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Roteiros de Química Prática

Versão 2023-1

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca –


CEFET/RJ

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Como fazer um relatório segundo a norma ABNT

Este é um resumo de como pode se fazer um relatório, segundo a norma


ABNT.

A estrutura é dada da seguinte forma, seguindo a ordem abaixo:

1. Pré-texto
No Pré texto deve-se conter capa, resumo e sumário

1.1. Capa

Na capa devem ser apresentadas informações claras sobre o documento,


tais como autoria, título, data. Exemplo:

1.2. Resumo

O resumo é um texto de no máximo 500 palavras, independente do


tamanho do relatório, que resume os pontos mais importantes do trabalho. O
ideal é escrevê-lo após o relatório concluído.

1.3. Sumário

O sumário é onde serão apresentados todos os títulos apresentados no


relatório, com o número da página de cada um, para facilitar a leitura, incluindo
a página que se encontra o resumo.

2. Texto
O texto é dividido em introdução, desenvolvimento e conclusão.
LEMBRETE: Não esquecer de numerar as páginas do texto conforme
identificado no sumário.

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2.1. Introdução

Na introdução deve apresentar um pouco da teoria já existente e as


informações devem ser referenciadas. Devem ser apresentados os objetivos e
razões para quais o relatório foi elaborado. É diferente do resumo. Devem ser
apresentados também os fatores que motivaram a execução do trabalho e as
informações das intenções do trabalho prático devem ser claras.

2.2. Desenvolvimento

O desenvolvimento é a parte muito importante do trabalho, o trabalho deve


ser totalmente descrito e todas as etapas devem ser esclarecidas para uma
possível repetição, caso o leitor dejege executá-la. Para escrever essa parte
deve ser usada a primeira pessoa do plural ou terceira do singular, com sujeito
oculto ou desinencial.

É importante dividir o desenvolvimento em: procedimento experimental e


resultados

Procedimento experimental é como foi realizado a prática, caso alguma pessoa


queira refazer. Pode ser dividido em materiais utilizados e métodos.

Resultados deve se colocar o que foi obtido na prática e comparado com um


resultado teórico se alguém já realizou. Os resultados devem ser explicados o
porque da obtenção e discutidos. Se houver reação envolvida, recomenda-se
explicar com base nas reações. Ideal que o resultado teórico seja referenciado
também.

2.3. Conclusão e Recomendações

As conclusões e recomendações devem apresentar as deduções que


foram obtidas tendo em vista o trabalho prático e seu desenvolvimento. As
recomendações são fatos em forma de recomendações que devem ser usadas
no futuro de acordo com o que foi encontrado no trabalho.

3. Pós-texto
O pós texto pode conter os anexos, quando houver e as referências
bibliográficas

3.1. Anexos

Os anexos não são itens obrigatórios de configurar no trabalho. Só é


necessário no caso de serem apresentadas tabelas, desenhos ou esquemas que
se repetem como que já foi colocado no texto. O ideal é que eles sejam
apresentados ao longo do texto na sequencia que se fala sobre eles. Ou quando
é uma informação que o leitor tem curiosidade de saber mais. Ou em caso de
aparecer questionários durante o relatório esse é o momento de colocar as
respostas para tal.

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3.2. Referências Bibliográficas

As referências bibliográficas é o momento em que se mostra de onde foi


tirado cada item do estudo, sites, livros e outros. Devem ser referenciadas no
texto. Uma série de regras deve ser seguida para apresentar os itens. Sendo
sempre apresentados em ordem alfabética. Como exemplo, para livros se
apresenta:

SOBRENOME, Nome. SOBRENOME DO OUTRO AUTOR, Nome. Título da


obra. Cidade. Editora. Título da edição.

Para sites usa-se:

TÍTULO da matéria. Nome do site, ano. Disponível em: <URL>. Acesso em: dia,
mês e ano.

4. Recomendações para elaboração do relatório

• Papel no formato A4;


• Usar papel branco;
• Como fonte usa-se Arial de tamanho 10;
• Figuras e Tabelas devem apresentar o título abaixo e sobre as mesmas,
respectivamente. Assim como em caso de citações que forem retiradas
diretamente de uma obra, deve ser sinalizado imediatamente após a
referência desta citação.

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1ª Prática: Normas e procedimentos dentro do laboratório/apresentação de
vidrarias

As aulas práticas de Química são um complemento as aulas teóricas. No


laboratório os alunos poderão comprovar os fenômenos químicos abordados nos
conceitos da química, através da realização de experimentos.

O laboratório de Química é um ambiente perigoso que requer muita atenção.


Devem ser obedecidas as seguintes regras básicas de comportamento, atenção,
bem como saber utilizar os materiais com segurança.

• Siga rigorosamente as instruções de seu professor.


• Chegue ao laboratório no horário correto para aula para que toda a aula
seja aproveitada.
• Guarde a mochila embaixo das bancadas com cuidado. Na bancada
somente o roteiro da aula e caneta. Evite debruçar na bancada ou
esfregar a mão. Pode ter produtos químicos na bancada imperceptíveis.
• O laboratório não é um local para brincadeiras, é um local com muitas
vidrarias e reagentes que requer muita atenção e cuidado.
• No laboratório não é permitido comer ou beber.
• No laboratório o aluno deve usar calças compridas, tênis ou sapatos
fechados e, os alunos com cabelos compridos, devem estar com eles
presos. São medidas de segurança.
• No laboratório deve ser utilizado EPI (equipamento de proteção individual)
adequado: jaleco, óculos de segurança e luva.
• EPC (equipamento de proteção coletiva) como: extintor de incêndio,
chuveiro e lava-olhos devem estar ao alcance para todos.
• Leia o roteiro que será realizado na pratica previamente em casa para
saber o assunto da aula.
• Siga rigorosamente as instruções de seu professor. Os procedimentos só
poderão ser realizados após a explicação ou com a supervisão do
professor.
• Antes de realizar o experimento, certifique se os reagentes a serem
usados estão corretos, e não utilize quantidades maiores que a pedida no
roteiro, para evitar desperdício.
• Após a realização das práticas os resíduos deverão ser descartados em
locais apropriados. O professor mostrará o local que estará identificado.
Para cada tipo de resíduo existe uma preocupação com sua eliminação
devido sua composição química, portanto descarte o resíduo com cuidado
sempre olhando a identificação.
• Não descartar as substâncias na pia, somente com autorização do
professor.

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• Nunca provar ou cheirar qualquer produto químico. Caso seja necessário
sentir o odor de qualquer substância o professor irá orientá-lo como fazer.
• Não pipete com a boca ou tente abrir qualquer recipiente com a boca
• Não coloque a mão nos olhos quando estiver manuseando produto
químico. Certifique-se que suas mãos estão limpas.
• As soluções utilizadas nas práticas são sempre diluídas, mas sempre
requer cuidado com o manuseio. Em caso de cair produto químico em seu
corpo, lavar imediatamente com água corrente.
• Evitar o desperdício das amostras. Caso sobre substancias que foram
retiradas dos frascos e que não foram utilizadas avise ao professor, mas
não retorne reagentes para os frascos originais. Observem sempre as
tampas dos reagentes, para não deixá-los abertos e para que não haja
troca de tampas. Quaisquer materiais a serem utilizados nos reagentes
ou nas práticas devem estar limpos, para evitar contaminação.
• O material de vidro é o mais utilizado no laboratório, então antes de utilizá-
lo verifique se o mesmo está sem rachadura, caso ocorra solicite a troca
do mesmo. Em caso de quebra de alguma vidraria avise imediatamente
ao professor. Não descarte o vidro quebrado em lixo comum. Existe local
apropriado para descarte de vidro. Seu professor mostrará.
• Tubos de ensaio serão muito utilizados nas práticas. Caso seja feito
aquecimento de substância em tubo de ensaio, deve ser usada uma pinça
de madeira para segurá-lo pois todo o tubo esquentará. E a extremidade
do tubo deve ser voltada para onde não haja nenhuma pessoa pois pode
haver projeção de substâncias.
• Nas práticas que utilizam bico de Bunsen deve ser verificado se não há
reagentes abertos e que as substâncias ao redor não sejam inflamáveis.
Espere a orientação do professor para manuseá-lo. Após o seu uso feche
a linha de gás.

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Materiais usados no Laboratório de Química e suas funções:

Erlenmeyer:
Tubo de ensaio:
Devido ao seu Balão de fundo
Usado Béquer: Usado
gargalo estreito é chato: Usado para
principalmente em para dissolver
usado para agitar aquecimento de
testes de reação substâncias e
soluções e líquidos ou
em pequena aquecer líquidos.
dissolver soluções.
escala.
substâncias.

Balão de destilação: Pipeta graduada: Pipeta volumétrica:


Balão de fundo
Usado em Usada para medir Usada para medir
redondo: Usado para
destilações, possui volumes variáveis de com precisão
aquecimento de
saída lateral para líquidos, sem grande volumes fixos de
líquidos ou soluções.
vapores. precisão. líquidos.

Bureta: Utilizado para


medida precisa de
Proveta: Usada para Funil de decantação:
líquidos. Permite o Funil de vidro: Usado
medir volumes Usado para
escoamento do em transferência de
aproximados de separação de líquidos
líquido através da líquidos e filtrações.
líquidos. imiscíveis.
torneira, utilizada em
titulações.

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Bastão de vidro: Vidro de relógio:
Usado para agitar Usado para cobrir Pesa-filtro: Usado Estante para tubos:
soluções ou escorrer béquers em para pesagem de Suporte de tubos de
líquidos de um evaporações, sólidos higroscópicos. ensaio.
recipiente para outro. pesagens, etc.

Tela de amianto: Pinça de madeira:


Bico de Bunsen: Usado para distribuir Tripé de ferro: Usado Usada para segurar
Usado em uniformemente o para sustentar a tela tubos de ensaio em
aquecimentos. calor em de amianto. aquecimento no bico
aquecimentos. de Bunsen.

Triângulo de
Cadinho de porcelana: Usado
Cápsula de
porcelana: Usado para sustentar Almofariz e Pistilo:
porcelana: Usada
para aquecimento a cadinhos de Usado para triturar e
para evaporar
seco no bico de porcelana em pulverizar sólidos.
líquidos em soluções.
Bunsen. aquecimento no bico
de Bunsen.

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Pissete: Usado para Garras e argolas:
lavagens, remoção Suporte Universal: Servem para
Balança: Utilizada
de precipitados e no Usado para fixação sustentar materiais e
para pesagem de
preparo de soluções, de materiais e vidrarias.
substâncias.
para que não haja vidrarias.
perda de substâncias.

Condensadores: Coluna de
Manta de
Utilizados na fracionamento:
aquecimento:
condensação de Utilizada na Espátulas: Utilizadas
Utilizado para
vapores em destilação de para transferência de
promover
destilações ou líquidos, baseando-se sólidos.
aquecimento de
aquecimento sob no ponto de ebulição
soluções em balões.
refluxo. dos mesmos.

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Exercício:

De acordo com as normas e procedimentos ensinadas pelo professor, quais as


atitudes erradas cometida na imagem abaixo.

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2ª Prática: Teste de Chama

I- Introdução Teórica

Teste de chama é uma análise qualitativa para determinação de cátions


metálicos. O que acontece com o material queimado é que os elétrons são
excitados através da chama e saem do estado fundamental de menor energia e
saltam para um subnível de maior energia. Nesse momento ocorre uma
absorção de energia. Cada metal absorve em um comprimento de onda
específico. Os elétrons tendem a voltar para seu estado fundamental e nesse
momento ocorre uma emissão de energia. A emissão de energia pode ser
visualizada através de um sinal luminoso que cada metal apresenta.

II- Desenvolvimento

II.1- Materiais e reagentes

Estante para tubos de ensaio, tubos de ensaio, espátula, alca de ni-Cr,


soluções de ácido clorídrico (HCl), cloreto de ódio (NaCl), cloreto de potássio
(KCl), cloreto de litio (LiCl), cloreto de estrôncio (SrCl2) e cloreto de cobre II
(CuCl2), fosforo, bico de Bunsen. As soluções salinas e o HCl estarão na
bancada lateral.

ATENÇÃO para o descarte no local apropriado. Os frascos para descartes


estarão na bancada lateral.

II-2 - Procedimento

Coloque 30 gotas de cada solução salina em tubos de ensaio. Em um tubo


de ensaio, coloque 40 gotas de HCl 6M. Coloque a alça de Ni-Cr na primeira
solução salina de acordo com o quadro abaixo (KCl). Leve a alça para a chama
do bico de Bunsen na parte oxidante inferior e observa a cor que e espalha na
chama. Após o primeiro teste de chama coloque a alça na solução de HCl 6M e
queime na chama do bico de bunsen para garantir a limpeza, Repita este
procedimento toda vez que acabar de fazer o teste em uma solução. Para fazer
com as demais soluções, introduza a alça na solução, obedecendo a ordem do
quadro abaixo, de modo que fique um pouco de solução na alça. Repita o
procedimento para cada solução.

Cation Coloracao esperada Coloração vista


K+ Violeta
Li1+ Vermelho sangue
Sr2+ Vermelho tijolo
Cu2+ Azul
Na+ Amarela

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III- Questionário
1) Faça uma pesquisa bibliográfica e explique porque os fogos de artificio
são coloridos
2) Os resultados da pratica foram iguais ao esperado? Como você pode
explicar
3) Preencha o quadro acima
IV- Referências Bibliográficas

http://www.infoescola.com/quimica/teste-da-chama/

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3ª prática: Destilação

I- Introdução teórica

A destilação é um método de separação de substancias homogêneas muito


utilizado no laboratório de química. O processo se baseia na separação por
diferença de ponto de ebulição das substâncias. Numa separação com ponto de
ebulição bem distante como no caso de uma mistura de água e sal (mistura
sólido-liquido), utiliza-se a DESTILAÇÃO SIMPLES. No caso de misturas de
substâncias com pontos de ebulição próximos, como água e etanol (mistura
liquido-líquido) utiliza-se a DESTILAÇÃO FRACIONADA. A destilação simples
também pode ser usada para extrair óleos essenciais de uma casca de laranja.

II- Desenvolvimento

II.1 – Material e reagentes

Béquer, Erlenmeyer, Bastão de vidro, Funil de vidro, Balão de destilação,


Condensador simples, Condensador fracionado, Espátula, Suporte universal,
Garras e argolas, Termômetro, Rolha, Funil de separação, Filtro de papel

II.2 – Procedimento

Destilação Simples (Esta prática será demonstrativa)


Em um balão de 250 mL será colocado uma solução aquosa de CuSO4. Pérolas
de vidro serão colocadas no balão e o mesmo será conectado a vidraria de
destilação simples (cabeça de destilação, condensador, unha e erlemeyer)
conforme figura abaixo. Aquecer o balão utilizando manta de aquecimento.
Recolher em erlenmeyer a água destilada. Interromper a destilação quando toda
a água for destilada.

http://www.infoescola.com/quimica/destilacao-simples/

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Destilação fracionada (Esta prática será demonstrativa)
Em um balão de 250 mL será colocado uma uma mistura de dois líquidos
miscíveis que (água e álcool). O seu aquecimento será feito por uma manta de
aquecimento. Pérolas de vidro serão colocadas no balão e o mesmo será
conectado a vidraria de destilação fracionada (coluna de fracionamento,
condensador e um frasco coletor), conforme figura abaixo. Entre a coluna de
fracionamento e o condensador será colocado um termômetro que permitirá a
leitura de temperatura dos vapores do destilado. Em seguida também será
possível perceber a elevação da temperatura bem como a temperatura de
ebulição do próximo líquido a destilar.

http://www.infoescola.com/quimica/destilacao-fracionada/

III- Questionário

1) Porque a destilação fracionada é mais recomendada para a separação de


agua e álcool e não a destilação simples.
2) Quais os nomes das vidrarias que compõem uma destilação simples?
Que vidraria é colocada a mais na destilação fracionada.
3) Qual a diferença nas vidrarias usadas para coletar a amostra depois de
destilada na destilação simples e fracionada. Porque há essa diferença?
4) Qual a diferença na fonte de aquecimento utilizada na destilação simples
e fracionada. Porque há essa diferença?

IV- Referência Bibliográfica

http://www.infoescola.com/quimica/destilacao/

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4ª prática: Fatores que influenciam a Velocidade das Reações Químicas-
Cinética Química

I- Introdução teórica

A Cinética Química é um campo que estuda os fatores que influenciam a


taxa de desenvolvimento das reações químicas, isto é, a velocidade com que se
processam. Os fatores que influenciam na velocidade de uma reação são:
afinidade entre os reagentes, superfície de contato, presença de luz,
temperatura, concentração de reagentes, presença de catalisador e pressão.

II- Desenvolvimento

II.1- Materiais e Reagentes

Tubos de ensaio, CaCO3, Alumínio, HCl, Zinco, AgNO3, NaCl

II.2- Procedimento

1) Presença de Luz

Separe dois tubos de ensaio. Adicione 40 gotas de solução de nitrato de


prata (AgNO3). Acrescente 40 gotas de solução de cloreto de sódio (NaCl).
Mantenha um dos tubos exposto à luz e o outro guarde em local protegido da luz
até o final do último experimento. Observe o aspecto de cada tubo de ensaio e
faça anotações das diferenças.

ATENÇÃO ao manipular e descartar o AgNO3. Ao cair na pele, uma coloração


prata pode aparecer, mas que sai com sucessivas lavagens.

Reações:

AgNO3 + NaCl → AgCl + NaNO3

AgCl + luz → Ag + ½ Cl2↑

2) Superfície de contato (estado de divisão dos reagentes)

Separe dois tubos de ensaio. Em um deles, coloque uma ponta de


espátula de mármore em pó (CaCO3) e em outro tubo de ensaio uma pequena
pedra de mármore. Ambos estarão na bancada do professor Adicione aos tubos
40 gotas de ácido clorídrico (HCl 10%v/v), que estará na bancada do aluno.
Observe as reações nos tubos de ensaio e anote as diferenças.

Reação:

CaCO3 + 2 HCl → Ca2+ + 2 Cl- + H2O + CO2 ↑

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3) Temperatura

Separe dois tubos de ensaio. Coloque um pedaço pequeno de zinco


metálico (Zn) no tubo. Adicione, ao tubo, 40 gotas de ácido clorídrico (HCl 10%
v/v), que estará na bancada do aluno. Observe antes de aquecê-lo. Aqueça o
tubo com um bico de Bunsen. Observe a reação abaixo e faça anotações das
diferenças, antes e após o aquecimento.

ATENÇÃO! Segure o tubo com a pinça apropriada para aquecer o tubo.

Reação:

Zn + 2 HCl → ZnCl2 + H2 ↑

4) Concentração dos reagentes

Separe dois tubos de ensaio. Coloque uma ponta de espátula de raspas


de alumínio metálico (Al) nos tubos. Em um dos tubos, coloque 30 gotas de HCl
diluído, e no outro, algumas gotas de HCl concentrado (HCl 6M). O HCl 6M
estará na bancada do professor. Observar as reações e anotar as diferenças.

ATENÇÃO! Cuidado com o tubo que aquecerá. Segure com uma pinça
adequada para observar ou deixe o tubo na estante de tubos durante a reação.

Reação:

2 Al + 6 HCl → 2 AlCl3 + 3 H2 ↑

5) Catalisador

DEMONSTRATIVA Coloque em uma proveta de 50 mL, 10 mL de H 2O2 (água


oxigenada 40 volumes) e 1 mL de detergente. Posicione esse sistema dentro da
cuba de vidro. Observe o que ocorre durante 1 minuto. Adicione, após esse
tempo, uma ponta de espátula de KI (iodeto de potássio). Observe novamente
esse mesmo sistema após a inserção do sal.

Reação sem o catalisador:

2 H2O2(aq) → 2 H2O(l) + O2(g)

Reação com o catalisador:

H2O2 + I- → H2O + OI-

H2O2 + OI- -→ H2O + I- + O2

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III- Questionário
a) Com base na teoria sobre cinética química, o que você espera que vai
acontecer nas práticas acima, quanto a influência da superfície de
contato, presença de luz, temperatura e concentração dos reagentes na
velocidade da reação?
b) Na prática de cinética, faltaram os fatores como: afinidade entre os
solventes, presença de catalisador e pressão que também alteram a
velocidade da reação. Como esses fatores alteram a velocidade da
reação?

IV- Referência Bibliográfica

http://brasilescola.uol.com.br/quimica/velocidade-das-reacoes-quimicas.htm

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5ª Prática: Cinética Química

I- Introdução teórica

Efeito da concentração

A velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto


concentração dos reagentes elevados aos respectivos coeficientes na reação.
(Lei de Gulberg- Waage)

II- Desenvolvimento

II.1- Materiais e Reagentes

• Tubo de ensaio
• Bureta de 50,00 mL
• Cronômetro

II.2- Procedimento

Estudar a Influência da Concentração dos reagentes na velocidade da


reação do ácido sulfúrico com tiossulfato de sódio.

Reação: Na2S2O3 + H2SO4 Na2SO4 + H2O + SO2 + S

Encher 3 buretas, que estarão na bancada lateral, uma com água destilada, outra
com solução de tiossulfato de sódio (Na2S2O3) 0,1 mol/L e outra com solução de
ácido sulfúrico (H2SO4) 0,1 mol/L.

Numerar 8 tubos de ensaio e colocar:

Tubo Sol. de Na2S2O3 H2O


1 6 mL 0 mL
2 4 mL 2 mL
3 3 mL 3 mL
4 2 mL 4 mL

Nos tubos 5, 6, 7 e 8 colocar 6 mL de solução de H2SO4.

Junte o conteúdo do tubo 5 ao tubo 1 iniciando a contagem do tempo até o


aparecimento de uma turvação característica. Anote o tempo . ________

Repita a operação:

Junte o conteúdo do tubo 6 ao tubo 2 e anote o tempo. _________

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Junte o conteúdo do tubo 7 ao tubo 3 e anote o tempo. _________

Junte o conteúdo do tubo 8 ao tubo 4 e anote o tempo. _________

III- Questionário

Com os resultados preencha o quadro a seguir e faça um esboço do


gráfico de concentração x velocidade, colocando a concentração na ordenada
(y) e o tempo na abscissa (x).

Velocidade da
Tubos de Volume de Volume de [Na2S2O3]
Tempo(s) reação =[M]/t
ensaio Na2S2O3 (mL) H2O(mL) (mol/l)
(mol/l.s)
1 6 0 1x0,1
2 4 2 4/6 x0,1
3 3 3 3/6 x0,1
4 2 4 2/6 x0,1

IV- Referência Bibliográfica

http://brasilescola.uol.com.br/quimica/velocidade-das-reacoes-quimicas.htm

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6ª prática: Equilíbrio Químico

I- Introdução teórica

Algumas reações terminam quando todo o reagente é consumido. Essas


reações são ditas irreversíveis. Mas muitas reações não conseguem ter seus
reagentes totalmente consumidos. A medida que produtos são formados, as
condições do meio favorecem o retorno para a formação dos reagentes. Essas
reações são ditas reversíveis. Com o tempo os reagentes são consumidos e os
produtos são formados, até que as concentrações se mantem constantes.
Quando a velocidade da reação direta (formação de produtos) e da reação
inversa (formação de reagentes) se igualam a equação atingiu o EQUILÍBRIO
QUÍMICO.

V1

A + B C + D
V2

onde V1 é a velocidade da reação direta, V2 é a velocidade da reação inversa.


No equilíbrio químico: V1=V2 e as concentrações dos reagentes e produtos se
mantem constantes no meio reacional.

É possível alterar o deslocamento do equilíbrio químico, de acordo com o


Princípio de Le Chatelier (“Quando um fator externo age sobre um sistema em
equilíbrio, este se desloca no sentido de anular a ação provocada e procurando
atingir um novo estado de equilíbrio”). Com o Princípio de Le Chatelier
entendemos que o equilíbrio se desloca sempre no sentido oposto a modificação
para minimizar a perturbação.

Os fatores capazes de deslocar um equilíbrio são a concentração das


substâncias, a temperatura e a pressão total de um sistema.

Nesta prática trataremos dos efeitos da concentração das substâncias no


deslocamento do equilíbrio. Quando adicionamos reagente o equilíbrio químico
se desloca no sentido dos produtos. Quando retiramos reagente o equilíbrio
químico se desloca no sentido dos reagentes. Quando adicionamos produto o
equilíbrio químico se desloca no sentido dos reagentes. Quando retiramos
produto o equilíbrio químico se desloca no sentido dos produtos. Em uma reação
química, normalmente estamos procurando obter mais produtos, então

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adicionamos mais reagentes ou retiramos produto não desejado para deslocar o
equilíbrio no sentido dos produtos e assim obter maior quantidade do produto
desejado.

Nesta pratica observaremos o deslocamento químico através da coloração


das substâncias. Pata entender os resultados é fundamental sabermos o
equilíbrio das reações.

II- Desenvolvimento

II.1 – Material e reagentes

1 Bécher de 50 ml, 4 Tubos de ensaio

II.2 – Procedimento
1) Equilíbrio químico de complexação do ferro III

A solução de cloreto férrico (FeCl3) em água apresenta coloração


amarela, quando adicionada a solução de tiocianato de amônio (NH 4SCN) que é
incolor, forma Fe(SCN)3 que apresenta coloração vermelha intensa, conforme a
reação abaixo:

FeCl3 + 3 NH4SCN Fe(SCN)3 + 3 NH4Cl

(amarelo) (incolor) (vermelho intenso)

a) Em um bécher adicionar, 40gotas de solução 0,01 mol L-1 de cloreto férrico


(FeCl3), 40 gotas de solução 0,03 mol L-1 de tiocianato de amônio (NH4SCN) e
38mL de água.

b) Dividir a solução em 4 tubos de ensaio, e numerá-los de 1 a 4. O tubo 1 servirá


como padrão.

c) Ao tubo 2, adicione 5 gotas de solução de FeCl3, agite e compare com o


padrão.

d) Ao tubo 3, adicione alguns cristais de NH4SCN, agite e compare com o padrão.

e) Ao tubo 4, adicione uma ponta de espátula de cristais de NH 4Cl, agite e


compare com o padrão.

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Resultados:

TUBO SUBST. ADICIONADA COR OBSERVADA SENTIDO DE


DESLOCAMENTO
2 FeCl3
3 NH4SCN
4 NH4Cl

2) Equilíbrio químico dos íons dicromato-cromato

Quando dissolvemos dicromato de potássio (K2Cr2O7) em água, temos


uma coloração alaranjada do íon dicromato (Cr2O72-). O íon dicromato em água
estabelece um equilíbrio químico com o íon cromato (CrO42-), de coloração
amarelada, conforme o equilíbrio abaixo:

Cr2O72- + H2O 2 CrO42- + 2 H+


(laranja) (amarelo)

a) Numerar 2 tubos de ensaio de 1 a 4.

b) No tubo 1, adicione 20 gotas de solução 0,1mol/l de dicromato de potássio


(K2Cr2O7 ).

c) Nos tubos 2, adicione 20 gotas de solução 0,1mol/l de cromato de potássio


(K2CrO4 ).

d) Ao tubo 1, adicione 5 gotas de solução de NaOH diluído, agite e compare com


a solução do frasco original.

e) Ao tubo 3, adicione 5 gotas de solução de HCl diluído, agite e compare com a


solução do frasco original.

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Resultado:

TUBO 5 mL SUBST. COR SENTIDO DE


ADICIONADA OBSERVADA DESLOCAMENTO
1 K2Cr2O7 NaOH
2 K2Cr2O7 -
3 K2CrO4 HCl
4 K2CrO4 -

III- Questionário

a) Com base no princípio de Le Chatelier, qual a cor que deverá aparecer


nos ensaios acima (quadro 1 e quadro 2)

IV- Referência bibliográfica

Atkins, P. Loretta, J. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o


meio ambiente. 2ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

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7ª Prática: Funções ácida e básica

I- Introdução teórica

Ácidos, segundo Arrhenius, são substâncias que em solução aquosa se


ionizam liberando H+ e bases liberam hidroxilas (OH-). Outras definições também
foram dadas. De acordo com Bronsted e Lowry, ácidos são substancias capazes
de ceder próton e bases são capazes de receber um prótons. Lewis já definiu
ácidos como receptores de pares eletrônicos e bases como doadores de pares
eletrônicos.

Os ácidos possuem sabor azedo, como o encontrado nas frutas cítricas ricas
no ácido de mesmo nome. Já as bases tem gosto semelhante ao do sabão
(sabor adstringente). Mas, há modos mais eficazes e seguros de identificar.
Como é o caso de medir o pH das substâncias. Como vimos anteriormente o pH
pode ser calculado, ou estimado numa fita indicadora de pH ou medido em um
pHmetro. Mas nesta prática usaremos um outro recurso que é utilizar indicadores
de ph para identificar se a substância está ácida ou básica.
Indicadores de pH são substâncias que mudam de cor na presença de íons H +
e OH- livres em uma solução, e justamente por esta propriedade são usados
para indicar o pH, ou seja, indicam se uma solução é ácida ou básica. É um
método qualitativo.
Os indicadores são muito usados na prática de tililação. Quando se quer
neutralizar ácido, por exemplo, coloca-se indicador que muda de cor na solução
básica. Do mesmo modo, quando se quer neutralizar base, coloca-se indicador
que muda de cor na solução ácida.

Exemplos de indicadores ácido-base: fenolftaleína, vermelho do congo,


tornassol, amarelo de metila, etc.
Exemplos de algumas soluções naturais podem ser utilizadas como indicadores
de pH: solução de chá preto, solução aquosa de beterraba e solução de repolho
roxo.

II- Desenvolvimento
II.1- Materiais e reagentes

Alaranjado de metila, Fenolftaleína, HCl, CH3COOH, NaOH, NH4OH,


NaHCO3, NiCℓ2

24
II.2- Procedimento

1) Coloque nos tubos de ensaio 5 gotas das soluções de HCl, CH3COOH,


NaOH, NH4OH e teste os indicadores e complete o quadro abaixo com a
coloração observada. Adicione apenas 1 gota dos indicadores.
Indicador HCl CH3COOH NaOH NH4OH
Alaranjado de
metila
Fenolftaleína

2) Reação de neutralização (reação de um ácido e uma base)

Em um tubo de ensaio coloque cerca de 20 gotas de solução de hidróxido de


sódio (NaOH) e 1 a 2 gotas de fenolftaleína. Adicione gota a gota de ácido
clorídrico até a mudança de coloração da solução.

NaOH + HCl NaCl + H2O

3) Reação de ácido com sal (bicarbonato de cálcio)

Coloque em um tubo de ensaio, uma ponta de espátula de bicarbonato de sódio


(NaHCO3) e gotas de solução de ácido clorídrico (HCℓ). Anote o que observou.

NaHCO3 + HCℓ NaCℓ + H2O + CO2

4) Reação de uma base com um sal

Em um tubo de ensaio coloque 20 gotas de cloreto de níquel (NiCℓ2) e 5 gotas


de hidróxido de sódio (NaOH). Anote o que observou.

NiCℓ2 + 2NaOH 2NaCl + Ni(OH)2

III- Questionário

a) Pesquise sobre os indicadores alaranjado de metila e fenolftaleína e


descubra qual o seu ponto de viragem
b) Sabendo que viragem do pH altera as cores do indicador, o que você
imagina que vai acontecer com o alaranjado de metila na presença de
acido e da base?
c) O que você imagina que vai acontecer com a fenolftaleína na presença
de acido e da base?
d) Pesquise outros indicadores utilizados para identificar ácido-base. Diga
quais suas cores nas viragens de pH

IV- Referência bibliográfica

http://brasilescola.uol.com.br/quimica/indicadores-ph.htm

25
8ª Prática: Determinação de pH

I- Introdução teórica

A determinação de pH é uma forma de indicar a acidez ou basicidade de


um meio. O pH é um fator importante que influencia no comportamento das
substancias no meio.
Soluções com pH abaixo de 7 são ácidas, e soluções com pH acima de 7
são básicas. Um valor de pH igual a 7 é considerado neutro, ou seja, a solução
não é básica e nem ácida. Seguem alguns exemplos de soluções ácidas e
básicas, com seus respectivos valores de pH: Vinagre: 2,9, Coca-cola: 2,5,
Saliva Humana: 6,5-7,4, Água natural: 7, Água do mar: 8, Cloro: 12,5, estômago:
1, vinho: 3,5, sangue venoso: 7,35, sangue arterial: 7,4, bicarbonato de sódio:
12. Idealmente, o pH do nosso corpo deve permanecer no lado alcalino: entre
7,35 e 7,45.

O pH relaciona-se matematicamente com a concentração de íons H+


(mol/L) presentes na solução da seguinte forma:

pH = - log[H+]

II- Desenvolvimento

II.1- Material e Reagentes


HCl – 0,001 mol/L, H2SO4 – 0,1 mol/L, H2SO4 – 0,01 mol/L, CH3COOH –
0,1moll/L, NaOH – 0,01 mol/L, Ca(OH)2 – 0,01 mol/L, Fita de pH universal,
pHmetro

II.2- Procedimento

1- Calcule e faça previsões teóricas para valores de pH das soluções que


serão medidas experimentalmente na aula. Apresente os cálculos:

a) HCl – 0,001 mol/L


b) H2SO4 – 0,1 mol/L
c) H2SO4 – 0,01 mol/L
d) CH3COOH – 0,1 mol/L (ácido fraco) Ka-1,8x10-5
e) NaOH – 0,01 mol/L
f) Ca(OH)2 – 0,01 mol/L

2- Faça medições de pH das amostras fornecidas, utilizando a fita de pH


universal. Complete a tabela abaixo e compare os valores previstos com
os calculados.

26
3- Faça medições de pH das amostras fornecidas, utilizando o pHmetro

Resultados:

III- Questionário

a) Calcule o pH dos ácidos e bases que serão utilizados na pratica.


Soluções pH calculado pH medido na pH medido no
fita pHametro
HCl – 0,001 mol/L
H2SO4 – 0,1 mol/L
H2SO4 – 0,01 mol/L
C2H4O2 – 0,1 mol/L
NaOH – 0,01 mol/L
Ca(OH)2 – 0,01 mol/L

b) Os resultados encontrados foram diferentes do calculado? Porque?


c) Qual se aproximou mais do pH calculado? Porque?

IV- Referência bibliográfica


http://www.vidaesaude.org/nutricao-saude/controlar-o-ph-do-corpo-significa-
ter-saude-e-ficar-livre-de-doencas.html

27
9ª Prática: Análise volumétrica ou titulometria

I- Introdução teórica

A técnica da titulometria permite a determinação da concentração de uma solução-


amostra através de sua reação com outra solução de concentração conhecida (padrão). A
solução-padrão é normalmente colocada em uma bureta e é denominada titulante; as
alíquotas da solução-amostra são colocadas em frascos erlenmeyer, juntamente com
substâncias indicadoras apropriadas para cada reação. No caso específico da titulometria
de neutralização, a reação envolvida resulta na formação de água a partir do íon hidrônio
ou hidroxônio (H3O+) da solução ácida e do íon hidróxido (OH-) da solução alcalina.

H3O+(aq) + OH-(aq) → 2H2O(l)

O objetivo imediato de uma titulação é determinar experimentalmente que volume da


solução-padrão reage completamente com certa massa ou certo volume da amostra. Depois
de obtida esta informação, os cálculos da concentração do reagente de interesse (na
amostra) são uma aplicação simples da estequiometria de soluções.

Exemplo: Que volume de solução de HCl 0,250 mol/L é necessário para neutralizar 250 mg
de hidróxido de bário?

2HCl(aq) + Ba(OH)2(s) → BaCl2 (aq) + 2H2O (l)

II- Desenvolvimento

II.1- Materiais e reagentes

• Pipeta volumétrica de 10,00 mL


• Pipeta volumétrica de 20,00 mL
• Balão volumétrico de 100,00 mL
• Erlenmeyer de 250 mL
• Fenolftaleína

II.2- Procedimento

Determinação do teor de ácido acético no vinagre.

O vinagre comercial consiste essencialmente de uma solução diluída de ácido acético


(CH3COOH) - com menores quantidades de outros componentes - e é produzido pela
oxidação bacteriana aeróbica (por bactérias do gênero Acetobacter) do álcool etílico a
ácido acético diluído. O ácido acético é um ácido fraco (Ka = 1,753 x 10-5), monoprótico,
28
cuja concentração pode ser determinada facilmente por titulação com uma solução de base
forte, com fenolftaleína como indicador.

1 etapa: Preparo da solução com vinagre.

Com uma pipeta volumétrica transfira 10,00 mL de vinagre para o balão volumétrico de 100
mL. Em seguida, complete com água destilada até o traço de aferição, tampe e agite.

2 etapa: Preparação da alíquota da solução de vinagre.

Transfira 20,00 mL da solução preparada, com pipeta volumétrica, para um erlenmeyer de


250 mL. Adicione de 2 a 3 gotas de fenolftaleína e 50 mL de água destilada, com o auxílio
de uma proveta.

3 etapa: Titulação.

Encha a bureta com a solução padronizada de hidróxido de sódio (NaOH) de concentração


igual a 0,100 mol/L e goteje lentamente dentro do erlenmeyer, até a cor da solução se
tornar rósea. Anote o volume gasto da solução de NaOH. Repita mais uma vez a titulação
e, para fins de cálculo, utilize a média dos valores de volume de NaOH gastos.

III- Questionário
a) Escreva a equação que representa a reação do ácido acético com o hidróxido de
sódio.

b) Determine a molaridade do ácido acético titulado.

c) Determine a concentração do ácido acético antes da diluição.

d) Calcule a porcentagem de ácido acético no vinagre comercial. (d=1,05 g/mL) e


compare com as informações do fabricante.

IV- Referência Bibliográfica


https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/titulacao-acido-base.htm

29
10ª Prática: Eletroquímica I – Pilhas

I- Introdução teórica

É a parte da química que estuda transferências de elétrons entre substâncias.


Em uma célula eletroquímica ocorrem duas reações: uma de redução, onde
reagentes ganham elétrons e outra de oxidação, onde reagentes perdem
elétrons, sendo assim, ocorre o que chamamos de reação redox. Daniell
descobriu que uma reação redox é espontânea, onde esse fluxo de elétrons gera
uma corrente elétrica, ou seja, a energia química se transforma em energia
elétrica. Na célula de Daniell podemos ver que existem dois compartimentos
com soluções aquosas e em cada compartimento está imerso um eletrodo (que
são condutores metálicos). As soluções são formadas por sais contendo o cátion
do metal do eletrodo. Esses eletrodos são ligados por um fio aonde passa o fluxo
de elétrons. No eletrodo denominado anodo (pólo negativo) ocorre a reação de
oxidação. No eletrodo denominado catodo (pólo positivo) ocorre a reação de
redução. De modo que o fluxo de elétrons sai do anodo para o catodo gerando
uma corrente elétrica. Algumas vezes verificamos a corrente elétrica quando
coloca-se uma lâmpada ligando o fio, ao iniciar a pilha, a lâmpada ascende,
conforme esquema abaixo. Também pode ser observado a corrente elétrica
gerada colocando um voltímetro ligando os fios, como será visto nesta prática.
Ligando os compartimentos é inserido um tubo em U contendo uma solução
salina, o qual denominamos de ponte salina. Essa solução é necessária para
equilibrar os elétrons das soluções. Sem a ponte salina a pilha para de funcionar
imediatamente.

Pilha de Daniell

https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=3pVuThFW&id=542582BACBB3CCC429DA557AE38CBE0B
4C4806E6&thid=OIP.3pVuThFWTCj8F6qmsh1F6wEsDL&q=pilha+ligada+por+uma+lampada&simid=60804734786830
4132&selectedIndex=31&ajaxhist=0

30
No caso da pilha de Daniell, as soluções são soluções de 1M de ZnSO4 e
CuSO4, os eletrodos são de Zn e Cu, respectivamente. Como o potencial de
redução do cobre é 0,34V e o do zinco é de -0,76V, o metal zinco se oxida,
liberando elétrons que, por sua vez, irão reduzir os cátions cobre.

As semireações para a célula de Daniell são:

Cu2+ + 2 e– → Cu0 E0 = + 0,34 V

Zn2+ + 2 e– → Zn0 E0 = – 0,76 V

O potencial de redução do cobre sendo maior reduz e do zinco oxida. O fluxo de


elétrons sai do zinco para o cobre e o potencial gerado pelos eletrodos é:

Eo = 0,34-(-0,76)= 1,10V

Podemos representar a célula de Daniel da seguinte forma também:

Zn / Zn 2+ (1M) // Cu 2+ (1M) / Cu ou, simplesmente, Zn / Zn 2+ // Cu 2+ / Cu.

II- Desenvolvimento

II.1- Materiais e reagentes

ZnSO4(1M), CuSO4(1M), eletrodos de Zn e Cu, KCl, voltímetro

II.2- Procedimento (Esta prática será demonstrativa)

a- Monte a Pilha de Daniell, conforme esquema apresentado abaixo e


verifique o potencial dos eletrodos no voltímetro. Anote o valor e compare
com o teórico.

https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=%2b12m47CQ&id=BF915B3C54C83B9EDCE6F77B6D9CC
0189B15572A&thid=OIP.-
12m47CQJCdpxqVTzcNzgwEyDL&q=pilha+ligada+por+um+condutimetro&simid=607992840445691939&selectedIndex
=13&ajaxhist=0

31
b- Monte uma pilha de nitrato de chumbo com nitrato de cobre. Coloque uma
solução de acetato de sódio para a ponte salina. Calcule o potencial dos
eletrodos com base nas semi-reacoes de redução apresentadas no final
do questionário e compare com o valor apresentado no voltímetro.

III- Questionário

a) Por onde “caminham” os elétrons e qual o sentido do fluxo destes elétrons


durante o funcionamento da pilha de Daniell?
b) Que eletrodo perde massa no decorrer do tempo?
c) O que deve ocorrer com a massa do eletrodo de cobre durante o
funcionamento desta pilha? Justifique.
d) Quem são anodo e catodo desta pilha?
e) Quais são os pólos, positivo e negativo desta pilha?
f) Que solução tem a concentração iônica aumentada durante o
funcionamento desta pilha?
g) A DDP obtida na pilha de Daniell montada no laboratório apresentou valor
diferente do teórico previsto? Se houve, justifique a diferença.
h) Qual a função da ponte salina?
i) O que acontece quando ela é retirada?
j) Se, na pilha de Daniell, a semi-pilha de Zinco for substituída por uma semi-
pilha de Alumínio, o que podemos prever a respeito do sentido do fluxo
de elétrons? E a DDP desta nova pilha deverá ser maior ou menor do que
a DDP da pilha de Daniell? Justifique cada uma das respostas.
k) Se, na pilha de Daniell, a semi-pilha de Cobre for substituída por uma
semi-pilha de Alumínio, o que podemos prever a respeito do sentido do
fluxo de elétrons? Justifique.
l) Monte a pilha representada por Zn / Zn 2+ // Pb 2+ / Pb, observe a DDP
obtida na pilha, compare com o valor teórico previsto e, se houver alguma
diferença, justifique.
m) Monte a pilha representada por Pb / Pb 2+ // Cu 2+ / Cu, observe a DDP
obtida na pilha, compare com o valor teórico previsto e, se houver alguma
diferença, justifique.
n) Porque para a pilha de Pb e Cu a ponte salina usada foi acetato de sódio
e não KCl normalmente utilizada nas pilhas?

Dados:

Aℓ3+ + 3 e– → Aℓ0 E0 = – 1,66 V

Cu2+ + 2 e– → Cu0 E0 = + 0,34 V

Zn2+ + 2 e– → Zn0 E0 = – 0,76 V

Pb2+ + 2 e– → Pb0 E0 = – 0,13 V

32
11ª Prática: Eletroquímica II – Eletrólise

I- Introdução teórica

A eletrólise é um processo não espontâneo, ao contrário das pilhas. Na


pilha ocorre uma reação de oxi-redução que gera uma corrente elétrica (a
energia química se transforma em energia elétrica). Na eletrólise a reação de
oxi-redução ocorrerá pela passagem de corrente elétrica (a energia elétrica se
transforma em energia química). Na eletrólise o catodo é polo negativo e o anodo
é pólo positivo.

O esquema a seguir representa uma cuba eletrolítica:

https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=ZLJpklCl&id=BE1B4A77E0006D7A3CC9814C81B
C60165FDF4A36&thid=OIP.ZLJpklClIxMt3VofibFcGAEsES&q=eletrolise&simid=608043435176953642&selectedIndex=
21&ajaxhist=0

Existem dois tipos principais de eletrólise: a eletrólise ígnea e a eletrólise


aquosa. A Eletrólise Ígnea ocorre quando a passagem de corrente elétrica se dá
em uma substância iônica liquefeita, isto é, fundida. Esse tipo de reação é muito
utilizado na indústria, principalmente para a produção de metais. O catodo
recebe elétrons suficientes para produzir o metal no estado sólido (nox=0)

Na eletrólise aquosa temos os íons provenientes da dissociação do soluto


e da auto-ionização da água. Teremos dois cátions e dois ânions competindo por
um mesmo eletrodo, mas somente uma espécie de íon positivo e negativo
descarrega por vez.

Metais pouco reativos descarregam primeiro, pois possuem tendência a


aceitar os elétrons de volta e se descarregar. Metais mais reativos como os
alcalinos e alcalinos terrosos e o alumínio descarregam depois.

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Ordem de prioridade:

Cátions:

Au3+ Pt2+ Hg2+ Ag1+ Cu2+ Ni2+ Cd2+ Pb2+ Fe2+ Zn2+ Mn2+ H+ Al3+ Mg2+ Na+ Ca2+ Ba2+ K+ Li+ Cs+

Aumenta dificuldade de descarga

Ânions:

Ânions não oxigenados Cℓ - Br – I- S2- OH - ânions oxigenados e F -

Aumenta dificuldade de descarga

Reações dos íons resultantes da auto-ionização da água:

H+ (redução no catodo): 2H+ + 2 e- H2

OH- (oxidação no anodo): 2OH- H2O + ½ O2 + 2e-

II- Desenvolvimento

II.1- Materiais e Reagentes

Eletrodo de grafite, eletrodo de cobre, CuSO4, NaCl, KI, Acetato de Chumbo


(CH3COOH)2Pb, fenolftaleína e amido

II.2- Procedimento (esta prática será demonstrativa)

1. Eletrólise com eletrodo ativo (cobre)

Em um tubo em U coloque solução aquosa de Acetato de Chumbo


(CH3COOH)2Pb. Conecte os eletrodos de cobre aos terminais de uma
fonte de corrente contínua. Introduza um eletrodo de grafite em cada
ramificação do tubo em U. Ligue a fonte e observe.

Semi-reações:

Semi-reação no catodo: Pb2+ + 2e- Pb0 E0= -0,13V

Semi-reação no anodo: Cuo Cu2+ + 2e- E0= 0,34V

Reação global: Pb2+ + Cu0 Pb0 + Cu2+

34
2. Eletrólise com eletrodo inerte (grafite)

OBS: Antes de iniciar cada experimento os eletrodos devem ser limpos com o
auxílio de uma esponja ou bombril.

a) Solução de Sulfato de Cobre (CuSO4)

Em um tubo em U coloque solução aquosa de sulfato de cobre (CuSO 4).


Conecte os eletrodos de grafite aos terminais de uma fonte de corrente
contínua. Introduza um eletrodo de grafite em cada ramificação do tubo
em U. Ligue a fonte e observe.

Semi-reações:

Dissociação do CuSO4: CuSO4 Cu2+ + SO42+


Auto-ionização da água: 2 H2O 2H+ + 2OH-
Semi-reação no Anodo: OH- H2O + ½O2 + 2e- Eo=0,40V
Semi-reação no Catodo: Cu2+ + 2e- Cu0 Eo=0,34V
Reação Global: CuSO4 + H2O 2H+ + ½O2 + Cuo + SO42-

b) Solução de Cloreto de Sódio (NaCl)

Em um tubo em U coloque solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl).


Conecte os eletrodos de grafite aos terminais de uma fonte de corrente
contínua. Introduza um eletrodo de grafite em cada ramificação do tubo
em U. Ligue a fonte e observe.

Em cada ramificação do tubo acrescente 2 gotas de fenolftaleína.


Observe a diferença entre eles.

Semi-reações:

Dissociação do NaCl: 2NaCl 2Na + 2Cl-


Auto-ionização da água: 2 H2O 2H+ + 2OH-
Semi-reação no Anodo: 2Cl- Cl2 + 2e- Eo=1,36V
Semi-reação no Catodo: 2H+ + 2e- H2 Eo=0V
Reação Global: 2NaCl + 2H2O 2Na+ + 2OH- + H2 + Cl2

35
c) Solução de Iodeto de Potássio (KI)

Em um tubo em U coloque solução aquosa de Iodeto de Potássio (KI).


Conecte os eletrodos de grafite aos terminais de uma fonte de corrente
contínua. Introduza um eletrodo de grafite em cada ramificação do tubo
em U. Ligue a fonte e observe.

Acrescente 2 gotas de fenolftaleína no catodo (pólo negativo) e 2 gotas


de solução de amido no anodo (pólo positivo). Observe.

Semi-reações:

Dissociação do KI: 2 KI 2K+ + 2I-


Auto-ionização da água: 2 H2O 2H+ + 2OH-
Semi-reação no Anodo: 2 I- I2 + 2e- Eo=0,53V
Semi-reação no Catodo: 2H+ + 2e- H2 Eo=0V
Reação Global: 2 KI + 2H2O 2K+ + 2OH- + H2 + I2

Ao final da prática, descarte a solução em local apropriado.

III- Questionário
a) Com base nas semi-reações apresentadas, explique os resultados
observados
b) Qual a semelhança de uma célula eletroquímica de uma célula eletrolítica
c) Qual a diferença de uma pilha para uma eletrólise.

IV- Referência bibliográfica

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/eletrolise.htm

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