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BIOMOLÉCULAS

Células
constituídas por

Moléculas
podem ser

*(tem átomos de C ligados a átomos de H, podendo


Inorgânicas Orgânicas* ainda conter oxigénio, azoto, ou outros elementos
químicos em quantidades menores)

1 - Água 2 - Sais minerais 3 - Glícidos 4 - Prótidos 5 - Lípidos 6 - Ácidos nucleicos


A célula e os seus constituintes

Constituintes inorgânicos – água (pág. 40 e 41)


Hidrogénio
A água é o constituinte mais abundante nos organismos vivos. Não há Oxigénio
Pontes de hidrogénio
vida sem água.

Na molécula de água, o átomo do oxigénio (O) tem um núcleo muito + +


mais pesado do que os do hidrogénio (H), pelo que os eletrões são mais
atraídos para o lado do oxigénio. Assim a molécula de água, apesar de
ser uma molécula neutra, é polar, ou seja tem uma carga local positiva +
junto dos núcleos do H e outra negativa junto do núcleo do O.
+ +
+
Isto confere à molécula da água características muito especiais, Estrutura química da molécula de água.
A atração entre as cargas locais da molécula
nomeadamente: levam à formação de ligações de hidrogénio
entre as moléculas de água.
 elevada coesão molecular;
 elevado ponto de ebulição;
 elevado calor específico;
 elevada condutibilidade térmica.
A célula e os seus constituintes

Constituintes inorgânicos – água e sais minerais (pág. 40 e 41)

As características especiais da água conferem-lhe papéis essenciais e insubstituíveis em todas as células/organismos.

Por exemplo, a água:


 intervém em todas as reações químicas da vida;
 participa na regulação da temperatura;
 é o solvente da maior parte das substâncias que compõem as células;
 participa no transporte de substâncias.

Dissolvidas na água estão, geralmente, outras moléculas em grande número.


As células possuem uma grande diversidade de iões (sais minerais) dissolvidos nos fluidos celulares, resultantes da
dissolução dos sais minerais na água: sódio, potássio, cálcio, ferro, flúor...
Estes iões são essenciais a determinados processos celulares. Por exemplo, os impulsos nervosos resultam de fenómenos
elétricos gerados por iões (Na+ e K+).
A célula e os seus constituintes

Moléculas orgânicas (pág. 42)

Reações de síntese ou condensação (com Reações de hidrólise (com consumo de


libertação de água) envolvidas na polimerização água) envolvidas na despolimerização

Comportam-se quimicamente
de forma semelhante
Grupos funcionais independentemente das
frequentes nas moléculas de que fazem
moléculas orgânicas parte, conferindo
determinadas propriedades
às moléculas.
A célula e os seus constituintes

Glícidos (pág. 43 e 44)

Monossacarídeos

 Compostos ternários (C, H e O)


 Glícidos mais simples.

 Solúveis em água.
 Possuem o grupo aldeído e o
grupo cetona como grupos Pentoses Hexoses
funcionais.
 Podem ser classificados quanto
ao número de átomos de carbono.

Dissacarídeos

 Resultam da ligação de dois


monossacarídeos através de
ligações glicosídicas.
A célula e os seus constituintes (ver vídeo resumo dos glícidos)

Glícidos

Polissacarídeos
O suporte do corpo dos
artrópodes (por exemplo,
insetos e aracnídeos) é  Polímeros de glicose.
dado pelo seu
exoesqueleto, ou seja,
um revestimento externo
endurecido, com quitina.  Insolúveis em água.

 Função de reserva (energética)


 (amido nas plantas e glicogénio nos
animais)
Filamentos de fungo
(bolor), constituído por
células cilíndricas,
 Função estrutural
dispostas topo a topo. A
quitina presente nas suas  (celulose nas plantas e quitina nos
paredes celulares dá
firmeza e suporte aos animais e fungos).
filamentos.
A célula e os seus constituintes

Lípidos (pág. 46 e 47)

 No grupo dos lípidos, existe uma grande diversidade de moléculas, tanto


monómeros como polímeros.
Hidrogénio
Oxigénio
Carbono

 São exemplos de lípidos: o colesterol (esteróide que regula a flexibilidade das Colesterol

membranas das células), os triglicerídeos (que as células utilizam para produzir


energia) ou as ceras (que revestem e impermeabilizam folhas de plantas, penas
de aves, etc.), os fosfolípidos (constituintes das membranas celulares).

 Apesar desta diversidade, há características comuns a todos os lípidos: são


insolúveis em água, são solúveis em solventes orgânicos (como o éter, o álcool e Fosfolípido

o clorofórmio) e são menos densos do que a água.

 As moléculas de lípidos são compostos ternários, constituídas quase


exclusivamente por átomos de C e H e O (o oxigénio existe em baixa proporção).
(ver vídeo resumo dos lípidos)
A célula e os seus constituintes

Grupo fosfato Glicerol


Lípidos (pág. 46 e 47)

Caudas apolares

Cabeça Caudas
polar apolares
Cabeça
polar

3 ácidos
gordos

Bicamada Bicamada Monocamada

Fosfolípidos
Gorduras
• Resultam da ligação de uma molécula de glicerol a duas
• Resultam da ligação de três
moléculas de ácidos gordos e a um grupo fosfato.
moléculas de ácidos gordos a
• Moléculas anfipáticas: possuem um região hidrofóbica (ácidos
um álcool (glicerol).
gordos) e uma região hidrofílica (glicerol e grupo fosfato).
A célula e os seus constituintes

Aminoácido
Prótidos (pág. 48-50)
Grupo Grupo
amina carboxilo
 Compostos quaternários, constituídos
principalmente por C, H, O e N.

 Os prótidos mais simples são os


Grupo
aminoácidos, que integram um grupo amina Ligação peptídica
Grupo
carboxilo
amina e um grupo ácido ou carboxilo.
Dipéptido

 Os aminoácidos ligam-se uns aos


Aminoácido Aminoácido
outros por ligações peptídicas.
Síntese de um dipéptido

 Estas são ligações covalentes entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo carboxilo de outro aminoácido.

 Da polimerização de aminoácidos resultam prótidos mais complexos, como polipéptidos e proteínas.


A célula e os seus constituintes

Prótidos
Níveis de organização
molecular das proteínas

 Cada proteína possui um


número definido de
aminoácidos numa sequência
específica que constitui a sua
estrutura primária.

 Esta cadeia evolui para


estruturas mais complexas
resultantes da sua organização
tridimensional.
A célula e os seus constituintes

Prótidos
Níveis de organização Estrutura primária
molecular das proteínas

 Cada proteína possui um


número definido de
aminoácidos numa sequência
Estrutura secundária Estrutura secundária
específica que constitui a sua
estrutura primária.

 Esta cadeia evolui para


estruturas mais complexas
resultantes da sua organização
tridimensional.
Estrutura terciária Estrutura quaternária
A célula e os seus constituintes

Níveis de organização molecular das proteínas

Aminoácidos

Estrutura primária Estrutura terciária Estrutura quaternária


Estrutura secundária
Por polimerização Cada polipeptídeo Diferentes polipeptídeos
O polipeptídeo condensa,
de aminoácidos formam- espiralado ou pregueado de estrutura terciária vão
formando estruturas em
se polipeptídeos diversos sofre nova condensação, ligar-se por ligações de
hélice ou pregueadas,
quanto aos aminoácidos sustentada por ligações hidrogénio, formando uma
sustentadas por ligações
presentes e à sua de hidrogénio, adquirindo proteína de composição
ou pontes de hidrogénio.
sequência e número. uma forma própria. e forma específica.
(ver vídeo resumo dos prótidos)

Prótidos - funções

Função Exemplos de funções das proteínas

São componentes das membranas de todas as células, formam as fibras musculares, compõem as unhas e os
Estrutural cabelos dos mamíferos, as penas das aves, as escamas dos répteis, etc.

Hormonal Insulina humana, hormona segregada pelo pâncreas e que controla os níveis de açúcar no sangue.

Todas as reações químicas que se dão nas células (e organismos) são catalisadas (facilitadas) por enzimas. As
Enzimática enzimas, na maioria dos casos, são proteínas.

Transporte Hemoglobina, que ocorre nos glóbulos vermelhos e transporta oxigénio.

Defesa Os glóbulos brancos produzem proteínas (anticorpos) que vão eliminar microrganismos invasores.

A coagulação do sangue dá-se porque as plaquetas iniciam um processo de montagem de fibras proteicas que põem
Proteção termo às hemorragias.
FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS

Proteínas que funcionam como enzimas

Uma das funções mais importantes das proteínas é a função enzimática.

Reagentes ou
Energia de ativação substrato
Energia

Produtos
da reação

Sítio ativo da enzima,


com forma e afinidade
química para o «encaixe»
Enzimas são catalisadores das reações com o substrato.
biológicas. Elas facilitam as reações
baixando a energia de ativação, ou As enzimas são específicas para uma determinada reação
seja, a energia necessária para ou conjunto de reações que catalisam. Por exemplo, a amílase
desencadear a reação. salivar apenas atua sobre o amido (substrato da amílase).
Esta especificidade relaciona-se com a estrutura da proteína.
A célula e os seus constituintes

Prótidos *As enzimas facilitam as reações baixando a energia de ativação,


ou seja, a energia necessária para desencadear a reação.

Ação enzimática – reação de hidrólise

 As enzimas são proteínas que funcionam como biocatalisadores* das reações químicas do metabolismo celular.
 Ligam-se às substâncias sobre as quais atuam (substratos), promovendo as reações químicas.

(O centro ativo tem a forma e a


afinidade química que facilitam
o encaixe das moléculas
de substrato).
A célula e os seus constituintes (ver vídeo sobre o modo de
atuação enzimática)

Prótidos
Ação enzimática – reação de síntese
Produto da
A enzima e o substrato ligam-se Substrato
reação
no sítio ativo da enzima.

O sítio ativo tem a forma e a


afinidade química que facilitam
o encaixe das moléculas
Sítio ativo
de substrato.

Dá-se a reação e o produto Complexo enzima-


da reação desliga-se da enzima. substrato

A enzima fica disponível para Enzima


catalisar uma nova reação. Enzima
Prótidos - Modo de atuação das enzimas

A atividade enzimática (e, em consequência, a velocidade da


reação) depende de fatores como a temperatura, o pH e a
concentração do substrato e concentração da própria enzima.

Cada enzima possui um valor ótimo de pH e temperatura, aos


quais a sua atividade é máxima. Quando os valores se afastam
progressivamente desse valor ótimo, a atividade enzimática diminui
até que a enzima deixa de funcionar (quando são ultrapassados os
valores máximo ou mínimo).

A baixas temperaturas, as enzimas ficam inativas. Contudo, se a temperatura voltar ao normal, elas
voltam a atuar. A temperaturas muito elevadas, as enzimas desnaturam (por quebra das ligações de
hidrogénio, a sua estrutura tridimensional altera-se). Este último processo é irreversível. Mesmo que a
temperatura volte ao normal, as enzimas não voltam a funcionar.
A célula e os seus constituintes

Ácidos nucleicos – pág. 52 e 53

Moléculas envolvidas no armazenamento,


na transmissão e na expressão da
informação genética.

DNA (ácido desoxirribonucleico)

 Constituída por nucleótidos


(desoxirribonucleótidos) contendo uma
das quatro bases nitrogenadas (adenina,
timina, citosina e guanina).
 Formada por duas cadeias de nucleótidos
dispostas com orientação antiparalela e
um arranjo em dupla hélice.
 As cadeias são mantidas unidas por
ligações de hidrogénio entre as bases
complementares (A-T, C-G) entre as duas
cadeias. Há também ligações Nucleótido Bases
fosfodiéster entre a pentose e o grupo nitrogenadas
fosfato em cada cadeia.
A célula e os seus constituintes

Ácidos nucleicos

Moléculas envolvidas no armazenamento,


transmissão e expressão da informação
genética.

RNA (ácido ribonucleico)

 Constituída por nucleótidos


(ribonucleótidos) contendo uma
das quatro bases nitrogenadas
(adenina, uracilo, citosina e
guanina).

 Formam cadeias simples.


Alguns tipos de RNA possuem
ligações de hidrogénio entre
algumas das suas bases
complementares (A-U, G-C).
(ver vídeo sobre os ácidos nucleicos)

Ácidos nucleicos – DNA e RNA – principais diferenças

Adenina
As principais diferenças entre o DNA e o RNA são:
Timina

Uracilo

Guanina  na pentose – desoxirribose no DNA, ribose no RNA.


Citosina

Base  uma das bases azotadas é diferente – timina no DNA,


nitrogenada
uracilo no RNA.
 o RNA é uma cadeia polinucleotídica, o DNA é uma
dupla cadeia polinucleotídica.

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