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SENAI, Chapecó, Brasil, vania@sc.senai.br
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SENAI, Chapecó, Brasil, deisy.memlak@sc.senai.br
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SENAI, Chapecó, Brasil, joceane@sc.senai.br
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SENAI, Chapecó, Brasil, lilian.rbc89@gmail.com
RESUMO
Os limites de detecção (LD) e limites de quantificação (LQ) do método de dureza total em água foram determinados
com o objetivo de avaliar a capacidade analítica do laboratório na determinação quantitativa destes limites. O
laboratório determinou os limites de detecção e quantificação deste método com base na experiência dos analistas e em
experimentos, os valores obtidos foram: limite de detecção 3 mg/L e limite de quantificação de 15 mg/L.
ABSTRACT
The limits of detection (LD) and limits quantification (LQ) of the method of total hardness in water were determined
to evaluate the analytical capacity of the laboratory for quantitative determination of these limits. The laboratory determined
the limits of detection and quantification of this method based on the experience of the analysts and experiments, the values
obtained were: detection limit of 3 mg /L and limit of quantification of 15 mg /L.
1. INTRODUÇÃO
A dureza está presente na água devido aos sais de cálcio e magnésio lixiviados pela água através do solo. A presença
destes sais não causa danos à saúde e são próprios de água potável. No entanto para a indústria, a água com a presença destes
sais em excesso é chamada de água dura. Esta por sua vez pode provocar corrosão, perda de eficiência na transmissão de
calor em caldeiras, formação de incrustações, entupimentos em tubulações e depósitos na superfície de equipamentos,
dificultando os processos de limpeza [1].
Segundo Feijó et al (2002), as impurezas da água podem originar sérios problemas operacionais, devido a formação
de depósitos, incrustações em várias superfícies e corrosão de metais, diminuindo a eficiência dos processos de higienização e
constituindo-se em fonte significativa de contaminação do leite cru e do leite processado industrialmente.
Vários métodos podem ser empregados para determinação de dureza em água dentre eles, titulometria, e
espectrofotometria. Os resultados de dureza devem ser expressos em mg/L de carbonato de cálcio (CaCO 3).
De acordo com a NIT-DICLA -057, limite de detecção é a concentração mais baixa que pode ser detectada, mas não
necessariamente quantificada pelo método, isto é, que pode ser diferenciada de zero ou detectada acima do ruído, com um
nível de confiança estabelecido e o limite de quantificação é a concentração do constituinte que produz um sinal
suficientemente maior que o sinal do branco e que pode ser detectada dentro de níveis especificados, por bons laboratórios,
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durante e nas condições do trabalho de rotina. Tipicamente é a concentração que produz um sinal 10 vezes o desvio padrão
acima do sinal do branco de água reagente.
Para verificação do desempenho de métodos, a característica mais importante está relacionada aos limites, sendo a
capacidade de detectar e quantificar o analito na amostra, determinar os limites de detecção (LD) e o limite de quantificação
(LQ) é fundamental quando se está implantando um método de ensaio ou quando se deseja avaliar um determinado método.
Os limites podem ser determinados através da experiência dos analistas e de experimentos, após a determinação dos
limites é necessário verificar a recuperação e a exatidão de cada concentração para análise crítica e determinação do limite de
quantificação. Para o parâmetro de dureza total a portaria no 2.914 de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde, é
ampla e preconiza que o VMP (valor máximo permitido) é de 500 mg/L, mesmo se tratando de um valor alto, é necessário
conhecer a detecção e quantificação do método para expressar resultados confiáveis já que estes podem variar em função da
repetibilidade, padrões e equipamentos utilizados no processo.
Limites e inferência estatística, muitas vezes são assumidos com base na experiência acumulada durante o
desenvolvimento e uso do método analítico. No entanto, boa ciência de medição confia em hipóteses testadas [5].
2. OBJETIVO
O objetivo deste estudo é determinar os limites de detecção e quantificação do método titulométrico de quantificação
de dureza total em água utilizado no laboratório.
3. METODOS E MATERIAIS
Este trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Análise de Alimentos e Água do SENAI de Chapecó/SC, Setor
Físico-Químico no primeiro semestre de 2013.
Replicatas 3 mg/L 5 mg/L 15 mg/L 100 mg/L 150 mg/L 250 mg/L
1 3,09 4,69 13,06 95,51 144,56 239,97
2 3,19 4,69 12,46 91,52 143,96 237,17
3 2,19 4,69 12,86 93,61 144,46 238,37
4 2,69 5,38 13,26 96,8 144,66 241,36
5 2,69 4,89 13,66 92,42 142,86 238,07
6 3,39 4,89 13,16 94,41 146,15 237,87
7 2,49 4,39 13,56 95,21 144,16 236,58
Media 2,82 4,80 13,15 94,21 144,40 238,48
S 0,42 0,30 0,41 1,84 0,98 1,65
Tabela 1. Determinação do Limite de Quantificação - Concentrações obtidas
4. RESULTADOS
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Figura 1. Gráfico da Recuperação
De acordo com a AOAC Peer-Verified Methods Program, Manual on policies and procedures, Arlington, Va., USA
(1998), o critério de aceitação para o coeficiente de variação para a concentração de 3 e 5 mg/L é de 11%, 15 mg/L é 7,3%,
100, 150 e 250 mg/L é de 5,3%. Conforme observado no gráfico somente a concentração de 3mg/L apresentou resultado
insatisfatório quanto ao coeficiente de variação, as demais concentrações analisadas apresentaram resultado satisfatório
quanto a este critério.
5. CONCLUSÕES
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Foi determinado o limite de quantificação através da análise da recuperação e do coeficiente de variação, haja visto
que a concentração de 15 mg/L obteve um coeficiente de variação menor em relação as concentrações de 3 mg/L e 5 mg/L e
esta foi a menor concentração reproduzida pelo laboratório, embora as demais concentrações também apresentaram o
coeficiente de variação menor. A legislação preconiza que o valor máximo admissível é de 500 mg/L para água de consumo,
porém a indústria necessita conhecer a dureza em concentrações inferiores ao preconizado pela legislação. Devido a esta
necessidade o laboratório adotou este limite de quantificação sendo confíavel para garantir o monirotamento da água da
indústria e considera que o parâmetro para água potável e também o parâmetro para água dura pode variar de 60 a 500 m/L
(CaCO3).
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] LEITE, M.O.; Andrade, N.J.; Souza, M.R.; Fonseca, L.M.; Cerqueira, M.M.O.P.; Penna, C.F.A.M. Controle de qualidade
da água em indústrias de alimentos (Parte III). 2003. Dpto de Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal, Escola
de Veterinária da UFMG. Dpto de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa.
[2] FEIJÓ, L. D.; PINHEIRO, C. A.; SILVA, A. C. O.; CERQUEIRA, M. M. O. P.; SOUZA, M. R.; PENNA, C. F. A. M.
Caminhões de Coleta a Granel: Monitoramento da Qualidade do Leite, da Higienização do Mangote e da Superficie do
Caminhão Tanque. In: XIX Congresso Nacional de Laticínios. 2002, Juiz de Fora - MG. Anais... Juiz de Fora: Instituto de
Laticínios Cândido Tostes, 2002.
[3] NIT-DICLA-057, Revisão 01. Critérios para Acreditação de Amostragem de Águas e Matrizes Ambientais. INMETRO,
Rio de Janeiro, 2010.
[5] CURRIE, L.A. Nomenclature in evaluation of analytical methods including detection and quantification capabilities. Pure
Appl. Chem., v. 67, p. 1699-1723, 1995.
[6] Brasil, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria nacional de defesa agropecuária. Laboratório
nacional de referência animal, LANARA. Métodos analíticos Oficiais para Controle de produto de origem animal e seus
Ingredientes, Ministério da Agricultura, Brasília, DF, outubro/81.
[7] Official Methods of Analysis of AOAC International, 19 th edition (2012) - AOAC Official Method.
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