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Ponta Grossa
2022
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1. RUSSEL, J.B., Química Geral Vol I e II. São Paulo: Makron Books, 1994.
2. ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e
o meio ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2006.
3. SILVA, R. R.; BOCCHI, N.; ROCHA FILHO, R. C. Introdução a química
experimental. São Paulo: McGraw-Hill, 1990.
4. GIESBRECHT, E. Experiências de química: técnicas e conceitos básicos. São
Paulo: Ed. Moderna, 1982.
5. BRADY, J. & HUMISTON, G.E., Química Geral Vol. I e II. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 1986.
6. MAHAN, B., Química um Curso Universitário. 4ª ed. São Paulo: Ed. Edgard
Blücher Ltda., 1995.
7. BACCAN, N. ANDRADE, J.C., GODINHO, O.E.S. & BARONE, J. S. Química
Analítica Quantitativa Elementar. Campinas: Editora Edgard Blücher Ltda., 1985.
8. VOGEL, A.I. Química Analítica Quantitativa. Editora LTC, 1992.
9. Química Nova online, www.scielo.org
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Materiais de vidro
Tubo de ensaio Pipeta volumétrica
Béquer Funil de vidro
Erlenmeyer Funil separação
Kitassato Vidro de relógio
Balão de fundo chato Dessecador
Balão de fundo redondo Bastão de vidro
Balão volumétrico Cuba de vidro
Proveta Condensador
Bureta Coluna de fracionamento
Pipeta graduada Tubo de Thiele
Materiais de porcelana
Almofariz e pistilo Funil de Büchner
Cápsula de porcelana Cadinho
Materiais metálicos
Suporte universal Triângulo de porcelana
Garras Tripé
Pinças Bico de gás
Tela de amianto Espátula
Materiais diversos
Suporte para tubo de ensaio
Pinça de madeira
Pissete
Estufa
Mufla
Centrífuga
Balança
Termômetro
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INTRODUÇÃO
Algarismos Significativos
Todas as medidas de uma propriedade química estão sujeitas a uma
incerteza, chamada em geral erro, desvio ou imprecisão da medida. Quando um
medidor de pH digital indica um pH de 3,51, há uma incerteza no algarismo 1.
Por isso, os resultados das medidas devem ser expressos com o número mínimo
de algarismos necessários em notação científica sem que haja perda de
exatidão. Para tanto existem os algarismos significativos. Com exceção dos
zeros localizados à esquerda, todos os demais algarismos são significativos.
Deve-se escrever apenas (e deve escrever todos) os algarismos que
representem resultados reais de medidas. (CONSTANTINO et al, 2003)
Em geral, quando se lê a escala em qualquer instrumento, tenta-se
estimar o mais próximo do décimo da menor divisão que se lê na escala. Assim,
na bureta de 50 ml, que está graduada a 0,1 ml, lemos a posição do nível do
líquido procurando fazer a estimativa o mais próximo possível de 0,01 ml
(HARRIS, 2008). Por exemplo, o valor medido na bureta foi igual a 14,50 ml.
Trata-se de um número com 4 algarismos significativos e está corretamente
apresentado. Seria, porém, um erro grosseiro escrever esse resultado como
14,5001 ou ainda 14,5. Na tabela 1 a seguir são apresentados exemplo de
algarismos significativos em instrumentos usuais de laboratório (POSTMA et al,
2009).
Tabela 1. Imprecisões típicas de instrumentos
Instrumento Imprecisão típica
Balança analítica ± 0,0001 g
Cilindro graduado de 100 ml ± 0,2 ml
Cilindro graduado de 10 ml ± 0,1 ml
Bureta de 50 ml ± 0,02 ml
Pipeta de 25 ml ± 0,02 ml
Termômetro (10ºC a 110ºC, com graduação de 1ºC) ± 0,2 ºC
Precisão e Exatidão
Quando se analisam as propriedades de uma substância, geralmente
determina-se a exatidão (acurácia) e a precisão. A precisão é uma medida da
reprodutibilidade de um resultado, ou seja, quão próximas as medidas repetidas
estão uma das outras (concordância entre os resultados). A exatidão de uma
série de medições está relacionada a quão próximo o valor médio está do valor
real. O resultado de um experimento pode ser reprodutível, porém errado. Se um
erro for cometido na preparação de uma solução visando a uma titulação, pode-
se fazer uma série de titulações reprodutíveis em que os resultados serão
incorretos, pois a concentração do titulante não era a planejada. Neste caso,
haverá boa precisão, porém a exatidão será ruim. Um procedimento ideal é ao
mesmo tempo preciso e exato (HARRIS, 2008). A precisão pode ser expressa
pelo desvio médio que seria a média aritmética dos valores de desvio ():
= x - ͞x onde x é o valor medido e ͞x é a média de todos os valores.
Os valores de exatidão são expressos pelo erro relativo:
|valor obtido−valor aceito|
Erel = x100 Exatidão = 100 - Erel
valor aceito
Erros experimentais
As medições são, frequentemente, acompanhadas por dois tipos de
erros. Um erro sistemático é um erro que está presente em todas as medidas
repetidas de uma série. Um exemplo é o efeito da poeira no prato da balança,
que distorce o resultado obtido para a massa da amostra sempre na mesma
direção (a poeira faz com que cada amostra pareça mais pesada do que
realmente é). Os erros sistemáticos são muito difíceis de identificar.
Um erro aleatório é um erro que varia e pode ter média zero em um
conjunto de medidas. Um exemplo disso é o efeito das rajadas de ar através de
uma janela aberta, que pode mover o prato da balança aleatoriamente para cima
e para baixo, diminuindo ou aumentando o resultado da medida da massa.
Tenta-se diminuir ao máximo o erro aleatório por meio de muitas medições e
tomando a média dos resultados (ATKINS e JONES, 2006).
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Medidas de volumes
De um modo geral, para medidas aproximadas de volume de líquidos,
usam-se cilindros graduados ou provetas, enquanto que para medidas mais
precisas, usam-se pipetas, buretas e balões volumétricos que constituem o
chamado material volumétrico. Aparelhos volumétricos são calibrados pelo
fabricante e a temperatura padrão de calibração é de 20 ou 25ºC. A medida do
volume é feita comparando-se o nível do líquido com os traços marcados na
parede do recipiente. Importante: a leitura do nível para líquidos transparentes
deve ser feita na tangente do menisco, estando a linha de visão do operador
perpendicular à escala graduada como mostra a Figura 1 a seguir
(CONSTANTINO et al, 2003)
A unidade de volume é o litro (L). Esta é uma unidade derivada, tendo
as unidades de comprimento elevadas ao cubo (10 -3 m3), significando o volume
encerrado em 1 decímetro cúbico. O mililitro (mL), a mais comum das unidades
de volume em um laboratório químico, é igual a 10-3 L. O mililitro também pode
ser escrito como 1 cm3.
Figura 1: Medida correta do menisco: a parte inferior do menisco deve concordar com a escala
do material.
Medidas de massa
As medidas de massa são feitas com balanças, que geralmente são os
aparelhos de maior precisão em laboratórios químicos. A mais usual é a balança
eletrônica que dispõe de um sensor de pressão colocado sob o prato; a
informação elétrica fornecida pelo sensor é convertida eletronicamente para a
leitura direta do peso no mostrador digital (CONSTANTINO et al, 2003).
Alguns cuidados básicos para operação de uma balança incluem:
manter a balança limpa;
não colocar os reagentes diretamente sobre o prato da balança;
os objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e à temperatura
ambiente;
o operador não deve se apoiar na mesa em que a balança está colocada.
Os termos massa e peso são usualmente utilizados de forma trocada por
cientistas apesar de representarem conceitos diferentes. Massa é definida em
termos do padrão de quilograma em Paris (Bureau Internacional de Pesos e
10
Medidas). Peso é uma força caracterizada pela ação da gravidade sobre uma
massa (peso = massa x aceleração da gravidade). Em química, a preocupação
primária é com a massa, mas devido a que virtualmente todas as pesagens no
laboratório envolvem a comparação de uma massa desconhecida com uma
massa padrão, a operação chamada de pesagem é realmente uma medida de
massa. Esta dupla terminologia quase sempre causa problemas.
Através de medidas de massa e volume é possível determinar uma
propriedade física importante da matéria: a densidade normalmente definida pela
razão entre a massa específica e o volume.
PARTE EXPERIMENTAL
Materiais necessários
-bureta de 50 mL
-garra para bureta
-suporte universal
-pipeta volumétrica de 25 mL
-pipeta graduada de 10 mL
-pipetador
-cilindro graduado de 25 mL
-béquer de 50 mL
-erlenmeyer de 50 mL
-termômetro
-balão volumétrico de 25mL
Procedimento
Parte A
- Verifique se os erlenmeyers estão devidamente limpos e numere-os de 1 a 5.
- Pese estes frascos em uma balança e anote suas medidas. Utilize um papel
para segurar o material de vidro a fim de evitar alterações de peso.
- Encha a bureta com água destilada observando para que não haja bolhas de
ar. Se estas forem observadas, abra a torneira, deixando o fluxo de água arrastá-
las.
- Transfira 25 ml da água contida na bureta para o erlenmeyer 1.
- Utilizando a pipeta volumétrica transfira com auxílio de um pipetador, 25 ml de
água destilada para o erlenmeyer 2.
- Repita o procedimento para a pipeta graduada, béquer e cilindro graduado
transferindo a água destilada para o frasco 3, 4 e 5 respectivamente. Observe
que no caso da pipeta graduada a transferência é realizada em três etapas.
- Meça a temperatura ambiente e pese os erlenmeyers, anotando os valores.
Os dados coletados nesta etapa podem ser dispostos na forma de tabela
como mostrado abaixo:
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Parte B
- Complete o volume da bureta com água destilada.
- Preencha uma proveta até a marca de 25 ml (no próprio cilindro) tão exato
quanto possível.
- Leia e anote o volume marcado na bureta.
- Esvazie a proveta e repita o procedimento por mais quatro vezes.
- Repita o mesmo procedimento utilizando um béquer e balão volumétrico
BIBLIOGRAFIA
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
CONSTANTINO, M. G.; SILVA, G. V. J. da; DONATE, P. M.
Fundamentos de química experimental. São Paulo: EdUSP, 2003.
HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. 7ª ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2008.
POSTMA, J. M.; ROBERTS, J. L.; HOLLENBERG, J. L. Química no
laboratorio. 5ª ed. São Paulo: Manole, 2009.
SILVA, R. R.; BOCCHI, N.; ROCHA FILHO, R. C. Introdução a química
experimental. São Paulo: McGraw-Hill, 1990.
GIESBRECHT, E. Experiências de química: técnicas e conceitos
básicos. São Paulo: Ed. Moderna, 1982.
12
INTRODUÇÃO
Manuseio do Bico de Bunsen
Geralmente, o aquecimento em laboratório é feito utilizando-se
queimadores de gases combustíveis, sendo o mais simples deles o Bico de
Bunsen, (Figura 1). Outros tipos desses queimadores também são utilizados, o
bico de Becker e o bico de Tirril, os quais são uma modificação do bico de
Bunsen.
Basicamente, o bico de gás consiste em um tubo metálico que, em sua
base, apresenta um dispositivo para entrada de gás e outro dispositivo rotatório
que controla a entrada de ar. À medida que o gás sobe pelo tubo do queimador,
o ar é injetado através de orifícios situados um pouco a cima da base. A
quantidade de ar pode ser controlada girando-se o anel que fica sobre os
orifícios. O combustível usado em nossos laboratórios é o gás liquefeito de
petróleo. Quando o bico está em uso, o combustível mistura-se com o ar no
interior do tubo metálico e queima na sua extremidade superior.
A etapa inicial para acender um bico de gás é fechar a entrada de ar e
posicionar o queimador longe de objetos ou frascos ou substâncias inflamáveis.
A seguir, deve-se riscar o fósforo, abrir o gás e acender o queimador. A chama
obtida será grande, luminosa, amarela e não muito quente, devido ao
fornecimento insuficiente de oxigênio para a queima completa do combustível.
Essa chama é “fria” e inadequada ao uso, porque a mistura é pouco oxidante.
Para que uma chama mais quente seja obtida, deve-se deixar o ar entrar
gradualmente no sistema, até que sua coloração se torne azulada, a qual é
denominada chama não-luminosa. Uma chama não luminosa de Bunsen
consiste em três partes (Figura 2): um cone interno azul, compreendendo
principalmente gás não queimado, que é a região mais fria, chamada de zona
13
As reações analíticas podem ser efetuadas através de duas vias: via seca
e via úmida. A via seca utiliza a substância a ser estudada e os reativos
empregados no estado sólido.
Sólidos inorgânicos típicos são compostos iônicos, o que faz com que, em
solução, existam dois tipos de íons provenientes da dissociação do composto:
um cátion e um ânion. A identificação de cátions e ânions através da análise
qualitativa envolve, geralmente, uma reação com formação de um produto
facilmente perceptível aos nossos sentidos (formação de precipitado, liberação
de gases, etc). Entretanto, alguns cátions, entre eles os cátions dos metais
alcalinos, sódio e potássio, formam compostos normalmente muito solúveis, o
que dificulta a detecção desses íons em solução por meio de reações de
precipitação.
Um dos métodos de identificação dos metais alcalinos, comumente usado
em laboratório, consiste no teste de chama. Neste teste, amostras contendo sais
destes elementos são levadas à chama de um bico de Bunsen ou lâmpada a
álcool (fonte de energia), sobre um fio de platina. Inicialmente, há evaporação do
solvente, deixando um resíduo sólido. Em seguida, há evaporação do sólido,
com dissociação em seus átomos componentes que, inicialmente, estarão no
estado fundamental. Alguns átomos podem ser excitados pela energia térmica
da chama a níveis de energia mais elevados, isto é, elétrons dos íons são
promovidos de níveis energéticos mais baixos para níveis energéticos mais altos
14
Quando um elétron faz uma transição, uma mudança de estado, ele muda
de um nível de energia para outro, e a diferença de energia, E = E2 – E1, é
emitida como um fóton. Como a energia do fóton é h, onde h é a constante de
Planck e é a freqüência (a qual é inversamente proporcional ao comprimento
de onda, ).
Uma das mais importantes propriedades dos elétrons é que suas energias
são "quantizadas", isto é, um elétron ocupa sempre um nível energético bem
definido e não um valor qualquer de energia. Se, no entanto um elétron for
submetido a uma fonte de energia adequada (calor, luz, etc.), pode sofrer uma
mudança de um nível mais baixo para outro de energia mais alto (excitação). O
estado excitado é um estado metal-estável (de curtíssima duração) e, portanto,
o elétron retorna imediatamente ao seu estado fundamental. A energia ganha
durante a excitação é então emitida na forma de radiação visível do espectro
eletromagnético que o olho humano é capaz de detectar. Como o elemento emite
uma radiação característica, ela pode ser usada como método analítico. Na
Tabela 1 estão mostrados os comprimentos de onda aproximados das cores na
região do visível do espectro eletromagnético.
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Bico de Bunsen
Suporte para fio
Fio de platina ou clipe
Vidro de relógio
Béqueres de 100 mL
Reagentes:
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Teste de chama
PERIGO: Ácido clorídrico tem um forte efeito corrosivo na pele e em mucosas
em geral. Os gases desprendidos, se inalados, podem afetar a mucosa nasal e
os pulmões. Em caso de contato externo (inclusive os olhos), lave a região
atingida com água em abundância.
laranja vermelho
UV violeta azul verde amarelo
IV
Questões
Referências Bibliográficas
VOGEL, A.I. Química Analítica Quantitativa. São Paulo, Editora Mestre Jou,
1981, p 153-161 e 429-432.
SILVA, R.R; BOCCHI, N; ROCHA FILHO, R.C. Introdução à Química
Experimental. São Paulo, McGraw-Hill, 1990, p. 118-126.
GIESBRECHT, E. (coord.), Experiências de Química: Técnicas e Conceitos
Básicos, PEQ – Projetos de Ensino de Química, São Paulo, Ed. Moderna, 1982,
p. 15-16 e 212-216.
FERNANDES, J. Química Analítica Qualitativa, São Paulo, Hermus Editora,
1982, p. 141-142.
VAITSMAN, D.S.; BITTENCOUT, O.A., PINTO, A.A. Análise Química
Quantitativa. Rio de Janeiro, Editora Campus, 1981, p. 203-205
MOTHEO A.J., Roteiros de Aulas Práticas – Laboratório de Química Geral I,
USP – São Paulo.
RUSSEL, J. B. "Química Geral" Ed. Mc Graw-Hill do Brasil Ltda., São Paulo,
1982.
Disponível em www.qmc.ufsc.br, acessado em 18 de Março de 2011.
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INTRODUÇÃO
Misturas
Geralmente, os materiais não são formados nem de elementos, nem de
compostos puros; portanto, não são “substâncias”, são misturas.
As misturas podem ser:
- Homogêneas: as moléculas ou íons que compõem a mistura estão tão bem
dispersos que a composição é a mesma em toda a extensão da amostra,
independentemente do seu tamanho. Por exemplo, a água e o açúcar, onde as
moléculas de açúcar estão tão bem misturadas com a água que não podem ser
identificadas regiões ou partículas separadas. As misturas homogêneas também
são chamadas de soluções.
- Heterogênas: a olho nu ou utilizando um microscópio, é possível reconhecer
diferentes componentes da mistura. Por exemplo, o leite, a olho nu
aparentemente parece homogêneo, no entanto, utilizando-se um microscópio, é
possível observar glóbulos da gordura do leite flutuando em um líquido que é
principalmente água (ATKINS e JONES, 2006).
No caso de haver uma mistura contendo duas substâncias (ambas em
quantidades consideráveis), o ato de separar uma substância da outra chama-
se separação de misturas (CONSTANTINO et al, 2003).
Em um laboratório, várias técnicas podem ser utilizadas para fazer a
separação de misturas. Dependendo do tipo de mistura, haverá uma técnica
apropriada:
- Filtração simples: é utilizada para separar componentes de uma mistura
heterogênea sólido-líquido. Consiste em fazer a mistura passar por um elemento
filtrante (meio que contém orifícios muito pequenos). O líquido passa pelos
orifícios e o sólido fica retido. O meio filtrante mais conhecido é o papel de filtro,
geralmente fabricado em forma circular.
Os papéis de filtro podem ser dobrados de duas formas distintas. A
Figura 1, e a Figura 2 apresentam, respectivamente, as duas formas de dobrar
o papel de filtro para efetuar uma filtração simples (CONSTANTINO et al, 2003).
(A) (B)
Figura 5: Aparelhagem para realização de (A) destilação simples e (B) destilação fracionada.
PARTE EXPERIMENTAL
Materiais necessários
-pipetas graduadas de 10 ml
-pipetador
-condensador
-centrifuga
-tela de amianto
-suporte universal
-garras
-manta aquecedora
-kitasato
-béquer
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-funil analítico
-almofariz e pistilo
-trompa de vácuo
-argola
-termômetro
-papel de filtro
-funil de decantação
-funil de büchner
-espátula
-pérolas de vidro
-balão de destilação
-tripé de ferro
-proveta
-bastão de vidro
-erlenmeyer
-carbonato de cálcio
-sulfato de cobre pentahidratado
-álcool pigmentado
-enxofre
-clorofórmio
-solução 5% de iodo
-solução 5% de sulfato de cobre pentahidratado
-leite
-solução de ácido acético diluída
-solução de hidróxido de amônio 1:1
Procedimento
Funil de decantação
Destilação simples
- Monte o sistema apresentando na Figura 5 (A).
- Com um funil e uma proveta, coloque aproximadamente 10 mL de uma solução
de CuSO4 ∙ 5H2O no balão de fundo chato. Para evitar superaquecimento,
coloque dentro algumas pérolas de vidro.
- Abra, com cuidado, a entrada de água do condensador.
- Aqueça lentamente o balão, tomando o cuidado de anotar a temperatura no
início da ebulição bem como no término. Observe que, quando a solução atinge
o ponto de ebulição, a água passa para o estado gasoso e vai para o
condensador, onde volta ao estado líquido. Verifique, ainda, se, no final da
destilação, obtém-se mesmo o sulfato de cobre no balão e água destilada no
erlenmeyer.
Dissolução fracionada
- Misture cerca de 1,5 g de enxofre com 3,0 g de CuSO 4 ∙ 5H2O sólido num
almofariz.
- Triture com o pistilo até obter um pó bem fino. Coloque num béquer uma porção
da mistura pulverizada.
- Adicione água para dissolver o sulfato de cobre.
- Proceda uma filtração simples para a separação dos compostos.
Centrifugação
- Coloque, em um tubo de ensaio, 5,0 mL de leite (com o auxílio de uma pipeta)
e 5,0 mL de ácido acético diluído. Observe a precipitação da caseína do leite.
- Coloque o tubo numa centrífuga, juntamente com um segundo tubo contendo
igual quantidade de água (para equilibrar o conjunto).
- Centrifugue por 3 minutos. Retire os tubos de ensaio e anote as observações.
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Questões
1) Para que tipo de mistura devemos usar a filtração?
2) O que é uma filtração simples? E a vácuo? Quando se usa a filtração a vácuo?
3) Quando devemos utilizar o papel de filtro de dobra lisa? E o papel pregueado?
4) Por que deve-se lavar o precipitado com água gelada? Poderia ser usado
outro solvente? Qual? E a que temperatura?
5) Por que usou-se banho de gelo no final da precipitação?
6) Quando se usa a destilação simples? E a fracionada? Cite um exemplo para
cada uma.
7) Como se apresenta o iodo em solução aquosa? E em clorofórmio? Por quê?
Porque, após adicionar clorofórmio e agitar, esta solução fica quase incolor
enquanto o clorofórmio antes incolor, torna-se violeta?
BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
A dissolução de um sólido iônico envolve a separação dos íons
existentes no estado sólido. Quando um composto iônico se dissolve em água,
cada íon negativo está envolvido por moléculas de água, com as suas regiões
positivas apontando na direção do íon, e cada íon positivo está envolvido pelas
regiões negativas das várias moléculas de água (KOTZ e TREICHEL, 2002).
Solutos que produzem íons quando são dissolvidos em água são
chamados eletrólitos. Em soluções de eletrólitos fortes, todos os solutos
assumem a forma de íons separados, ao passo que soluções de eletrólitos fracos
consistem principalmente de moléculas dissolvidas e um número relativamente
pequeno de íons separados (MAHAN e MEYERS, 1995).
O cloreto de hidrogênio é um eletrólito forte e o cloreto de sódio também.
Quase todos os compostos iônicos solúveis são eletrólitos fortes. O ácido acético
é um eletrólito fraco: em água, nas concentrações normais, somente uma
pequena fração das moléculas de CH3COOH se separam em íons hidrogênio,
H+ e íons acetato, CH3CO2-. Uma das formas de distinguir entre eletrólitos fortes
e fracos é medir sua capacidade de conduzir eletricidade (ATKINS e JONES,
2006).
Muitos compostos iônicos se dissolvem muito pouco em água e outros
são essencialmente insolúveis. O Quadro 1 abaixo apresenta as diretrizes gerais
que ajudam a prever quando determinado composto é solúvel ou não em meio
aquoso (KOTZ e TREICHEL, 2002).
Quadro 1: Regras para prever a solubilidade de compostos iônicos
Compostos solúveis Exceções
Todos os sais de Na+, K+ e NH4+
Todos os sais de Cl-, Br- e I- Haletos de Ag+, Hg22+ e Pb2+
Compostos que contém F- Fluoretos de Mg2+, Ca2+, Sr2+, Ba2+,
Pb2+
Sais de nitrato, NO3-
clorato, ClO3-
perclorato, ClO4-
acetato, CH3CO2-
Sais de sulfato, SO42- Sulfatos de Ca2+, Sr2+, Ba2+, Pb2+
Compostos insolúveis Exceções
Todos os sais de carbonato, CO32-
fosfato, PO43-
Sais de NH4+ e cátions de metais
oxalato, C2O42-
alcalinos
cromato, CrO42-
sulfeto, S2-
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- Formação de precipitado
Em uma reação de precipitação, forma- se um produto sólido insolúvel
quando duas soluções eletrolíticas são misturadas. Um exemplo é a mistura de
cloreto de sódio e nitrato de prata. Quando as duas soluções se misturam em
água, forma-se imediatamente um precipitado branco de cloreto de prata (KOTZ
e TREICHEL, 2002).
AgNO3(aq) + NaCl(aq) AgCl(s) + NaNO3(aq)
- Formação de gases
Os exemplos mais comuns envolvem um carbonato metálico e um ácido.
O produto da reação de um carbonato metálico com um ácido é o ácido
carbônico, H2CO3, que se decompõe em H2O e CO2.
CaCO3(s) + 2H+(aq) Ca2+(aq) + CO2(g) + H2O
PARTE EXPERIMENTAL
Materiais necessários
- tubos de ensaio
- conta gotas
- NaOH 0,1 mol L-1
- Na2CO3 1 mol L-1
- H2SO4 0,5 mol L-1
- CuSO4 0,1 mol L-1
- Na2S 0,1 mol L-1
- CH3COOZn 1 mol L-1
Procedimento
Seis soluções aquosas numeradas serão distribuídas para cada equipe
e sem conhecer a ordem das mesmas.
As soluções serão:
- hidróxido de sódio 0,1 mol/L
- carbonato de sódio 1 mol/L
- ácido sulfúrico 0,5 mol/L
- sulfato de cobre (II) 0,1 mol/L
- sulfeto de sódio 0,1 mol/L
- acetato de zinco 1 mol/L
1 2 3 4 5 6
1 X
2 X
3 X
4 X
5 X
6 X
Questões
1) Definir reação química e citar algumas manifestações macroscópicas que
acompanham as transformações químicas.
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BIBLIOGRAFIA
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
BRADY, J. E.; RUSSELL, J. W.; HOLUM, J. R. Química- A matéria e
suas transformações. 3ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. Química e Reações Químicas. 4ª edição.
Rio de Janeiro: LTC, 2002.
MAHAN, B. M.; MYERS, R. J. Química um curso universitário. 4ª
edição. São Paulo: Edgard Blucher, 1995.
29
0,17 𝑚𝑜𝑙
𝑋𝑁𝑎𝐶𝑙 = 0,17 𝑚𝑜𝑙+13,9 𝑚𝑜𝑙 = 0,012 = 1,2 %
Diluição
O procedimento de diluição é muito utilizado no preparo de soluções
principalmente quando a massa do soluto a ser pesada é muito pequena, o que
conduz a erros na concentração da solução. Dessa forma, é preferível preparar
uma solução concentrada (conhecida também como solução estoque) e a partir
desta obter a solução da concentração desejada. O método consiste na
transferência de um determinado volume de uma solução concentrada para um
recipiente limpo e, então, diluído para um volume final desejado. É importante
ressaltar que o número de mols existente na solução antes da diluição
permanece o mesmo após a diluição. No entanto, a alteração do volume da
solução implica na alteração da concentração da mesma como mostra a Figura
1 abaixo (ATKINS e JONES, 2006).
31
Exemplo: Deseja-se preparar 250 mL de uma solução de NaOH 0,1 mol L-1 a
partir de uma solução estoque de 2,5 mol L-1. Qual o volume deve ser
pipetado?
𝐶𝑐𝑜𝑛𝑐 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐 = 𝐶𝑑𝑖𝑙 ∙ 𝑉𝑑𝑖𝑙
2 𝑚𝑜𝑙 𝐿 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐 = 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 ∙ 250 𝑚𝐿
−1
𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐 = 10 𝑚𝐿
PARTE EXPERIMENTAL
Materiais necessários
NaOH(s) Balões volumétrico 200 mL
HClconc Pipetador de borracha
Água destilada Espátulas
Béqueres de 100 ml Bastão de vidro
Procedimento
- Inicialmente, efetue os cálculos para determinar a massa do soluto ou volume da
solução concentrada para preparar 200 mL das seguintes soluções:
a) 0,1 mol L-1 NaOH c) 1 mol L-1 HCl
b) 0,3 mol L-1 NaOH d) 1,5 mol L-1 HCl
Cálculo da preparação de 100 mL de ácido clorídrico 0,1 mol L-1(d = 1,19 g mL-1)
0,1 mol – 1000 mL 1 mol HCl – 36,461g 37 g HCl – 100 g solução
x – 100 mL 0,01 mol – x 0,36461 g – x
x = 0,01 mol x = 0,36461g x = 0,9854 g
Questões
1) O que é a concentração de uma solução? Que erros podem ser cometidos durante
o preparo de uma solução que impliquem em uma concentração real diferente da
concentração suposta?
2) Um químico que estuda as propriedades de emulsões fotográficas precisa preparar
500,00 mL de 0,179 mol L-1 AgNO3. Que massa de nitrato de prata precisa ser
colocada em um balão volumétrico de 500 mL?
3) Dissolveu-se 0,094 g de CuSO4 ∙ 5H2O em água e diluiu-se a solução até a marca
em um balão de 500 mL. Uma alíquota de 2 mL dessa solução foi transferida para
outro balão de 500 ml e diluída. (a) Qual é a concentração em quantidade de matéria
do CuSO4 na solução final? (b) Para preparar essa solução diretamente, que massa
de CuSO4 ∙ 5H2O seria necessário?
4) A concentração de açúcar (glicose, C6H12O6) no sangue humano varia desde 80
mg/100 mL. Antes das refeições, até 120 mg/100 mL, após as refeições. Calcule a
molaridade da glicose no sangue antes e depois das refeições.
5) Um frasco de ácido sulfúrico concentrado está rotulado como 98%. (a) Qual a
concentração do ácido em mol L-1 sabendo que sua densidade é 1,8 g/mL. (b) Quantos
mililitros de reagente devem ser diluídos para preparar 1 L de uma solução de H2SO4
1 mol L-1?
6) Calcule a concentração em quantidade de matéria de (a) 24 L de oxigênio molecular
e 57,5 mL de hidrogênio molecular em 115 L de ar atmosférico, a 0 ºC e 1 atm; (b)
uma solução de etileno (C2H4) a 10% (V/V) em argônio, a 0 ºC e 1 atm.
7) Que massa de NaOH deve ser dissolvida para preparar 500 mL de uma solução a
0,05%?
33
BIBLIOGRAFIA
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
CONSTANTINO, M. G.; SILVA, G. V. J. da; DONATE, P. M. Fundamentos
de química experimental. São Paulo: EdUSP, 2003.
HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC,
2008.
34
Papéis indicadores de pH
Alguns dos indicadores relacionados na Tabela 1 podem ser misturados para
formar o denominado “indicador universal”, capaz de indicar, em um só teste, o pH
aproximado de uma solução. Pequena tiras de papel filtro são impregnadas com essa
mistura de indicadores e podem ser guardadas por longos períodos.
Quando deseja-se apenas determinar se uma solução é ácida ou básica
utiliza-se o papel de tornassol que é impregnado com apenas um indicador, logo ele
registra uma transição de cor em apenas um intervalo de pH (solução ácida =
vermelho; solução básica = azul) (VOGEL, 1981).
Determinação potenciométrica do pH
O método mais avançado e preciso para determinação de pH é fundamentado
na medição da força eletromotriz (fem = diferença de potenciais entre dois eletrodos)
de uma solução utilizando um eletrodo de vidro combinado (Figura 3). A diferença de
potencial elétrico surge basicamente da diferença de concentração de íons H + da
solução e do interior do eletrodo (VOGEL, 1981; ATKINS e JONES, 2006).
O medidor de pH é calibrado com soluções tampão de pH conhecidos e a fem
medida é automaticamente transformada no pH da solução, que pode ser, então, lido
no visor (ATKINS e JONES, 2006).
36
Eletrólito
Eletrodo de referência
Junção
Elemento sensor de pH
Figura 3. Representação de um eletrodo de vidro combinado empregado na determinação de pH.
PARTE EXPERIMENTAL
Materiais necessários
Violeta de metila NaCl 0,1 mol L-1
Alaranjado de metila CH3COONH4 0,1 mol L-1
Vermelho de metila NH4Cl 0,1 mol L-1
Azul de bromotimol NaOH 0,1 mol L-1
Vermelho de fenol NH4OH 0,1 mol L-1
Timolftaleína CH3COONa 0,1 mol L-1
Amarelo de alizarina Água destilada
Água destilada Bastão de vidro
HCl 6 mol L-1 Papel tornassol
NaOH 6 mol L-1 Papel indicador universal
HCl 0,1 mol L-1 Tubos de ensaio
CH3COOH 0,1 mol L-1 Béqueres
HNO3 0,1 mol L-1
Procedimento
Indicadores- transição de cor
- Colocar, em dois suportes de tubos de ensaio, 8 tubos de ensaio e numere os
tubos de cada suporte.
- Adicione aos mesmos 2 a 3 mL de água destilada.
- Para o primeiro suporte, adicione 1 gota de solução de HCl 6 mol L -1 para cada
tubo e, para o segundo suporte, 1 gota de solução de NaOH 6 mol L -1.
- Aos tubos 1, de cada suporte, adicione 4 gotas de fenolftaleína e observar as
cores.
- Repita o procedimento do item anterior com os demais indicadores: violeta de
metila, alaranjado de metila, vermelho de metila, azul de bromotimol, vermelho
de fenol, timolftaleína e amarelo de alizarina.
- Anote as observações.
37
Questões
1) Explicar a teoria geral de ação de indicadores ácido-base. Exemplificar com a
fórmula estrutural de dois indicadores.
2) Experimentalmente, qual deve ser a relação entre as concentrações das
formas dissociada e não dissociada para se perceber as alterações de cor dos
indicadores? Deduzir qual é o intervalo de viragem de um indicador.
3) Para o caso do indicador alaranjado de metila:
39
BIBLIOGRAFIA
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. 7ª ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2008.
VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa. São Paulo: Editora Mestre
Jou, 1981.
RUSSEL, J. B. Química Geral. 2ª ed. Vol. 2. São Paulo: Pearson Makron
Books, 1994.
40
INTRODUÇÃO
A titulação é uma técnica analítica, que tem como finalidade determinar a
concentração exata de uma solução, fazendo reagir uma solução de
concentração conhecida com a amostra cuja concentração se pretende
determinar. O reagente cuja concentração é conhecida é denominado titulante
e a substância que está sendo analisada é o titulado (CONSTANTINO, 2003;
VOGEL, 2002).
As soluções de concentração conhecida são chamadas soluções–padrão
e podem ser preparadas por dois processos diferentes, conforme se dispõe ou
não de uma substância primária ou padrão. Uma substância primária é aquela
que apresenta características como: um elevado grau de pureza, não
higroscópica (não absorver água do ar), estável, reagir nas proporções indicadas
pela equação química, ser bastante solúvel, ter elevada massa molar (VOGEL,
2002).
Quando se dispõem de uma substância primária pode preparar-se
diretamente a solução-padrão medindo com rigor a massa correspondente a
quantidade necessária e dissolvendo no volume de água necessário para obter
a concentração pretendida (HARRIS, 2008).
Muitos reagentes usados, como o HCl e o NaOH, não estão disponíveis
como padrões primários. No caso do HCl como este é um gás, soluções aquosas
concentradas costumam perder quantidades consideráveis de HCl, sendo a
concentração variável com o tempo. O NaOH é higroscópico e reage também
como o CO2 do ar formando carbonato. Desta forma, faz-se necessária a
padronização dessas substâncias, na qual se utiliza uma solução contendo
aproximadamente a concentração desejada para titular um padrão primário e
determinar a concentração do titulante. Essa solução padronizada com um
padrão primário é chamada padrão secundário (CONSTANTINO, 2003;
HARRIS, 2008).
A solução padrão ou padronizada é normalmente adicionada com a ajuda
de uma bureta, como mostra a figura 1. O volume exato em que a reação se
completa totalmente é chamado ponto de equivalência. O término da titulação é
detectado por meio de alguma modificação física produzida pela própria solução
padronizada, ou mais comumente, pela adição de um indicador, onde o mesmo
provoca uma mudança visual evidente (mudança de cor, por exemplo). O ponto
em que isto ocorre é chamado ponto final da titulação. Na prática, porém ocorrem
diferenças muito pequenas, a que chamamos erro da titulação. O indicador
escolhido deve ter seu ponto final próximo ao ponto de equivalência da titulação,
a fim de minimizar o erro da mesma (VOGEL, 2002).
41
Figura 3: Curvas de titulação de um ácido forte com uma base forte e intervalo de pH de alguns
indicadores: (a) Titulação de 50 mL de HCl 1,0x10-2 mol.L-1 com NaOH 1,0x10-2 mol.L-1. (b)
Titulação de 50 mL de HCl 1,0x10-1 mol.L-1 com NaOH 1,0x10-1 mol.L-1.
PARTE EXPERIMENTAL
Procedimento Experimental
QUESTÕES
1- Discorra sobre o que é e como deve ser feita uma titulação.
2- Para que são utilizados indicadores em titulações? Como é feita a
escolha do indicador usado em uma titulação?
3- O que é um padrão primário? E secundário? Porque o Na 2CO3 e
hidrogenoftalato de potássio podem ser utilizados como padrões
primários?
4- Compare os valores de concentração obtidos pela padronização com
os valores nominais iniciais, discuta o que contribuiu para que eles
fossem diferentes?
5- Quais são os possíveis erros que podem ser ocasionados durante uma
titulação?
6- Qual o melhor indicador para ser utilizado em uma titulação ácido forte-
base fraca? Explique.
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Figura 1: (A) Tubo de Thiele (ponto de fusão): (1) subida da glicerina quente; (2)
amostra aquecida no tubo capilar e (3) a glicerina resfria, retorna ao fundo do
tubo e recircula. (B) Método Siwoloboff (ponto de ebulição).
Forças Intermoleculares
A ebulição e fusão consistem na libertação das moléculas ou pares de
íons das forças de coesão que as mantêm ligadas no estado líquido. Isso
acontece quando se atinge a temperatura na qual a energia térmica das
partículas vence a ação das forças de coesão que mantêm no estado líquido.
Essas forças são denominadas forças intermoleculares.
Para líquidos e sólidos, as forças intermoleculares, responsáveis pela
agregação, são de importância crucial para a determinação das propriedades
físicas do conjunto de moléculas. Uma molécula isolada de água, por exemplo,
não congela nem ferve, mas um grupo delas sim, porque no processo de
congelamento as moléculas ficam juntas e durante a ebulição se separam.
Existem diversos tipos de interação entre as moléculas sendo as principais
49
Forças íon-dipolo
As interações íon-dipolo são resultados da interação entre o íon e as
cargas parciais das moléculas de solventes polares. No entanto, mesmo quando
a moléculas e íon estão muito próximas, as interações íon dipolo são muito mais
fracas do que a atração entre dois íons, pois a molécula polar tem somente
cargas parciais. Além disso, um íon atraído pela carga parcial de um lado da
molécula é repelido pela carga parcial oposta do outro lado. Este tipo de
interação é forte para íons pequenos com carga elevada. Como conseqüência,
os cátions pequenos com carga elevada formam, frequentemente, compostos
hidratados.
Um exemplo muito comum de interação íon-dipolo é a ligação de
moléculas de água a íons chamada de hidratação como mostrado na Figura 2
abaixo, que trata da dissolução do KCl (ATKINS e JONES, 2006).
Forças dipolo-dipolo
As moléculas polares participam de interações dipolo-dipolo, que
decorrem da atração entre as cargas parciais de suas moléculas. As moléculas
polares atraem umas às outras por interação entre as cargas parciais de seus
dipolos elétricos. As orientações relativas mostradas na Figura 3 abaixo resultam
em energia mais baixa .
Forças de London
As interações de London surgem da atração entre os dipolos elétricos
instantâneos de moléculas vizinhas e agem em todos os tipos de moléculas.
Neste tipo de interação, um momento de dipolo instantâneo em uma molécula
distorce a nuvem de elétrons de uma molécula vizinha e dá origem a um
momento de dipolo na segunda molécula: os dois dipolos se atraem. A energia
das interações de London depende da polarizabilidade (facilidade de
deformação das nuvens de elétrons), depende do número de elétrons e da forma
das moléculas. Moléculas polares também atraem moléculas não-polares
através de interações fracas dipolo-dipolo induzido. As interações de London são
“universais”, no sentido de que elas se aplicam a todas as moléculas,
independentemente da sua identidade química (ATKINS e JONES, 2006). Na
Figura 4 a seguir, tem-se um exemplo típico da formação de uma interação de
London para o oxigênio, que é uma molécula apolar.
Ligação de hidrogênio
Apesar do nome, a ligação de hidrogênio não é uma ligação covalente.
Ela é uma atração intermolecular, na qual um átomo de hidrogênio fica entre dois
átomos pequenos, fortemente eletronegativos, que tem pares isolados de
elétrons, principalmente N, O ou F. Comumente, uma das moléculas deve ter um
grupo O–H, N–H, ou H–F, que cede o átomo H, e, a outra, um átomo O, N ou F
que cede o par isolado de elétrons. A ligação de hidrogênio é tão forte – cerca
de 10% da energia de uma ligação covalente típica – que domina todos os
demais tipos de interação intermolecular podendo permanecer até mesmo no
vapor de algumas substâncias como, por exemplo, no fluoreto de hidrogênio
(ATKINS e JONES, 2006).
PARTE EXPERIMENTAL
Materiais necessários
Glicerina Rolha
Substância a ser analisada Termômetro
Anéis de borracha Ácido benzóico
Capilar Ácido acetilsalicílico
Tubo de Thiele Etanol
Bico de gás Acetona
Almofariz e pistilo Hexano
52
Procedimento
Preparação da amostra para determinação do ponto de fusão
A determinação de um ponto de fusão pelo método do tubo requer que
a amostra do sólido esteja bem seca e finamente dividida. Então, triture uma
pequena quantidade do composto cujo ponto de fusão será determinado no
almofariz. Macere bem as amostras (ácido benzóico e ácido acetilsalicílico).
Questões
1) Que forças intermoleculares devem ser superadas:
a) Fundir o gelo;
b) Fundir I2 sólido;
c) Remover a H2O de hidratação do MnCl2 4H2O;
d) Converter a NH3 líquida a NH3 vapor.
2) Os pontos de ebulição dos compostos iônicos são maiores ou menores
que dos compostos orgânicos? Exemplifique?
3) Como se comporta o ponto de ebulição com a redução da pressão?
4) Qual é a influência da presença de impurezas no ponto de fusão e
ebulição?
5) Preveja qual é o tipo de interação intermolecular presente em cada uma
das seguintes moléculas. Coloque em ordem crescente do ponto de
ebulição e explique porquê da ordem obtida.
HF
BENZENO ÁCIDO ACÉTICO ÁCIDO
FLUORÍDRICO
BIBLIOGRAFIA
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2006.
BRADY, J. E.; HUMISTON, G. E. Química Geral Vol. I. Rio de Janeiro:
Editora LTC, 1986.
GIESBRECHT, E. Experiências de química: técnicas e conceitos
básicos. São Paulo: Ed. Moderna, 1982.
GONÇALVES, D.; WAL, E.; ALMEIDA, R. R. Química Orgânica
Experimental. São Paulo: McGraw-Hill, 1988.
54
INTRODUÇÃO
O equilíbrio químico controla diversos fenômenos, desde a conformação
das proteínas até a ação da chuva ácida em minerais e as reações em meio
aquoso utilizadas em química. É o estado em que as velocidades direta e inversa
de todas as reações são iguais, de modo que as concentrações de todas as
espécies permanecem constantes (HARRIS, 2008).
Equilíbrios químicos são sempre dinâmicos. Quando se diz que um
sistema atingiu o equilíbrio, não se quer sugerir que toda transformação foi
interrompida ou completada. Ao invés disso, as reações direta e inversa
continuam, e elas ocorrem com velocidades iguais como mostra a Figura 1.
Constante de equilíbrio
O valor da constante de equilíbrio revela se devemos esperar uma
concentração alta ou baixa dos produtos em equilíbrio. A constante também
permite predizer a direção espontânea da reação em uma mistura de qualquer
composição. A expressão da constante de equilíbrio é escrita como:
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çõ𝑒𝑠 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠
K=
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çõ𝑒𝑠 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
em que as concentrações molares são elevadas a uma potência igual ao
coeficiente estequiométrico das espécies na equação química. Por exemplo,
para reação de síntese da amônia a constante de equilíbrio é:
[𝑁𝐻3 ]²
𝑁2 + 3𝐻2 2𝑁𝐻3 K=
[𝑁2 ][𝐻2 ]³
Princípio de Le Châtelier
Como os equilíbrios são dinâmicos, eles respondem a mudanças das
condições em que as reações ocorrem. Henry Le Chatelier, químico francês,
enunciou o princípio geral do deslocamento de equilíbrios químicos. Quando um
sistema em equilíbrio é submetido a um processo que perturba o sistema, o
princípio de Le Chatelier estabelece que o sentido que o sistema avança de volta
para o equilíbrio é aquele que permite reduzir ao mínimo o efeito da perturbação
(ATKINS e JONES, 2006; HARRIS, 2008), ou seja, quando uma força atua sobre
56
PARTE EXPERIMENTAL
Materiais necessários
- tubos de ensaio
- espátula
- pipetas
- conta gotas
- proveta de 50 mL
- K2CrO4 a 1 %
- K2Cr2O7 a 0,5 %
- FeCl3 0,05 %
- NaOH a 0,5 %
- HCl a 5 %
- NH4Cl sólido
- NH4SCN 0,005 mol L-1
57
Procedimento
Parte A
- Em uma proveta de 50 mL, adicione 1 mL de solução de FeCl3, 1 mL de solução
de NH4SCN e 38 mL de água. Agitar. Anotar as observações e a reação
envolvida.
- Numere 4 tubos de ensaio colocando em cada tubo 10 mL da solução da
proveta reservando o tubo 4 para comparação.
- Ao tubo 1 adicione 2 mL de solução de FeCl3. Agitar. Anote as observações,
comparando a coloração obtida com a coloração da solução do tubo 4.
- Ao tubo 2, adicionar NH4SCN sólido. Agitar. Compare com a cor da solução do
tubo 4. Anote as observações.
- Ao tubo 3, adicione uma ponta de espátula de NH4Cl solido. Agite e compare a
coloração obtida com o tubo 4. Anote as observações.
Parte B
- Numere 4 tubos de ensaio.
- Nos tubos 1 e 2 coloque solução de K2CrO4 até 1/3 do seu volume e aos tubos
3 e 4, adicione quantidade semelhante de K2Cr2O7.
- Ao tubo 1 adicione cerca de 3 mL de solução de HCl e agite. Compare agora
com a coloração da solução do tubo 2. Anote as observações.
- Ao tubo 3 adicione 3 mL de solução de NaOH. Agite e compare a cor obtida
com a da solução do tubo 4. Anote as observações.
BIBLIOGRAFIA
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
GIESBRECHT, E. Experiências de Química: técnicas e conceitos
básicos. São Paulo: Ed. Moderna, 1982.
HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. 7ª ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2008.
OLIVEIRA, É. A., Aulas Práticas de Química. 2ª ed. São Paulo: Ed.
Moderna, 1986.
PIMENTEL, G.C.; SPRATLEY, R.D., Química: um Tratamento
Moderno. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 1974.
58
Ka = [H+] [CH3COO-]
[H3COOH]
[H+] = Ka [H3COOH]
[CH3COO-]
pH = p Ka + log [CH3COO-]
[H3COOH]
MATERIAIS NECESSARIOS
CH3COOH 1mol L-1
NaCH3COO 1mol L-1
HCl 1mol L-1
NaOH 1mol L-1
Balão volumétrico
Papel indicador ou pHmetro
Béquer
60
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
I – Preparação das Soluções Tampões
Prepare 200 mL de cada uma das seguintes soluções tampão acetato/ácido
acético e usando a equação de Henderson-Hasselbalch, calcule o pH esperado
para cada uma delas:
a) 0,002 mol L-1 de NaCH3COO e 0,588 mol L-1 de CH3COOH
b) 0,020 mol L-1 de NaCH3COO 0,580 mol L-1 de CH3COOH
c) 0,100 mol L-1 de NaCH3COO e 0,500 mol L-1 de CH3COOH
d) 0,300 mol L-1 de NaCH3COO e 0,300 mol L-1 de CH3COOH
e) 0,500 mol L-1 de NaCH3COO e 0,100 mol L-1 de CH3COOH
f) 0,580 mol L-1 de NaCH3COO e 0,020 mol L-1 de CH3COOH
Utilizando o pHmetro ou papel indicador determine o pH de cada uma das
soluções.
QUESTÕES
1) Como a concentração de um tampão afeta a sua capacidade tamponante?
2) Escreva as equações para mostrar como um tampão constituído por NH 3+
NH4Cl resiste a mudanças no pH quando da adição de um ácido e de uma
base.
3) Mostre que a ação dos tampões é uma aplicação direta do princípio de Le
Chatelier.
4) Um tampão mantém constante o pH de um meio indefinidamente?
5) Qual é o princípio da ‘‘ação tamponante’’ de uma solução tampão?
6) Calcular a relação entre a concentração de sal e base para preparar 100mL
de solução tampão de pH 5,0 a partir de CH3COOH e NaCH3COO
BIBLIOGRAFIA
Vogel, A.; Química Analítica Qualitativa, Editora Mestre Jou, São Paulo (1981)
p. 60.
Atkins, P. W.; Jones, L.; Princípios de Química: questionando a vida moderna e
o meio ambiente, Bookman, Porto Alegre (2001). p. 560-565
Russel, J. B.; Química Geral, Editora McGrawHill, São Paulo (1982). p.521.
62
C12H22O11(s) C12H22O11(aq)
Parte experimental:
Materiais e reagentes necessários
Na3PO4 0,2 molL-1 AgNO3 0,4 molL-1
NaCl 0,2 molL-1 NaC2H3O2 0,4 molL-1
Na2S 0,2 molL-1 HC2H3O2 0,2 molL-1
AgNO3 0,2 molL-1 Água destilada
NH4OH 1 molL-1 MgSO4 0,2 molL-1
BaCl2 0,1 mol/L HCl 0,5 molL-1
Na2CO3 0,1 molL-1 Membrana semipermeável
NH4Cl 2 molL-1 NaCH3COO
2. Efeito da concentração
2.1. Em um tubo de ensaio adicionar 4 gotas de AgNO 3 0,4 molL-1e 4 gotas de
NaC2H3O2 0,4 molL-1.
66
Questões
1. A solubilidade de ZnS é 3,5 x 10 -12 molL-1 a 25º C. Calcule o valor de Kps
para ZnS nessa temperatura.
2. A solubilidade do cloreto de chumbo é 1,6 x 10 -2 molL-1 a 25º C. Qual o
valor de Kps para PbCl2 nessa temperatura?
3. O valor do produto de solubilidade do cloreto de chumbo, PbCl 2 , é 1,6 x
10-5 (a 25º C).São misturados 5,0 mL de 0,02 molL-1 de Pb(NO3)2 com 25
ml de 0,01 molL-1 de HCl. Ocorrerá precipitação do PbCl2 ? Assuma que
não ocorra supersaturação.
4. Calcular a solubilidade em água (mol/L e g/100gr) dos sais AgCl, Ag3PO4
e Ag2S. Esses valores são influenciados pela temperatura?
5. Qual é a solubilidade molar aproximada de carbonato de cálcio em
CaCl2(aq) 0,20 molL-1 ?
6. O Celobar é uma suspensão aquosa de sulfato de bário de concentração
1 g/mL e a dosagem recomendada para adultos é de 30 mL.
Considerando as baixas solubilidades, em condições normais essa
dosagem não seria suficiente para atingir a dose mínima letal de 2 a 3 mg
de bário por quilo de tecido, mas em 2003, 23 pessoas morreram
intoxicadas devido a composição adulterada do Celobar. Baseado na
terceira parte do experimento identifique por que a contaminção do
Celobar com o carbonato de bário provocou a morte de um número
significativo de pessoas?
Referências
1. ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna
e o meio ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
2. Russell, J. B. Química geral. 2ª edição, volume 2. São Paulo: Makron Books,
1994.
3. Mahan, B. H. Química: Um curso universitário, 2ª edição. São Paulo: Edgard
Blücher LTDA, 1976
4. Sene, J. J.; et al. Química Nova na Escola, nº 24, p. 43-45, 2006.
67
Série eletroquímica
Quando os pares redox são ordenados segundo os potenciais padrão,
tem-se uma lista de agentes oxidantes e redutores ordenados de acordo com a
sua reatividade. Quanto mais negativo for o potencial padrão de um par, maior
será sua força como redutor. Quanto mais reativo é um elemento, menos nobre
ele é. Quanto mais nobre o elemento, menor sua reatividade.
Li, K, Rb, Cs, Ba, Sr, Ca, Na, Mg, Al, Mn, Fe, Co, Ni, Pb, H, Cu, Ag, Pd,
Pt, Au
Células galvânicas
Em geral, uma célula eletroquímica é um dispositivo em que uma
corrente elétrica – o fluxo de elétrons através do circuito – é produzida por uma
reação química espontânea ou é usada para forçar a ocorrência de uma reação
não-espontânea. Uma célula galvânica é uma célula eletroquímica em que uma
reação química espontânea é usada para gerar uma corrente elétrica. Dessa
forma, uma reação química espontânea retira elétrons da célula através do
catodo, o sítio de redução, e os libera no anodo, o sítio de
oxidação.Tecnicamente, uma “bateria” é uma coleção de células galvânicas
unidas em série. Na Figura 1 abaixo tem-se uma representação esquemática de
célula galvânica.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Materiais necessários
Cobre metálico
Ferro metálico
Alumínio
Zinco metálico
Magnésio metálico
Sódio metálico
Ácido clorídrico 2 molL-1
Ácido nítrico 50%
Sulfato de cobre
Solução de fenolftaleína
Sulfato de cobre 0,01 molL-1
Sulfato de zinco 5%
Solução de K3 [Fe(CN)6] 0,1 mol L-1
Ágar-ágar
Tubos de ensaio
Béqueres
Lixa
Placas de Petri
Pipetas
Bico de Bunsen
Cuba de vidro
70
Procedimento
1 – Reação de metais com água
Lixar pedaços de cobre, zinco, alumínio, ferro e magnésio até que
apresentem aspecto brilhante. Evite manipulá-los com as mãos.
A seguir, colocar os pedaços de metais em cinco tubos de ensaio e cobrir
com água. Observar as modificações que ocorrem na solução e no metal
analisado.
Em uma cuba de vidro, preencher com água até sua metade e adicionar
algumas gotas de fenolftaleína. Cortar com auxílio de uma espátula um pequeno
pedaço de sódio metálico e coloque-o na cuba. Anotar as observações e
escrever as respectivas reações. Estabeleça uma ordem crescente de
reatividade.
5 – Corrosão do ferro
Pesar 0,5 g de ágar-ágar e dissolver em 50 mL de água. Aquecer até
dissolvê-lo completamente. Acrescentar a solução de ágar-ágar 3 gotas de
ferricianeto de potássio 0,1 molL-1 e 2 gotas de fenolftaleína. Misturar bem.
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REFERÊNCIAS
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moderna e o meio ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. 7ª ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2008.
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básicos. São Paulo: Ed. Moderna, 1982.
RUSSEL, J.B., Química Geral Vol I e II. São Paulo: Makron Books,
1994.
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Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1986.
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