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BIOQUÍMICA-

INTRODUÇÃO
AULA 1
A bioquímica é a ciência responsável p elo estudo dos componentes da matéria viva e sua s respectivas
funções metabólica s. É ela quem estuda a s diversa s reações moleculares que regem o metabolismo do ser
vivo.
Mostra como moléculas inanimadas que constituem os seres vivos interagem para se manter e perpetuar a vida
apenas pelas leis físicas e químicas que governam o Universo não vivo
 Apesar da grande diversidade dos processos bioquímicos que envolvem a integração funcional de milhões
de moléculas para manter e perpetuar a vida, a ordem biológica é conservada pelos seguintes processos: (1)
síntese de biomoléculas, (2) transporte de íons e moléculas através das membranas, (3) produção de energia
e movimento e (4) remoção de produtos metabólicos de excreção e substâncias tóxica
CÉLULA UNIDADE DA VIDA

 As células são as unidades estruturais e funcionais de todos os organismos


vivos. Elas diferem amplamente em suas estruturas e funções, mas todas são
circundadas por uma membrana que controla o transporte de algumas
substâncias químicas para dentro e para fora da célula.
 As células são classificadas de acordo com seu tamanho e complexidade em
uma das duas categorias: procarióticas e eucarióticas.
 Os organismos eucarióticos são:
− Unicelulares, ex.: levedo e protozoários (Paramecium).
− Multicelulares que formam tecidos, ex.: animais e plantas.
ELEMENTOS QUÍMICOS DA CÉLULA
ÁGUA
Solvente de líquidos corpóreos
Transporte de substância
Regulação térmica
Ação lubrificante
Atuação na hidrólise
Equilíbrio osmótico
Equilíbrio áciod-base
Matéria prima para fotossíntese
A natureza polar e a capacidade de formar pontes de hidrogênio, tornam a água uma molécula com
grande poder de interação. A água solvata facilmente as moléculas polares ou iônicas pelo
enfraquecimento das interações eletrostáticas e das pontes de hidrogênio entre as moléculas competindo
com elas por suas atrações (efeito hidrofílico, do grego “que gosta de água”). A água dissolve sais como o
NaCl por hidratação e estabilização dos íons Na+ e Cl-, enfraquecendo suas ligações interações
eletrostáticas, e assim impedindo a associação para formar uma rede cristalina.
TRANSPORTE NA CÉLULA
 Osmose é a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico) para
outro mais concentrado (hipertônico), através de uma membrana semipermeável.
 O processo de osmose tem como finalidade igualar as concentrações entre uma
solução hipotônica e outra hipertônica, até que se atinja um equilíbrio.
 A solução hipotônica é a que apresenta menor pressão osmótica e de concentração
de soluto. Uma célula colocada em meio hipotônico pode inchar até romper, pois
há movimento de água para dentro da célula.
 A solução hipertônica apresenta maior pressão osmótica e de concentração de
soluto. Em meio hipertônico as células tendem a encolher, já que perdem água.
 Na osmose, as soluções buscam atingir o equilíbrio, numa solução
denominada isotônica, quando a concentração de soluto e a pressão osmótica são
iguais.
 O soluto é qualquer substância que pode ser diluída em um solvente, como o açúcar dissolvido na água.
Enquanto que pressão osmótica é a pressão feita para que a água se movimente.​
 A osmose ocorre sempre que há diferença de concentração entre o meio externo e interno da célula. Nesse
caso, a água passa da região menos concentrada para a mais concentrada, naturalmente.
 Em outras palavras, o transporte de água no processo osmótico ocorre de uma solução mais diluída para uma
solução mais concentrada. Ou seja, do meio hipotônico para o meio hipertônico.
 Importante ressaltar que no transporte de água não ocorre gasto de energia e, portanto, a osmose é
considerada um transporte passivo.
 Osmose Reversa
 A osmose reversa consiste na passagem de água no sentido inverso ao da osmose. Assim, a água movimenta-
se da solução mais concentrada para uma menos concentrada.
 A osmose reversa acontece mediante aplicação de uma pressão maior do que a pressão osmótica natural.
 Como a membrana semipermeável permite apenas a passagem de solvente (água pura), ela retém os solutos.
 Um exemplo de osmose reversa é a transformação de água salgada em água doce pelo processo de 
dessalinização.
ESCALA DE PH
 ácidos são substâncias que, em solução aquosa, são ionizadas, desprendendo íons H +; enquanto as
bases ou hidróxidos são substâncias que em solução aquosa passam por uma dissociação iônica,
lançando como único tipo de ânion o radical OH- (hidroxila ou oxidrila). O termo utilizado para
representar tais funções inorgânicas é o pH, potencial hidrogeniônico.
 Uma expressiva consequência da teoria ácido-base de Arrhenius é a possibilidade de estabelecer
uma escala para aferir o teor de acidez ou basicidade de uma dada substância. Esse instrumento é
comumente conhecido como escala de pH, uma escala numérica apresentando valores que variam
de 0 a 14.
 A escala de pH é formulada a partir de cálculos matemáticos que expressam a concentração do íon
na solução. Para determinar o valor do pH é utilizada a seguinte equação matemática, em que
[H+] representa a concentração de hidrogênio em mol/L:
 pH = - log [H+]
ÁCIDO -BASE

 Ácido é toda espécie química doadora de prótons H+.


 Base é toda espécie química receptora de prótons H+
 De acordo com essa definição, é evidente, que ambos coexistam na forma
de par conjugado ácido-base, ou seja, obrigatoriamente a base recebe o
próton doado pelo ácido, caso contrário não se aplica a teoria. É
importante ainda salientar que algumas espécies podem comportar-se
como ácido ou base sendo chamada de anfótero, esse comportamento é
observado em função do tamanho minúsculo do íon que por estar no
centro de um campo elétrico tem uma afinidade maior com moléculas,
que não tem seus elétrons compartilhados.
TAMPÕES E TAMPONAMENTO

 A regulação do pH nos fluídos intracelulares e extracelulares é atividade


essencial dos organismos vivos. Mesmo pequenas mudanças na
concentração do íon hidrogênio podem afetar grandemente as estruturas e
as funções biológicas. A concentração do H+ é mantida relativamente
constante por meio de soluções-tampões que resistem a alterações bruscas
de pH quando adicionadas quantidades relativamente pequenas de ácido
(H+) ou base (OH-). São formados por ácidos fracos e suas bases
conjugadas.
BIOMOLÉCULAS

A química dos organismos vivos está organizada ao redor do elemento carbono, o qual representa
mais da metade do peso seco das célula s. A s biomoléculas são compostos d e carbonos que têm como
elementos básicos: Hidrogênio (H), Oxigênio (O) , Nitrogênio (N ), Fósforo (P), Enxofre (S), Cálcio
(Ca), Sódio (Na), Cloro (Cl), entre outros. O carbono pode estabelecer ligações simples e duplas com
á tomos de hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Contudo, de maior importância em biologia, é a
capacidade de os átomos de carbono compartilharem p ares de elétron s entre si p ara formar
ligações simples carbono-carbono, as quais são muito estáveis. C ada átomo de carbono também pode
formar ligações simples comum, dois, três ou quatro outro s átomos d e carbono. Dois átomos de
carbono podem também compartilhar dois (ou três) pares de elétron s, formando assim ligações
duplas ou triplas carbono-carbono.
Elementos essenciais para a vida animal e
para a manutenção d a saúde. Os macroelementos
(destacada s em laranja na tabela periódica ao lado)
são componentes estruturais das células e dos
tecidos e necessários na dieta em quantidades
diárias medidas em gramas. Para os microelemento s
(sombreado sem amarelo) as necessidade s são
muito menores: p ara os humanos bastam poucos
miligrama s por dia, tanto de ferro como de zinco, e
ainda menos para muitos outros.
 Ligação covalente . Dois átomos com elétrons desemparelhados nas suas
camadas externas podem formar ligações covalentes uns com os outros
pelo compartilha mento de pares de elétrons. Os átomo s participantes de
ligações covalentes tende m a preencher suas camadas eletrônicas
externas
GRUPOS
FUNCIONAIS
 A maioria da s biomoléculas pode ser vista como derivada do s hidro carboneto s, os quais
são com postos
formados por um esqueleto de átomos d e carbono ligados covalentemente entre si e aos quais
estão ligado apena s
átomos de hidrogênio. O s esqueletos carbônicos desse s compostos são muito estáveis. O s
átomos d e hidrogênio
podem ser substituídos individualmente por uma grande variedade de grupos funcionais que
determinarão a s
propriedade s químicas da molécula, formando família s diferente s de com postos orgânicos.
Famílias típicas de compostos orgânicos sã o: os alcoóis, os quais possuem um ou mais grupos
hidro xilas (R -OH); as aminas, possuidor as de grupo funciona l amino (R-N H2); os aldeído s
e as cetonas, o s quais possuem o grupo carbonila (R- COH e R1-CO- R2, respectivamente); e o
s ácidos carboxílicos, que exibem o s grupos carboxila s (R-CO OH).
MACROMOLÉCULAS E SUAS
UNIDADES
MONOMÉRICAS

 Muitas das moléculas encontradas no interior das células são


macromoléculas, polímero s de alto peso molecular
construí das com precursores relativamente simples (unidades monoméricas).
O s polissacarídeos, a s proteínas e os
ácidos nucléicos, os quais podem ter pesos moleculares variando de dezena s
de milhares até bilhões ( como no caso do
DNA), são construí dos pela polimerização de subunidades relativa mente
peque nas, de peso molecular ao redor de 50 0
unidades ou menos
 Unidade monomérica (Peso molecular ≤ 500 u): é chamada unidade monomérica toda molécula que possui peso molecular menor que
500 u. Como exemplo, temos:
Glicose (C6H12O6) tem peso molecular de 180 u; Amino-ácidos; Ácidos graxos; Nucleotídeos (guanina, citosina, adenina, timina e
uracila) .

 Macromoléculas (Peso molecular > 500 u): é chamada de macromolécula toda molécula formada pela união
de diversas unidades monoméricas, apresentando, por tanto, peso molecular maior que 500 u. Como exemplo,
temos: proteínas, ácidos nucléicos, polissacarídeos e lipídeos.
Os polissacarídeos (amido, glicogênio, etc.) , polímeros de açucares simples, como a glicose, têm duas funções
principais: servem como armazenadores de alimentos, liberadores energia e como elementos estruturais
extracelulares. Polímeros pequenos de açucares ( oligossacarídeos) ligados a proteínas ou lipídios na superfície
celular s ervem como sinais celulares específicos.
As proteínas (albumina, etc.), longos polímeros de amino ácidos, constituem, ao lado da água, a maior fração d e
macromoléculas celulares. Algumas proteínas têm atividade catalítica e funcionam como enzimas, outras servem
como elementos estruturais e ainda o utras transportam sinais específicos (no caso dos receptores) ou substâncias
específicas (no caso das proteínas de transpor te) para o interior ou o exterior das células. As proteínas são talvez as
mais versáteis das biomoléculas. Os ácidos nucléicos, DNA e RNA, sã o polímeros de nucleotídeos. Eles armazenam, transmitem e
transcrevem a informação genética. Os lipídio s ( triglicerol, etc.), derivados oleosos dos hidrocarbonetos, servem principalmente como
componentes estruturais das membranas e como forma de armazenamento de alimentos ricos em energia.
 Todas essas quatro classes de grandes biomoléculas são sintetizadas em reações de
condensação. Nas macromoléculas (pro teínas, ácidos nucléicos, polissacarídeos) , o
número de subunidades monoméricas é muito grande. As proteínas têm pesos
moleculares que variam d e 5 000 até um milhão; os ácido s nucléicos têm pesos
moleculares que variam na cada dos vários milhões; o s polissacarídeos, como o amido,
também têm pesos moleculares na casa dos vários milhões. As moléculas lipídicas
individuais são muito menores ( 750 a 1 500 u) e não são classificadas com o
macromoléculas por alguns autores. Entretanto, quando um grande número de
moléculas lipídicas s e associa não-covalente ente, resulta em estruturas muito grandes.
As membranas celulares são construídas por enormes agregado s que contém milhões de
moléculas de lipídios. A síntese das macromoléculas é uma atividade celular que pode ser
classificada como forte consumidora de energia. As macromoléculas, por sua vez, podem
ser arranja das em complexos supra molecular es formando unidades funcionais com o
ribossomos, que são construí dos com cerca de 70 pro teínas diferentes e várias moléculas
de RNA diferentes.
ESTUDO DIRIGIDO
 1- Sobre a água, marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso:
 A) (  ) A água é considerada uma solução universal.
 B) (  ) As moléculas de água são dipolares. 
 C) (  ) A coesão entre as moléculas de água só é possível em razão da presença
de pontes de hidrogênio. 
 D) (  ) A água apresenta baixos valores de calor específico, evitando variações
bruscas na temperatura dos organismos.
 E) (  ) Reações químicas em que ocorre união entre moléculas, com formação
de água como produto, são chamadas reações de hidrólise.
2)IFCE 2014
 Os seres vivos são formados, quimicamente, por dois grandes grupos de compostos:
orgânicos e inorgânicos. Os minerais, inorgânicos, desempenham funções
importantíssimas para o ser vivo e a deficiência de alguns deles, no corpo humano, pode
causar diversas doenças e prejuízos à saúde. O mineral, que é responsável pela
constituição da hemoglobina e está relacionado ao transporte do O2 pelo sangue, cuja
deficiência pode causar a doença conhecida como anemia, é o
 A)FÓSFORO
 B)IODO
 C)SÓDIO
 D)PÓTASSIO
 E)FERRO
 3)Os açúcares complexos, resultantes da união de muitos monossacarídeos, são denominados
polissacarídeos.
 a) Cite dois polissacarídeos de reserva energética, sendo um de origem animal e outro de
origem vegetal.
 b) Indique um órgão animal e um órgão vegetal, onde cada um destes açúcares pode ser
encontrado.

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