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Universidade Estadual de Feira de Santana

Departamento de Tecnologia

Professor: Severo

Alunas: Nilmara Matias

Tatiane Maurício

Qualidade Fisico-Química da água do bebedouro do LABOTEC - UEFS

Feira de Santana- BA

Julho/ 2011
Universidade Estadual de Feira de Santana

Departamento de Tecnologia

Professor: Severo

Alunas: Nilmara Matias

Tatiane Maurício

Qualidade Fisico-Química da água do bebedouro do LABOTEC - UEFS

Relatório da aula prática EXAME FISICO-QUÍMICO DA


ÁGUA da disciplina TEC 344 Higienização e Sanitização na
Indústria de Alimentos, no semestre 2011.1 da Universidade
Estadual de Feira de Santana Bahia.

Feira de Santana- BA

Julho/ 2011
SUMÁRIO

1- Introdução
2- Objetivos
3- Material e Métodos
3.1- pH
3.2- Acidez
3.3- Alcalinidade
3.4- Cloro Residual
4- Resultados e Discussão
5- Conclusão
6- Referências
1- Introdução

A água é um fator imprescindível à sobrevivência dos seres vivos, pois participa


de mais da metade de todas as reações físico-químicas dos organismos vivos. Assim,
constitui-se um patrimônio da humanidade e deve ser preservada. Então, quando se
pensa em qualidade da água para consumo humano, surge a necessidade de conhecer,
estabelecer, estudar e controlar o conjunto de características que fazem, ou não, com
que ela seja considerada adequada para este fim. É fundamental conhecer essas
características com o objetivo de saber quais são e por que representam a condição
pretendida; estabelecê-las para evidenciar a opção por determinada qualidade; estudá-
las, a fim de aperfeiçoar seu conhecimento e, controlá-las, visando garantir sua
adequação ao consumo humano.

Dessa forma, um conjunto de parâmetros deve ser analisado para determinar a


qualidade físico-química da água. São eles: pH, acidez, alcalinidade e cloro residual. O
pH representa a expressão usada para falar do grau de alcalinidade ou acidez de um
líquido ou solução. A acidez representa o teor de gás carbônico livre, ácidos minerais e
sais de ácidos fortes, os quais por dissociação resultam em íons H + para a solução. A
alcalinidade é uma característica que consiste na capacidade das águas de neutralizar
compostos ácidos. O cloro residual representa a quantidade de cloro que deve conter na
água até sua utilização final.

Tendo em vista a importância da água para os seres vivos, esta pratica objetivou
analisar os parâmetros físico – químicos para determinação da qualidade da água para o
consumo humano.
2- Objetivos

Objetivo geral:

Verificar se a água do bebedouro do LABOTEC-UEFS encontra-se apropriada


para o consumo humano.

Objetivos específicos:

Determinar o potencial hidrogeniônico da amostra de água;

Dosar a acidez na amostra de água;

Dosar a alcalinidade da água, determinando as espécies iônicas responsáveis


pela mesma, a fim de decidir sobre sua utilização.

Conhecer o teor de cloro ativo que permanece após a cloração da água.


3- Material e Métodos

Para determinar a qualidade físico-química da água, alguns parâmetros devem


ser analisados, tais como:

3.1- pH

Material:

- Béquer de 50ml; - Potenciômetro;


- Pisseta; - Papel absorvente;

Procedimento:
O potenciômetro foi calibrado e as amostras foram analisadas lavando sempre o
eletrodo com água destilada ao trocar de amostra.

3.2- Acidez

Material:

- Erlenmeyer; - Béquer;
- Proveta 100ml; - Pisseta e bureta;

Procedimento:
Foram medidos 100ml de água, colocados em um erlenmeyer de 250ml e
adicionou-se 4 gotas de fenolftaleína. Em seguida a mistura foi titulada com uma
solução de NaOH 0,01 N até que se atingisse o ponto de viragem (róseo) permanente
por 30s. Com o volume de titulante obtido calculou-se a acidez em PPM de CO2.

3.3- Alcalinidade

Material:
- Erlenmeyer 250ml; - Bureta 25ml;
- Proveta 100ml; - Béquer 50ml e pisseta;

Reagentes:

- Ácido Sulfúrico 0,02N; - Fenolftaleína e Metilorange;

Procedimento:
Em primeiro lugar mediu-se 100mL da água do bebedouro do LABOTEC –
UEFS ( Laboratório de Tecnologia). Depois, em um erlenmeyer de 250mL foi colocada
essa amostra de água e adicionou-se três gotas de fenolftaleína. Em seguida, fez-se o
branco repetindo-se o procedimento anterior, desta vez usando-se água destilada.
Adicionou-se a cada frasco três gotas de metilorange e ao branco uma gota de acido
sulfúrico 0,02N. Por último reslizou-se a titulação com o acido 0,02N.

3.4- Cloro Residual

Material:

- Tubos de ensaio; - Erlenmeyer de 250ml;

- Pipeta volumétrica 5ml; - Bureta 25ml ou 50ml;

- Proveta de 50ml; - Béquer de 50ml;

Reagentes:

- Solução e ortolidina; - Solução de HCl (1:3);

- Solução de tiosulfato de sódio - Solução de amido 1%;


0,01N;

DETERMINAÇÃO DE CLORO RESIDUAL QUALITATIVAMENTE:

Procedimento:
Foram colocados 5ml da amostra de água a ser analisada em tubos de ensaio e
em seguida adicionadas 5 gotas de solução de ortolidina verificando se houve ou não a
reação indicativa da presença de cloro livre;

DETERMINAÇÃO DE CLORO RESIDUAL QUANTITATIVAMENTE:

Procedimento:

Foram colocados 50ml da amostra em um erlenmeyer de 250ml seguidos da


adição de 5ml de KI, 5ml de HCl. A mistura foi titulada com solução de tiossulfato até
que se atingisse a coloração amarelo claro. Nesse momento foram introduzidas 5 gotas
de solução de amido1% continuando-se a titulação até a viragem incolor.
4- Resultados e Discussão

DETERMINAÇÃO DE PH

O potenciômetro forneceu a leitura de 4.6 para o pH analisado na


amostra, o que demonstra o caráter ácido da mesma e o predomínio de ácido
carbônico.
Segundo SPERLING (2005/p.31) valores de pH afastados da
neutralidade tendem a afetar as taxas de crescimento dos microorganismos.

DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ

Na análise de acidez o volume de titulante foi expressado na seguinte equação,


da qual nos informa a a acidez em ppm de CO : 2

Xppm= N x Vtitulante x f x 40 x 1000 / 100

Xppm= 0,01 x 8,4 x 0,86956 x 40 x 1000 / 100

Xppm= 29,21 ppm de CO2 na amostra

O resultado nos informa que a cada 100ml de água 0,2921g de CO2..

ALCALINIDADE

Ao adicionar o indicador ácido-base fenolftaleína, à amostra de água, esta não


apresentou mudanças em seu aspecto visual. Provavelmente isto aconteceu porque o
meio apresentava-se com caráter ácido.
Ao adicionar o indicador ácido-base metilorange à amostra anterior esta
apresentou coloração amarela, em seguida foi necessário realizar a titulação com ácido
até que a amostra igualasse ao branco, ou seja, obter uma coloração vermelho-laranja,
evidenciando-se assim o caráter básico da solução.
Cálculo do volume total da solução 0,02N de ácido sulfúrico (H2SO4)
consumidos nas titulaçãoes (T).
FÓRMULA:

T= F+ M

Onde,

F é o volume gasto na titulação para o descoramento do indicador, caso a


solução torne-se vermelha.
M é o volume gasto na titulação para que a amostra iguale-se a do branco.

Cálculos:
1)

T= F+M
F=0
M=2,55mL
T=0+M
T=M
T=2,55mL

2)
X(ppm de alcalinidade) = 0,02 x V(mL) x fc x 50 x 1000/ 100
= 0,02 x 2,55x 0,968 x 50 x 1000/ 100
= 24,68mg/L

Como o valor de F foi igual a zero, da fórmula anterior, conclui-se que T=M, o
que significa que a amostra da água só contém bicarbonato com pH entre 4,4 – 8,4
comum em águas naturais.
De acordo com dados obtidos na literatura os padrões normais de alcalinidade
total para água potável é de 10-50 mg/L. Então a amostra da água analisada encontra-se
dentro dos padrões aceitáveis para o consumo humano.

CLORO RESIDUAL
Para a análise qualitativa de cloro residual não obteve-se a reação de cor
amarelada. O que demonstra que a água analisada possui pequena probabilidade de
conter cloro residual;

Na análise quantitativa de cloro residual, o volume de titulante foi expresso na


seguinte equação, da qual nos informa a quantidade em ppm de cloro residual
demonstrado em Cl : 2

Xppm= N x Vtitulante x f x 35,5 x 1000 / Vamostra

Xppm= 0,01 x 2,3 x 0,9768 x 35,5 x 1000 / 50

Xppm= 15,95ppm de Cl2 na amostra

A lei 1469 ( Brasil 2001) em seu artigo 13°, cita que após a desinfecção, a água
deve conter o teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L, sendo obrigatória a
manutenção de, no minimo, 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de distribuição.

Mostrou-se que, a água que contem uma concentração de 50 mg / L em cloro


residual pode ser consumida sem nenhum perigo (ANDRADE e MARTYN, 1993).

De acordo com isso, e os valores encontrados na analise é possível concluir que


a amostra de água utilizada é apropriada para o consumo humano.

5 – Conclusão

6- Referências

- VON Sperling, Marcos. Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento


de Esgotos; 3ª Ed.- Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e
Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; 2005. Acessado em:
http://books.google.com.br>. Acesso em 08/ 07/2011.

- ANDRADE, Nelio José de ; MACEDO, Jorge Antonio B. de. Higienização na


Industria de Alimentos, Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 1993.

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