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Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO


PARANÁ
Campus Londrina

MANUAL DE AULAS PRÁTICAS


FUNDAMENTOS DE QUIMICA

PROFª DRA. ELISÂNGELA CORRADINI

LONDRINA – 2012
INSTRUÇÕES GERAIS PARA AS AULAS DE LABORATÓRIO

- O aluno deverá portar os seguintes materiais obrigatórios para freqüentar as aulas práticas: um
guarda-pó, o e o roteiro do experimento a ser executada no dia.

- A pontualidade será exigida em todas as aulas prática, sendo tolerado um atraso de ate 5
minutos; após este tempo o aluno não poderá entrar em sala de aula.

-As aulas práticas serão desenvolvidas por equipes de cinco integrantes.

-Siga o roteiro do experimento, tomando todas as precauções para evitar acidentes, e tente
aproveitar o máximo para desenvolver sua técnica e habilidade.

-Ao final da aula, descarte em recipientes adequados os resíduos e lave toda a vidraria. Em geral
a vidraria pode ser lavado com detergente e uma escova apropriada. Enxague várias vezes com
água da torneira, e duas ou três vezes com água destilada; não é necessário enxugar.

-Confira todo o material a ser devolvido; lembre-se que este material será utilizada por alunos da
próxima aula do Laboratório de Química.

-No decorrer da aula deverão ser anotadas todas as observações e medidas realizadas.

- Os alunos deverão ao final de cada aula prática elaborar um relatório, o qual deverá ser
entregue na aula da semana seguinte. A nota máxima do relatório será igual 10,0 (se entregue na
data prevista).

-Caso o aluno falte em uma das aulas, a nota do relatório será zero. No entanto, se a falta for
justificada por um atestado médico, o aluno poderá fazer um trabalho para compensar a nota do
relatório.

- Não será permitido a inclusão do membro do grupo no relatório quando este faltar a aula.
RELATÓRIO

 Primeira página / capa


 Objetivos
 Introdução: teoria
 Materiais e métodos / Procedimento experimental
 Resultados e discussão
 Conclusão
 Referências Bibliográficas.

Informações de capa: Os trabalhos devem conter, obrigatoriamente, página de capa contendo:


disciplina, turma, título do trabalho, nomes dos membros da equipe (nome e sobrenome) e nome do
professor,
Objetivos: descrição resumida do conteúdo do relatório, com base no título (e não transcrição dele).
Introdução: Compreende os fundamentos teóricos da prática, encontrados na literatura. Redigir
na forma de texto corrido, sem separação em itens. Destacar os pontos necessários para o correto
entendimento e interpretação dos resultados obtidos.
Procedimento (Materiais e métodos): Roteiro das atividades executadas, com o verbo no passado
e na forma impessoal, de modo que, baseada nesses relatos, qualquer pessoa possa repeti-lo.
Quando necessário apresentar esquemas dos arranjos experimentais. Além disso, cada equipamento
utilizado deverá ser claramente especificado.
Resultados e Discussão: Apresentar os resultados em textos, tabelas e gráficos de forma clara e
concisa. Respeitar a seqüência de dados obtidos e dos cálculos efetuados. Quando for o caso de
cálculos repetitivos, colocar apenas um exemplo de cada.
Tabelas e gráficos devem conter legendas auto-explicativas. Pelas normas, legendas de tabelas
devem vir no topo das mesmas, enquanto que legendas de gráficos e outras figuras devem vir na
parte inferior destes
Conclusão: Apresentar a conclusão (ou conclusões) da prática (lembre-se dos objetivos do
experimento).
Referências Bibliográficas: È a lista de livros ou obras de referência e artigos de revistas utilizados
na confecção dos relatórios. No texto, deve haver citação de referência usando-se números entre
colchetes para as referências (Exemplo: [1]). As referencias bibliográficas devem ser apresentadas
segundo as normas da ABNT, como exemplificado abaixo:
a) Para citar livros:
1- KOTZ, J.C., TREICHEL Jr., P. Química e Reações Químicas, 4a ed., Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 2002.p.250-71. v.1.
b) Para citar artigos:
1- CORRADINI, E.; LOTTI, C.; MEDEIROS, E. S.; CARVALHO, A. J. F.; CURVELO, A. A.
S.; MATTOSO, L. H. C. Estudo comparativo de amidos termoplásticos derivados do milho com
diferentes teores de amilose. Polímeros: Ciência e Tecnologia, São Carlos, v. 15, p. 268-273,
2005.
c) Para citar paginas da Internet:
1- http:// www.ufsj.edu.br. Acesso em: 11 março 2008.
AULA PRÁTICA Nº 01
NORMAS DE SEGURANÇA E EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO

I. NORMAS DE SEGURANÇA

01. O laboratório é um de trabalho sério. Trabalhe com atenção, método e calma.


02. Prepara-se para realizar cada aula, lendo antes os conceitos referentes ao assunto a ser dado e
a seguir leia o roteiro da prática.
03. Faça apenas as experiências indicadas nos roteiros das práticas. Consulte o professor sempre
que tiver dúvida quanto ao uso de algum reagente.
04. Use um avental (ou jaleco) apropriado.
05. Não se deve comer ou beber em um laboratório, pois há o risco de ingestão de substâncias
tóxicas. Também não se deve fumar, pois existe a possibilidade de provocar incêndio.
06. Se algum ácido ou qualquer outro produto químico for derramado, lave o local
imediatamente com bastante água.
07. Evite contato de qualquer substância com a pele (evite passar os dedos na boca, nariz, olhos e
ouvidos). Se alguma substância cair na sua pele, lavar imediatamente com bastante água. Seja
particularmente cuidadoso quando manusear substâncias corrosivas como ácidos e bases
concentrados.
08. Quando for sentir o odor de uma substância, não coloque seu rosto diretamente sobre o
recipiente que o contém. Em vez disso, com a sua mão, desloque um pouco dos vapores que se
desprendem do recipiente em direção ao seu nariz.
09. Não deixe vidro quente em local que possam pegá-lo inadvertidamente.
10. Só deixe sobre a mesa o bico de gás aceso quando estiver sendo utilizado.
11. Tenha cuidado com os reagentes inflamáveis. Não os manipule em presença de fogo.
12. Ao término dos trabalhos onde haja aquecimento, feche com cuidado as torneiras degás a fim
de evitar escapamento.
13. Não trabalhe com material imperfeito.
14. Os tubos de ensaio contendo líquidos devem ser aquecidos pela parte do meio e não pelo
fundo e utilize pinça de madeira para esta finalidade. Quando aquecer uma substância num tubo
de ensaio, não volte extremidade aberta do mesmo para si ou para uma pessoa próxima.
15. Não jogue nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos e sim nos cestos de lixo.
16. Leia com atenção o rótulo do frasco do reagente antes de usá-lo a fim de certificar-se que
apanhou o frasco certo. Segure o frasco pelo lado que contém o rótulo, evitando assim que o
reagente escorra sobre este.
17. Todas as experiências que envolvem a liberação de gases ou vapores tóxicos devem ser
realizadas na câmara de exaustão (capela).
18. Sempre que for diluir um ácido concentrado, adicione-o lentamente e sob agitação, sobre a
água e nunca faça o contrário.
19. Quando qualquer frasco de reagente for aberto, deve-se colocar sua tampa, sobre a mesa,
virada para cima ou segura-la entre os dedos a fim de se evitar contaminação. Após o reagente
ser usado fechar novamente o frasco.
20. Uma porção qualquer do reagente retirada do frasco de estoque jamais poderá retornar ao
mesmo. O aluno deverá aprender a estimar a quantidade que necessita, para evitar desperdícios,
retirando dos frascos reagentes apenas o necessário.
21. No caso de reagentes sólidos: uma espátula usada para retirar um reagente de um frasco só
poderá ser usada, para manipulação de outro reagente, após perfeitamente lavada e seca.
22. No caso de reagentes líquidos: não introduzir pipetas, conta-gotas, etc. nos frascos que os
contêm. Verter o reagente líquido a ser medido no recipiente em que ele será usado ou então em
um becker limpo e seco, para ser transferido ou pipetado.
23. Localize os extintores de incêndio e familiarize-se com o seu uso.
24. Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergência.
25. Sempre que possível, trabalhe com óculos de proteção.
26. Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite de aquecimento prolongado ou
que desenvolva grande quantidade de energia.
27. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue
todos os aparelhos, deixe todo o equipamento limpo e nos seus devidos lugares e lave as mãos.
II. MATERIAIS MAIS USADOS EM LABORATÓRIOS

2.1- Dê o nome para cada uma das vidrarias apresentadas abaixo


IV. QUESTIONÁRIO SOBRE VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL

01. Classificar e descrever os principais utensílios de vidro utilizados em laboratório de química.


02. Descrever a indumentária correta a ser usada no laboratório.
03. Em que situações são recomendadas o uso de aparelhos confeccionados em porcelana?
04. Se você quer realizar uma reação sob agitação manual e deseja evitar perdas de líquidos, que
recipiente deve usar?
05 - Como deve ser realizada a limpeza do material utilizado no laboratório de química?
06. Enumere os principais equipamentos de aquecimento utilizados em laboratório de química?
07. Descreva os principais tipos e usos dos materiais metálicos utilizados em laboratório de
química.

V. BIBLIOGRAFIA

TRINDADE, D. F.; OLIVEIRA, F. P. DE; BANUTH, G.S. L.; BISPO, J. G. Química Básica
Experimental. São Paulo, Ícone Editora, 2010.
AULA PRÁTICA Nº 02

MEDIDAS E TRATAMENTO DE DADOS

I. OBJETIVOS
Usar corretamente e ler: termômetros, balanças, provetas e pipetas
Utilizar algarismos significativos
Distinguir o significado de “precisão” e “exatidão”

II. INTRODUÇÃO
Quantificar e mensurar formas e conceitos é essencial em todas as ciências. Nas ciências
físicas e propriedades fundamentais mais utilizadas e medidas diretamente são: comprimento,
massa, tempo e temperatura. Outras propriedades da matéria como volume, densidade ou
velocidade são quocientes ou produtos destas propriedades fundamentais.
O sistema SI (Sistema Internacional de Unidades) é um sistema métrico no qual os
prefixos utilizados indicam frações e múltiplos de dez.
Os mais utilizados em química são:
Nome Símbolo Unidade
mega M 106 m
kilo k 103 m
deci d 10-1 m
centi c 10-2m
mili m 10-3 m
micro  10-6 m
nano n 10-9 m
angstron Å 10-10 m
pico p 10-12 m

2.1 Algarismos significativos


Um número de pessoas em uma sala de aula e uma dúzia de ovos são números exatos.
Por outro lado, os números obtidos em uma medida não são exatos.
De acordo com a medida da temperatura iniciada na figura 1 A, você poderia escrever
25,6 C ou 25,7oC. Na tentativa de medir a temperatura com precisão de uma casa depois da
o

vírgula é necessário fazer uma estimativa do último algarismo. Existe a certeza de que a
temperatura é maior que 25 oC e menor que 26 oC, mas o último algarismo é duvidoso. O valor da
temperatura medida com esse termômetro possui três algarismos significativos. E é incorreto
acrescentar um quarto algarismo, como sendo 25,63, pois se o 6 já é duvidoso, não faz sentido o
acréscimo do 3. Com um termômetro mais preciso, uma medida com maior número de
algarismos pode ser obtida. O termômetro da Figura 1B possui divisões de 0,1. Assim você
poderá obter o valor da temperatura com 4 algarismos significativos, 25,78 ou 25,79 sendo o
ultimo algarismo duvidoso.
Na leitura do volume de água em um aparato como uma proveta ou uma bureta, você notara que
a superfície da água não é plana e forma um fenômeno chamado menisco. Leia sempre o ponto
mais baixo do menisco. Os valores das medidas Figura 1 C são 20,46 e 14,60 mL. Observe que o
algarismo zero na medida 14,60 deve ser escrito.

Note também, que escrever as unidades é tão importante quanto anotar um número.
O melhor valor para representar uma medida é a média aritmética dos valores medidos, por
exemplo:

O desvio de cada medida será

Portanto, o desvio médio é de 0,02 e o valor da medida é: 20,46  0,02 mL.


Operações com algarismos significativos
Na multiplicação ou divisão mantenha o número de algarismos significativos da medida
que tiver menor:
Exemplo: 25,2 cm x 3.192cm = 80.438,4 = 8,04 x104cm2
Na adição ou subtração o resultado não poderá ser mais exato do que cada valor individual.
Exemplo:

O algarismo 6 é maior que 5, portanto aumentamos 1 no algarismo anterior passando a ser 8. Se


fosse um algarismo menor que 5, não alteraria o algarismo anterior, exemplo: 26,82 = 26,8.
No caso de ser o algarismo 5 o último, procede-se conforme o exemplos:
105,85 = 105,8 8 é par, o algarismo 5 simplesmente cai
24,315 = 24,32 1 é impar, aumenta 1 passando para 2.

2.2 Exatidão e Precisão

Todas as medidas possuem um determinado erro, e o erro de muitas vezes é limitado pelo
equipamento utilizado.

EXATIDÃO: Refere-se a tão próximo uma medida concorda com o valor correto (ou mais
correto).
PRECISÃO: Refere-se a tão próximo diversos valores de uma medida estão entre si (ou seja
menor desvio médio, maior precisão).
O ideal é que as medidas sejam exatas e precisas. Medidas podem ser precisas e não
serem exatas devido a algum erro sistemático que é incrementado a cada medida. A média de
várias determinações são geralmente consideradas o valor melhor para uma medida do que uma
única determinação.

MATERIAL
-Termômetro -Proveta de 25 mL
-Bastão de vidro, -Pipeta volumétrica de 20 mL
-Rolha de borracha -Balança
-Rolha de vidro -Sal de cozinha (cloreto de sódio),
-Béquer de 100 mL -Gelo,
-Cadinho de porcelana, -Conta-gotas,

PROCEDIMENTO

A- Medida de massa:
1- Três objetos, uma rolha de borracha, uma rolha de vidro e um cadinho de porcelana
encontram-se em sua bancada. Antes de pesá-los, pegue cada objeto e tente estimar o
mais pesado. Complete a tabela de dados.
2- Pese um béquer pequeno (100 mL). Adicione então 50 gotas de água destilada com um
conta gotas e pese o conjunto. Obs: O propósito deste procedimento é encontrar o número
aproximado de gotas em um mililitro, ou o volume de uma gota de água.
B- Medida de volume
1- Pese um béquer seco de 100 mL até duas casas decimais. Meça 20 mL de água com uma
proveta, coloque-a no béquer de 100 mL e pese-o novamente.
2- Repita este procedimento mais duas vezes e anote os pesos obtidos na folha de dados.
3- Seque o béquer de 100 mL previamente pesado e repita o procedimento anterior
utilizando uma pipeta volumétrica de 20 mL. Anote os pesos obtidos na folha de dados.

C- Medidas de temperatura:
1- Coloque cerca de 50 mL de água de torneira em um béquer de 100 mL e meça a
temperatura utilizando um termômetro.
a) Durante a leitura, mantenha o bulbo do termômetro totalmente imerso na água, sem
tocar o vidro (Figura ao lado). Obtenha o valor da temperatura com o máximo de
algarismos significativos que for possível. Anote o valor na folha de dados.
2- a) Pese aproximadamente 5g de sal de cozinha, cloreto de sódio, (entre 4 e 6 g) e deixe-o
na sua bancada.
b) Em um Becker de 100 mL prepare uma mistura de gelo e água (4 pedras de gelo
e  20mL de água). Agite a mistura com o bastão de vidro, meça e anote a
temperatura.
c) A seguir adicione o sal, à mistura e agite. Espere 2 minutos e meça a temperatura
da mistura. Agite e faça várias leituras, anote a temperatura mínima observada.

Obs: Note que a água continua líquida a uma temperatura menor que zero grau.
Não esqueça de colocar o sinal negativo para temperaturas abaixo de zero.

3- A experiência terminou. Anote o no da bancada na folha de dados e entregue uma cópia


ao professor. Lave o material usado.
4- A solução de sal (cloreto de sódio + água + gelo), pode ser descartada diretamente na pia,
pois o material não é tóxico.
5- Não jogue nas pias materiais sólidos ou líquidos que possam contaminar o meio
ambiente. Lembre-se que os resíduos químicos são de responsabilidade de quem geram.

III. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


-SZOPOGANICZ, B. Experiências de Química Geral. Fundação do ensino de Engenharia, 2003,
p.175.
IV. EXERCÍCIOS
1-Qual a leitura da proveta da figura ao lado?
2-Quantos algarismos significativos existem em cada uma das medidas:
(a)23,9 cm
(b)543,311 Km
(c)0,029 g
(d) 2,014 x10-3mm
(e) 5x 1018 átomos
3-Arredonde os seguintes números de forma que finquem com dois algarismos significativos:
(a) 81,42
(b) 0,517
(c) 2,3 x10-5
(d) 14,2
(e) 135
5) Faça o arredondamento dos números abaixo, para três casas decimais após a vírgula.
a) 120, 4784 = __________ b) 83,1236 = __________
c) 71, 2315 = __________ d) 457,1025 = __________
4-Como um instrumento de medida pode ser mais preciso, porém menos exato do que um outro?
Explique sua resposta.
5-A massa de uma peça de ferro é medida três vezes em duas balanças diferentes, com os
seguintes resultados:
Pesagem 1 2 3
Balança 1 (gramas) 6,01 5,99 6,02
Balança 2 (gramas) 5,97 5,88 5,91
a-Calcule o desvio médio para cada conjunto de medidas em cada balança.
b-Que balança é mais precisa? Justifique sua resposta.
c- Que balança é mais exata? Justifique sua resposta.

6- Represente esquematicamente as principais zonas da chama de um bico de Bunsen, indicando


o ponto mais quente.
AULA PRÁTICA Nº 03

MEDIDAS DE VOLUMES

I. OBJETIVOS
Conhecer equipamentos e técnicas de medidas de volume em laboratório.

II. INTRODUÇÃO

2.1 Medidas de Volumes

Em trabalhos de laboratório, as medidas de volume aproximadas são efetuadas na quase


totalidade dos casos com provetas graduadas, e de modo muito grosseiro, com béckers com
escala e, as medidas volumétricas chamadas precisas, com aparelhos volumétricos (pipetas,
buretas e balões volumétricos.

Figura 1. Aparelhos de medidas aproximadas.

2.2 Aparelhos volumétricos


A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos com elevada precisão.
Para efetuar tais medidas são empregados vários tipos de aparelhos, que podem ser classificados
em duas categorias:
- Aparelhos calibrados para dar escoamento a determinados volumes: neste caso estão incluídos
as pipetas graduadas e as buretas.
- Aparelhos calibrados para conter um volume líquido: aqui estão incluídos as pipetas e os balões
volumétricos.
Ao ler volumes em vidraria volumétrica devem-se evitar erros decorrentes de mau
posicionamento do olho em relação à altura do menisco do líquido. Procure sempre posicionar-se
de modo que sua linha de visão fique, em relação à superfície do líquido, como ilustrado na
Figura 1.
Figura 2. Modo correto de se ler o volume de um líquido em um aparelho volumétrico (linha de
visão horizontal à superfície do líquido)

2.3 Técnicas de uso de aparelhos volumétricos

-Balão Volumétrico
a) Trabalhar com o mesmo na posição vertical;
b) Fazer uso de um funil para colocar o líquido no balão, o que será feito em etapas, sendo que a
cada uma deve-se agitar (homogeneizar) a solução. Isto se consegue através de movimentos
circulares lentos com o balão; uma das mãos deverá segurar o gargalo e a outra, a parte inferior
do mesmo;
c) Colocar o balão sobre a bancada e acertar o menisco com o traço de aferição.
Após isto, colocar a tampa e fazer total homogeneização com movimentos lentos, no sentido de
rotação.

-Pipeta
A pipetagem de um líquido (ou de uma solução) deverá ser metódica e cuidadosa. Os passos
principais são:
a) Levar a pipeta com a mão até próximo do fundo do recipiente que contém o líquido (ou a
solução), tomando o cuidado de não bater a parte inferior da pipeta no fundo do mesmo;
b) Segurar a pipeta com o dedo indicador e o polegar;
c) Fazer a sucção com uma pêra na parte superior da pipeta até notar que o líquido subiu um
pouco acima do traço de aferição;
d) Tampar o orifício de sucção rapidamente com o dedo indicador, sendo que os outros deverão
estar segurando a pipeta;
e) Segurar o recipiente que contém o líquido (ou a solução) com a outra mão, de modo que a
parte inferior da pipeta toque a sua parede lateral e elevar a pipeta até que o traço de aferição
coincida com a altura dos olhos;
f) Diminuir levemente a pressão exercida pelo dedo indicador deixando escoar o líquido do
interior da mesma até se conseguir aferição. Enxugar a parte externa com papel;
g) Levar a pipeta até o recipiente de destino e deixar escoar através da parede lateral do mesmo;
h) Tocar, após escoamento total do líquido, a ponta da pipeta na parede lateral do recipiente para
que se escoe a última gota da mesma;
i) Usar uma pêra de borracha para pipetar líquidos tóxicos, voláteis ou corrosivos.

-Proveta
a) Utilizar na forma vertical e para aferição elevar o menisco até a altura dos olhos;
b) Para esvaziar o líquido, entorná-lo vagarosamente (pode-se usar um bastão de vidro para o
bom escoamento, evitando-se que haja respingos) e permanecer com a proveta na posição
inclinada até o completo escoamento.

-Bureta
É usada, na análise volumétrica, de acordo com as seguintes recomendações:
a) Fixar a bureta, limpa e vazia, num suporte na posição vertical;
b) Agitar o recipiente que contém o reagente antes de usá-lo, pois não é raro haver, na parte
superior do mesmo, gotas de água condensada;
c) Colocar um becker ou um erlenmeyer sob a torneira;
d) Lavar a bureta duas vezes com porções de cinco ml do reagente em questão, que são
adicionadas por meio de um funil; cada porção é deixada escoar
completamente antes da adição da seguinte;
e) Fechar a torneira e encher a bureta até um pouco acima do zero da escala e remover o funil;
f) Segurar a torneira com a mão esquerda e com o auxílio dos dedos polegar, médio e indicador
abrir a torneira para expulsar todo o ar contido entre a mesma e a extremidade inferior da bureta
e encher esta região. Encher a bureta novamente, se necessário, e acertar o menisco com o traço
de aferição que fica na parte superior da mesma.
Observação: a torneira de uma bureta deve ser levemente lubrificada para que possa ser
manipulada com mais facilidade. Serve para este fim uma mistura de partes iguais de vaselina e
cera de abelhas; misturas especiais são encontradas no comércio.

III. Material
- Becker de 250 ml com escala - Pipeta graduada de 5 ml
- Erlenmeyer de 250 ml com escala - Bureta de 50 ml
- Proveta de 100 ml com escala - Balão volumétrico de 50 ml
- Pipeta volumétrica de 25 ml - Funil comum

IV. Procedimento Experimental


1. Medir 50 mL de água em um Becker e transferir para o Erlenmeyer.
Verificar o erro da escala.
Transferir para a proveta graduada e fazer a leitura do volume. Verificar a precisão.
Medir 50 mL de água na proveta graduada e transferir para o Becker. Verificar o erro da escala.
2. Transferir para o Erlenmeyer. Verificar a precisão.
Colocar esses três aparelhos em ordem crescente de precisão.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
3. Pipetar 25 mL de água destilada usando a pipeta volumétrica.
Transferir para a proveta.
Comparar a precisão das escalas.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4. Pipetar com uma pipeta graduada (transferindo para diferentes tubos de ensaio), 1mL; 2mL;
5mL; 1,5 mL; 2,7mL; 3,8 mL; 4,5 mL de água. Esta prática tem como finalidade treinar o aluno
para controlar volumes variáveis numa pipeta graduada.

5. Encher uma bureta de água (acertando o menisco e verificando se não há ar em parte alguma
perto da torneira).
Transferir o volume para Erlemeyer.
Comparar a precisão das escalas.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
6. Encher novamente a bureta, acertar o menisco e escoar para o Erlemeyer, gota à gota,
marcando o tempo de escoamento dos primeiros 25 mL.
Aguardar 30 segundos e ler novamente na bureta o valor escoado.
Continuar o escoamento da água para o Erlemeyer, gota à gota até completar 50mL e ler
novamente na bureta o volume escoado.

V. QUESTIONÁRIO SOBRE VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL


1. Faça um esquema de cada tipo de aparelho de medição volumétrica observado.
2. Quando deve ser usada uma pipeta volumétrica? E uma graduada?

VI. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


TRINDADE, D. F.; OLIVEIRA, F. P. DE; BANUTH, G.S. L.; BISPO, J. G. Química Básica
Experimental. São Paulo, Ícone Editora, 2010.
AULA PRÁTICA Nº 04

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS E METAIS.

I. Determinação da Densidade de Metais

1.1 .Pesar cada amostra e anotar a massa com precisão de 0,01g na Tabela 1.
1.2 Em uma proveta de 10,0 mL, adicionar água até aproximadamente a metade, para fazer o
item 1.3. Anotar cada volume com precisão de 0,1 mL.
1.3 Colocar, cuidadosamente, cada amostra metálica dentro da proveta previamente reparada
(como mostrado no item 1.2). Certificar-se de que não há bolhas aderidas ao metal. Ler e anotar
o novo volume (com precisão de 0,1mL). Assumindo que o metal não se dissolve e nem reage
com a água, à diferença entre os dois níveis de água na proveta, representa o volume da amostra.
Anotar o resultado na Tabela 1 fornecida a seguir.
1.4 Recuperar a amostra secá-la cuidadosamente e guardá-la no frasco apropriado. Repetir o
procedimento com todas as amostras.
1.5 De posse dos dados, efetue o cálculo da densidade de cada amostra, observando os
algarismos significativos que deverão ser considerados. Compare os valores experimentais com
os valores da literatura, listados na Tabela 2

Tabela 1 – Valores experimentais de massa, volume e densidade para diferentes metais.


Amostras (metais) Massa obtida Volume obtido Densidade experimental
(g) (mL) (g/mL)
Alumínio
Ferro
Estanho
Cobre

Tabela 2 – Densidade de alguns metais5


Amostras (metais) Símbolo Densidade experimental
(g/mL)
Alumínio Al 2,70
Ferro Fe 7,86
Estanho Sn 7,29
Cobre Cu 8,92

II. Determinação da Densidade de Líquidos

2.1. Medida da temperatura do experimento: colocar água destilada em um erlenmeyer de


125mL, até cerca da metade de seu volume; inserir um termômetro e, após cerca de 5 minutos,
medir a temperatura da água.
2.2. Pesar ou tarar um béquer de 25mL, limpo e seco, com precisão de 0,01g.
2.3. Com uma pipeta volumétrica de 10,0 mL, transferir 10,0 mL do liquido fornecido para o
béquer previamente pesado ou tarado. Pesar imediatamente o conteúdo do béquer, e anotar a
massa com precisão de 0,01g na Tabela 3.
2.4. Recolher o líquido utilizado, num frasco apropriado. Repetir o procedimento com todas as
amostras, iniciando cada determinação com um novo béquer de 25mL, limpo e seco.
2.5. De posse dos dados, efetue o cálculo da densidade de cada amostra, observando os
algarismos significativos que deverão ser considerados. Compare os valores experimentais com
os valores da literatura, listados na Tabela 4.

Tabela 3 – Valores experimentais de massa, volume e densidade para diferentes líquidoss.


Amostra (líquidos) Massa obtida (g) Volume usado (mL) Densidade (g/mL
Água
Hexano
Óleo de soja ou algodão
Leite
1,2,3- propanotriol
(glicerol)

Tabela 4 – Densidade de alguns líquidos


Amostra Massa obtida (g) Densidade (g/mL T(oC)
Água H2O 1,000 4
Hexano C6H12 0,659 20
Óleo de soja ou algodão --- 0,918 15
Leite ---- 1,028-1,025 20
1,2,3- propanotriol HOCH2(CHOH)CH2OH 1,261 20
(glicerol)

III. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1- RUSSEL, J.B. Química Geral, trad. Márcia Guekezian, et al., 20 Ed., São Paulo, Pearson
Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1994.Vol. 1 e 2.
2 - BROWN, T.L., LeMAY Jr, H.E. e BURSTEN, B.E. Química- A Ciência Central, trad.
Horácio Macedo, 9ª. Ed., São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2005.
AULA PRÁTICA Nº 05

TEMPERATURA DE FUSÃO DE UMA SUBSTÂNCIA

I. OBJETIVOS
-Determinar pontos de fusões usando o método gráfico da curva de resfriamento.

II. MATERIAIS
- Suporte universal -Garra de metal
-Tela de amianto -béquer de 150 mL
-Bico de bunsen -béquer de 150 mL
-Termômetro - Tubo de ensaio
-Cronômetro (relógio) -Naftaleno
-Argola de metal

III. PROCEDIMENTO

A. Curva de aquecimento

1- Fixe a argola de metal ao suporte termômetro de maneira a ficar


com a tela de amianto acima do dentro do béquer. Coloque água
bico de Bunsen (9 a 12 cm) como no béquer suficiente para que
indicado na figura abaixo. Com a todo o naftaleno dentro do tubo
garra fixe o tubo de ensaio que fique submerso.
contem o ácido esteárico e o 2- Ligar o bico de bunsen.
3- A água no béquer dever ser
aquecida lentamente. Quando
temperatura atingir 60 oC
4- A partir do momento que o
termômetro fica solto, use-o para
agitar levemente a massa em
fusão. Quando a temperatura
chegar a aproximadamente 90oC,
desligue o gás do bico de bunsen
e inicie logo o item B. Certifique
que o gás esteja fechado
corretamente.

Obs: Não tente mexer o termômetro, pois poderá quebrá-lo, está preso ao naftaleno “Caso isso
aconteça, comunique ao professor, pois o mercúrio contido no termômetro é muito tóxico”.
B- Curva de resfriamento
1- Sem retirar o tubo com naftaleno de dentro do béquer com água, anote a
temperatura de resfriamento do naftaleno a cada 30 seg (0,5 min.) até atingir
600C. Com o termômetro agite com cuidado o naftaleno fundido, até ficar sólido.
2- Quando a temperatura chegar a 600C pare de anotá-la. A experiência terminou.
3- Desmonte o equipamento e limpe o seu local de trabalho. Verifique se não há
vazamento de gás.

Obs: Nesta experiência não são gerados resíduos químicos, sólidos ou líquidos,
apenas CO2 e H2O na queima do gás usado no aquecimento do naftaleno.

CURVA DE AQUECIMENTO CURVA DE RESFRIAMENTO


Tempo Temp. Temp Temp. Tempo Temp. Tempo Temp.
(min.) (oC) o (oC) (min.) (oC) (min.) (oC)
(min.) 0,0 10,5
0,0 10,5 0,5 11,0
0,5 11,0 1,0 11,5
1,0 11,5 1,5 12,0
1,5 12,0 2,0 12,5
2,0 12,5 2,5 13,0
2,5 13,0 3,0 13,5
3,0 13,5 3,5 14,0
3,5 14,0 4,0 14,5
4,0 14,5 4,5 15,0
4,5 15,0 5,0 15,5
5,0 15,5 5,5 16,0
5,5 16,0 6,0 16,5
6,0 16,5 6,5 17,0
6,5 17,0 7,0 17,5
7,0 17,5 7,5 18,0
7,5 18,0 8,0 18,5
8,0 18,5 8,5 19,0
8,5 19,0 9,0 19,5
9,0 19,5 9,5 20,0
9,5 20,0 10,0 20,5
10,0 20,5

-Em uma mesma folha de papel milimetrado desenhe a curva de aquecimento e a de


resfriamento. Coloque no eixo das abscissas o tempo e no eixo das ordenadas os valores
das temperaturas. Faça o gráfico traçando linhas retas pelos pontos.
-O que indicam os patamares nas curvas que você desenhou?

-Que intervalo de temperatura ocorrem a fusão e a solidificação?

-Procure o ponto de fusão do naftaleno puro no Handbook of Chemistry and Phyisics e


compare com seu resultado.

IV. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

-SZOPOGANICZ, B. Experiências de Química Geral. Fundação do ensino de Engenharia, 2003,


p.175.
AULA PRÁTICA Nº 06

SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES DE UMA MISTURA PELO EMPREGO DAS


TÉCNICAS DE SUBLIMAÇÃO, FILTRAÇÃO E EVAPORAÇÃO.

I. OBJETIVOS

Separação de 3 componentes de uma mistura contendo: Naftaleno (C 10H8), sal de cozinha (NaCl)
e areia (SiO2).

II. PROCEDIMENTOS

A separação será feita de acordo com o esquema da Figura 1 na seguinte seqüência de etapas:

A) - Aquecimento da mistura para sublimação do naftaleno - (OBTENÇÃO DO


NAFTALENO).

B) – Dissolução do sal com água e evaporação da água para obtenção do NaCI (OBTENÇÃO
DO CLORETO DE SÓDIO).

C) – Recuperação da areia - (OBTENÇÃO DA AREIA).

Figura 1. Esquema da separação de uma mistura de naftaleno, NaCl e areia .


ETAPA A – Aquecimento da mistura para sublimação do naftaleno – BÉCKER 1 -
(OBTENÇÃO DO NAFTALENO)

(BÉQUER 1), e anotar o peso (1), na tabela fornecida a seguir. Obter do seu professor uma
amostra (mistura desconhecida), triturá-la bem em um almofariz e transferir aproximadamente 2
g da amostra para o béquer 1 previamente pesado. Anotar o peso do béquer com a amostra (2)
com precisão de 0,01 g. Calcular o peso exato da amostra (3) por subtração de (2) - (1).

2 - Colocar uma cápsula de porcelana, contendo gelo em seu interior, sobre o béquer que possui
a mistura, conforme Figura 2, cuidando para não cair água dentro do béquer.

Figura 2- Modelo do sistema para sublimação.

3 - Aquecer vagarosamente o béquer, com bico de Bunsen, aumentando a intensidade da chama


até que apareçam vapores no béquer, que serão condensados na cápsula de porcelana
devidamente resfriada pelo gelo. Após, aproximadamente 10 minutos, apagar a chama e remover
cuidadosamente a cápsula de porcelana.

Utilizar uma espátula para coletar o sólido sublimado, Naftaleno, depositado na cápsula de
porcelana, para um frasco especialmente designado para esse fim. Secar a cápsula de porcelana
e, se necessário, adicionar mais gelo; agitar o conteúdo do béquer com um bastão de vidro e
repetir o processo novamente para coletar mais sublimado.

4 - Deixar o béquer esfriar até a temperatura ambiente e pesá-lo com o restante do sólido (4).
Calcular o peso do naftaleno que sublimou (5) por subtração de (2) - (4). Coletar o naftaleno em
recipiente apropriado (OBTENÇÃO DO NAFTALENO).
ETAPA B - Dissolução do sal com água e evaporação da água para obtenção do NaCI.-
BÉQUER 2 - (OBTENÇÃO DO CLORETO DE SÓDIO).

5 - Adicionar ao béquer contendo o sólido, 25 mL de água destilada; aquecer e agitar por 5


minutos.

6 - Pesar um outro béquer de 150 mL limpo e seco com precisão de 0,01 g (BÉQUER 2) e
anotar o peso (6), na tabela fornecida a seguir

7 - Filtrar o conteúdo do béquer 1 utilizando funil comum com papel de filtro dobrado como
mostra a Figura 3, recolhendo o filtrado no béquer 2.

8 - Lavar o béquer 1 com 5-10 mL de água destilada, para que todo o sólido seja removido e
coletado no funil. Repetir o procedimento.

9 - Aquecer suavemente o béquer 2 com um bico de Bunsen. Controlar a chama para evitar
ebulição violenta. Conforme o volume diminuir, aparecerá NaCI (cloreto de sódio) sólido.
Depois de evaporar todo o líquido, esfriar o béquer à temperatura ambiente. Pesar o béquer 2
com sólido residual (7). Calcular o peso de NaCl recuperado (8) pela subtração de (7) - (6) -
(OBTENÇÃO DO CLORETO DE SÓDIO).

Para filtrações rápidas, é utilizado um funil de haste curta e papel de filtro dobrado duas vezes
(Figura 3).

Figura 3 – Dobra simples do papel de filtro

ETAPA C - Recuperação da areia. - BÉQUER 3 - (OBTENÇÃO DA AREIA).

10 - Pesar um terceiro béquer de 150 mL limpo e seco com precisão de 0,01 g (BÉQUER 3) e
anotar o peso (9), na tabela fornecida a seguir; transferir a areia do papel de filtro para este
béquer e aquecê-lo com o bico de Bunsen, cuidadosamente para a areia secar. Esperar esfriar a
temperatura ambiente, pesar o béquer + areia (10) e calcular o peso da areia (11) pela subtração
de (10) - (9) - (OBTENÇÃO DA AREIA).

Dados Experimentais Peso (g)


Etapa A – OBTENÇÃO DO NAFTALENO
(1) béquer vazio (béquer 1)
(2) béquer 1 com amostra usada
(3) = (2) – (1) peso da amostra usada
(4) béquer com areia e sal
(5) = (2) – (4) peso do naftaleno
ETAPA B – OBTENÇÃO DO CLORETO DE SÓDIO
(6) béquer vazio (béquer 2)
(7) béquer com NaCl
(8) – (7) – (6) peso do cloreto de sódio
ETAPA C – OBTENÇÃO DA ÁREIA
(9) béquer vazio (béquer 3)
(10) béquer com areia
(11) = (10) – (9) peso da areia

Cálculos a Serem Efetuados


a) - Calcule a % de cada componente recuperado da mistura.
b) - Calcule a % de rendimento do processo.

Exemplo:
Um estudante isolou os componentes de 1,132g de uma amostra desconhecida, obtendo:
0,170 g de naftaleno-------------------------- 15%
0,443 g de NaCI------------------------------- 39,1%
0,499 g de areia-------------------------------- 44,1%
1,112 g de sólido recuperado---------------- 98,2% (rendimento do processo)
III. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1- RUSSEL, J.B. Química Geral, trad. Márcia Guekezian, et al., 20 Ed., São Paulo,
Pearson Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1994.Vol. 1 e 2.
2 - BROWN, T.L., LeMAY Jr, H.E. e BURSTEN, B.E. Química- A Ciência Central,
trad. Horácio Macedo, 9ª. Ed., São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2005.
AULA PRÁTICA Nº 07

SOLUÇÕES LÍQUIDAS: TEORIA, CÁLCULOS E CUIDADOS

I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Uma solução pode ser definida como uma mistura homogênea de duas ou mais
substâncias. Ser homogênea, significa que as partículas das diferentes espécies apresentam
tamanho molecular com diâmetro inferior a 50Å e estão aleatóriamente distribuídas
(uniformidade). Concentração é a relação entre soluto e o solvente (ou a solução). Essas
relações podem ser expressas de diferentes maneiras:
- relação massa de soluto/massa total da solução em porcentagem m/m, conhecida por
msoluto
τ= ×100
TÍTULO (). (unidade, %): m solução
- relação massa do soluto/volume de solução em porcentagem m/v. (unidade, %):
m soluto
τ volume= ×100
V solução

- relação volume/volume em porcentagem v/v, entre dois líquidos. (unidade, %):


V líq1
%= ×100
V líq2

- relação quantidade de matéria (mol)/volume de solução. Relação muito usada pelos


químicos, chamada de CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE DE MATÉRIA ou simplesmente
CONCENTRAÇÃO (unidade, mol/L):
-
n soluto msoluto
M= =
V solução (litros ) MM soluto ×V solução (litros)

- relação quantidade de matéria (mol)/massa do solvente. Relação denominada


MOLALIDADE. Pelo fato de não aparecer o termo de volume, é uma relação que não
depende da temperatura (usada em determinações termodinâmicas). (unidade, mol/kg):
nsoluto m soluto
M= =
m solvente (kilos ) MM soluto ×msolvente (kilos )

II. OBJETIVOS: Preparar soluções ácidas e básicas de concentração aproximadamente 0,10


mol/L

III. MATERIAIS
-Hidróxido de sódio (P.A.); Ácido clorídrico concentrado (P.A.); ácido oxálico dihidratado
(P.A.); balança; 2x béquer de 100 mL; espátula; bastão de vidro; pipeta graduada de 2 ou 5
mL; pêra ou pipetador; pissete com água destilada; funil de vidro; balão volumétrico de 100
e 250 mL; frasco de polietileno (250 mL); frasco de vidro (250 mL); frasco de vidro (100
mL); e etiquetas

IV. PROCEDIMENTOS
A- Preparação de 250,0 mL de solução 0,10 mol /L NaOH
a- Calcular a massa de reagente necessária para preparar a solução, a partir das informações
disponíveis no rótulo do frasco de hidróxido de sódio.
b- Pesar a quantidade necessária de reagente em um béquer de 100 mL.
c- Adicionar ao béquer cerca de 50 mL de água destilada e com auxílio de um bastão de vidro
solubilizar o soluto. Esperar o estabelecimento do equilíbrio térmico com o ambiente.
d- Transferir a solução, com auxílio de um funil e um bastão de vidro, para um balão
volumétrico de 250 mL.
e- Lavar repetidas vezes, com água destilada, o béquer, o funil e o bastão de vidro, vertendo as
águas de lavagem (totalmente) para o balão volumétrico.
f- Adicionar água destilada ao balão volumétrico até que o menisco inferior do líquido
tangencie a marca de aferição do mesmo.
g- Tampar o balão, inverter o mesmo e agitar de modo a homogeneizar a solução.
h- Transferir a solução do balão para um frasco estoque de polietileno limpo e seco. Caso
necessário, antes rinse o frasco com pequenas quantidades da solução.
i- Rotular o frasco (nome da equipe, solução (concentração), data, turma e professor).

B-Preparação de 250,0 mL de solução 0,10 mol /L HCl


a- Calcular o volume de solução de ácido clorídrico concentrado necessário para preparar a
solução a partir das informações disponíveis no rótulo do frasco do ácido concentrado.
b- Adicionar cerca de 50 mL de água destilada em um béquer de 100 mL.
c- Medir o volume necessário de ácido concentrado, na capela, utilizando uma pipeta graduada
de 2 ou 5 mL e um pipetador/pera.
d- Transferir lentamente o ácido para o béquer, agitando a solução com auxilio de um bastão de
vidro. Esperar o estabelecimento do equilíbrio térmico com o ambiente.
e- Transferir a solução, com auxílio de um funil e um bastão de vidro, para um balão
volumétrico de 250 mL.
f- Lavar repetidas vezes, com água destilada, o béquer, o funil e o bastão de vidro, vertendo as
águas de lavagem para o balão volumétrico.
g- Adicionar água destilada ao balão volumétrico até que o menisco inferior do líquido
tangencie a marca de aferição do mesmo.
h- Tampar o balão, inverter e agitar o mesmo de modo a homogeneizar a solução.
i- Transferir a solução do balão para um frasco estoque de vidro limpo e seco. Caso necessário,
antes rinse o frasco com pequenas quantidades da solução.
j- Rotular o frasco.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BACCAN, N.; ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E.; BARONE, J. S. Química Analítica
Quantitativa Elementar. 3 Ed. São Paulo: Edgar Blucker, 2005.
AULA PRÁTICA Nº 08

REAÇÕES QUÍMICAS

As reações químicas são transformações de substâncias em outras, através de uma


redisposição dos átomos. As reações químicas são representadas por igualdades
chamadas de EQUAÇÕES QUÍMICAS, que são formas abreviadas de descrever as
transformações químicas e as condições em que ocorrem. A equação química possui dois
membros: no primeiro membro da equação são colocadas as fórmulas das substâncias ou
elementos (reagentes) e no segundo membro da equação as fórmulas das substâncias ou
elementos produzidos pela reação entre os reagentes (produtos). Uma seta, colocada
entre os dois membros da equação, índica que a reação é irreversível e duas setas opostas
indicam que a reação é reversível; essa seta dupla indica, também, que o sistema
encontra-se em um estado de equilíbrio, ou seja, as concentrações de reagentes e produtos
permanecem constantes sob determinada condição de temperatura e/ou pressão. As
equações químicas representam as reações químicas da maneira mais próxima possível da
realidade e, desse modo, devem conter muitas informações tais como: variações de
energia, meio em que se realizam, catalisadores etc.

A- Classificação das reações químicas em relação ao produto formado

Quatro tipos importantes de processos provocam a ocorrência de reações, quando os


reagentes se misturam em solução aquosa.

1o Tipo: Reações de Precipitação

Quando duas soluções são


misturadas e um sólido é formado, o
sólido é chamado de um precipitado.

Por exemplo, quando misturamos uma


solução de PbNO3 com iodeto de potássio KI
obtemos, ocorre a formação de um produto
amarelo, insolúvel. Esse produto insolúvel é
o iodeto de chumbo. O outro produto da
reação, KNO3, permanece em solução.

Equação geral:

Pb(NO3)2 (aq) + 2KI(aq)  PbI2(s) + 2KNO3(aq)


Equação Líquida: Pb2+(aq) + 2I-  PbI2(s) (sólido amarelo)

2o Tipo: Reações Ácido-Base

Uma reação entre um ácido e uma base são aquelas em que os íons H+ e OH- se
combinam formando água e sal.
Equação geral: HCl(aq) + NaOH(aq)  H2O(l) + NaCl(aq)

Equação líquida: H+(aq) + OH-(aq)  H2O(l)

3o Tipo: Reações com Despreendimento de Gás

As reações com despreendimento de gás são aquelas em que os reagentes se combinam em


solução para formar um produto de reação que se despreende na forma de gás. Como exemplos
mais comuns tem-se as reações envolvendo carbonatos de metais e ácidos, com formação de
ácido carbônico (H2CO3), como produto o qual, na maioria das vezes, se decompões em H2O e
CO2. O dióxido de carbono é o gás que se vê borbulhar durante a reação.

Equação geral
NiCO3 (s) + 2HNO3 (aq)  Ni(NO3)2 (aq) + H2CO3(aq)
H2CO3(aq)  CO2 (g) + H2O(l)

4o Tipo: Reações de Oxidação-Redução (Oxi-redução)

São reações químicas que envolvem TRANSFERÊNCIA DE ELÉTRONS.

Exemplo:

Equação geral: Zn(s) + 2HCl(aq) ® H2 (g)+ ZnCl2(aq)

Equação líquida: Zn(s) + 2H+(aq) ® Zn2+(aq) + H2(g).

A perda de elétrons por uma substância é denominada é chamada de oxidação.


O ganho de elétrons por uma substância é denominada de chamado de redução.
Quando um reagente perde elétrons, outro tem de ganhá-los, a oxidação de uma substância é
acompanhada pela redução da outra.

Tabela 1- Força motriz responsável pelas reações em solução aquosa


Tipo de reação Força motriz
Precipitação Formação de um composto insolúvel
Ácido-base: neutralização Formação de sal e água
Despreendimento de gás Evoluçao de gás, insolúvel em água, como o CO2
Oxidação-redução (redox Transferência de elétrons

Estes tipos de reações são em geral fáceis de serem reconhecidos: uma reação pode ter mais de
uma força motriz.
B- Classificação das reações quanto aos seguintes itens:
i) Liberação ou absorção de calor

As reações podem ser classificadas quanto a absorção ou liberação de calor em


Endotérmicas, quando ocorrem com absorção de calor do meio ambiente, e Exotérmicas, quando
liberam calor para o meio ambiente.
ii) Quanto à velocidade
As reações podem ser classificadas em rápidas ou instantâneas e lentas quando levam
horas, meses ou anos para ocorrer.

iii) Quanto a reversibilidade

As reações podem ser reversíveis, quando não se completam e podem ocorrer no sentido
inverso pela variação da concentração de reagentes e produtos, temperatura, etc. e irreversíveis,
quando ocorre completamente.

EXPERIMENTAL: OBSERVANDO REAÇÕES QUÍMICAS EM SOLUÇÕES


AQUOSAS ENTRE COMPOSTOS INORGANICOS

Tomar cerca de 14 tubos de ensaio, numerá-los, para efetuar cada uma das reações químicas
descritas a seguir. Observe todas as soluções dos reagentes desse experimento, contidas em
frascos conta-gotas colocadas sobre a bancada do laboratório. Leia com atenção o rótulo de cada
solução, antes de misturar os reagentes. Procure seguir as instruções abaixo anotando as
mudanças detalhadamente em seu caderno de laboratório. Para cada reação use 10 gotas de
solução, exceto quando houver outra especificação. Observe o que ocorre nas reações:
precipitação, mudança de coloração, desprendimento de gás, aquecimento, ou resfriamento do
tubo, etc.

1- Coloque em um tubo de ensaio, ácido clorídrico diluído + solução de nitrato de prata.


Observe.
2- Filtre a mistura obtida no item 1 pela utilização de um pequeno funil de vidro contendo papel
dobrado, sobre o tudo de ensaio no 2; após a filtração Deixe o sistema montado no mesmo local,
de modo que o resíduo obtido no papel de filtro (cloreto de prata) fique exposto a luz; depois de
algum tempo observe a mudança de sua coloração.

3- Coloque em um tubo de ensaio, solução de sulfato de cobre + solução de hidróxido de sódio.


Observe.
4-Coloque em um tubo de ensaio, 2 mL (40 gotas) de ácido clorídrico 4M + 2 mL (40 gotas) de
hidróxido de sódio.Observe
5- Coloque em um tubo de ensaio, aproximadamente 1 grama (uma ponta de espátula) de óxido
de cálcio (cal viva) e adicione água. Agite e espere decantar. Transfira o líquido sobrenadante
para outro tubo de ensaio. Adicione duas gotas de fenolftaleína.
6- Com auxílio de uma pinça metálica, queime um pedaço de magnésio metálico – CUIDADO;
AO QUEIMAR O Mg VOCE DEVE EVITAR OLHAR DIRETAMENTE PARA A CHAMA
BRILHANTE. Coloque o metal + o pó branco formado num tubo de ensaio e adicione algumas
gotas de água e, em seguida, duas gotas de fenolftaleína.
7- Coloque em um tubo de ensaio, um pedaço de zinco metálico e adicione aproximadamente 10
gotas de HCl concentrado, que está na capela.
8- Coloque em um tubo de ensaio aproximadamente 40 gotas de solução de nitrato de prata e
mergulhe um fio de cobre bem fino enrolado ou em espiral. Observe.
9-Coloque em um tubo de ensaio, um pouco de bicarbonato de sódio solido e adicione gotas de
ácido clorídrico diluído. Observe.
10- Coloque em um tubo de ensaio, aproximadamente 10 gotas de solução de iodato de potássio
+ 10 gotas de solução de iodeto de potássio e uma gota de HCl diluído. Observe.
11- Coloque em um tubo de ensaio, aproximadamente 10 gotas de permanganato de potássio e 3
a 5 gotas de solução de ácido de sulfúrico diluído. Aqueça a mistura suavemente e acrescente
miligramas de oxalato de sódio solido. Agite e aqueça novamente, se necessário.

Escreva a equação química balanceada correspondente a cada reação. Escreva a equação


iônica quando for caso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J e CROUCH, S. R., Fundamentos de Química


Analítica, 8ª edição, Pioneira Thomson Learning, São Paulo, 2006.
2. BACCAN, N.; ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E.; BARONE, J. S. Química Analítica
Quantitativa Elementar. 3 Ed. São Paulo: Edgar Blucker, 2005.
3. HARRIS, DANIEL C., Análise Química Quantitativa, 6ª Edição, Ltc-Livros Técnicos E
Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro-Rj, 2005.
ANEXO

1-Uso do Bico de Bunsen


Para obter calor nas experiências em laboratório usa-se comumente um aparelho denominado
bico de Bunsen. Neste aparelho, cujo esquema aparece na Figura 1, a mistura gás-ar é queimada
no tubo, gerando uma chama que pode ser de combustão completa (azulada) ou incompleta
(amarelada).
Para acender o bico do gás, proceda da seguinte maneira:
a) Feche completamente a entrada de ar no bico;
b) Abra lentamente a válvula do gás e aproxime a chama de um fósforo lateralmente, obtendo
uma chama grande e luminosa, de cor amarela.
c) Abra vagarosamente a entrada de ar de modo que a chama fique completamente azul;
d) Caso a chama se apague ou haja combustão no interior do tubo, feche a entrada do gás e
reinicie as operações anteriores. O gás combustível é geralmente o gás de rua ou o G.L.P. (gás
liquefeito de petróleo). O comburente, via de regra, é o ar atmosférico.

Figura 1 – Bico de Bunsen

2-Cuidados e Técnicas de Pesagem


A balança é um dos instrumentos mais importantes do laboratório. É um instrumento delicado,
em sua maior parte importada e, por isso, de preço bastante elevado. Alguns tipos de balanças
nos dão resultados pouco precisos enquanto outros nos dão resultados mais rigorosos. Este
segundo tipo de balança dado seu grande emprego em química analítica, é chamada balança
analítica. As balanças analíticas geralmente pesam até décimo de milésimo, ou seja, até a quarta
casa decimal.

O processo de pesagem varia de acordo com o tipo de balança empregada, mas cuidados gerais
na técnica de determinação de massa são sempre os mesmos:
1. Conhecer previamente o modo de funcionamento do aparelho. Em caso de dúvida, consultar o
catálogo.
2. Verificar se a balança está nivelada observando através de um nível em forma de bolha. Para
nivelar a balança gira-se os pés localizados na parte frontal da mesma (depende da balança).
3. Retirar poeiras ou detritos do(s) prato(s) com pincel apropriado.
4. Verificar se as escalas da balança estão ajustadas, isto é, se as mesmas estão indicando zero
grama. Esta operação comumente é chamada zerar a balança
5. Nunca pesar substâncias corrosivas, voláteis ou higroscópicas em frascos abertos.
6. Nunca colocar material diretamente no prato. Devam ser utilizados recipientes adequados
(cadinho, becker, etc.) que devem estar limpos e secos.
7. O material a ser pesado deve estar a temperatura ambiente.
8. Pesar os objetos com as janelas laterais fechadas.
9. Não se deve pesar material cujo peso seja mais ou menos próximo da capacidade da balança.
10. Conserve a balança limpa. Se durante a operação partículas cair no prato, retirá-las
imediatamente.
11. A balança quando não está em uso deverá ser desligada.

Instruções para uso:

01. Nivelar a balança


02. Calibrar a balança de acordo com o roteiro do manual, mas geralmente devemos selecionar a
tecla “CAL” e seguir a instruções que irão aparecer no visor.
03. Colocar o objeto a ser pesado sobre o prato
04. Após a leitura, o objeto pesado e os pesos devem ser retirados.

2-Uso de pipetas

Consiste em um bastão de vidro estreito e oco que permite a medição ou transferência de volumes
precisos. Existem dois tipos de pipetas, as graduadas e as volumétricas.
As graduadas possuem escala e permitem a captação de volumes variados. Já as volumétricas possuem
um bulbo central e um aferidor acima do bulbo que permite a captação de um volume único
predeterminado sendo mais precisas que as graduadas.
Figura 2- pipetas graduadas e volumétricas

As pipetas graduadas possuem uma ou duas listras em suas extremidades superiores que permitem sua
divisão em parciais ou totais respectivamente. Nas pipetas parciais não se deve descartar a última gota
que fica na pipeta. Já nas pipetas totais a gota final deve ser descartada através de um sopro ou de
mecanismos do pipetador.
As graduações nas pipetas são variadas sendo apresentadas também na extremidade superior. O primeiro
número mostra o volume total da pipeta e os dois números seguintes referem-se à escala. Por exemplo: 5
in 1/10 significa que o volume total da pipeta é de 5mL e sua escala é de 0,1mL.

Figura 3 – Dispositivo usado para pipetar (pêra).

As pêras são de borracha e possuem três “bolinhas” que têm as letras “A”, “S” e “E”. A primeira serve
para retirar todo o ar da pêra antes desta ser acoplada à pipeta; a segunda serve para fazer o líquido subir e
a última para expulsar o líquido. Além disso, para expulsar a última gota, quando se está trabalhando com
pipetas totais, é só apertar o orifício na extremidade lateral da pêra (ao lado da “bolinha” E).

CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA USO CORRETO DAS PIPETAS


• Não pipetar com a boca. Utilizar sempre um dispositivo para a pipetagem;
• Utilizar pipetas íntegras, descartar as pipetas que apresentem pontas quebradas;
• Utilizar pipetas limpas e secas;
• Utilizar pipetas com volume total o mais próximo possível do volume a ser medido;
• Para medidas de soluções viscosas, evitar que o líquido ultrapasse muito a marca de medida,
limpar a parte externa da pipeta e lavar a mesma várias vezes na solução que irá receber o
material pipetado;
• Nas soluções incolores coloca-se o menisco inferior na marca de calibração enquanto que nas
soluções coradas o acerto se faz na parte superior do menisco (Figura 4);
• Os olhos devem estar posicionados na altura da leitura do menisco;
• Utilizar a pipeta sempre na posição vertical (tanto para aspirar como para desprezar o líquido);
• O fluxo do líquido deve ser contínuo.

Figura 4: Acerto do menisco. A: soluções incolores; B: soluções coradas


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