Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2022
Breve Descrição do Curso Prático de Bioquímica
Organize seu período livre semanal para consultar livros na biblioteca, fazer exercícios e tirar
dúvidas com o professor.
Material do estudante
IDENTIFICAÇÃO
Nome:
Assunto:
Turma:
Data:
Demais dados de identificação:
INTRODUÇÃO Deverá cobrir aspectos teóricos do assunto objeto da aula prática. Na sua elaboração o
aluno deverá recorrer à literatura relativa ao assunto e discutir a teoria que envolve o
trabalho realizado em aula.
MATERIAL E MÉTODOS Deverá conter a relação do material utilizado, bem como sua descrição sumária e
principais utilizações. Quando o material já foi usado em aula prática anterior, dispensa-
se essa descrição. Descrever sumariamente a metodologia, baseado geralmente no
roteiro de aulas fornecido. Cabe ao aluno desenvolver a capacidade de resumir a
metodologia, sem contudo comprometer o conteúdo das informações necessárias à
compreensão daquilo que foi realizado no laboratório.
RESULTADOS Devem ser apresentados, tanto quando possível, na forma de tabelas gráficos, quadros,
etc... sempre de forma a facilitar a rápida visualização do trabalho produzido durante os
experimentos.
BIBLIOGRAFIA Indicar corretamente a(s) fonte(s) de pesquisa utilizada. Relacionar sempre o autor, a
obra, a página e demais informações que permitam uma fácil consulta.
1. OBJETIVOS
Preparação de uma solução tampão e determinação de sua capacidade tamponante.
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
Uma solução-tampão consiste de um par ácido fraco/base conjugado que resiste a
variações no pH quando pequenas quantidades de ácidos ou bases lhe são adicionadas ou
quando ocorre diluição.
Os tampões têm um papel importante em processos químicos e bioquímicos, nos quais
é essencial a manutenção do pH. Assim, muitos processos industriais e fisiológicos requerem
um pH fixo para que determinada função seja desempenhada. Por exemplo, o sistema tampão
HCO3–/H2CO3 é importante fisiologicamente, uma vez que controla o transporte de CO2 no
sangue e o pH do mesmo.
Os cálculos de pH em sistemas tampões são realizados com o auxílio da equação de
Handerson-Hasselbach.
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Materiais e Reagentes:
Acetato de sódio;
Ácido acético;
Ácido Clorídrico (0,1 M);
Agitador Magnético;
Água destilada;
Barra magnética pequena;
Béquer de 20 e 200 mL;
Hidróxido de sódio (0,1 M);
Papel Absorvente;
Pipeta Graduada 10 mL;
Pipeta Pasteur;
Pipeta volumétrica de 25 mL;
Piceta; -
Potenciometro medidor de pH;
Soluções tampão pH 2,0. 7,0 e 9,0.
Procedimento
I. Calibrar o potenciometro com as soluções tampões de pH 2,0. 7,0 e 9,0.
A- Após cada calibração, lavar o eletrodo com água destilada. Tomar o devido cuidado, para
não tocar com as mãos a superfície do eletrodo e não permitir que a base do mesmo apoie no
fundo do béquer em que se está realizando a leitura.
Tabela I – valores de pH para a solução tampão e água pura antes e após a adição de ácido ou
base fortes.
Questões:
1) Com base nos resultados obtidos na tabela I, discuta o efeito da composição das soluções
sobre a capacidade tamponante.
2) A partir de uma amostra de Na2HPO4 (MM: 142) e NaH2PO4 (MM: 120), descreva a
preparação de 1 litro de tampão 0,1M, pH 7,4.
Experimento 2
R-CH2-COO-
(Forma ácida)
R-CH-COOH R-CH-COO- NH2
NH2 NH3+
(Forma não (Zwetterion) R-CH2-COOH
dissociada) (Forma básica)
NH3+
Substâncias que tem essa dupla propriedade são ditas anfotéricas (do grego
amphi=”ambos”. Este pronunciado caráter anfótero dos aminoácidos é transferido também
para peptídeos e proteínas, devido a existência em uma mesma molécula de grupos ácidos e
básicos.
Tanto a forma ácida como a forma básica de um aminoácido apresenta um pK
característico, que pode ser determinado experimentalmente através de titulação com ácido
ou uma base forte. Estas constantes podem ser identificadas através da curva de titulação,
pois nestes pontos a capacidade de tamponamento da solução é máxima.
Quando a dissociação do aminoácido dá origem a quantidades iguais de cargas
negativas e positivas no conjunto das moléculas, a espécie iônica que predominará é a do íon
duplo (“zwetterion”) que não apresenta carga elétrica líquida. O pH onde a concentração deste
íon é máxima chama-se ponto isoelétrico e na curva de titulação do aminoácido
correspondente ao ponto médio entre os dois valores de pH, referentes aos seus respectivos
pKs.
IV- Procedimento
O R O R
... C C C C ...
NH H NH H
cor
violeta Cu2+
NH H NH H
...
C C C C ...
O R O R
MATERIAL:
01 pinça para tubo de ensaio
01 pipeta graduada de 05 mL
01 pipeta graduada de 05 mL
1 béquer de 250 mL
Bico de gás
Papel indicador
Tubos de ensaio
REAGENTES:
H2O destilada
HCl a 2%
HNO3 concentrado
Leite
Solução de albumina de ovo
Solução de CuSO4 a 0,1%
Solução de hidróxido de sódio a 10%
Solução de hidróxido de sódio a 40%
Solução de ninidrina a 0,1%
Solução de protease peptona
Solução saturada de CaCl2
MÉTODODOLOGIA:
EXPERIMENTO A
Reação do biureto:
A reação do biureto caracteriza ligações peptídicas das proteínas.
EXPERIMENTO B
Reação xantoprotéica
Reação de nitração com reagentes fenólicos presentes na cadeia lateral de alguns
aminoácidos constituintes das proteínas.
1 - Adicionar a um tubo de ensaio 1mL de HNO3.
2 - Adicionar cuidadosamente pelas paredes do tubo, 2 mL de solução de albumina do ovo.
Agitar vagarosamente até observar a formação de um precipitado branco.
3 - Aquecer a chama por alguns minutos, até a dissolução do precipitado. Observar a coloração
amarela da mistura.
4 - Adicionar NaOH a 40% até que a coloração amarela se intensifique e mude para alaranjado.
Esta reação é devido ao grupamento fenólico presente nas proteínas.
Interpretar os resultados.
EXPERIMENTO C
Reação de ninidrina
Reação de oxidação pela ninidrina, dos -aminoácidos componentes das proteínas.
1 - Adicionar a um tubo de ensaio, 3 ml de solução de albumina de ovo.
2 - Adicionar 2 mL de solução de ninidrina a 0,1%. Agitar.
3 - Aquecer a chama até a ebulição. Resfriar.
4 - Observar o aparecimento de coloração rosa, vermelho ou azul.
Esta reação é própria de -aminoácidos presentes na estrutura das proteínas.
Interpretar os resultados.
Experimento D
Precipitação de proteínas pelo calor:
Em determinadas temperaturas, as proteínas se denaturam e precipitam.
1 - Adicionar os seguintes reagentes, a 4 tubos de ensaio:
Tubo 1: 5 mL de leite
Tubo 2: 5 mL de solução de protease-peptona
Tubo 3: 5 mL de solução de albumina de ovo
Tubo 4: 5 mL de solução de albumina de ovo 05 gotas de solução saturada de cloreto de
cálcio (CaCl2)
Aquecer os tubos em banho Maria à ebulição.
Observar os resultados. Interprete os resultados.
EXPERIMENTO E
Precipitação isoelétrica de proteínas
As proteínas quando levadas a um pH que corresponda ao seu PI, tornam-se insolúveis e se
precipitam.
1 - Adicionar a um béquer de 250 mL, 25 mL de leite.
2 - Aquecer a água destilada até aproximadamente 50C
3 - Adicionar 25 mL de água aquecida ao béquer contendo leite
4 - Adicionar HCl a 2% gota a gota e com agitação constante até que o leite se coagule,
5 - Medir o pH da solução com papel indicador.
Observar o resultado e interpretar.
Questões:
1) Explique o processo de desnaturação da proteína ovoalbumina.
2) Quais os aminoácidos estão envolvidos na reação com a ninidrina na ovoalbumina?
3) Quais os aminoácidos estão envolvidos na reação de xantoproteínas da ovoalbumina?
4) Explique a base do método da reação do Biureto.
5) Comente sobre outras técnicas de identificação de proteínas.
Experimento 4
AULA PRÁTICA: PROPRIEDADE DE ENZIMAS
1-OBJETIVOS:
- Manipular experimentalmente soluções de enzimas.
- Observar experimentalmente algumas propriedades de enzimas.
2 – INTRODUÇÃO
Enzimas representam a maior classe de proteínas, e são classificadas como proteínas
globulares. O poder de catálise das enzimas é extraordinário, o que as tornam essenciais a
todos os processos biológicos. As enzimas apresentam elevada especificidade pelo substrato e
um amplo espectro de aplicações nas indústrias de alimentos, farmacêuticas e em laboratórios
clínicos.
3. Enzimas:
a- Bromelina – Suco de abacaxi fresco diluído com 2 volumes (m/v) de água destilada.
Acertar o pH para 8,0 com NaOH.
b- Sacarase – Fermento biológico para pão 3% em água destilada.
Amilase salivar: Saliva colhida de um componente do grupo pelo seguinte
procedimento:
Lavar bem a boca com água e colocar em um chumaço de algodão sob a língua.
Quando o algodão estiver embebido de saliva, remove-lo e espremer para coletar 0,5
mL de saliva livre de espuma.
Diluir a saliva 10 vezes com água destilada (Ex. 0,5 mL de saliva + 4,5 mL de água)
Atenção: Solicitamos que somente o doador de saliva manipule a solução de amilase
salivar.
4. Reagentes
Substratos: Gelatina comercial 5%, sacarose 3%, amido 2% (soluções em água destilada).
Inibidor de bromelina: Lugol diluído (0,1 g de iodo metálico e 0,2 gramas de Iodeto de
Potássio em 100 mL de álcool.
Desinibidor da bromelina frente ao iodo metálico: Cisteína 0,1% em água destilada.
Outros: Reagente de Benedict: 17,3 gramas de sulfato de cobre, 173 gramas de citrato de
sódio e 100 gramas de carbonato de sódio anidro, dissolvidos em 1,0 L de água.
5. EXPERIMENTOS:
A. Enzimas proteolíticas
As ligações peptídicas podem ser hidrolisadas quimicamente em condições drásticas
(Ex. HCl 6N ou NaOH 6N a 100 C por mais de 12 horas) ou por grupos de enzimas
denominadas enzimas proteolíticas (proteinases) ou proteases. De acordo com o sítio de
clivagem, estas enzimas podem ser clasificadas em dois grandes grupos: As exopeptidases,
que hidrolisam as ligações peptídicas terminais e endopeptidades, que hidrolisam
preferencialmente as ligações no interior das cadeias polipeptídicas. As enzimas
proteolíticas ainda podem ser classificadas de acordo com as características do sítio ativo
(Ex. Tiol proteinases, que contém enxofre. Serinoproteases que contém serina,
metaloproteinases, que contém metais (etc...) e esses grupos reativos podem ser inativados
pela ação de inibidores específicos e não específicos.
EXPERIMENTO 1
Proteólise da gelatina por bromelina e termoestabilidade da bromelina
Pipetar cerca de 2mL da solução de bromelina num tubo de ensaio e aquecer em banho
maria fervente por 5 minutos. Esfriar a solução em água corrente.
EXPERIMENTO 2
Inibição da bromelina por iodo metálico (I2)
Tubos Água destilada, mL Lugol, mL Cisteína, mL Mistura bem Bromelina, mL
e
1 1,0 - pré-incubar 1,0
2 0,5 0,5 - 5 min a tem- 1,0
3 - 0,5 0,5 peratura 1,0
4 1,0 0,5 0,5 ambiente 1,0
8 – Exercícios:
1. A bromelina é uma tiolproteinase. Qual o resíduo de aminoácido que caracteriza o sítio
dessa classe de enzimas?
2. Porque a gelatina hidrolisada por enzimas proteolíticas não gelifica?
3. Porque as enzimas podem perder a atividade quando fervidas? Em geral, em qual
temperatura as enzimas começam a perder atividade?
4. Como a desnaturação está relacionada com a perda da atividade catalítica?
5. Admitindo que o grupo tenha realizado o experimento realizado no protocolo que se segue?
Tubos Gelatina, mL Água HCl, 1,2 M Bromelina Pepsina 2% Resultado
destilada, mL
1 3,0 1,0 - 1,0 - líquido
2 3,0 - 1,0 1,0 - sólido
3 3,0 1,0 - - 1,0 sólido
4 3,0 - 1,0 - 1,0 líquido
Analisar e discutir os resultados apresentados.
6. Definir faixa de pH ótimo de uma enzima? Qual a sua relação com a estrutura do sítio ativo?
7. O iodo é capaz de oxidar os grupos –SH de proteínas. Porque a atividade da bromelina é
inibida pelo I2.
8. No experimento 2 foram feitas duas pré-incubações e uma incubação. Quais as respectivas
finalidades?
9. Não só o iodo, outros halogênios como o Cl são capazes de oxidar os grupos –SH. Qual a
base bioquímica para se utilizar hipoclorito de sódio ou álcool iodado como desinfetante?
10. No experimento 3 é possível constatar que a sacarose e o amido são açucares não
redutores. Em quais tubos?
11. Ainda no experimento 3 é possível afirmar que as soluções de sacarase e amilase utilizadas
não apresentam componentes que reduzem o cobre do reagente de Benedict? Justifique.
12. A papaína e a bromelina são enzimas proteolíticas presentes no mamão e abacaxi
respectivamente. Qual o princípio bioquímico envolvido no uso de casca de mamão ou abacaxi
para amaciar carnes?
13. A sacarase é termolábil? Foi comprovado?
14. As enzimas digestivas de origem pancreática apresentam pH ótimo em torno de 8,0.
Sabendo-se que o pH intraestomacal é ácido, pergunta-se:Qual a importância do bicarbonato
(HCO3-) presente em alta concentração na secreção pancreática?
15. As sulfas são antibióticos por inibirem a uma das enzimas microbianas responsáveis pela
biossíntese do ácido fólico(vitamina). Essa enzima requer p-aminobenzoato como substrato, e
as sulfas apresentam semelhanças estruturais com o p-aminobenzoato. Que tipo de inibidor
são as sulfas?
16. Foi observado algum resultado não esperado? Caso positivo, cite-o (s) e apresente uma
possível explicação.
Experimento 5
Parte Experimental:
1. Reação com o reativo de Fehling (para açúcares redutores):
Prepare sete tubos de ensaio contendo as seguintes soluções aquosas:
Tubo Água Glicose Frutose Maltos Lactose Sacarose Amido Reativo Resultados
destilada 0,1 M 0,1 M e 0,1 M 0,1 M 1% Fehling
(branco) 0,1 M Banho
1 1 mL 2 mL Maria
2 1 mL 2 mL fervent
3 1 mL 2 mL e por 10
4 1 mL 2 mL min.
5 1 mL 2 mL
6 1 mL 2 mL
7 1 mL 2 mL
O reativo de Fehling deverá ser recém-preparado.
Preparo do reativo de Fehling: em um béquer de 50 mL coloque 10 mL da solução A e 10,0 mL
da solução B. Homogeneíze.
2. Hidrólise da sacarose:
Coloque em um tubo de ensaio 5,0 mL da solução aquosa de sacarose (0,1 mol.L-1) e
adicione 1,0 mL de ácido clorídrico 1,0 M.
Coloque o tubo de ensaio durante 5 minutos em banho maria fervente. Retire-o do
banho, resfrie e alcalinize com 2 ou 3 gotas de hidróxido de sódio a 6 M. Acompanhe a
alcalinização com o papel de tornassol vermelho que ficará azul.
Adicione 2mL do reativo de Fehling (preparado anteriormente). Coloque-o novamente
em banho-maria fervente por um minuto.
O que ocorre? Conclua.
Aquecer a solução com resultado positivo diretamente na chama (bico de Bunsen) e observar
o desaparecimento da cor azul. Em seguida resfriar a solução em água corrente (torneira) e
observar o reaparecimento de cor azul.
Solução A:
Solução B:
Reativo de Benedict:
Reativo de Schiff:
Dissolver 0,1 gramas de fucsina em 60 mL de água destilada quente. Deixar esfriar e adicionar
solução de sulfito de sódio anidro (1,0 grama em 9,0 mL de água destilada) e 1,0 mL de ácido
clorídrico concentrado. Em seguida diluir com água destilada e completar o volume até 100
mL. Usa-se esta solução após cinco horas de decantação.
Solução de amido 1%
Dissolver 1,0 grama de amido em 100mL de água destilada e sob agitação aquecer até a
ebulição. Esfriar até atingir a temperatura ambiente.
Solução de lugol:
Iodo metálico..............................................................................................................5,0 gramas
Nota: Aldeídos e cetonas apresentam reatividade diferente para oxidações brandas. Aldeídos
sofrem oxidações brandas e cetonas não. Extretanto cetoses podem sofrer reações de
oxidação devido a interconversão entre cetoses e aldoses passando pela forma enólica
(instável). Álcalis favorecem a ocorrência deste equilíbrio dinâmico devido ao rearranjo que
provoca em torno do grupo funcional.
Questões:
1) A celulose e amido são polissacarídeos que apresentam a mesma unidade de composição.
Qual é a fórmula estrutural destes compostos? O que difere um do outro?
2) Qual a diferença estrutural básica entre a glicose e a frutose?
3) Escreva a fórmula estrutural básica dos dois açúcares em questão e diga que tipo de
isômeros são.
4) o que é um açúcar invertido?
5) Ao degustarmos um pedaço de pão salgado, em poucos minutos percebemos que o sabor
salgado é substituído pelo sabor adocicado. Sugira uma possível explicação para o sabor doce.
6) Pacientes portadores de galactosemia, diabetes melito e frutosemia podem apresentar
excreção urinária de galactose, glicose e frutose, respectivamente. Os testes laboratoriais
baseados na redução do cobre (Ex: Reação de Benedict) se prestam para identificar o açúcar
excretado na urina.
Experimento 6
Reagentes:
- Ácido acético (C2:0), ácido oléico(C18:1), ácido esteárico (C18:0)
- Óleo de soja (TAGs) e margarina
- Solução alcoólica de NaOH
- NaCl saturado
- HCl 2M
- Solução de lugol
- Amido 2%
Parte Experimental:
2. Saponificação de triacilgliceróis
As ligações do tipo éster presente na estrutura dos TAGs podem ser hidrolisados pela
ação de vários agentes, incluindo enzimas (lípases), ácidos graxos e bases fortes, vapor de água
super aquecido. A hidrólise por bases é denominada saponificação, pois o ácido graxo livre
combina-se com o álcali formando sabão (sais de ácidos graxos). Na prática podemos usar
solução alcoólica de hidróxido de sódio ou potássio, pois o álcool solubilizando as gorduras,
aumenta a superfície de contato entre os reagentes e a hidrólise é mais rápida e eficiente.
Quando se utiliza hidróxido de sódio (NaOH) o sabão resultante apresenta consistência mais
sólida em comparação com o sabão de potássio (“sabão mole”).
7
Tubo Óleo de NaOH em Ferver em banho maria até Água
soja álcool obter uma mistura homogênea Agitar e observar a
1 20 gotas 2mL 3 mL formação de espuma
Exercícios:
1. Na saponificação os TAGs são convertidos em sais de ácidos graxos. Mostre estruturalmente
a reação que ocorre quando os TAGs estão na presença de base forte (NaOH).
2. Como os sabões ou detergentes atuam para remover os óleos e gorduras (TAGs)? Á água é
necessária nesse processo?
3. Que reação química ocorre com os sabões após a adição de HCl? Sabe-se que o pKa médio
dos ácidos graxos é próximo de 4,8.
Experimento 7
ROTEIRO DE AULA PRÁTICA – Determinação quantitativa de glicose
Introdução:
Vários métodos são utilizados para a dosagem de glicose em líquidos biológicos. Os
autoanalisadores utilizam métodos extremamente precisos (método de Hoffman, do
ferricianeto) mas de difícil execução manual. Os métodos clássicos de dosagem da glicemia
correspondem ao da orto-toluidina e da glicose-oxidase, onde a normalidade encontra-se
entre valores de 70 a 110 mg/dl. Um aumento na concentração de glicose circulante pode
estar relacionado à predisposição para diabetes.
Este método baseia-se na condensação (a 100oC) da orto-toluidina com o grupamento
aldeídico da glicose formando uma mistura em equilíbrio de glicosilamina e a base de Schiff
correspondentes (um cromogênio verde). A intensidade da coloração é proporcional à
concentração da glicose presente no soro ou plasma, seguindo, portanto, a Lei de Lambert-
Beer, possibilitando a determinação da absorvância máxima em 630 nm.
Material e Reagentes:
Material: a) 1 pipeta automática de 50 µL; b) 12 ponteiras; c) 1 pipeta volumétrica de 3mL; d) 1
sistema para banho maria fervente (caneca de alumínio, tripé e tela de amianto); e) 12 tubos
de ensaio limpos e secos f) 2 cuvetas de vidro, f) espectrofotômetro.
Parte Experimental:
Prepare os tubos abaixo, seguindo os dados da tabela:
Tubo Reagente Ácido Padrões Amostras Abs Glicose
Cromogênico benzóico (µL) de plasmas (630 nm)*
(mL) 0,25% (µL)
(µL)
Branco 3 50 - Incubação 0
P50 3 50 em banho 50
P100 3 50 fervente 100
P150 3 50 durante 10 150
P200 3 50 minutos. A 200
P250 3 50 seguir 250
P300 3 50 resfriá-los 300
A0 3 50 sob água
A30 3 50 corrente
A90 3 50
A120 3 50
B0 3 50
B3 3 50
B90 3 50
B120 3 50
* A leitura deverá ser realizada contra o branco
A e B se referem às amostras de plasma de pacientes A e B no tempo 0 (sob jejum) a após 30,
90 e 120 minutos da ingestão da solução padrão de glicose.
2- Série diabética
NOTAS
a. A urina e o líquor podem seguir a metodologia direta para o soro ou plasma.
b. A hemoglobina até 350 mg/dl e a bilirrubina até 20 mg/dl não interferem no método sem
desproteinização. Quantidades maiores dão erros positivos.
c. A lactose e a galactose, presentes em casos de gravidez e durante a lactação ou em casos
raros de galactosemia infantil, podem reagir com a ortotoluidina, manose também.
d. É importante o uso de ortotoluidina, a mais incolor possível. A adição de tiouréia como
antioxidante confere ao reativo uma cor ligeiramente amarelada. A absorbância desta solução
frente a um branco de ácido acético não deve ser superior a 0,015
e. É recomendável não desproteinizar com ácido perclórico. O resfriamento, em água muita
fria, pode provocar turvação.
f. A reação segue a lei de Beer até 1.500 mg/dl. Quando os valores forem maiores que 300
mg/dl, diluir a solução final com reativo de cor, efetuar novamente as leituras e calcular,
multiplicando o resultado final pelo fator de diluição, até 1.500 mg/dl.
g. Somente os métodos do ortotoluidina e da hexoquinase fornecem resultados exatos para a
glicose urinária, em concentrações inferiores a 0,2 g/dl.
VALORES DE REFERÊNCIA
Soro e plasma – 70 a 110 mg/dL
Sangue total – 60 a 100 mg/dL
Líquor – 40 a 70 mg/dL
Urina – até 30 mg/dL ou até 0,25 g/24 horas.
Experimento 8
Material e Equipamento:
a) 1 pipeta automática de 100 µL e 15 ponteiras; b) 01 pipeta de 5 mL e 1 pipetador
automático; c) 1 banho-maria a 37oC com tampa; d) 10 tubos de ensaio limpos e secos; e) 01
colorímetro ou espectrofotômetro; f) 1 par de cubetas de vidro.
Reagentes:
1- Reativo cromogênico
2- Solução-estoque de 400mg de colesterol em 100 mL de ácido acético glacial
3 – Soluções padrão de colesterol em ácido acético glacial: P100 (100 mg.dL-1), P200 (200
mg.dL-1), P300 (300 mg.dL-1), P400 (400 mg.dL-1).
4 – Ácido acético glacial.
Parte Experimental:
Prepare os tubos abaixo, de acordo com os dados da tabela:
Tubo Reagente Padrões Amostras Ácido Abs Colesterol
cromogênico (µL) (µL) acético (410 mg.dL-1
(mL) (µL) Agitar os nm)*
tubos e
Branco 5 - - 100 incubá-los 0
P100 5 100 - - durante 15 100
P200 5 100 - - min a 37oC 200
P300 5 100 - - em banho 300
P400 5 100 - - tampado 400
Paciente A 5 - 100 -
Paciente B 5 - 100 -
* A leitura deverá ser realizada contra o branco
Resultados: