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Faculdade de Tecnologia Professor Francisco de Moura

FATEC Jacareí

Laudo técnico de Análise Físico Química e IQA


Disciplina de Limnologia

Equipe:
Amanda de A. Sales de Oliveira;
Andreza Silva Carneiro de Carvalho;
Bianca Teixeira Gonçalves;
Gabriela Alves Carreiro;
Gabrielle Souza Senhorinha;
Keila Ines Lemos.
Data: 29|10|19
Origem da amostra: Água com resíduo industrial de origem desconhecida
fornecida pelo Laboratório de Química da Fatec Jacareí.
Método para análise: A equipe realizou análises de PO43- (Fosfatos), turbidez,
cloreto, dureza, alcalinidade, temperatura e pH da amostra. Os outros
parâmetros foram fornecidos ou testados por outras equipes.
Para a realização análise de PO43-, efetuaram-se os seguintes procedimentos,
com o teste colorimétrico:
1. Coletou-se 30ml de amostra em uma proveta, retirou-se 5ml com a
seringa do kit e transferiu-se para um tubo que estava disponível no kit de
análise.
2. Adicionou-se 0,15ml do pó PO4-1 e agitou-se levemente por 10
segundos.
3. Adicionou-se 5 gotas do PO4-2 no tubo de teste e agitou-se levemente
por 20 segundos.
4. Aguardou-se por 1 minuto e observou-se que amostra permaneceu
praticamente incolor, classificando-se em 0mg/l
Para a realização análise de Turbidez, efetuaram-se os seguintes
procedimentos, com o Turbidímetro:
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1. Aferiu-se a quatro amostras que acompanham o aparelho, sendo de 0 a


1000 o nível avaliado.
2. Após a calibração, em um tubo que acompanhava o kit de análise de
turbidez, adicionou-se 5ml da amostra.
3. Introduziu-se o tubo, na parte interna do aparelho, seguindo as instruções
de posicionamento que continham na parte externa.
4. Ao finalizar o processamento da análise, o aparelho apresentou 95 NTU
(unidade nefelométrica de turbidez) na amostra.
Para a realização análise de Cloretos, efetuaram-se os seguintes
procedimentos:
Coletou-se 100ml de amostra em uma proveta, e foi transferida para um
Erlermeyer, adicionou-se 5 gotas de Cromato de Potássio (K2CrO4), e agitou-se
levemente. O resultado deste procedimento foi a alteração da coloração,
passando de translucida para amarelo. Procedeu-se a ambientalização da
bureta com a adição de Nitrato de Prata (AgNO3), aferindo a parte inferior da
vidraria onde não há solução, e igualou-se a 0 na faixa que apresenta a
capacidade de ml. Colocou-se o Erlermeyer embaixo da bureta para a adição de
Nitrato de Prata na amostra, e o ponto de viragem se deu na utilização de 3,2ml.
A coloração foi de amarelo, para uma tonalidade vermelho/laranja terroso.

Para realização da análise de dureza foram efetuados os seguintes


procedimentos:
1. Coletados em uma proveta graduada 100ml da água a ser analisada e
colocados em um erlenmeyer.
2. Adicionados 2ml de NH4OH (hidróxido de amônio 5% a 10%) com a função
de solução tampão (manter o Ph constante)
3. Adicionadas de 3 a 5 gotas de indicador Preto de Eriocromo.
4. Titulação de EDTA 0,1 mol/L (Etileno Diamino Tetracético)

Para realização da análise de alcalinidade foram efetuados os seguintes


procedimentos:
1. Coletados em uma proveta graduada 100ml da água a ser analisada e
colocados em um erlenmeyer.
2. Adicionados 3 gotas de indicador FFT – observou-se coloração rosa,
indicando que a amostra é alcalina.
3. Titulação de H2SO4 0,1 mol/L

Para determinação do pH foi utilizada uma fita indicadora de pH e a temperatura


foi aferida com um termômetro.
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Resultados e Discussões:
Tabela 1 – IQA Amostra Industrial

PARÂMETRO CONCENTRAÇÃO q (Y) qXW VALOR


(X)
Colifecal 0 UFC 100 100 x 0,15 15
pH 10 20 20 x 0,12 2,4
DBO 0 mg/L 100 100 x 0,10 10
NT 1 mg/L 95 95 x 0,10 9,5
PO43- 0 100 100 x 0,10 10
Temperatura 26,5ºC 9 9 x 0,10 0,9
Turbidez 104 5 5 x 0,08 0,4
RT 20 mg/L 82 82 x 0,08 6,56
OD 11 mg/L 8 8 x 0,17 1,36
Legenda:
Parâmetro = fornecido pela professora
Parâmetro = teste realizado pela equipe Flávio
Parâmetro = teste realizado pela equipe Solange
Parâmetro = teste realizado pela equipe Amanda

Fonte: próprio autor


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Imagem 01 – Análise das Curvas Médias de Variação de Qualidade das Águas

Fonte: próprio autor sobre gráficos da CETESB em “Apêndice D Índices de


Qualidade das Águas”
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Conforme resultado apresentado na Tabela 01 o IQA da amostra é 56,12.


De acordo com a classificação do IQA (CETESB) a amostra é classificada como
BOA.
Tabela 2 – Classificação IQA

Fonte: Qualidade das Águas Interiores no Estado de São Paulo | Apêndice D -


Índices de Qualidade das Águas | CETESB

TABELA 3 – ANÁLISE FÍSICO QUÍMICA DA AMOSTRA

VALOR ENCONTRADO VMP* VMP*


PARÂMETRO CONAMA 357
NA AMOSTRA FUNASA 2914
(mg/L) (mg/L) (mg/L)

CLORETO 113,6 250 250

DUREZA 150 250 250

ALCALINIDADE 200 500 500

* Valor Máximo Permitido

Fonte: Próprio Autor


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Para obtenção dos valores da segunda coluna da Tabela 3 foram utilizados os seguintes
cálculos:

CLORETOS

Xmg/L de Cl = 3,2 x 0,1 x 35,5 x 1000 = 113,6


100

DUREZA

Xmg/L de CaCO3 = 1,5 x 0,1 x 100 x 1000 = 150


100

ALCALINIDADE

Xmg/L de CaCO3 = 2,0 x 0,1 x 100 x 1000 = 200


100

Sendo:

Concentração = 0,1 mol/L

Eq. gramas do Cl = 35,5 g/mol

Eq. gramas do CaCo3 = 100 g/mol

Volume da amostra = 100ml

Vg Cloretos = 3,2 ml

Vg Dureza = 1,5 ml

Vg Alcalinidade = 2,0 ml

Conforme Tabela 3 a amostra encontra-se dentro dos padrões definidos por Conama
357 e FUNASA 2914, com todos os parâmetros abaixo dos Valores Máximos
Permitidos.
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Conclusão:
O cálculo de IQA somente é viabilizado pela análise conjunta dos nove
parâmetros, portanto apesar de a equipe não ter realizado o teste de todos
parâmetros, a análise e classificação somente foi possível com a consideração
dos dados fornecidos ou obtidos por outras equipes.
Conclui-se que a amostra analisada apresenta classificação “BOA” segundo o
IQA (Índice de Qualidade das Águas) – CETESB – que incorpora nove
parâmetros.
A realização dos testes permitiu a verificação da classificação da amostra de
acordo com a Resolução Conama 357/2005 / 410/2009 / 430/2011.

Em seu capítulo III a resolução determina as condições e padrões de qualidade


das águas e na seção II deste capítulo apresenta na Tabela 1 – Classe 1 –
Águas doces os valores máximos para diversos parâmetros orgânicos e
inorgânicos. No que diz respeito aos Cloretos a amostra pode ser classificada
como Classe 1 – Água doce.

De acordo com FUNASA 2914 a amostra é classificada com dureza moderada:


entre 50 mg/L e 150 mg/L de CaCO3 e a alcalinidade se apresenta dentro dos
valores de águas naturais: entre 30 e 500mg/L de CaCo3.

Para consumo humano a amostra pode ser submetida a tratamento simplificado:


clarificação por meio de filtração e desinfecção e correção de pH quando
necessário.

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