g de carvão ativo e aquecer a mistura até
a ebulição.
- Preparar um papel de filtro pregueado, o funil e o béquer para receber o filtrado.
- Verter rapidamente a solução no filtro.
- Cobrir o filtrado com um vidro de relógio e deixar em repouso.
- Colocar, quando frio, o frasco em banho de gelo até completar o processo de cristalização.
- Filtrar em funil de Buchner os cristais formados.
- Secar ao ar ou em estufa com temperatura controlada.
- Determinar o peso do produto cristalizado.

Bibliografia:

PEQ – Projetos de Ensino de Química, Experiências de Química. Técnicas e conceitos


básicos, Ernesto Giesbrecht (coord.), São Paulo, Moderna, 1982.
SOARES, B.G., et al., Química Orgânica. Teoria e Técnicas de preparação, purificação e
identificação de compostos orgânicos, Rio de Janeiro, Guanabara, 1988.
SILVA, R.R., et al., Introdução à Química Experimental. São Paulo, McGrawHill, 1990.
GONÇALVES, D., et al., Química Orgânica Experimental. Curitiba, Barddal, 1985.

36
Atividade Experimental no9: TESTE DE CHAMA

Objetivos
Detectar os elementos formadores de um determinado composto, através do ensaio por via
seca (ensaio de coloração de chama).

Material
Vidro de relógio
Cabo de Kole Fio de Monel (Liga de Ni-Cr).
Bico de Bunsen
Vidro de cobalto

Reagentes
Solução de ácido clorídrico 6 mol L-1
NaCl,
KCl,
CaCl2,
SrCl2,
Li2SO4,
BaCl2 e
CuCl2

Procedimento

1. Para o ensaio de chama o fio de Monel deve ser limpo. A ponta do fio deve ser aquecida
ao rubro na chama oxidante inferior do bico de Bunsen, e em seguida mergulhada numa
solução de ácido clorídrico concentrado, contido em frasco apropriado. Este processo deve
ser repetido várias vezes até que o fio, quando aquecido, não apresente coloração alguma à
chama. Depois de limpa, o fio pode então ser utilizado para os ensaios de chama, como
descrito a seguir.

2. Mergulhar o fio na solução de ácido clorídrico e logo em seguida numa porção da


substância em análise, de modo que esta fique aderida ao fio. Levar o fio contendo a
amostra à zona oxidante inferior da chama e, então, observar a cor transmitida à chama.

3. Limpar novamente a alça seguindo o procedimento 1 anteriormente descrito e realizar o


teste para as demais soluções mostradas na tabela abaixo.

4. A chama de sódio mascara a de outros cátions caso o sal testado esteja contaminado com
sódio. Para contornarmos este problema, repetiremos o mesmo procedimento do item 3 e,

37
observaremos a cor da chama através de uma placa de vidro de cobalto que absorve a cor
amarela, neste caso devido ao sódio, e as outras cores serão modificadas.

Tópicos para estudo


- Espectro contínuo e descontínuo
- A chama do bico de Bunsen (regiões e suas utilidades)

Bibliografia BRADY, J. & HUMISTON, G. E. Química Geral vol I, Rio de Janeiro, Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 1986.

Tabela para anotação dos resultados do teste de chama

Sais Coloração da Chama


Sódio (Na)
Potássio (K)
Cálcio (Ca)
Estrôncio (Sr)
Bário (Ba)
Cobre (Cu)
Lítio (Li)

38
ATIVIDADE EXPERIMENTAL N010: CARACTERIZAÇÃO DE SOLUÇÕES
ÁCIDAS E BÁSICAS

Soluções estudadas: Indicadores utilizados:


A solução de HCl 0,1 M Papel tornassol vermelho(rosa)
B solução de NaOH 0,1 M Papel tornassol azul
C solução de NaCl 0,1 M Solução de verde de bromocresol
D solução de Na2CO3 0,1 M Solução de fenolftaleína
E solução de (NH4)2SO4 0,1 M Solução de azul de bromotimol
F água potável

Procedimento
Em 4 tubos de ensaio, numerados de 1 a 4, adicionar 2 mL da solução A.
No tubo 1, molhar os papéis indicadores vermelho e azul, anotando na Tabela 1 as cores
por eles adquiridas. Nos tubos 2, 3 e 4 pingar 3 gotas das soluções de indicadores verde de
bromocresol, fenolftaleína e azul de bromotimol, respectivamente e anotar na Tabela
abaixo as cores observadas. Lavar os tubos de ensaio utilizados e repetir o procedimento
acima para todas as soluções a serem estudadas.
Observar a leitura de pH realizada através do pHmetro e anotar os valores, comparando
com os obtidos anteriormente.

TABELA

Soluções INDICADORES
Papel Papel verde de fenolftaleína azul de
tornassol tornassol bromocresol bromotimol
(rosa) (azul)
A
B
C
D
F

Relatório, a ser entregue 7 dias após a prática, digitado, contendo as seguintes


questões:

1. Mostrar a Tabela 1 com os dados obtidos na aula prática.

2. Mostrar as faixas de viragem dos indicadores utilizados na aula prática. (Pesquisar na


literatura).

39
3. Utilizando os dados obtidos na aula e as faixas de viragem dos indicadores, responda:
a) Qual o pH aproximado de cada solução testada?
b) Qual o caráter (ácido, básico ou neutro) da água potável? Justifique a sua resposta.

ATIVIDADE EXPERIMENTAL N0 11 - PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE


SOLUÇÕES

Introdução

O problema a ser resolvido nesta experiência é o da preparação de uma solução aquosa


diluída de um ácido, pelo método da diluição de soluções concentradas em estoque, e o da
preparação de uma solução aquosa diluída de uma base, a partir do soluto sólido.
Uma solução pode ser definida como uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias.
Ser homogênea significa que as partículas da diferentes espécies apresentam tamanho
molecular com diâmetro inferior a 50 Ao e estão aleatoriamente distribuídos.
As relações entre as porções de soluto e solvente em uma solução podem ser expressas de
diferentes maneiras:

- relação massa de soluto/massa total da solução;


- relação massa de soluto/volume de solução;
- relação quantidade de matéria (mol) /volume de solução;
- relação quantidade de matéria (mol) /massa de solvente.

A última relação denominada Molalidade tem unidade em mol/kg. É utilizada sempre que
se quer ter uma relação que não dependa da temperatura. Note-se que as duas relações
anteriores variam com a temperatura, já que o volume da solução pode aumentar ou
diminuir quando a temperatura varia.
Uma titulação é um processo em que se determina a quantidade de uma substância em
solução, medindo-se a quantidade necessária de um reagente para reagir completamente
com toda a substância. Normalmente isto é feito adicionando-se, controladamente, um
reagente de concentração conhecida à solução da substância, ou vice-versa, até que se
julgue que ela reagiu por completo. Então, através do volume de reagente consumido e em
seguida, através da estequiometria da reação, determina-se a quantidade de matéria da
substância e, se conhecido o volume de solução que a continha, a concentração da solução.
O reagente cuja quantidade de matéria é exatamente conhecida chama-se solução padrão.

Primeira Parte: Preparação de Soluções


1.1 Preparação de 100 ml de solução 0,10mol/L de hidróxido de sódio (NaOH)
a- Calcular a massa de reagente necessário para preparar a solução, a partir das
informações disponíveis no rótulo do frasco de hidróxido de sódio;
b- Pesar a quantidade necessária em um béquer de 100 ml;
c- Adicionar ao béquer cerca de 50,0ml de água destilada e dissolver o soluto. Esperar
o estabelecimento do equilíbrio térmico com o ambiente.
d- Com auxílio de um funil e um bastão de vidro, transferir para um balão volumétrico
de 100,0ml.

40
e- Lavar repetidas vezes, com água destilada, o béquer, o funil, e o bastão, vertendo as
águas de lavagens para o balão volumétrico.
f- Adicionar água destilada até que o menisco inferior do líquido tangencie a marca de
CALIBRAÇÃO do balão.
g- Tapar o balão e inverter o mesmo, de modo a homogeneizar a solução.
h- Transferir a solução do balão para um frasco estoque de polietileno limpo e seco.
i- Rotular o frasco.

1.2 Preparação de 100 ml de solução 0,10mol/L de ácido clorídrico (HCl)


a- Calcular o volume de ácido clorídrico necessário para prepara a solução, a partir das
informações disponíveis no rótulo do frasco de ácido clorídrico concentrado.
b- Colocar cerca de 50 ml de água destilada em um béquer.
c- Medir o volume de ácido concentrado, na capela, utilizando uma pipeta graduada.
d- Transferir lentamente o ácido para o béquer, agitando com auxílio de um bastão de
vidro. Esperar o estabelecimento do equilíbrio térmico com o ambiente.
e- Transferir para o balão volumétrico, completar o volume, homogeneizar, transferir
para o frasco estoque e rotular.

Obs.: Verter Sempre Ácido Sobre a Água.

1.3- Preparações de 100 ml de solução de ácido oxálico (H2C2O4):


a- Calcular a massa de ácido oxálico necessária para preparar 100,0mL de solução de
concentração 0,100M a partir das informações contidas no rótulo do frasco.
b- Pesar a quantidade necessária, com exatidão exigida, usando um béquer.
c- Dissolver com aproximadamente 50 ml de água destilada.
d- Transferir para um balão volumétrico, completar o volume, homogeneizar, transferir a
solução para um frasco estoque limpo e seco rotular.

Padronização de Soluções

Padronização de Solução de Hidróxido de Sódio

1.1 Lavar a bureta duas ou três vezes com pequenas quantidades de solução de ácido
oxálico, escoando todos os líquidos antes da adição do novo volume. Em seguida, fixar
a bureta com suporte universal, enchê-la até um pouco acima do zero da escala com a
solução padrão de ácido e abrir a torneira para preencher a extremidade inferior da
bureta; zerar de modo que a base do menisco do líquido na bureta tangencie a maracá
zero da escala.
1.2 Transferir 10,0mL da solução de hidróxido de sódio para o erlenmeyer, com auxílio de
uma pipeta volumétrica.
1.3 Acrescentar duas gotas de fenolftaleína à solução do erlenmeyer.
1.4 Colocara o erlenmeyer sob a bureta e escoar a solução até a mudança de coloração da
solução para obter o volume aproximando do titulante.
1.5 Lavara o erlenmeyer e repetir os itens b e c do procedimento
1.6 Colocar o erlenmeyer ob a bureta e escoar, gota a gota, a solução da bureta pra o
erlenmeyer, até a mudança de coloração da solução; durante a titulação controlar a
torneira com a mão esquerda e agitar o erlenmeyer continuamente com a mão direita.

41
Quando se aproximar do ponto de equivalência, girar lentamente a torneira, deixando
escoar apenas uma fração de gota; remover fração de gota presa à ponta da bureta
tocando-a com a parede do erlenmeyer que, depois, deverá ser cuidadosamente agitado.
É recomendável lavar as paredes do frasco com pequenas quantidades de água
destilada, especialmente a parte superior onde podem ter restado pequenas porções do
titulante. Caso houver dúvida quanto a ter sido ou não atingindo o ponto final, fazer a
leitura da bureta, adicionar mais uma gota e observar o resultado.
1.7 Ler com exatidão o volume da solução de ácido gasto na titulação.
1.8 Repetir duas vezes o processo, afim de obter um volume médio gasto na neutralização.

Diluições de Soluções

Preparação da Solução Ácida:


a- Colocar cerca de 5,00mL de HCl 0,1M num tubo de ensaio limpo e seco. Indicar a
concentração deste no tubo.
Obs.: Como o ácido clorídrico é um ácido forte, pode-se supor que ele esteja
completamente ionizado nesta solução diluída.
b- Preparar 10 ml de HCl 0,01M, para tal utilizamos 1 ml de HCl 0,1M para 9,0mL de
água destilada. Misture bem esta solução e indique sua concentração.
c- De maneira análoga preparar 10 ml de HCl a 0,001M diluindo 1 ml de HCl a
0,01mL com 9,0mL de água destilada.
d- Preparar 10 ml de HCl 0,0001M diluindo 1 ml de HCl a 0,001M com 9,0mL de
água destilada. Seguindo as instruções anteriores, preparar as soluções padrões na
faixa básica partindo de uma solução de NaOH 0,1M.

Preparação da Solução Básica:


a- Repetir o procedimento acima, para NaOH 0,1M

42
ATIVIDADE EXPERIMENTAL NO 12:

REAÇÕES QUÍMICAS - A

Reações que ocorrem em solução aquosa são comuns tanto em laboratório como no mundo
ao nosso redor. Quando soluções aquosas de dois eletrólitos diferentes são misturadas, é
freqüente a precipitação de um sólido insolúvel. Para identificar o sólido devem-se quais
são os compostos iônicos solúveis em água e quais são insolúveis.

Quando um sólido iônico se dissolve em água há uma forte interação entre as moléculas
polares de água e os íons carregados que forma o sólido. O grau de solubilização depende
de um balanço entre duas forças ambas elétricas em natureza:

- A força de atração entre moléculas de água e os íons do sólido, a qual tende a trazer o
sólido para a solução. Se este fator predomina, espera-se que este composto seja muito
solúvel em água.

- A força de atração entre íons de cargas opostas que tende a mantê-los no estado sólido. Se
este é o fator principal, espera-se que a solubilidade em água seja muito baixa.

Abaixo, têm-se algumas generalidades úteis acerca da solubilidade em água de compostos


iônicos determinados experimentalmente. Para compostos pouco solúveis, o produto de
solubilidade oferece uma indicação mais quantitativa.

1- A maioria dos compostos de METAIS ALCALINOS são SOLÚVEIS.


KClO4, K2PtCl6, alguns compostos complexos de potássio e sódio, por
exemplo, são insolúveis. Muitos compostos de lítio são pouco solúveis.
2- A maioria dos HIDRÓXIDOS (OH-) e dos SULFETOS (S2-) são insolúveis,
excetuando-se a dos alcalinos e do amônio. Hidróxidos e sulfetos de cálcio,
estrôncio e bário são de pouco a moderadamente solúveis.
3- NITRATOS (NO3-), ACETATOS (CH3COO-) e CLORATOS (ClO3-) são
SOLÚVEIS, com poucas exceções.
4- CLORETOS (Cl-), BROMETOS (Br-) e IODETOS (I-) são SOLÚVEIS com
exceção dos de prata e alguns outros como o de chumbo, mercúrio, bismuto
e antimônio.
5- SULFATOS (SO42-) são SOLÚVEIS com exceção dos de cálcio, estrôncio,
bário, prata, mercúrio e chumbo que são de pouco a moderadamente
solúveis.
6- SULFITOS (SO32-), CARBONATOS (CO32-), FOSFATOS (PO43-) são quase
todos INSOLÚVEIS, com exceção dos alcalinos e do amônio.

43
PARTE EXPERIMENTAL

a- REAÇÕES IÔNICAS

Misturar 5,00ml de cada solução, como indicado abaixo:

TUBO 1: Hidróxido de amônio + nitrato de ferro (III)

TUBO 2: Nitrato de chumbo (II) + iodeto de potássio

TUBO 3: Hidróxido de sódio + cloreto de potássio

TUBO 4: Sulfato de cobre (II) + cloreto de bário

TUBO 5: Hidróxido de amônio + ácido clorídrico

TUBO 6: Hidróxido de sódio + cloreto de bário

b- REAÇÕES COMPLEXAÇÃO

- Colocar 5,00ml de solução de sulfato de cobre (II) em 3 tubos de ensaio numerados.


- Acrescentar ao tubo 1, gota a gota, 0,25ml de solução de hidróxido de amônio. Agitar e
observar.

- Acrescentar ao tubo 2, gota a gota, 0,25ml d solução de hidróxido de sódio. Agitar,


observar e comparar ao tubo 1.

- Acrescentar ao tubo 1, mais solução de hidróxido de amônio, gota a gota


(aproximadamente 8 ml). Agitar e observar.

- Acrescentar ao tubo 2, idêntica quantidade de hidróxido de sódio. Agitar e observar.

- Acrescentar ao tubo 3, 1,00ml de hidróxido de sódio. Agitar. Acrescentar, gota a gota,


aproximadamente 5 ml de solução de cloreto de amônio. Observar.

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REAÇÕES QUÍMICAS – B

Toda a transformação efetuada na natureza de uma ou mais substâncias (propriedades


químicas e físicas) denomina-se de reação química.
A reação química é representada qualitativamente e quantitativamente pela equação
química, esta consta de dois membros separados por uma seta, indicando o sentido da
mesma. Ex.

Mg + 2HCl → MgCl2 + H2 ↑

Convenções: Em uma equação química convenciona-se o seguinte:

a- Reagentes: Ficam à esquerda da equação.


b- Reação Reversível: sinal bissagitado.
c- Catalisador: é simbolizado sobre a seta indicativa do sentido da reação.
d- Calor: é simbolizado por um pequeno triângulo abaixo da seta.
e- Substâncias gasosas e insolúveis: são representadas por uma seta voltada para cima
para um gás, sobre o respectivo composto, e uma seta voltada para baixo os
compostos insolúveis e precipitados.
f- Equações Termoquímicas: a energia é representada pela variação de entalpia (∆H)
do sistema, após a equação com sinal positivo para a energia absorvida e sinal
negativo para a energia desprendida pelo sistema.
g- Reações Nucleares: os números atômicos (Z) e os números de massa (A) subscritos
e sobrescritos respectivamente nos símbolos dos elementos.

Tipos de Reações Químicas

Na vida real apresentam-se os mais variados tipos de reações químicas. Dependendo dos
critérios usados, podem ser:

- lentas e rápidas
- espontâneas e provocadas (critério: calor absorvido ou liberado)
- análise, síntese e troca (critério: montagem e desmontagem de molécula)
- moleculares e iônicas (critério: agente na reação)
- reversíveis e irreversíveis (critério: sentido da reação)

45
PARTE EXPERIMENTAL

A. DESLOCAMENTO DO ÍON COBRE PELO FERRO

1- Colocar em um tubo de ensaio cerca de 10,0ml de solução de sulfato de cobre(II),


CuSO4.
2- Limpar com uma esponja de aço um prego e colocá-lo no tubo de ensaio contendo
solução de sulfato de cobre. Observar e anotar os fenômenos ocorridos.

B. AÇÃO DO SÓDIO METÁLICO NA ÁGUA

1- Cortar sobre um vidro relógio um pedaço de sódio metálico e secá-lo com papel
filtro.
2- Colocar cerca de 60,0ml de água em um béquer.
3- Adicionar o sódio metálico no béquer, contendo água. Observar.
4- Após completar a reação, agitar a mistura com um bastão de vidro.
5- Identificar a formação de hidróxido de sódio (NaOH) com solução alcoólica de
fenolftaleína. Observar.

46
ATIVIDADE EXPERIMENTAL NO 13

EQUILÍBRIO QUÍMICO

Uma das características importante das reações químicas é sua extensão. É freqüente
uma reação iniciar-se e, em seguida, seus produtos reagirem, recuperando os reagentes.
Há condições para se detectar, mesmo macroscopicamente, a presença dos reagentes e
produtos, em um sistema em que os processos direto e inverso parecem ter cessado.
Tais reações podem favorecer a formação dos produtos ou dos reagentes. Um dos
fatores que determinam este comportamento é a tendência dos sistemas se estabilizarem
no estado de menor energia possível. Outro fator é a tendência à máxima desordem,
pois esta é mais natural que a ordem. O primeiro fato denomina-se entalpia e o segundo,
entropia. A combinação de ambas as tendências dá origem, nos sistemas químicos, a
uma situação que se denomina Equilíbrio Químico.

PARTE EXPERIMENTAL

1- INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NO EQUILÍBRIO QUÍMICO

- Colocar cerca de 0,5g de nitrato de chumbo em dois tubos de ensaio.


- Segurar um deles com a pinça de madeira e aquecer na chama do bico de bunsem. Manter
o tubo inclinado e movimentá-lo para que o aquecimento seja uniforme.
- Observar, dentro do tubo, a formação de um gás marrom-avermelhado do dióxido de
nitrogênio, mas evite cheirar o mesmo.
- Apagar o bico de bunsem quando o tubo estiver cheio de gás, tampar com a rolha e
colocar na estante.
- Repetir o procedimento com o outro tubo de ensaio.
- Colocar água em um béquer de 250 ml até cerca de metade da sua capacidade e aquecer
até a ebulição.
- Colocar água em outro béquer de 250 ml e colocar algumas pedras de gelo.
- Verificar se os tubos estão firmemente arrolhados.
- Mergulhar um deles no béquer com água quente e o outro no béquer com água gelada.
Observar.
- Inverter a posição dos tubos, passando o que estava na água quente para a água gelada e
vice-versa. Observar.

2- INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO NO EQUILÍBRIO QUÍMICO

- Colocar no béquer de 100 ml, 25 ml de solução de tiocianato de amônio 25 ml de água


FeCl3.

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- Acrescentar três ou quatro gotas da solução de cloreto de ferro (III) ao béquer, agitar e
observar.
- Colocar cerca de 5 ml da solução do béquer em três tubos de ensaio numerados de 1 a 3.
- Colocar 2 ou 3 cristais de tiocianato de amônio no tubo 2 e comparar com o tubo 1.
- Adicionar ao tubo três gotas da solução de cloreto de amônio, agitar e observar.

3- INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE ÍONS HIDROGÊNIO NO


EQUILÍBRIO

- Preparar seis tubos de ensaio e numerá-los de 1 a 6.


- Colocar 2,00ml de solução de cromato de sódio aos tubos 1, 2, e 3. Aos tubos 4, 5 e 6,
2,00ml de dicromato de potássio.
- Agitando continuamente, adicionar, gota a gota:

a- 2,00ml de ácido clorídrico ao tubo 1.


b- 2,00ml de hidróxido de sódio ao tubo 4.
c- 2,00ml de cloreto de bário aos tubos 2, 3, 5 e 6.
d- Mais 2,00ml de ácido clorídrico ao tubo 2.
e- Mais 2,00ml de hidróxido de sódio ao tubo 3
f- Mais 2,00ml de ácido clorídrico ao tubo 5.
g- Mais 2,00ml de hidróxido de sódio ao tubo 6.

- Observar e explicar o ocorrido.

OBS.: Em presença de íons bário, os íons dicromato e cromato formam sais:

- dicromato de bário – solúvel


- cromato de bário – insolúvel

4- DETERMINAÇÃO COM INDICADORES DA CONCENTRAÇÃO DE ÍONS


HIDROGÊNIO

A- Preparação de Soluções Padrão Ácidas e Básicas.

- Dispor oito tubos de ensaio em uma estante para tubos.


- Adicionar ao tubo 1, 10,00ml de solução de ácido clorídrico 0,10mol/L.
- Transferir para o tubo 2, 1,00ml da solução de ácido clorídrico do tubo 1 e adicionar
9,00ml de água destilada. Homogeneizar (solução 0,010mol/L)
- Transferir para o tubo 3, 1,00ml da solução do tubo 2 e adicionar 9,00ml de água
destilada. Homogeneizar (solução 0,0010mol/L).
- Transferir para o tubo 4, 1,00ml da solução do tubo 3 e adicionar 9,00ml de água
destilada. Homogeneizar (solução 0,00010mol/L).
- Colocar a metade de cada uma das soluções nos quatro tubos restantes, perfazendo assim,
duas séries com quatro tubos cada.
- Preparar soluções padrão básica, partindo de uma solução de hidróxido de sódio
0,10mol/L. Repetindo os procedimentos da preparação da solução ácida.

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- Adicionar à primeira série padrão de ácido, duas gotas do indicador alaranjado IV e à
outra série, duas gotas do indicador alaranjado de metila, a cada um dos tubos.
- Adicionar à primeira série padrão de hidróxido de sódio, uma gota do indicador carmim
índigo. Adicionar à outra série, uma gota do indicador amarelo de alizarina R a cada um
dos tubos.
- Construir uma tabela anotando as cores observadas em cada uma das séries.
B- Determinação Concentração de íons Hidrogênio em uma Solução Aquosa de
Concentração Desconhecida.

- Colocar em um tubo limpo e seco, cerca de 2 ml da amostra desconhecida.


- Testar com o indicador fenolftaleína se a concentração está na faixa ácida ou básica.
- Colocar dois tubos de ensaio limpos e secos, cerca de 3 ml da solução de concentração
desconhecida.
- Utilizar os indicadores adequados para determinar a concentração de íons hidrogênio.

C-Determinação da Constante de Dissociação de um Ácido

- Colocar em dois tubos de ensaio limpos e secos cerca de 2 ml de solução de ácido acético
0,10mol/L.
- Adicionar em um dos tubos, uma gota do indicador alaranjado IV e no outro, uma gota do
indicador alaranjado de metila.
- Comparar as cores nos dois tubos com a solução padrão ácidas.
- Anotar a concentração de íons hidrogênio obtida por comparação e calcular a constante de
dissociação do ácido.

5- DETERMINAÇÃO DO PRODUTO DE SOLUBILIDADE

A- Temperatura Ambiente

- Colocar cerca de 40,0ml, da solução saturada de cloreto de chumbo(II) em dois béqueres


de 50,0ml.
- Adicionar pequena quantidade de cloreto de chumbo sólido a cada um dos béqueres.
- Pesar a cápsula de porcelana com vidro de relógio, previamente seco. Anotar a massa.
- Transferir com uma pipeta volumétrica, 20,0ml da parte sobrenadante para a cápsula de
porcelana.
- Evaporar a solução contida na cápsula.
- Deixar a cápsula de porcelana mais resíduo resfriando até atingir a temperatura ambiente.
Pesar e anotar a massa.

B- Temperatura de 40º C

- Aquecer o outro béquer contendo a solução saturada de cloreto de chumbo(II) até a


temperatura desejada.
- Repetir os procedimentos efetuados na temperatura ambiente.

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ATIVIDADE EXPERIMENTAL NO 14

FATORES QUE INFLUEM NA VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO QUÍMICA

Nesta atividade serão analisados fatores que alteram a velocidade da reação do íon
permanganato em meio ácido com o íon oxalato:

5C2O42-(aq) + 2MnO4-(aq) + 16H+(aq) → 10CO2(g) + 2Mn2+(aq) + 8H2O

Das espécies envolvidas na reação, apenas a solução de íons permanganato apresenta


coloração violeta, que lhe é característica. Todas as demais são incolores. Desta maneira, a
velocidade da reação pode ser observada em função do tempo necessário para que se dê o
descoramento da solução de permanganato.

PARTE A: EFEITO DA CONCENTRAÇÃO

Erlenmeyer H2SO4 H2C2O4 H2O KMnO4 t(s)


1 10,0ml 5,0ml - 4,0ml
2 10,0ml 5,0ml 10,0ml 4,0ml
3 10,0ml 5,0ml 20,0ml 4,0ml
4 10,0ml 5,0ml 30,0ml 4,0ml
5 10,0ml 5,0ml 40,0ml 4,0ml
6 10,0ml 5,0ml 50,0ml 4,0ml

PARTE B: EFEITO DA TEMPERATURA

Erlenmeyer H2SO4 H2C2O4 H2O T(OC) KMnO4 t(s)


1 10,0ml 5,0ml 50,0ml - 4,0ml
2 10,0ml 5,0ml 50,0ml + 20 4,0ml
3 10,0ml 5,0ml 50,0ml + 30 4,0ml
4 10,0ml 5,0ml 50,0ml + 40 4,0ml
5 10,0ml 5,0ml 50,0ml + 50 4,0ml
6 10,0ml 5,0ml 50,0ml + 60 4,0ml

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