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Organismo humano
- 80% de água
- distribuição variável entre os tecidos
- diminui com a idade
1. Estrutura da água
pontes de hidrogénio
(Campos, 1999)
(Silva, 2021)
A água como constituinte fundamental do seres vivos
(Pavão, 2005)
Os compostos orgânicos e a água
Conceito de solubilidade
Um conjunto dissolve-se num determinado solvente desde que o conjunto das
atrações entre as moléculas do composto e o meio, depois da adição, sejam pelo
menos equivalentes, ou de preferência superiores, às que existam antes entre
moléculas do soluto, por um lado, e entre as moléculas do solvente, por outro
(Campos, 1999)
O modo como a conformação da proteína evolui para o arranjo final decorre de 2 tipos
de comportamento:
- por um lado, as cadeias polares (hidrofílicas) da cadeia proteica tendem a
relacionar-se com a água, expondo-se no exterior da molécula proteica,
- por outro as cadeias laterais dos aminoácidos apolares (hidrofóbicas) por recusarem
o contacto íntimo com a água, tendem a refugiar-se no interior.
(Campos, 1999)
EXEMPLO: Os lípidos membranários assumem esse comportamento dualista.
Os lípidos são constituídos por uma cadeia carbonada (não polar) e um
extremidade polar (ex: ácidos gordos, triacilgliceróis, fosfolípidos, esfingolípidos e
glicolípidos)
Constituintes das membranas biológicas
Compostos Hidrófobos e Anfipáticos
. Os compostos não polares
(apolares) ou constituídos
exclusivamente por átomos de
carbono são insolúveis em água-
compostos APOLARES OU Cabeça polar
HIDRÓFOBOS hidrófila
Ex: benzeno, ceras
. Os compostos ANFIPÁTICOS
têm partes das suas moléculas
polares ou com carga (hidrófilas)
e partes apolares (hidrófobas)
(ex: sabões; fosfolípidos e ácidos
biliares)
Molécula de um ácido
gordo Cauda apolar
hidrófoba
Micelas e vesículas => No sangue e nas células funcionam como transportadores de substâncias
A água permite o estabelecimento de interações
hidrófobas
Dispersão de lípidos
em água
A força das interações
hidrófobas resulta duma
maior estabilidade
Agregados
termodinâmica do sistema
(“clusters”) de
(diminuição do números
moléculas
de moléculas de água
de lípidos
ordenadas à volta das
porções hidrófobas do
soluto
Micelas- partes
hidrófobas no
interior; partes
hidrófilas expostas Formação de micelas
ao solvente - Mecanismo importante na
absorção de lípidos no
intestino
- Papel detergente dos
Estabelecem-se sais biliares
INTERAÇÕES (compostos anfipáticos)
HIDRÓFOBAS
nas regiões
apolares
(Pavão, 2005)
Exemplos de
biomoléculas
Polares:
- Glucose
- Glicina
- Aspartato
- Lactato
- Glicerol
Não Polares:
- Cera
e
Anfipáticas:
- Fenilalanina
- Fosfatidilcolina
(Pavão, 2005)
A libertação
de moléculas
de água
também
favorece
a formação do
complexo
enzima-
substrato
(Pavão, 2005)
Efeito dos solutos nas propriedades coligativas
dos
. Osmose e prsolutos:
essão osmóticaOsmose e pressão osmótica
Quando duas soluções aquosas são separadas por uma membr ana semi-per meável (só deixa passar as
moléculas do solvente) a água move-se espontaneamente do compar timento onde a sua concentração é mais alta
(concentração mais baixa do soluto) para o compar timento onde a sua concentr ação é mais baixa (concentr ação
mais elevada do soluto) - osmose-
pr essão osmótica -
. for ça que é necessár io aplicar para impedir o
fluxo da água:
P = RT (FF ic) equação de van’t H off
P - pressão osmótica
R- constante dos gases per feitos
T - temper atura absoluta
F - coeficiente osmótico (r epr esenta o desvio do
compor tamento ideal da solução-depende do composto,
da sua concentração e da temper atura)-tabela
i- número de iões for mados por dissociação de
uma molécula de soluto
c- concentr ação molar do soluto (moles de soluto/L solução)
F ic- osmolaridade da solução*
Osmose e pressão osmótica
(a)- estado inicial- tubo com solução aquosa,
copo com água pura e membrana semi-per meável.
(b) – estado final-do movimento da água r esulta a
diluição da solução e a sua subida no tubo (h) até se
atingir o equilíbrio
(c) - medida da pr essão osmótica (propor cional à altura h),
deter minada apenas pelo número de par tículas do soluto por
(Pavão, 2005) unidade de volume
Efeito da osmolaridade
extracelular no movimento da
água através da membrana
(Pavão, 2005)
Distribuição de água no organismo
(Pavão, 2005)
Homeostase – controlo por feedback
(Pavão, 2005)
Importância da água na
I mportância da água na reactividade das biomoléculas:
reatividade das biomoléculas
. I onização H 2O H + + OH -
•Equilíbrio ácido-base
H 2O + H 2O Û H 3O + + OH -
(Pavão, 2005)
A água como constituinte fundamental do seres vivos
(Campos, 1999)
Pontes de hidrogénio
(a mais forte das ligações fracas)
Nestas ligações o átomo de hidrogénio é partilhado por dois outros átomos
(Campos, 1999)
(Campos, 1999)
(Campos, 1999)
Ligações Intermoleculares
Contribuem para a:
- estrutura terciária das proteínas
- ligação do centro ativo ao substrato
- manutenção da fluidez das membranas biológicas
Quanto mais alta é a concentração (H+) mais baixo é valor do pH (Pavão, 2005)
(Pavão, 2005)
O pH dos fluidos biológicos
O pH dos fluidos biológicos tem de ser contido dentro de limites muitos estreitos.
Variações de pH> 0,2 unidades podem ser fatais
pKa= -log10Ka
pKa – medida da força de um ácido, qt mais forte for o ácido menor será o valor de pKa
(Campos, 1999)
pH de alguns fluidos aquosos
M edição de pH :
.utilização de indicadores
.eléctr odo de vidro (sensível à [H + ])
(Pavão, 2005)
O pH dos fluidos biológicos
É importante regular o pH intracelular:
- as biomoléculas possuem grupos ionizáveis que se comportam como ácidos ou
como bases
- o controlo do pH assegura que os grupos se encontrem na forma iónica
(protonada ou não-protonada) adequada à sua função
pH sangue: 7,35 (venoso) - 7,4 (arterial) » 7,4
Baseaceitador
Base: / ácidodeconjugado
protões H 2PO 4- Û H PO 42- + H +
- Ácido carbónico/hidrogenocarbonato
- Hidrogenocarbonato/carbonato (Pavão, 2005)
+ +
Ácidos e bases. Equilíbrio ácido-base
(Campos, 1999)
Importância do ião hidrogénio (H+) nos sistemas biológicos
• Quase todos os processos
biológicos dependem do pH:
– participação direta do ião H+ em
muitas reações metabólicas
– participação indireta do ião H+
• .. Muitas biomoléculas contêm
grupos ionizáveis, com pKa
característicos
(Campos, 1999)
(Pavão, 2005)
(Pavão, 2005)
Respostas de compensação:
.Não corrigem a perturbação
.Diminuem a magnitude da variação do pH no sangue
(Pavão, 2005)
Desequilíbrios ácido-base
Acidose respiratória
Acidose metabólica
(diarreia,
urémia, Diabetes Mellitus)
Alcalose respiratória
Alcalose metabólica
(vómitos prolongados,
hemorragias)
(Pavão, 2005)
(Pavão, 2005)
(Pavão, 2005)
(Pavão, 2005)
(Pavão, 2005)
CASO CLÍNICO 1
AÇÃO: Foi efectuada uma lavagem ao estômago ao menino Silva e a sua observação não
revelou nenhum sinal de toxicidade acídica, tal como estimulação respiratória,
dores abdominais, náuseas ou cefaleias. Os níveis séricos de salicilato eram de 92
μg/ml (níveis normais terapêuticos de 200 -250 μg/ml ; níveis >350 μg/ml –
aparecimento de sinais de toxicidade; níveis >800 μg/ml -frequentemente letais).
Foi mantido em observação durante a noite e os níveis séricos no dia seguinte
eram de 24 μg/ml.
AÇÃO: Foi depois posta a respirar lentamente num saco de papel colocado sobre a sua boca
e nariz (aumento do CO2 no ar respirado levando ao aumento de pCO2 sérico com
consequente acidificação). Após 20 min, os sintomas que apresentava desapareceram.
(Pavão, 2005)
CASO CLÍNICO 2
CASO: A senhora Santos, diabética, deu entrada na urgência com uma respiração tipo
Kussmaul (hiperventilação com respiração profunda).