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5° Relatório: TITULAÇÃO.

 Objetivo

O objetivo proposto é padronizar a solução de HCl.

 Fundamentação Teórica
Titulação
De acordo com Kotz e Treichel (2005), titulação é uma técnica utilizada para determinar
a quantidade de matéria em uma amostra utilizando uma solução de concentração
conhecida.
Em outras palavras, titulação é uma análise química quantitativa. Nesse processo, a
amostra tem sua concentração determinada por meio de uma reação química ao ser
misturada com outra substância.
Essa técnica também é chamada de volumetria ou titulometria. O tipo mais conhecido é
a titulação ácido-base ou neutralização. O uso de indicadores de pH nesse processo é
útil para determinar o ponto final da titulação, indicando que toda a amostra reagiu.
A titulação serve para determinar de maneira precisa a quantidade de uma substância,
confirmar se a concentração descrita no rótulo é verdadeira ou se a quantidade de um
composto químico é a indicada na embalagem.
Solução Padrão e Solução Problema

No processo de titulação fazemos uso de uma solução problema, cuja concentração


desejamos determinar, e de uma solução de concentração exatamente conhecida, que
nós denominamos de Solução Padrão. Ainda de acordo com os autores Kotz e Treichel
(2005), o preparo de uma solução padrão requer o uso de um reagente quimicamente
puro, com composição perfeitamente definida. Os reagentes com essas características
são denominados de Padrões Primários.
Requisitos para um padrão primário:
 Alta pureza (99,9% m/m ou superior);
 Fácil obtenção, dessecação e conservação;
 Estabilidade à atmosfera;
 Não deve ser higroscópico;
 Deve ser bastante solúvel;
 Baixo custo;
 Massa molar grande para minimizar o erro relativo à pesagem do padrão.

Indicadores

Para identificarmos que o ponto final da titulação foi alcançado fazemos uso dos
indicadores, isto é, compostos orgânicos que se comportam como ácido fraco ou base
fraca, mudando de coloração numa determinada faixa de pH. Podemos citar como
exemplo a fenolftaleína que adquire coloração rósea em meio básico e é incolor em
meio ácido. (SKOOG, 2006, p.14).
Para Malm (2000), quando indica a titulação com uma solução ácida contendo
fenolftaleína, a solução será incolor. À medida que a solução de NaOH é adicionada
lentamente, a solução permanecerá incolor até que a base seja suficiente para neutralizar
todo o ácido. Adicionando então uma pequena quantidade de base; a solução se tornará
rósea. Observando com cuidado é possível ver a gota da base que provoca a mudança de
cor.
Soluções de mesma concentração reagem entre si volume a um volume. Soluções de
diferentes concentrações reagem entre si em volumes inversamente proporcionais às
suas concentrações.
Pontos de Equivalências

Segundo Skoog (2006) o processo de titular um ácido por uma base ou vice-versa,
consiste em adicionar gota a gota a solução de um deles a uma solução de outro até que
as quantidades de H+ (aq) e OH- (aq) sejam iguais. Se isto for feito usando soluções de
HCl e NaOH, a solução resultante terá H+ = OH- = 10 –7 mol/L, quando forem
misturadas quantidades exatamente iguais de ácido e base de mesma concentração. Este
é o ponto de equivalência na titulação, onde existe uma exata correspondência às relações
estequiométricas que presidem a reação.
O ponto da titulação em que alguma indicação assinala o término da reação é chamado
ponto final. A diferença entre o ponto final e ponto de equivalência constitui o erro da
titulação.
À primeira vista, pode se pensar que a reação entre quantidades equivalentes de um
ácido e uma base resultaria sempre em uma solução neutra. Entretanto, isto não é
sempre verdade em virtude dos fenômenos de hidrólise que acompanham as reações
entre ácidos e bases fracas ou vice-versa.

Segundo Brown (2005, p.05):

Ponto de equivalência ou ponto final teórico corresponde ao ponto da


titulação em que é adicionada a quantidade de reagente padrão
exatamente equivalente a quantidade de analito. É calculado com
base na estequiometria da reação envolvida na titulação e não pode
ser determinado experimentalmente.

Reação Ácido Base

De acordo com Kotz e Treichel (2005), a titulação ácido-base pode ser do tipo:
- Titulação por acidimetria: titulação de bases livres ou as formadas da hidrólise de sais
de ácidos fracos por um ácido padrão.
- Titulação por alcalimetria: titulação de ácidos livres ou os formados da hidrólise de
sais de bases fracas por uma base padrão.
Na prática o que se tem é:
- Titulação ácido forte-base forte: o ponto de equivalência ocorre quando o pH = 7
- Titulação ácido fraco-base forte: o ponto de equivalência ocorre quando o pH > 7
- Titulação ácido forte-base fraca: o ponto de equivalência ocorre quando o pH < 7
Ponto de equivalência é o ponto no qual a quantidade do titulante adicionado é
exatamente suficiente para que se combine em uma proporção estequiométrica, ou
empiricamente reproduzível com o titulado (analito).
Nesta situação o que se tem é:

Importante!
A titulação, embora seja um processo muito simples, necessita de alguns cuidados
especiais:
- A reação tem que ser estequiométrica e o analito e o titulante bem conhecidos:

- A reação deve ser rápida, específica e as substâncias interferentes devem ser


removidas; - É necessário o uso do indicador para que ocorra a alteração de alguma
propriedade da solução quando o ponto de equivalência for atingido;

Cálculo da concentração
Como vimos que no ponto de equivalência o que temos é:

No início da titulação:

No final da titulação:
Como:

Temos no fim da titulação (ponto de equivalência):

 Material

- Pipeta 10ml
- Bicarbonato de sódio
- Indicador alaranjado de metila
- Bureta
- Erlenmeyer

 Metodologia e Resultados
Foi realizado dois experimentos para realizar a padronização de HCL e NaOH. Dentre
eles o primeiro realizado foi:
Utilizou-se então um Erlenmeyer contendo NaOh (hidróxido de sódio) em pó e 20ml
de água destilada, foi adicionada quatro gotas de Indicador alaranjado de metila para ser
possível ver o momento exato da reação de NaOH + HCL que foi adicionado com o
auxilio de uma bureta de 10ml.
Foi possível identificar a mudança de coloração de transparente para rosa na solução,
indicando o ponto exato do momento onde foi possível identificar a quantidade
necessária de HCL para padronizar a solução.

O segundo experimento realizado foi praticamente a mesma coisa, tendo de diferente o


soluto de forma liquida. 10ml de NaOH estaria dentro de um erlenmeyer e em seguida
adicionado um pouco de identificador alaranjado de metila em pó seguida de 6,6 ml de
HCL que foi o suficiente para fazer com que a solução ficasse em sua coloração normal,
ou então que a mesma tenha se padronizado.
 Resultados
Tendo coletado os resultados de ambos os experimentos de todos os grupos da sala de
aula e foi realizado uma Titulação de HCL para encontrar o padrão de solução.

Experimento 1 (sólido)
Titulação
1 – 0,119
2 – 0,120
3 – 0,120
4 – 0,113
O resultado 4 foi descartado por estar muito fora dos parâmetros.

Tabela 1=0,359 ou 0 ,36 0 0,360 ÷ 3=0,120 sendo o padrão de solução

Experimento 2 (liquido)
Titulação
1 – 0,0782
2 – 0,0792
3 – 0,0792
4 – 0,0804

Tabela 2=¿ 0,317 0 , 3 17 ÷ 4=0,0792 sendo o padrão de solução

 Discussão
Foi verificado que após a aula, todos os envolvidos do grupo apresentaram um ótimo
entendimento sobre como realizar a solução e o calculo do mesmo.

 Conclusão
Este relatório possibilitou o conhecimento frente as facetas da titulação, sendo está uma
operação feita em laboratório para determinar a concentração de uma solução a partir de
outra cuja concentração é conhecida. Os cálculos e o procedimento experimental são de
grande relevância para o trabalho em laboratório, os quais são utilizados em muitas
soluções sejam elas liquidas ou solidas.
 Referências
BROWN, T. L. Química, a ciência central. 9 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2005.

KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. Química e Reações Químicas. 4 ed. v. 1 e 2. , Rio de Janeiro: LTC
Editora, 2002.

MALM, L. E. Manual de laboratório para Química – Uma ciência experimental. 4 ed. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 2000.

SKOOG, D. A. et al. Fundamentos de Química Analítica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2006.

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