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Departamento de Química
Juiz de Fora
(2020)
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SEGURANÇA NO LABORATÓRIO
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GUIA PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO
1.GUENTHER, W.B., Química Quantitativa: Medições e Equilíbrio, Trad. Moscovici, R., São
Paulo, Blücher-EDUSP, 1972, p. 34-37.
2.LUFT, C.P., Trabalho Científico: Sua Estrutura e Apresentação, Porto Alegre, 1962, p. 24-46.
3. REY, L., Como Redigir Trabalhos Científicos, São Paulo, Blücher-EDUSP, 1972, p. 60-64.
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LIMPEZA DE MATERIAL DE VIDRO
Todo material de vidro que vai ser utilizado em análise quantitativa deve estar
rigorosamente limpo. Para isso, deve-se lavá-lo com solução detergente (1 a 2% m/v) a quente
quando necessário e pertinente, enxaguá-lo várias vezes com água corrente e por fim, várias
pequenas porções de água destilada. Após isso, se necessário, apenas pipeta, bureta e balões
devem se tratados com mistura sulfonítrica ou alcoolato de sódio ou potássio (10 % m/v). Toda
vez que se utiliza mistura sulfonítrica deve-se tampar o recipiente que a contém. Após 15
minutos retorna-se tal mistura para o seu frasco de origem, escoando o máximo possível. Lava-
se o material com água corrente (6 ou 7 vezes) e a seguir, com água destilada (3 vezes).
OBS: Nunca adicionar a mistura sulfonítrica a um recipiente sujo; este deve ser previamente
lavado com água e detergente. Nunca adicionar essa mistura a um recipiente que contenha
água.
OBS: As salas de balanças devem ser mantidas na mais absoluta ordem e limpeza. Os
conhecimentos necessários ao manejo dos diferentes tipos de balanças analíticas serão
ministrados pelo responsável ou adquiridos através de consulta ao manual.
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CUIDADOS NECESSÁRIOS EM OPERAÇÕES DE ROTINA NO LABORATÓRIO
Pesagem – Além da escolha da balança com precisão adequada de acordo com a massa a ser
pesada, devem ser observados: o acerto do nível da balança, o ajuste do zero e a limpeza do
prato da balança.
Preparo de Soluções – Transferência de sólido para balão volumétrico deve ser feita com
auxílio de um funil de vidro, ou ainda o sólido pode ser dissolvido em um béquer para posterior
transferência. Para que a transferência seja quantitativa deve lavar o béquer com várias
porções de água destilada (no mínimo 3 vezes) e transferi-las para o balão volumétrico. A
transferência de líquidos para o balão é feita com o auxílio de um bastão de vidro e funil
quando necessário, para evitar que o líquido escorra por fora do balão. Antes de ajustar o
menisco na marca de aferição do balão, deve-se lavar o bastão e o funil com pequenas
porções de água destilada diretamente no balão volumétrico.
Titulação
b) Adição do titulante sob agitação constante garante uma homogeneização constante do meio
reacional e evita mudança de coloração localizada.
d) Usar o pissete com água destilada para lavar as paredes internas do erlenmeyer durante a
titulação.
f) Estimar a última casa na leitura do volume obtido no ponto final da titulação, se o menisco do
titulante se localize entre duas macas da menor divisão da escala da bureta.
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AULA PRÁTICA NÚMERO 1: CALIBRAÇÃO DE MATERIAIS VOLUMÉTRICOS
1 - INTRODUÇÃO
Onde o volume é dado em mL, a massa é dada em gramas (g) e a densidade em g mL-1.
Em geral, se utiliza a densidade da água como a medida padrão para aferição das
vidrarias, pois a água pode ser facilmente descartada após o seu uso.
Em todas as operações de calibração, a vidraria a ser calibrada deve estar
cuidadosamente limpa e deve ficar algum tempo ao lado da balança que será empregada,
juntamente com um suprimento de água destilada ou deionizada, a fim de estarem em
equilíbrio térmico com o ambiente.
Para que a calibração seja bem feita é preciso levar em conta a expansão volumétrica
das soluções e das vidrarias com relação à variação da temperatura; desta forma, é preciso
conhecer a temperatura do laboratório no momento em que as soluções são preparadas e
também no momento em que são utilizadas.
Os vidros fabricados a base de borossilicatos se expandem cerca de 0,0010% por grau
Célsius, quer dizer, se a temperatura de um recipiente for aumentada em 10 graus, o seu
volume irá aumentar cerca de 0,010% e, para todos os trabalhos, exceto os mais exatos, esta
variação não é expressiva.
Durante a realização dessa aula prática, será calibrada uma pipeta volumétrica de
10,00mL.
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ATENÇÃO: A boca jamais deve ser utilizada para a sucção por causa de
ingestão acidental do líquido que está sendo pipetado.
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Tabela 3 - Tolerâncias Admitidas para Material Volumétrico, classe A*.
Volume (mL) Desvio (mL) Volume (mL) Desvio (mL) Volume (mL) Desvio (mL)
Fonte: Harris, D. C. Quantitative Chemical Analysis, 5a. Ed., W. H. Freeman and Company,
New York, 2001. Estes dados foram transcritos da literatura e provavelmente refletem as
possibilidades de calibração dos fabricantes deste tipo de material.
*Material volumétrico classe A apresenta metade dos erros máximos dos materiais classe B.
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2-PARTE PRÁTICA: CALIBRAÇÃO DE PIPETAS VOLUMÉTRICAS DE 10,00mL
NOTA: Nunca se deve secar balão volumétrico, pipeta e bureta em estufa. A aferição destes
materiais deve ser feita pelo menos duas vezes.
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VOLUMETRIA ÁCIDO-BASE
1.1-Planejamento:
a)Soluto:
Como a solução de hidróxido de sódio preparada será usada na determinação do teor de
ácido em algumas amostras, a mesma terá que ser padronizada e, portanto, deverá estar livre
de carbonatos para evitar o “erro do carbonato”.
Assim, a solução será preparada a partir de uma solução estoque de NaOH 50% m/v que
tenha sido preparada há mais de 24 horas, filtrada e convenientemente estocada para evitar a
absorção de CO2.
b)Massa do soluto:
Supondo que vai ser preparado 250 mL de solução de concentração 0,1000 mol/L, que
é a concentração normalmente usada na volumetria ácido base, então, a massa de NaOH
necessária para preparar tal solução será:
1.2 - Procedimento:
1)Adicionar água destilada recém fervida e fria à um balão volumétrico de 250 mL até
aproximadamente metade de sua capacidade.
2)Medir da solução estoque um volume que contenha a massa de NaOH necessária para
preparar 250mL da solução aproximadamente 0,1 mol/L;
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6) Rotular o frasco contendo a solução identificando a solução preparada, identificação do
preparador e data do preparo.
2.1-Planejamento:
a)Reagente
Será utilizado biftalato de potássio (MM = 204,23 gmol-1) como padrão primário. O
reagente deverá ter sido secado a, aproximadamente, 100 °C, durante 2 horas e resfriado em
dessecador. O aquecimento é necessário para retirar alguma umidade presente no reagente
sólido.
-
COOH COO
- +
+ OH H2O
- -
COO COO
c)Indicador:
2.2-Procedimento:
4) Titular com a solução de NaOH a ser padronizada até coloração rosa pálido, que persista
por 30 segundos após agitação.
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AULA PRÁTICA NÚMERO 3: PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE HCl
Observações:
- Ácidos NÃO devem ser pipetados com a boca, sempre pipetar com auxílio de pipetadores.
- Devem ser manipulados na CAPELA em função dos vapores irritantes e corrosivos.
- Sempre adicionar o ÁCIDO CONCENTRADO sobre a água.
- Rotular os frascos, de preferência, antes de transferir a solução. O rótulo deve conter: nome
da substância, concentração da solução, identificação do preparador e data do preparo.
1.1.1-Planejamento:
a)Soluto
b)Volume do soluto
Supondo que vai ser preparado 100mL de solução de concentração 0,1000 mol/L, então:
1.1.2-Procedimento:
2) Medir o volume de HCl concentrado que contenha a massa de HCl necessária para
preparar 100mL da solução 0,1000 mol/L.
3) Transferir o volume medido para o balão volumétrico de 100mL e completar o volume para
100mL com água destilada.
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2-Padronização de uma solução de HCl
2.1-Planejamento:
a) Reagente
Será utilizada como titulante a solução de NaOH aproximadamente 0,1 mol/L preparada na
aula anterior.
b)Indicador
2.2-Procedimento:
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AULA PRÁTICA NÚMERO 4: DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO ACÉTICO EM VINAGRE
1.1 – Determinação de ácido acético em vinagre (titulação de um ácido fraco com uma
base forte):
1.1.1-Planejamento:
a)Amostra
b)Titulante
O ácido acético, bem como a maioria dos ácidos orgânicos, é um ácido fraco e deve ser
determinado por reação com uma base forte com a qual reage rápida e completamente
sendo, portanto, compatível com o método volumétrico. O titulante usado será a solução
padronizada de hidróxido de sódio com concentração em torno de 0,1 mol/L, colocado em
uma bureta de 10,00 mL.
c)Preparo da amostra
Como a amostra já está em solução não será necessária a etapa de abertura da mesma.
Supondo, para efeito de cálculos, o teor de ácido acético na amostra em torno de 4% m/v, ou
seja 4g de ácido acético em 100mL de solução, verifica-se que o vinagre é uma solução
aproximadamente 0,7 mol/L em ácido acético:
V = ~35 mL
ou, pelo mesmo raciocínio, considerando um gasto de 5 mL de NaOH devem ser pipetados
apenas 0,7 mL do vinagre.
Como em qualquer que seja a determinação, o objeto de medida deve ser compatível
com o método utilizado; a amostra deve ser diluída cerca de 7 vezes (consumo de ~5 mL do
titulante, o que representa metade da capacidade da bureta). A diluição deve levar em conta a
vidraria disponível e a facilidade de cálculo.
Para facilitar o cálculo a diluição poderá ser de 10 vezes. Considerando que a
determinação será feita em triplicata e que será pipetada uma alíquota de 5,00 mL da
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amostra, deverão ser preparados, pelo menos, 50 mL da solução diluída. Deve ser lembrado
que, uma porção dessa solução diluída será gasta para se fazer o ambiente na vidraria e que
pode haver necessidade de se repetir uma ou mais titulações logo, o volume da solução
diluída deve ser de 50,00 mL. Portanto, uma diluição de 5,00 mL para 50,0 mL parece ser
adequada.
d)Indicador
1.2-Procedimento:
1)Pipetar 5,00 mL de vinagre e transferir para o balão volumétrico de 50,00 mL. Completar o
volume do balão volumétrico até a marca de calibração com água destilada e homogeneizar a
solução.
3)Adicionar aproximadamente 40mL de água destilada com uma proveta e 2 gotas de solução
alcoólica 0,1% m/v de fenolftaleína ao erlenmeyer e agitar.
4)Titular com solução padronizada de hidróxido de sódio (cerca de 0,1 mol/L) até o
aparecimento de uma leve coloração rosa (rosa pálido), que persista por 30 segundos após
agitação.
5) Anotar o volume de solução de NaOH consumido e repetir o procedimento para mais duas
amostras.
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AULA PRÁTICA NÚMERO 5: DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO EM
MEDICAMENTOS
1.1-Planejamento:
a)Amostra
O ácido acetilsalicílico (AAS), de massa molar igual a 180,13 g.mol -1, é um analgésico
usado no tratamento de cefaléias, nevralgias e outras dores. Analgésicos são depressores do
sistema nervoso central empregados para aliviar a dor sem causar a perda da consciência. A
concentração média de AAS em comprimidos é de aproximadamente 500 mg. Deseja-se,
nesta aula prática, determinar analiticamente a quantidade de ácido acetilsalicílico presente
na Aspirina® mediante titulação direta da amostra contra uma solução padrão de hidróxido de
sódio, como mostrado na reação abaixo, utilizando-se o indicador fenolftaleína para identificar
o ponto final da titulação.
c)Titulante
O ácido acetilsalicílico, bem como a maioria dos ácidos orgânicos, é um ácido fraco e
deve ser determinado por reação com uma base forte com a qual reage rápida e
completamente sendo, portanto, compatível com o método volumétrico. O titulante usado será
a solução padronizada de hidróxido de sódio com concentração em torno de 0,1 mol/L,
colocado em uma bureta de 10,00 mL.
d)Indicador
4.2.2-Procedimento:
3)Pesar com a maior precisão possível 0,1000g, em triplicata, dos comprimidos macerados.
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6)Adicionar 2 gotas de fenolftaleína 0,1% m/v e agitar o erlenmeyer.
7)Titular a amostra com solução padrão de NaOH aproximadamente 0,1 molL-1 até a solução
tornar-se rósea (Observar se a coloração rósea persiste por 30s).
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AULA PRÁTICA NÚMERO 6: DETERMINAÇÃO DO TEOR DE HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO
NO LEITE DE MAGNÉSIA (Titulação de retorno)
1.1-Planejamento:
a)Amostra
b)Preparo da amostra
Como a amostra já se encontra como uma suspensão, não será necessária a etapa de
abertura da mesma.
c)Indicador
1.2-Procedimento:
2)Em um erlenmeyer de 125mL, pesar, com o auxílio de um conta gotas, não mais que 0,200g
da amostra previamente homogeneizada.
6)Titular com solução padronizada de NaOH aproximadamente 0,1 mol/L até o aparecimento
de uma coloração rósea pálida que persista por 30 s.
1)Pesar a massa de nitrato de prata necessária para preparar o volume desejado de solução de
concentração 0,1000 mol/L;
1.2.1-Planejamento:
a)Reagente
Para ser usado como padrão primário, o cloreto de sódio P. A. deve ser previamente
secado a 500-600°C por 20-30 minutos ou durante 1 hora a 110-130 °C e resfriado em
dessecador.
b)Indicador
Como será usado o método de Mohr, o indicador será uma solução 5% m/v de cromato
de potássio em um meio com pH entre 6,5 e 10,5.
1.2.2- Procedimento:
3)Acrescentar cerca de 0,05g de carbonato de cálcio para ajustar o pH entre 6,5 e 10.
5)Titular com solução de nitrato de prata sob agitação constante até o aparecimento do
precipitado vermelho tijolo (até a mudança de coloração de amarelo para avermelhada)
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AULA PRÁTICA NÚMERO 8: DETERMINAÇÃO DE CLORETO EM SORO FISIOLÓGICO
PELO MÉTODO DE FAJANS
1.1-Planejamento:
1.2 – Procedimento
1)Com uma pipeta volumétrica, transferir 3,00 mL da solução de soro fisiológico para um
erlenmeyer de 125 mL.
2)Adicionar cerca de 50,00 mL de água destilada com uma proveta ao erlenmeyer.
3) Acrescentar cerca de 0,05 g de carbonato de cálcio e 2 gotas de solução de fluoresceína
ao erlenmeyer e agitar.
4)Titular com uma solução padrão de nitrato de prata aproximadamente 0,1 mol/L, sob
agitação constante, até a mudança da coloração da solução de amarela para cor-de-rosa
(observar o recobrimento do precipitado branco de nitrato de prata inicialmente formado no
fundo do erlenmeyer)
5) Anotar o volume de solução de nitrato de prata consumido durante a titulação.
6)Repita esse procedimento mais duas vezes.
7)Calcular a porcentagem, em %m/v, de cloreto de sódio na amostra analisada.
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AULA PRÁTICA NÚMERO 9: DETERMINAÇÃO DE CLORETO EM SORO FISIOLÓGICO
PELO MÉTODO DE VOLHARD MODIFICADO
1.1-Planejamento:
No ponto de equivalência:
1.2-Procedimento:
1)Pipetar, em triplicata, e transferir para o erlenmeyer de 125 mL, uma alíquota de 5,00 mL de
soro fisiológico que seja aproximadamente 0,1 mol/L em cloreto.
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VOLUMETRIA DE COMPLEXAÇÃO
1)Pesar, com exatidão, uma massa do sal dissódico de EDTA, previamente seco em estufa a
70-800C por 2h e mantido em dessecador para resfriamento, próxima da massa necessária
para preparar o volume desejado de uma solução 0,0100 mol/L de EDTA.
5) Titular com uma solução de EDTA até o aparecimento de uma coloração azul no
erlenmeyer.
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AULA PRÁTICA NÚMERO 11: DETERMINAÇÃO DA DUREZA TOTAL DA ÁGUA
1.1-Planejamento:
e 15 a 50 branda
A determinação da dureza da água é feita por titulação com EDTA após a amostra ter
sido tamponada em pH 10. O indicador Negro de Eriocromo T é adequado para essa
titulação.
1.2-Procedimento:
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VOLUMETRIA DE OXI-REDUÇÃO
1.1. Introdução
A permanganometria é um tipo de volumetria de oxidação-redução que utiliza
permanganato de potássio como titulante, o qual apresenta alto poder de oxidação. As
reações de oxi-redução ocorrem em meio ácido, no qual MnO 4- é reduzido a Mn+2. As
soluções aquosas de KMnO4 não são completamente estáveis, porque o íon MnO 4- tende a
oxidar a água e se decompõe com exposição à luz, portanto, devem ser estocadas em fracos
escuros e padronizadas periodicamente.
1.1.1. Indicador
A própria coloração do permanganato de potássio indica o ponto final da titulação. A sua
reação com o oxalato é lenta e deve ser feita à quente. As primeiras gotas de permanganato
adicionadas demoram algum tempo a descolorir. O produto da reação, Mn2+, catalisa a mesma
e adições posteriores de permanganato descoram mais rapidamente até o ponto final, onde a
cor violeta permanece.
1)Transferir uma alíquota de 5,00 mL, de uma solução padrão de oxalato de sódio
aproximadamente 0,05 mol/L (padrão primário), com auxílio de uma pipeta volumétrica, para
um erlenmeyer de 125 mL.
2)Acrescentar 50,00 mL de água destilada e 2,00 mL de ácido sulfúrico 20% v/v ao erlenmeyer
contendo a solução de oxalato de sódio.
4)Titular com uma solução de permanganato de potássio (KMnO4) até o aparecimento de uma
coloração violeta clara, tendendo a rósea, permanente por 30 segundos. OBS: Inicie a
titulação com a solução de permanganato de potássio adicionando gota a gota cerca de
5 gotas do titulante, agite até a solução descorar. No final da titulação, a temperatura da
solução titulada deverá ser, no mínimo, de 60ºC.
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O íon permanganato reage com o íon oxalato numa proporção de 2:5, nessa ordem, conforme
reação abaixo:
2 KMnO4(aq) + 8H2SO4(aq) + 5 Na2C2O4(aq) → 5 Na2SO4(aq) + K2SO4(aq) + 2 MnSO4(aq) + 10
CO2(g) + 8 H2O(l)
O aquecimento da solução acelera a reação, porém a temperatura não deve atingir
100ºC, temperatura na qual o oxalato é decomposto. O controle da temperatura deve ser
feito com termômetro.
O H2SO4 é o reagente apropriado para acidificar a solução porque o íon sulfato não
sofre a ação do permanganato. Também pode ser utilizado o ácido perclórico. O ácido
clorídrico pode sofrer oxidação do íon cloreto.
O ponto final dado pelo excesso de permanganato em solução ácida não é
permanente, a coloração enfraquece gradualmente:
2MnO4-(aq) + 3 Mn2+ (aq) + 2 H2O(l) → 5 MnO2(aq) + 2H+(aq)
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AULA PRÁTICA NÚMERO 13: DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE ÁGUA
OXIGENADA
1.1- Introdução
Comercialmente, a concentração de água oxigenada é referida a volume de
oxigênio, ou seja, o volume de oxigênio gerado por uma determinada concentração de água
oxigenada. Assim, 1,00 mL de peróxido de hidrogênio (H2O2) a 100 volumes liberará 100 mL
de O2 nas CNPT.
2 H2O2 (aq) O2 (g) + 2 H2O (l)
A água oxigenada apesar de ser um agente oxidante pode ser oxidada pelo
permanganato em meio ácido.
2 KMnO4(aq) + 3 H2SO4(aq) + 5 H2O2(aq) K2SO4(aq) + 2 MnSO4(aq) + 5 O2(g) + 8 H2O(l)
1.2- Procedimento:
1)Transferir 1,00 mL de uma amostra de água oxigenada diluída, com auxílio de uma pipeta
volumétrica, para um erlenmeyer de 125 mL.
2)Acrescentar 5,0 mL de ácido sulfúrico 20% v/v e cerca de 50,00 mL de água destilada
utilizando uma proveta.
3)Titular com uma solução de permanganato de potássio aproximadamente 0,02mol/L até o
aparecimento de uma coloração levemente rósea persistente por 30 segundos.
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Referências
2 - Valmir Fascio Juliano, Análise Quantitativa, Belo Horizonte, 2007. (Apostila de Aulas
Práticas)
3 - Análise Volumétrica - Experimentos. Juiz de Fora, 2017. (Apostila de Aulas Práticas)
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