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PL2 - Preparação e padronização de uma solução de HCl e de

uma solução de NaOH

A análise volumétrica corresponde a um procedimento em que é medido o volume de reagente


necessário para reagir com um determinado analito. Para isso, são adicionados incrementos de
solução reagente (titulante) ao analito (titulado) até reação completa. Da quantidade de titulante
utilizada calcula-se a quantidade de analito presente.
As reações químicas devem ser:
§ Completas (ter uma constante de equilíbrio elevada);
§ Rápidas;
§ Estequiometricamente bem definidas;

No momento em que a quantidade de titulante adicionado é exatamente a necessária para a


reação estequiométrica com o analito diz-se que chegou ao ponto de equivalência (que
corresponde ao ponto final ideal da titulação). O que na realidade é medido é o ponto final da
titulação.
O ponto final é detetado por uma súbita mudança de uma propriedade física da solução (cor,
pH, etc.). A validade do resultado analítico depende de sabermos com rigor a quantidade
utilizada de reagente. Por um lado, teremos de ter à disposição um método de deteção do ponto
final da titulação o mais próximo possível do ponto de equivalência, por outro lado e, por outro
lado, saber com o máximo de rigor a concentração do titulante (solução padrão) e o volume
utilizado para chegar ao ponto final da titulação. Os métodos de deteção do ponto final incluem:
• Deteção de mudança brusca de potencial ou corrente entre um par de elétrodos;
• Observação de mudança de cor de uma substância auxiliar (indicador);
Um indicador é um composto com uma propriedade física (normalmente a cor) que muda
bruscamente perto do ponto de equivalência devido ao desaparecimento do analito ou
aparecimento do excesso de titulante.
Quando o reagente não corresponde a um padrão primário torna-se necessário efetuar a
padronização através de titulação com um padrão primário ou através de titulação com uma
solução padrão.

• Padrão primário
Pode ser preparado por diluição de uma massa rigorosamente determinada de uma substância.
Esta deve ser:
- Estável;
- Não higroscópica;
- De elevada pureza;
- Massa molecular elevada;
- Facilmente acessível e não muito dispendiosa;

• Padrão secundário
A concentração é determinada por titulação com um padrão primário, designando-se este
processo por padronização. Normalmente, não são muito estáveis, pelo que se torna necessário
padronizá-las periodicamente.

Titulação ácido-base
A reação entre um ácido e uma base é chamada reação de neutralização e é o tipo de reação
utilizada pela titulação ácido base. Um exemplo é a reação entre o ácido clorídrico e o hidróxido
de sódio:

Esta equação química balanceada diz-nos o nº de moles de ácido necessárias para reagir
completamente com um determinado nº de moles de base.
Na titulação ácido-base utiliza-se esta informação para determinar a concentração de uma base
(ou um ácido) numa solução fazendo-a reagir com um volume conhecido de solução de ácido
(ou base) de concentração conhecida.
Genericamente,

onde C e V correspondem à concentração e ao volume de ácido e de base (índice a e b) e na e nb


são os coeficientes estequiométricos do ácido e da base considerada. Na reação de cima na = nb
= 1.
No caso de uma titulação ácido forte – base forte o pH (pH = -log [H+]) no ponto equivalência é
7 porque nesse momento o ácido (ou base) foi completamente neutralizada pela base (ou ácido).
Assim, a concentração de H+ existente na solução provêm apenas da dissociação da água.
Havendo um ligeiro excesso de ácido ou de base leva a que o valor de pH seja bastante diferente
de 7, consequentemente próximo do ponto de equivalência assiste-se a uma mudança brusca e
abrupta do pH da solução.
Esta circunstância é aproveitada na deteção do ponto final pela utilização de um indicador que
mude de cor com essa mudança brusca do pH. No caso de uma titulação ácido fraco – base forte
ou ácido forte – base fraca no ponto de equivalência a concentração de H+ existente não é só a
correspondente à dissociação da água porque haverá sempre que considerar o equilíbrio da
dissociação do ácido fraco ou da base fraca e, portanto, o pH será diferente de 7 e a alteração
que se verifica no valor de pH próximo do ponto de equivalência não será tão brusca nem tão
abrupta como na situação anterior.
Relativamente ao indicador que pode ser usado, será também necessário que a zona do pH (zona
de viragem do indicador) coincida com a zona de mudança de pH da titulação próximo do ponto
de equivalência. Por exemplo, na titulação do ácido acético com hidróxido de sódio:

Neste caso, o ácido acético liberta o anião carboxilato, que reage com as moléculas de água do
meio, regenerando uma pequena parte do ácido original e libertando aniões hidróxido para o
meio, gerando a alcalinidade no ponto de equivalência.

Preparação e padronização de uma solução de HCl


A solução de HCl é preparada a partir da solução de HCl concentrado (cerca de 12M). Trata-se
de uma solução saturada que tem cerca de 37 em massa de HCl e densidade 1,18g/cm3 . Nestas
condições o HCl concentrado não é um padrão primário e será necessário padronizar a
solução através de uma volumetria de ácido-base utilizando como substância primária o bórax
(tetrahidroxiborato de sódio).

O boráx utilizado na titulação tem como fórmula molecular Na₂B₄O7·10H2O. Para se conseguir
obter o bórax decahidratado é necessário condicionar o boráx num ambiente com humidade
controlada.
O boráx em solução aquosa dá origem ao anião tetrahidroxiborato, [B(OH)₄]⁻ , e ao ácido
ortobórico, H₃BO₃:

O anião tetrahidroxiborato é a base conjugada do ácido ortobórico, cuja a protólise é assim


representada:

Atendendo a este valor de constante de acidez pode inferir-se que o ácido ortobórico é um ácido
muito fraco, deste modo a base conjugada será uma base intermédia. O anião tetrahidroxiborato
será, assim, a partícula que irá reagir com a solução ácida a titular. Atendendo às equações
referidas na dissolução do bórax e à reação de titulação pode concluir-se que:

Nesta titulação o indicador utilizado será o vermelho de metilo com azul de metileno. Este
indicador apresenta uma viragem de verde (cor característica quando existe excesso do anião
tetrahidroxiborato, a solução é básica) para rosa (cor característica quando passa a existir
excesso de H+ , a solução é ácida).

Preparação e padronização de uma solução de NaOH


O hidróxido de sódio, muitas vezes apresentado na forma de palhetas ou de pastilhas, não é
uma substância primária pois para além de ser deliquescente reage facilmente com o dióxido
de carbono do ar formando Na₂CO₃ cuja concentração aumentará com o aumento do tempo de
exposição ao ar, diminuindo a concentração de hidróxido.
Existem vários padrões primários que podem servir para padronizar soluções de NaOH, como é
o caso do hidrogenoftalato de sódio, mas como teremos já padronizado a solução de HCl vamos
utilizá-la para padronizar a solução de NaOH.
Para preparar soluções diluídas de NaOH com concentração aproximada de uma forma expedita
pode recorrer-se a uma solução concentrada de NaOH a 50% em massa (e densidade  1,50),
em que o Na₂CO₃ é insolúvel, usando o líquido sobrenadante. As soluções alcalinas devem
estar protegidas do ar (para não absorverem CO ₂) e guardadas em frascos de polietileno. Não
devem estar em contacto prolongado com o material de vidro já que o atacam facilmente. Ou
então utilizar o hidróxido de sódio sólido

PL3 - Preparação de soluções tampão simples e complexas


Uma solução-tampão consiste, basicamente, num par ácido fraco – base conjugada, que resiste a
variações de pH quando pequenas quantidades de ácidos ou bases lhes são adicionadas ou
quando ocorre diluição.
Os Químicos utilizam tampões sempre que é necessário manter o pH de uma solução num valor
constante e pré-determinado. Os Bioquímicos, por sua vez, interessam-se particularmente em
tampões, uma vez que os sistemas biológicos e o seu funcionamento são criticamente
dependentes do pH.
A equação central para o estudo e compreensão das soluções tampão é a equação de Handerson-
Hasselbach, que consiste num rearranjo da expressão da constante de equilíbrio, Ka, para a
dissociação de um ácido fraco

Esta última expressão corresponde, então, à expressão de Handerson-Hasselbach.


Quando uma solução tampão é preparada a partir de uma base fraca, B, e do seu ácido
conjugado, BH+, a equação de Handerson-Hasselbach toma a forma:

A partir da equação de Handerson-Hasselbach é possível calcular o pH de uma solução


composta por um par ácido fraco/base conjugada, desde que se conheça o valor de pKa da
forma ácida e a razão entre as concentrações da base conjugada e do ácido. Note-se que o
pKa é aplicado às formas ácidas HA e BH+.
A adição de ácido ou base a uma solução tampão composta por um ácido fraco e pela sua base
conjugada interfere com os equilíbrios exemplificados a seguir:

Na prática, quando se misturam quantidades calculadas de um ácido fraco e da sua base


conjugada, para preparar um tampão, o pH da solução resultante não é exatamente o esperado.
A principal razão desta discrepância prende-se com o facto de o pH ser dependente das
atividades do ácido e da base conjugada e não propriamente da sua concentração. Por este
motivo, após a preparação de uma solução tampão é necessário ajustar o pH, até ao valor
pretendido, pela adição de pequenas quantidades de ácido ou de base.
• Um bom exemplo de solução tampão é o nosso sangue. As trocas gasosas que este realiza
(transporte de oxigénio e dióxido de carbono) só acontecem porque o sangue está tamponado
com pH em torno de 7,3 a 7,5.
• Quando há variação de pH, o equilíbrio químico altera -se, podendo provocar acidose
sanguínea (sangue mais ácido) ou alcalose sanguínea (sangue mais básico). Em ambos os casos,
uma variação de 0,4 no pH sanguíneo pode levar à morte da pessoa.

As soluções tampão podem ser simples, mas também podem ser constituídos por misturas
complexas de solutos, como acontece com o soro sanguíneo humano ou a fase líquida do
interior das células, em que se verifica a existência de múltiplos pares de ácido-base,
conjugados, fracos.

Portanto na fase líquida, teremos:

Compreende-se, a partir daqui, que o CO₂ dissolvido e o seu produto hidratado (H₂CO₃)
funcionem como um conjunto, um compartimento. Por isso, poderemos escrever:

Neste trabalho experimental serão preparadas soluções tampão acetato. Estas soluções
consistem no par conjugado CH₃COOH e CH₃COONa.
PL4 - Química dos aminoácidos: Titulação de ácidobase de
aminoácidos. Determinação de valores de pKa, pKb e pI
Os aminoácidos são moléculas que contém simultaneamente um grupo carboxilo e um grupo
amina. Em bioquímica, este termo é usado como termo geral para referir os aminoácidos alfa
(α). Aminoácidos em que os grupos amino e carboxilo estão ligados ao mesmo carbono,
carbono α.

+
Os aminoácidos apresentam-se na forma de zwiteriões ( NH₃CHRCOO⁻ )
quando estão num meio a pH neutro e são moléculas anfotéricas que podem ser
tituladas quer com soluções ácidas, quer com soluções básicas.
+
A forte carga positiva presente no grupo amina (-NH ₃ ) induz uma tendência para que o grupo
ácido (-COOH) perca um protão, pelo que podemos considerar os aminoácidos como ácidos
fortes. Alguns aminoácidos têm, nas suas cadeias laterais, outros grupos ionizáveis que também
podem ser titulados.
O conhecimento das propriedades ácido-base dos aminoácidos é extremamente importante para
a análise e compreensão das propriedades das proteínas. De facto, a determinação da
composição e sequência das proteínas baseia-se na capacidade de separar, identificar e
quantificar os diferentes aminoácidos. O comportamento ácido-base dos aminoácidos pode ser
simplesmente formalizado em termos dos ácidos e das bases de Brönsted-Lowry. Um
aminoácido monoamino, monocarboxílico sem grupo lateral R ionizável, como por exemplo a
Glicina, é um ácido dibásico na sua forma completamente protonada podendo doar dois protões
durante a sua titulação completa com uma base. As espécies envolvidas na titulação com uma
base, como por exemplo NaOH, podem ser descritas pelos seguintes equilíbrios com as
respetivas constantes de dissociação, K1 e K2.
Resolvendo estas equações em ordem ao pH obtêm-se as equações de Henderson-Hasselbach,
válidas apenas nos patamares (zonas tampão) da curva de titulação do aminoácido

Na Figura 1 encontra-se a curva de titulação completa da Glicina, curva esta que apresenta um
comportamento bifásico (dois patamares).

Nas curvas de titulação de aminoácidos com grupos R ionizáveis, tais como a Histidina, a Lisina
ou o Ácido glutâmico, há a considerar um equilíbrio suplementar. A dissociação do grupo R
poderá ocorrer numa gama de pH totalmente distinta dos dois equilíbrios anteriores, fazendo
aparecer um terceiro patamar na curva de titulação, ou ocorrer em regiões sobrepostas à região
em que ocorre a dissociação do grupo α-amino ou do grupo α-carboxílico tornando as curvas de
titulação mais complexas. A titulação de qualquer dos aminoácidos pode ser feita com uma base
a partir da forma totalmente protonada ou com um ácido a partir da forma totalmente
desprotonada
PL5 - Análise de pastilhas antiácidas
O suco gástrico, constituído principalmente por ácido clorídrico, HCl, apresenta um pH=1. Esta
forte acidez é essencial para que as proteínas sejam desnaturadas, perdendo a sua conformação
nativa, facilitando a ação da pepsina, que também é ativada por pH muito baixo.
No entanto, demasiado ácido no estômago não é benéfico. Na ausência de comida, o HCl
desnatura as proteínas constituintes da parede estomacal, podendo promover, em casos de
persistência, úlceras no estômago e duodeno.
Este excesso de ácido é sentido, normalmente sendo descrito como “sensação de ardor” ou
“azia”. Para aliviar, são usados antiácidos em forma de pastilhas ou géis. Este termo,
“antiácido”, é um termo médico que descreve uma substância neutralizadora de um ácido e,
dependendo da marca, pode conter diferentes ingredientes ativos, quase todos sendo bases
hidróxido e/ou carbonatos.

A eficácia de um antiácido está na sua capacidade de neutralizar o ácido gástrico, pelo que
quanto mais ácido neutralizar, mais eficaz será o produto.
No entanto, os antiácidos não são inofensivos. A produção de HCl é regulado com base no pH
do estômago. Excesso de antiácido implica aumento excessivo de pH, induzindo sobreprodução
de HCl para compensar este aumento.

No presente trabalho ir-se-á determinar a quantidade de HCl neutralizado por diferentes


antiácidos do mercado, por recurso à técnica de titulação de retorno.
Ao adicionar excesso de HCl ao antiácido, toda a quantidade de ingrediente(s) ativo(s)
disponível irá neutralizar parte do HCl.
Com uma solução de hidróxido de sódio, NaOH, poder-se-á titular o HCl que não foi
neutralizado pelo antiácido. O volume de HCl neutralizado pelo antiácido será calculado pela
diferença entre o volume inicial de HCl e o volume gasto na titulação de retorno com o NaOH.
Desta forma será possível comparar eficácia entre as diferentes marcas usadas.
PL6 - Doseamento do peróxido de hidrogénio na água oxigenada
O peróxido de hidrogénio, conhecido comercialmente como água oxigenada, é um líquido claro
de fórmula química H₂O₂ e um poderoso agente oxidante e tem diversas utilizações.

Assim se compreende que a concentração de peróxido de hidrogénio que se usa seja


fundamental, mediante o propósito do seu uso, de modo a retirar o máximo de eficiência com o
mínimo de danos.
O peróxido de hidrogénio é, normalmente, encontrado na forma de uma solução aquosa,
contendo cerca de 3, 6 ou 30% de peróxido de hidrogénio. Estas soluções são, frequentemente,
designadas de “10 volumes”, “20 volumes” e “100 volumes”, respetivamente. Esta terminologia
é baseada no volume de oxigénio que se liberta quando a solução é decomposta por
aquecimento. Assim, 1 cm3 de peróxido de hidrogénio a 100 volumes produzirá 100 cm3 de
oxigénio, medido nas condições normais de pressão e temperatura.

A água oxigenada comercial pode ser titulada pelo método iodométrico ou pelo método
permanganimétrico. Sob aspetos práticos, a titulação com KMnO4 é menos indicada, devido a
interferências. Desta forma, o método iodométrico é a melhor escolha.
Neste procedimento, o peróxido de hidrogénio reage com os iões iodeto, em meio ácido,
segundo a equação:
Os métodos volumétricos que envolvem a oxidação de iões iodeto (iodometria) ou a redução de
iodo (iodimetria) são baseados na seguinte semi-reação:

O peróxido de hidrogénio reage com o iodeto, em solução ácida, de acordo com a equação:

O tiossulfato de sódio não é um padrão primário, portanto, é necessário preparar uma solução
com concentração aproximada e, de seguida, padronizá-la.
A padronização pode ser efetuada recorrendo a vários padrões primários como, por exemplo, o
dicromato de potássio, mas também por titulação com solução padronizada de permanganato de
potássio como padrão secundário. Na padronização com o dicromato é utilizada uma
iodometria. Em meio ácido, os iões dicromato reagem com o iodeto de acordo com a reação:
A deteção do ponto final da titulação do iodo com o tiossulfato é feita através de um indicador
da solução de amido.
O amido reage com o iodo na presença de iodeto, formando um complexo azul intenso.
O amido só deve ser adicionado próximo do ponto final da titulação, quando a cor começa a
ficar mais ténue, porque tem a desvantagem de poder formar com o iodo um complexo
insolúvel na água
NOSSA ATIVIDADE
- Tratar H₂O₂ com KI em excesso - forma-se I₂
- Titular o iodo libertado com NaS₂O₃   -quantificar H₂O₂

PL7 - Separação de compostos orgânicos: extração da cafeína do


chá, análise qualitativa por TLC e análise quantitativa por
espetrofotometria
Extração líquido-líquido
O que é?
Separação de compostos com diferentes características de solubilidade face a solventes
orgânicos e aquosos imiscíveis entre si.

Para quê?
Isolar um produto natural das substâncias em que aparece na Natureza.

Cromatografia
Mesmo princípio que a extração, com duas fases intervenientes:
- Fase estacionária (sólida, líquida)
- Fase móvel (líquida, gasosa)
Processo de separação de componentes de uma mistura complexa por interação dinâmica de
duas fases imiscíveis.

CCF ou TLC (Thin Layer Chromatography)


• método simples e barato para obtenção de uma resposta rápida quanto à composição química
de uma dada mistura
Espetrofotometria
Lei de Lambert-Beer
A quantidade de luz absorvida ou transmitida por uma determinada solução depende da
concentração do soluto e da espessura da solução.

PL8 – Determinação de compostos de azoto

Os nitratos podem ser determinados por espetrofotometria

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