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-----------------------------------Bioquímica Estrutural

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A bioquímica é a ciência que estuda os processos químicos que ocorrem É uma molécula polar - os eletrões das ligações covalentes O-H estão
nos organismos vivos. distribuídos assimetricamente pois são mais atraídos pelo núcleo do
De uma maneira geral, consiste no estudo da estrutura molecular e oxigénio do que pelo núcleo do hidrogénio.
função metabólica de biomoléculas, biopolímeros e componentes
celulares e virais, como proteínas (proteómica), enzimas tenzimologia) As moléculas de água podem estabelecer interações entre o dipolo negativo
carboidratos, lípidos, ácidos nucleicos (biologia molecular), entre outros. de uma molécula e um dos dipolos positivos de outra molécula.
Ligação fraca designada ponte de hidrogénio
A bioquímica é a química da vida!

Existem 92 elementos que ocorrem naturalmente, mas os seres vivos


apenas são feitos de uma pequena porção desses elementos

Carbono – C ; Hidrogénio – H ; Oxigénio – O ; Azoto – N


(Constituem cerca de 96,5% do peso de um ser vivo)

Numa ponte de hidrogénio,


C, H, N, O - compostos mais leves a formar ligações covalentes - baixo o átomo de H está
peso atómico torna os compostos resultantes particularmente estáveis
“ensanduichado” entre dois
porque a força da ligação covalente é inversamente proporcional aos
pesos atómicos dos elementos envolvidos na ligação átomos eletronegativos (que

atraem eletrões)

A composição dos seres vivos


A água sofre ionização parcial
difere marcadamente da
composição do ambiente formando iões que também
inorgânico circundante participam em imensas reações

(ácido-base)

ÁGUA
molécula polar ionização
Todos os organismos ativos contêm entre 45 a 95% de água -
normalmente 75 a 85%
Nenhum organismo pode permanecer biologicamente ativo sem água.
Participa em muitas reações químicas dentro da célula e é o meio onde a
maior parte das reações da célula ocorrem. tornam a água um excelente
solvente de imensas moléculas

1
Substâncias hidrofílicas As moléculas orgânicas possuem um esqueleto de carbono ao qual
podem estar ligados grupos de átomos com propriedades físicas e
químicas características que influenciam o comportamento das moléculas

Grupos funcionais
(com O, N, P, S)

Grupos funcionais – Carbono


- Substâncias que se dissolvem na água
- Iões e moléculas polares

Substâncias hidrofóbicas

Grupos funcionais – Oxigénio

- Moléculas com preponderância de ligações apolares (C-H) são


insolúveis em água – não há estabelecimento de interações entre os dois
tipos de moléculas

Grupos funcionais –Azoto

CARBONO
 É invulgar entre todos os elementos pela sua capacidade para
formar grandes moléculas

 É leve (baixo peso atómico) e possui 4 eletrões no último


orbital podendo formar 4 ligações covalentes

 pode formar ligações C-C altamente estáveis formando


cadeias e anéis e gerando uma variedade imensa de moléculas
complexas 2
Grupos funcionais – Enxofre

Grupos funcionais – Fosfato

Acetil-CoenzimaA

MACROMOLÉCULAS
Açúcares Polissacarídeos
GLÍCIDOS

Ácidos gordos Lípidos/Membranas


LÍPIDOS

Aminoácidos Péptidos/Proteínas
PRÓTIDOS
Nucleótidos DNA/RNA
ÁCIDOS
NUCLEICOS

Química da vida inclui quatro famílias principais de moléculas


orgânicas pequenas que dão origem a 4 famílias de macromoléculas

1. Prótidos
PROTEÍNAS

Polímeros de
aminoácidos - cadeias
lineares de combinações
de 20 aminoácidos
diferentes, codificados
geneticamente, ligados
entre si por ligações
peptídicas.
Adquirem
espontaneamente uma
forma tridimensional
definida pela sequência
de aminoácidos.

Forma tridimensional específica necessária para as


suas funções específicas

- As proteínas desempenham diversas


funções biológicas, nomeadamente de
catálise, de sinalização,
movimento, regulação, defesa (anticorpos),
transporte e desempenha
ainda um importante papel estrutural
(músculos). Aminoácidos essenciais (phe, val, thr, trp, met, leu, ile, lys, and his) são
aqueles que o organismo não é capaz de sintetizar, mas é necessário para
o seu funcionamento.
AMINOÁCIDOS
 Um grupo carboxílico e um grupo amina ligados ao mesmo
carbono
 Cada aminoácido tem a mesma estrutura tetraédrica base

 Variedade resulta da cadeia lateral (20 tipos de cadeia lateral)


também ligada ao mesmo carbono

Cadeias laterais dos aminoácidos conferem à proteína


propriedades particulares sendo responsáveis pela sua
especificidade
Abreviaturas comuns  Os aminoácidos que constituem as proteínas têm a configuração L
 O carbono alfa é um centro quiral
 Em todos os aminoácidos o carbono alfa é assimétrico exceto a
glicina

Modificações pós-tradução
Alguns aminoácidos podem ser
modificados durante ou após a
biossíntese da estrutura primária
(140 aa).

Dissociação dos a.a Regulação da função de proteínas

Em solução, a pH neutro, a forma predominante é a dipolar


(duplamente carregada) também chamada de Zwitterião ou ião de
 Acetilação (com grupo CH3CO) do grupo amina terminal
Zwitter
 Amidação do grupo carboxilo terminal
 Hidroxilação (Pro / Lys – estabilidade do colagénio)
 Carboxilação (Glu – protrombina e osteocalcina)
 Iodinação da Tyr Fosforilação (com grupo PO4 ) de grupos –OH
Ponto isoelétrico  Oxidação de grupos –SH
 Glicosilação –
glicoproteínas
É o valor de pH ao qual o  Nitração da Tyr
aminoácido possui uma  Nitrosação de grupos –
SH
carga global neutra
 Glutationilação - GSH

Isto não significa que o


aminoácido não tenha carga! LIGAÇÃO
PEPTÍDICA
Estabelece-se entre o grupo carboxílico de um aminoácido com o
grupo amina do aminoácido seguinte

O grupo hidroxilo do primeiro aminoácido junta-se com um hidrogénio


do aminoácido seguinte para formar uma molécula de água

Polímero linear
 Péptidos são as cadeias constituídas até 20 aminoácidos
 Oligopéptidos se são constituídas entre 20 a 50 aminoácidos Estrutura Secundária
 Proteínas se são constituídos por mais de 50 aminoácidos
(normalmente, não mais de 3000)
 Forma tridimensional de segmentos locais de proteínas.
 Elementos estruturais secundários mais comuns:

Alfa-hélice (α-helix)

CONFORMAÇÃO DE Estabilizada por ligações de H

PROTEÍNAS
 Arranjo especial dos átomos numa proteína (3D) Função
 Termodinamicamente mais estável
 Proteínas nativas - na sua conformação funcional
 Estabilizada por ligações fracas (ligações hidrogénio, interações
hidrofóbicas e ligações iónicas)

Proteínas globulares
Proteínas fibrosas
Folhas beta (β-sheets) – cadeia zig-zag

Estrutura Primária

folhas-β paralela
folhas-β antiparalela

A estrutura
Dobras beta (β-turns)
Estrutura Quaternária

quaternária de uma proteína ocorre quando esta é constituída por mais


do que uma cadeia peptídica com estrutura terciária, ou subunidades,
idênticas ou diferentes

Estrutura Terciária

Estrutura Terciária: Tipos de Ligação


TIPOS DE PROTEÍNAS
No “enrolamento” que origina as várias conformações, assumem
grande importância, para além das pontes de hidrogénio, as pontes
dissulfureto: Proteínas Globulares – Proteínas Fibrosas – cadeia
cadeia polipeptídica em forma polipeptídica em longas folhas
esférica ou globular

• Vários tipos de estruturas • Um tipo de estrutura


secundárias secundária
• Enzimas e regulação • Estrutura terciária simples
• Suporte, forma, proteção
externa

Proteínas Fibrosas

• Agregam-se em estruturas alongadas com a forma de fibras ou folhas.


• Repetição simples de um tipo de estrutura secundária
• Função estrutural
• Força e flexibilidade
• Insolúveis em água (grande concentração de aminoácidos
hidrofóbicos)
• Ex: α -queratina, colagénio, fibras da seda

Queratina
(Força do Cabelo, lã, unhas, garras, etc.)
A cisteína é o principal aminoácido que compõe a queratina, uma
proteína essencial para a força e vitalidade das unhas e de outros tecidos
do corpo

Coiled-coil: 2 α-queratinas
orientadas em paralelo
enroladas (estrutura quaternária)

Superfícies em contacto com


aminoácidos hidrofóbicos (Ala,
Val, Leu, Ise, Met, Phe)

Estrutura quaternária
DESNATURAÇÃO estabilizada por cross-link com ligações dissulfato (-S-S-)

Perda da estrutura
terciária

Perda de função

DESNATURAÇÃO/RENATURAÇÃO

Colagénio
(Força dos tendões, ossos, pele,
ligamentos, cartilagem, etc.) Proteínas Globulares
Cadeia - α: α -hélix com 3 a.a
por volta Mais complexas, com cadeias enroladas em si próprias, com aparência
Gly – X – Y esférica. São solúveis água. Diversidade estrutural e função estrutural.
X: normalmente Pro
Y: normalmente 4 -Hyp

Coiled -coil: 3 cadeias - α


enroladas (estrutura quaternária)

Cross-link com Lys, HyLys ou His em posição X ou Y (ligações


covalentes)

Seda
Fibroína: folhas-β; Ala e Gly Enzimas, proteínas de transporte, proteínas de regulação,
imunoglobulinas, etc.
Ligações de hidrogénio entre todas as ligações peptídicas nos
polipéptidos de cada folha-β e interações de Van der Walls entre ex: Hemeproteínas
folhas-β São apoproteínas cujo
grupo prostético é o núcleo
Seda não estica, pois, as cadeias já estão esticadas, mas é flexível Heme. Incluem:
devido às interações fracas a) mioglobina
b) hemoglobina
c) catalase
d) citocromos
e) peroxidase

O grupo Heme possui uma


componente metálica, uma estrutura orgânica rica em azotos que
mantém o ferro no centro do grupo. Este grupo tem pouca afinidade com
a água

Mioglobina
• Reservatório de oxigénio nos
Citoesqueleto músculos
Podem ser de três tipos: • Cadeia polipeptídica e um grupo
a) Microfilamentos heme (liga oxigénio molecular) no
b) Microtúbulos centro hidrofóbico
c) Filamentos
intermediários
Hemoglobina
• Transporte de oxigénio
• 4 cadeias polipeptídicas, cada
com um grupo heme

A mioglobina é muito parecida à hemoglobina só que está nos


músculos, onde reserva oxigénio, logo não é transportada ao longo da
Tipos de Hemoglobina
corrente sanguínea como a hemoglobina.

O único estado de oxidação do ferro é o 2+, qualquer mudança irá


comprometer o transporte de oxigénio
Hemoglobinopatias
Doenças de origem genética
O monóxido de carbono (CO) é estruturalmente muito parecido ao
oxigénio (O2) por isso uma pequena quantidade de monóxido de a) alteração da seq. DNA
carbono presente, produz-se mais quantidade dessa substância b) alteração da síntese da apoproteína
c) combinação de a) e b)
O Cianeto (CN-) interfere com a ligação do oxigénio
Hemoglobina S
Forma mais comum, responsável pela anemia falciforme

Hemoglobina M
Produção de metaglobulinas (incapazes de oxigenação reversível, Fe3+
--» não se liga ao oxigénio)

Talassémias
Há uma redução da síntese de uma ou mais das cadeias de globina,
desequilibrando as quantidades relativas das cadeias
α-Talassémia- síntese de α reduzida /ausente
β-Talassémia- síntese de β comprometida
A hemoglobina está mais saturada nos pulmões. Ela solta oxigénio nos
tecidos. Porquê? Nos diferentes tecidos temos um metabolismo ativo.
Nos tecidos onde o metabolismo está mais ativo, o pH é ligeiramente
mais baixo, assim a pressão de O2 nos tecidos é mais baixa e o Imunoglobulinas
oxigénio da corrente sanguínea vai ter tendência a ir para os locais em - Reconhecimento de elementos estranhos
que tem menos concentração. A diferença de pH favorece este tipo de - Anticorpos
transporte.

Hemoglobina A (HbA ou
a2/b2)
 Encontra-se em condições fisiológicas no
interior dos glóbulos vermelhos;
 Representa ⅔ das proteínas do sangue
 Ocupa 34 a 54% do V sangue
(hematócrito) Músculo
 Sintetizada nos eritroblastos e Exemplo de notável organização supramolecular e com capacidade de
reticulócitos (5 a 6 g/dia) sofrer
 Glico-hemoglobina reorganizações
reversíveis

2. Glícidos
FUNÇÕES DOS HIDRATOS
Trioses (3C)
Tetroses (4C)
Número de Carbonos Pentoses (5C)
DE CARBONO Hexoses (6C)

 Armazenamento e fonte de energia e de intermediários metabólicos
 Componentes estruturais do DNA e RNA
 Componentes estruturais da parede celular de bactérias e plantas
(polissacarídeos) Trioses
 Comunicação célula-célula e célula-meio (Ligados a proteínas e
lípidos)

Monossacarídeos (CH2O)n
Oligossacarídos 3<n<9
Polissacarídeos

Dissacarídeos Carbono Anomérico


Trissacarídeos (com o grupo carbonilo)
Número de
Tetrassacarídeos
monossacarídeos
Pentassacarídeos Carbonos assimétricos
… (carbonos quirais)

Um monossacarídeo é um aldeído ou uma cetona polihidroxilado Carbono de Referência


(último carbono assimétrico)

D-Aldoses

Aldose Cetose
D-Cetoses
Enantiómeros

carbono quiral

4≠substituintes

Pentoses e hexoses adquirem forma ciclica e formam anéis –


Piranose e Furanose Diasterioisómeros
(o carbono anomérico
liga-se ao carbono de
referência)

Forma ciclica

Mutarrotação

Isometria

A mesma fórmula molecular e conformação estrutural diferente.

Enantiómeros – objeto e imagem


Diasterioisómeros - não são objeto e imagem; desviam a luz
polarizada em ângulos diferentes

 Epímeros – diferem apenas num carbono quiral


 Anómeros – epímeros que diferem no carbono anomérico
Furanoses e
Conformacional – interconversão por rotação sobre ligações simples
C-C Piranoses
Isomerismo conformacional

furanoses
Dissacarídeos:
• podem ou não ser açúcares
redutores (depende se têm os 2
carbonos anoméricos envolvidos na
ligação glicosídica)

• Lactose – ligação 1,4 (C1 da aldose


e C4 da aldose) redutor

• Sacarose – ligação 1,2 (C1 da aldose


e C2 da cetose) não redutor

AÇÚCARES
AÇÚCARES REDUTORES COMPLEXOS
TESTE DE BENEDICT

A glicose e a frutose por exemplo são açúcares redutores por possuírem o


grupo –OH ligado ao carbono anomérico livre

capazes de se oxidarem na presença de agentes oxidantes


sob ação do calor
Ácido ascórbico (Vitamina C)
LIGAÇÃO GLICOSÍDICA Dissacarídeos Complexos

Polissacarídeos

Holósidos -São os oligossacarídeos e
polissacarídeos que, por hidrólise,
produzem somente monossacarídeos.
Açúcar encontrado em plantas e
vegetais.

Heterósidos -São os oligossacarídeos
e polissacarídeos que, por hidrólise,
produzem monossacarídeos e outros
Dissacarídeos compostos

Não ramificado Ramificado


Ligação α-1,2
Entre dois carbonos anoméricos
Não redutora
Sacarose de cana, beterraba
Clivada pela sucrase Celulose
Função estrutural

Ligação β-1,4
Redutora
Leite
Clivada pela lactase

Ligação α-1,4
Redutora
Clivada pela maltose

Tipo de ligação α – mais flexível


Ligação β-1,4 Tipo de ligação β – mais rígida
Redutora
Celulose
Amido Quitina
reserva de glucose em plantas

Suporte
Conchas dos crustáceos e carapaças dos insetos

Glucosaminoglicanos ou
mucopolissacarídeos
Amido vs Celulose

 Armazenamento
 Mais rígida
(reserva)
 Estabilizada por Proteoglicanos
 Presente nas algas e (Glucosaminoglicanos ligados a proteínas)
pontes de H
vegetais
 Componente da
parede celular
 Não digerimos a
celulose
Lubrificantes

Glicogénio Tecido conjuntivo e


cartilagem
reserva de glucose nos animais
Matriz extracelular

Glicoproteínas
proteínas com cadeias laterais de oligossacarídeos

Recetores membrana
Reconhecimento e interação agentes infeciosos

Peptidoglicano
3. LÍPIDOS
A característica fundamental dos lípidos é a sua insolubilidade em água e
a solubilidade em solventes orgânicos

Derivados por esterificação e por outras modificações de ácidos


orgânicos monocarboxílicos, chamados ácidos gordos (saponificáveis)

Derivados por aposição e posteriores modificações de unidades


isoprenóides (não saponificáveis)

Funções:
Energética: Combustível de alto valor calórico (10 kcal/g). Em termos
celulares só admitem degradação aeróbica (respiração) Na célula
Estrutural: Formam as membranas plasmáticas de todo o tipo de seres os ácidos
vivos insaturados
Informativa: Sinais químicos (hormonas) como esteróides, apresentam
prostaglandinas, retinóides, leucotrienos, calciferóis, etc. a forma cis

1.2 Icosanóides
Componentes dos lípidos
1. Ácidos Gordos
Ácidos Gordos Saturados

Ácido palmítico (forma ionizada Metabolismo dos Icosanóides


ou palmitato)
Ácidos Gordos Insaturados

Ácido oleico (forma ionizada ou


oleato)
2. Isoprenóides Vitaminas lipossolúveis
São substâncias essenciais necessárias em pequeníssimas quantidades
O isopreno é um hidrocarboneto insaturado de cinco carbono, com
para inúmeras funções orgânicas. Caracterizam-se pelas suas
ligações duplas e configuração trans. São derivados deste composto os
propriedades lipossolúveis. Em excesso podem provocar toxicidade,
responsáveis por cores, aromas e sabores espalhados por todo o mundo
enquanto que em carência pode provocar deficiências alimentares.
vivo.

Vitamina A ou Retinol
Origem animal;
Realiza ações importantes na fisiologia da visão;

Vitamina E ou Tocoferol
Origem vegetal – óleos e azeites;
Efeito antioxidante
O isopreno polimeriza-se facilmente para originar:

Vitamina K
Terpenos Origem vegetal – frutas e legumes; na flora bacteriana intestinal;
Estrutura linear ou ciclica de 2 a Efeito anticoagulante.
6 subunidades de isopreno

Carotenoides
Lípidos de importância fisiológica
Estrutura linear com 8
subunidades de isopreno

Esteroides
Estruturas cíclicas

Esteroides
São derivados isoprenóides cíclicos formados por 17 carbonos dispostos
em 3 anéis hexagonais e 1 anel 1 – Triglicéridos
pentagonal cuja estrutura básica
O nome comum dado a este grupo de lípidos
ou núcleo esteroide forma o
é de triglicéridos, no entanto a designação
esqueleto de importantes
correta é acilgliceróis. Tanto numa
substâncias biológicas entre as
designação como na outra, está implícito o
quais se encontram o colesterol, ácidos biliares e seus sais e hormonas
glicerol.
esteroides.

Os ácidos gordos têm uma grande facilidade


em esterificar com álcoois orgânicos.
O glicerol é um pequeno tri-álcool orgânico
com apenas 3 carbonos
Glicolípidos

Simples: o mesmo tipo de ácido gordo nas 3 posições

A esfingosina é obtida a partir da serina e do ácido palmítico


Mistos: 2 ou 3 tipos de ácidos gordos. São os mais comuns.

Apolares, hidrofóbicos, praticamente insolúveis em água.


Membranas biológicas
Armazenamento de energia em gotículas no citoplasma das células

Lipases: enzimas que catalisam a hidrólise dos triglicéridos e libertam os


ácidos gordos que são transportados para onde é necessária energia.

2 – Fosfolípidos

Lípidos de
membrana
Entre os lípidos que compõem a
membrana os fosfolípidos são os
mais abundantes. Os fosfatos
podem conter grupos polares
adicionais como a colina, a
etanolamina, serina e inositol aumentando a hidrofilia.
O colesterol pode estar presente até 50% da totalidade dos lípidos de membrana. É
mais pequeno e menos antipático que os fosfolípidos.
Outros lípidos como ceramidas e esfingolípidos também podem fazer parte da
membrana. A distribuição dos lípidos de membrana é assimétrica

Colesterol Transporte transmembranar


- A fluidez das membranas é influenciada pelo seu conteúdo em colesterol. Este
afeta a temperatura de transição entre ordem e desordem das membranas.
– Interage com as caudas dos
fosfolípidos promovendo a sua rigidez.
– Promove a rigidez das “caudas” dos
fosfolípidos e por isso diminui a
permeabilidade da membrana a
pequenas moléculas solúveis na água.
– Impede a demasiada aproximação das “caudas” dos fosfolípidos, impedindo as
membranas de cristalizarem (de congelarem), fazendo o mesmo papel dos ácidos
gordos com ligações duplas.

Movimentos nas
membranas
a) Movimento de flexão entre os resíduos
de ácidos gordos que constituem um
fosfolípido;
b) Movimento lateral dos lípidos ao longo
de um folheto
c) Translocação de lípidos entre os dois
folhetos da membrana ou flip-flop.
Os movimentos lateral e de flexão são movimento rápidos enquanto que o flip-
flop é um movimento lento.

Proteínas de
membrana
• Proteínas integrais (transmembranares)
• Proteínas periféricas
• Proteínas anfitrópicas

Funções
• Adesão celular
• Endocitose / exocitose
• Fusão membranar

As proteínas são moléculas com propriedades anfipáticas uma vez que podem ser
constituídas por aminoácidos hidrofóbicos e
hidrofílicos na mesma molécula peptídica.
Na imagem ao lado, podemos ver como os
resíduos aminoácidos apolares
(hidrofóbicos) estão embebidos na região
interna da membrana, junto com os resíduos
de ácidos gordos e como a glicina, prolina,
isoleucina e metionina. Na imagem
podemos também ver exemplos de
aminácidos polares (hidrofílicos) que estão
em contacto com os ECF e ICF, como por exemplo o aspartato, serina, tirosina e
Aquaporinas
Proteínas membranares que formam canais através dos quais se dá a difusão da
glutamato.
água.

Ionóforos
São transportadores de iões e que se dividem em
duas classes: carriers e canais.
Dois ionóforos (transportadores de iões)
microbianos e que são atualmente usados como

antibióticos: Valinomicina e Gradinamicina A.

Valinomicina
A Valinomicina é um transportador do tipo carrier. É uma molécula
circular que transporta K+ e é constituída por 3 unidades da sequência
representada abaixo:

A valinomicina é anfipática: o interior desta molécula é polar enquanto


que o exterior é hidrofóbico.

Gramicidina A
A Gramicidina é outro exemplo de antibiótico ionóforo (transportador de
iões), um péptido que forma um canal na bicamada lipídica.
Possui aminoácidos tanto na forma D- como na forma L-.
Este péptido dimeriza em forma de -hélice

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