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Engenharia de Materiais

Apostila de Fundamentos de Química QM91A


Turma EM14

Londrina, 1º Sem 2012


Manual de Segurança de
Laboratório da UTFPR
Campus Londrina
Os laboratórios são fundamentais em um estabelecimento de ensino
e pesquisa. Pelos tipos de trabalho que neles são desenvolvidos, são
incontáveis os riscos de acidentes causados por exposição a agentes tóxicos
e/ou corrosivos, como: queimaduras, lesões, incêndios e explosões,
radiações ionizantes e agentes biológicos patogênicos. Dados estatísticos
provam que a maioria dos acidentes em laboratórios ocorrem pela
imperícia, negligência e até imprudência dos usuários. Existe, portanto,
necessidade premente de se estabelecer normas de segurança. Em geral, os
profissionais de qualquer área não recebem, nas Universidades, instruções
completas sobre normas de segurança do trabalho.
Este manual de segurança tem como principais objetivos alertar e
prevenir a ocorrência de acidentes durante a realização de experiências
laboratoriais e alertar para a armazenagem e manipulação de gases,
solventes e reagentes.
O primeiro passo para se evitar um acidente é saber reconhecer as
situações que podem desencadeá-lo. Existem inúmeras regras básicas de
proteção individual e coletiva que devem ser conhecidas por professores,
pesquisadores e alunos e aplicadas sempre que possível.

NORMAS GERAIS DE SEGURANÇA

1. Os laboratórios de química devem possuir material de combate de


incêndio, tais como: extintores de incêndio dos tipos: CO 2 e pó químico,
que deverão ficar em lugares de livre acesso.

2. Os quadros de avisos dos laboratórios deverão possuir ao seu lado, os


seguintes números telefônicos, bem destacados:
 Portaria: 6111
 Ambulância - SAMU: 192
 Bombeiros: 193
 André (Enfermeiro): R: 6129
3. O trabalho fora do expediente normal, tanto para professores, como para
alunos ou funcionário, só será permitido com autorização prévia.

4. No caso dos alunos de iniciação científica e/ou desenvolvendo Trabalho


de Conclusão de Curso (TCC) deve-se evitar que trabalharem sozinhos e
fora do expediente dos laboratórios.

5. Qualquer danificação ou defeito com necessidade de reparo nos


laboratórios, que envolva aspectos de segurança deverá ser comunicado
imediatamente.

6. Todo funcionário, professor ou aluno admitido em laboratório deverá


tomar conhecimento das normas de segurança.

7. Todo experimento que envolver certo grau de periculosidade exigirá a


obrigatoriedade de utilização de indumentária adequada (luvas, óculos,
máscaras, pinças, aventais, extintores de incêndio).

8. A utilização de qualquer material que venha a prejudicar ou colocar em


perigo a vida, ou a saúde dos usuários do ambiente, ou que causem
incomodo, deverá ser discutida ou comunicada ao responsável do
laboratório, o qual sugerirá e/ou autorizará o evento sob certas condições
como avisos, precauções, horário que deve ser feito, etc.

9. A quantidade de reagentes (inflamáveis, corrosivos, explosivos)


armazenados em cada laboratório deverá ser limitada a critério dos
responsáveis.

10. Durante as atividades didáticas não será permitido a professor, aluno e


funcionário a permanência em laboratório durante a aula prática sem o
uso de guarda-pó, trajando bermudas, ou shorts, sem sapatos fechados e
meias.
11. Cada bancada de laboratório poderá conter um número máximo de
alunos, fixado pelo professor responsável.

12. As aulas práticas deverão ter o acompanhamento contínuo do professor


durante todo o seu desenvolvimento.

REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA

 Use os óculos protetores de olhos, sempre que estiver no laboratório.


 Use sempre guarda-pó, de algodão com mangas compridas.
 Aprenda a usar extintor antes que o incêndio aconteça.
 Não fume, não coma ou beba no laboratório.
 Evite trabalhar sozinho, e fora das horas de trabalho convencionais.
 Não jogue material insolúvel nas pias (sílica, carvão ativo, etc). Use um
frasco de resíduo apropriado.
 Não jogue resíduos de solventes nas pias. Resíduos de reações devem ser
primeiramente inativados para então serem armazenados em frascos
adequados.
 Em caso de acidente, mantenha a calma, desligue os aparelhos próximos,
inicie o combate ao fogo, isole os inflamáveis, chame os Bombeiros.
 Não entre em locais de acidentes sem uma máscara contra gases.
 Ao sair do laboratório, o último desliga tudo, e verificando se tudo está
em ordem.
 Trabalhando com reações perigosas, explosivas, tóxicas, ou cuja
periculosidade você não está bem certo, use a capela, o protetor acrílico, e
tenha um extintor por perto.
 Nunca jogue no lixo restos de reações.
 Realize os trabalhos dentro de capelas ou locais bem ventilados.
 Em caso de acidente (por contato ou ingestão de produtos químicos)
procure o médico indicando o produto utilizado.
 Se atingir os olhos, abrir bem as pálpebras e lavar com bastante água.
 Atingindo outras partes do corpo, retirar a roupa impregnada e lavar a
pele com bastante água.

REGRAS BÁSICAS EM CASO DE INCÊNDIO NO LABORATÓRIO.

1. Mantenha a calma.
2. Comece o combate imediatamente com os extintores de CO 2 (gás
carbônico).
3. Afaste os inflamáveis de perto.
4. Caso o fogo fuja ao seu controle, evacue o local imediatamente.
5. Evacue o prédio.
6. Desligue a chave geral de eletricidade.

CUIDADOS IMPORTANTES

A - FOGO

Quando o fogo irromper em um béquer ou balão de reação, basta tapar o


frasco com uma rolha, toalha ou vidro de relógio, de modo a impedir a entrada de
ar.

Quando o fogo atingir a roupa de uma pessoa algumas técnicas são possíveis:
 Levá-la para debaixo do chuveiro;
 Há uma tendência da pessoa correr, aumentando a combustão, neste caso,
deve derrubá-la e rolá-la no chão até o fogo ser exterminado;
 Melhor, no entanto, é embrulhá-lo rapidamente em um cobertor para este
fim;
 Pode-se também usar o extintor de CO2, se este for o meio mais rápido.
 Jamais use água para apagar o fogo em um laboratório. Use extintor de
CO2 ou de pó químico.
 Fogo em sódio, potássio ou lítio. Use extintor de pó químico (não use o
gás carbônico - CO2). Também se pode usar o reagente carbonato de
sódio (Na2CO3) ou cloreto de sódio (NaCl - sal de cozinha).
Observação: Areia não funciona bem para Na, K e Li; água reage violentamente
com estes metais.

B - ÁCIDOS

 Ácido sulfúrico: derramado sobre o chão ou bancada pode ser


rapidamente neutralizado com carbonato ou bicarbonato de sódio em pó.
 Ácido Clorídrico: derramado será neutralizado com amônia, que produz
cloreto de amônio, em forma de névoa branca.
 Ácido Nítrico: reage violentamente com álcool.

C - COMPOSTOS TÓXICOS

Um grande número de compostos orgânico e inorgânico são tóxicos,


devem ser manipulados com cuidado, evitando a inalação ou contato direto. A
relação abaixo compreende alguns produtos tóxicos de uso comum em
laboratório:

Compostos Altamente Tóxicos - são aqueles que podem provocar rapidamente,


graves lesões ou até mesmo a morte.
 Compostos arsênicos
 Cianetos Inorgânicos
 Compostos de mercúrio
 Ácido oxálico e seus sais
 Selênio e seus complexos
 Pentóxido de vanádio
 Monóxido de carbono
 Cloro, Flúor, Bromo, Iodo

Líquidos Tóxicos e Irritantes aos Olhos e Sistema Respiratório.


 Cloreto de acetila - Bromo
 Alquil e arilnitrilas - Bromometano
 Benzeno
 Dissulfito de Carbono
 Brometo e cloreto de benzila
 Sulfato de metila
 Ácido fluorbórico
 Sulfato de dietila
 Cloridrina etilênica
 Acroleina.

Compostos Potencialmente Nocivos por Exposição Prolongada


 Brometos e cloretos de alquila: Bromometano, bromofórmio, tetracloreto
de carbono, diclorometano, iodometano.
 Aminas alifáticas e aromáticas: anilinas substituídas ou não dimetilamina,
trietilamina, diisopropilamina.
 Fenóis e composto aromáticos nitrados: Fenóis substituídos ou não
cresóis, catecol, resorcinol, nitrobenzeno, nitrotolueno.

Substâncias Carcinogênicas

Muitos compostos causam tumores cancerosos no ser humano. Deve-se


ter todo o cuidado no manuseio de compostos suspeitos de causarem câncer,
evitando-se a todo custo a inalação de vapores e o contato com a pele. Devem ser
manipulados exclusivamente em capelas e com uso de luvas protetoras. Entre os
grupos de compostos comuns em laboratório incluem:

 Aminas aromáticas e seus derivados: anilinas N-substituídas ou não.


naftilaminas, benzidinas, 2-naftilamina e azoderivados.
 Compostos N-nitroso, nitrosoaminas (R’-N(NO)-R) e nitrozoamidas.
 Agentes alquilantes: diazometano, sulfato de dimetila, iodeto de metila,
propiolactona, óxido de etileno.
 Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: benzopireno, dibenzoantraceno.
 Compostos que contém enxofre: tiocetamida, tiouréia.
 Benzeno: É um composto carcinogênico cuja concentração mínima
tolerável é inferior aquela normalmente percebida pelo olfato humano. Se
você sente cheiro de benzeno é porque a sua concentração no ambiente é
superior ao mínimo tolerável. Evite usá-lo como solvente e sempre que
possível substitua por outro solvente semelhante e menos tóxico (por ex.
tolueno).
 Amianto: A inalação por via respiratória de amianto pode conduzir a uma
doença de pulmão, a asbesto, uma moléstia dos pulmões que aleija e
eventualmente mata. Em estágios mais adiantados geralmente se
transforma em câncer dos pulmões.

E - MANUSEIO DE GASES

Regras no manuseio de gases:


 Armazenar em locais bem ventilados, secos e resistentes ao fogo.
 Proteger os cilindros do calor e da irradiação direta.
 Manter os cilindros presos à parede de modo a não caírem.
 Separar e sinalizar os recipientes cheios e vazios.
 Utilizar sempre válvula reguladora de pressão.
 Manter válvula fechada após o uso.
 Limpar imediatamente equipamentos e acessórios após o uso de gases
corrosivos.
 Somente transportar cilindros com capacete (tampa de proteção da
válvula) e em veículo apropriado.
 Não utilizar óleos e graxas nas válvulas de gases oxidantes.
 Manipular gases tóxicos e corrosivos dentro de capelas.
 Utilizar os gases até uma pressão mínima de 2 bar, para evitar a entrada
de substâncias estranhas.
F - MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS

Regras de segurança para manuseio de produtos químicos;


 Nunca manusear produtos sem estar usando o equipamento de segurança
adequado para cada caso.
 Usar sempre material adequado. Não faça improvisações.
 Esteja sempre consciente do que estiver fazendo.
 Comunicar qualquer acidente ou irregularidade ao seu superior e a
Segurança.
 Não pipetar, principalmente, líquidos causticos ou venenosos com a boca.
Use os aparelhos apropriados.
 Procurar conhecer a localização do chuveiro de emergência e do lava-
olhos e saiba como usá-lo corretamente.
 Nunca armazenar produtos químicos em locais impróprios.
 Não fumar nos locais de estocagem e no manuseio de produtos químicos.
 Não transportar produtos químicos de maneira insegura, principalmente
em recipientes de vidro e entre aglomerações de pessoas.

G - DESCARTE DE PRODUTOS QUÍMICOS

O descarte de Produtos Químicos deve ser feito de acordo com as normas


existentes no laboratório. Deve-se usar “frascos específicos para este fim” e
“nunca devem ser jogados na pia”.

H - AQUECIMENTO NO LABORATÓRIO

Ao aquecer substâncias voláteis e inflamáveis no laboratório, deve-se


sempre levar em conta o perigo de incêndio. Para temperaturas inferiores a 100 oC
use preferencialmente banho-maria ou banho a vapor. Para temperaturas
superiores a 100oC use banhos de óleos. Parafina aquecida funciona bem para
temperaturas de até 220oC; glicerina pode ser aquecida até 150 oC sem
desprendimento apreciável de vapores desagradáveis. Banhos de silicone são os
melhores, mas são também os mais caros. Uma alternativa quase tão segura
quanto os banhos são as mantas de aquecimento. O aquecimento é rápido e
eficiente, mas o controle da temperatura não é tão conveniente como em banhos.
Mantas de aquecimento não são recomendadas para a destilação de
produtos muito voláteis e inflamáveis como: éter petróleo, éter etílico e CS 2. Para
altas temperaturas (>200oC) pode-se empregar um banho de areia. O aquecimento
e o resfriamento do banho devem ser lento. Chapas de aquecimento podem ser
empregadas para solventes menos voláteis einflamáveis. Nunca aqueça solventes
voláteis em chapas de aquecimento (éter, CS2, etc.). Ao aquecer solventes como
etanol ou metanol em chapas, use um sistema munido de condensador.
Aquecimento direto com chamas sobre a tela de amianto são
recomendados para líquidos não inflamáveis (por ex. água).

Observação: Solventes com ponto de inflamabilidade menor 0 o


C,
necessariamente precisam ser manuseados em banho-maria quando aquecido.

ROTULAGEM – SIMBOLO DE RISCO

Os símbolos de risco são pictogramas representadas em forma quadrada, impressos em


preto e fundo laranja-amarelo, utilizados em rótulos ou informações de produtos
químicos. Eles servem para lembrar o risco do manuseio do produto, representando nos
pictogramas os primeiros sintomas com o contato com a substância.
Os símbolos de segurança estão de acordo com as normas da União Européia, no anexo
II das diretivas 67/548/EWG. No Brasil, correspondem a norma NBR 7500 da ABNT.
Segundo elas, os símbolos e indicações de perigo que devem ser utilizados são:

Corrosivo: o símbolo de um ácido activo (C),


Explosivo: uma bomba detonante (E),
Comburente: uma chama acima de um círculo (O),
Facilmente inflamável: uma chama (F),
Tóxico: a representação de uma caveira sobre tíbias cruzadas (T),
Nocivo: uma cruz de Santo André (Xn),
Irritante: uma cruz de Santo André (Xi),
Resumo dos símbolos de risco

Símbolo de
segurança e Significado (Definição e Precaução) Exemplos
nome

Classificação: Estes produtos químicos causam


destruição de tecidos vivos e/ou materiais inertes. Ácido clorídrico
Precaução: Não inalar e evitar o contato com a pele, Ácido fluorídrico
olhos e roupas.

C Corrosivo

Classificação: Substâncias e preparações que podem


explodir sob o efeito da chama ou que são mais
sensíveis aos choques ou às fricções que o
Nitroglicerina
dinitrobenzeno.
Precaução: evitar batida, empurrão, fricção, faísca e
E Altamente calor.
explosivo

Oxigênio
Classificação: o material pode acender ou facilitar a
Nitrato de
combustão, impedindo o combate ao fogo.
potássio
Precaução: evitar o contato dele com materiais
Peróxido de
combustíveis.
hidrogênio
O Comburente
Classificação:
Que podem aquecer e finalmente inflamar-se em
contacto com o ar a uma temperatura normal sem
fornecimento de energia, ou
Sólidas, que podem inflamar-se facilmente por uma
breve acção de uma fonte de inflamação e que
continuam a arder ou a consumir-se após o
afastamento da fonte de inflamação, ou
No estado líquido, cujo ponto de inflamação é inferior Benzeno
a 21 ºC, ou Etanol
Gasosas, inflamáveis em contacto com o ar a Acetona
pressão normal, ou
F Facilmente Que, em contacto com a água ou o ar húmido,
inflamável desenvolvem gases facilmente inflamáveis em
quantidades perigosas;
Materiais altamente inflamáveis, gases inflamáveis,
combustíveis líquidos.
Precaução: evitar contato com materias ignitivos (ar,
água).

Classificação: Substâncias e preparações líquidas,


cujo ponto de inflamação se situa entre 21 ºC e 55 Hidrogênio
ºC; Etino
Precaução: evitar contato com materias ignitivos (ar, Éter etílico
água).
F+ Extremamente
inflamável

Classificação: Substâncias e preparações que, por


inalação, ingestão ou penetração cutânea, podem Cloreto de bário
implicar riscos graves, agudos ou crónicos, e mesmo Monóxido de
a morte. carbono
Precaução: todo o contato com o corpo humano deve Metanol
ser evitado.
T Tóxico

Classificação: após inalado, ingerido ou absorção


Cianureto
através da pele, provoca gráves problemas de saúde
Trióxido de
e até mesmo morte.
arsênio
Precaução: todo o contato com o corpo humano deve
Nicotina
ser evitado.
T+ Muito tóxico

Classificação: Substâncias e preparações não


corrosivas que, por contacto imediato, prolongado ou Cloreto de
repetido com a pele ou as mucosas, podem provocar cálcio
uma reacção inflamatória. Carbonato de
Precaução: gases não devem ser inalados e toque sódio
com a pele e olhos deve ser evitado.
Xi Irritante

Classificação: Substâncias e preparações que, por


Etanal
inalação, ingestão ou penetração cutânea, podem
Diclorometano
implicar riscos de gravidade limitada;
Cloreto de
Precaução: deve ser evitado o contato com o corpo
potássio
humano, assim como a inalação dessa substância.
Xn Nocivo

Definição: A libertação dessa substância no meio


ambiente pode provocar danos ao ecossistema a
Benzeno
curto ou longo prazo
Cianureto de
Manuseio: devido ao seu risco em potencial, não
potássio
deve ser liberado em encanamentos, no solo ou no
Lindan
ambiente. Tratamentos especiais devem ser
N Perigoso para o tomados!
ambiente

O diagrama de Hommel, mundialmente conhecido pelo código NFPA 704 —


mas também conhecido como diamante do perigo ou diamante de risco —, é uma
simbologia empregada pela Associação Nacional para Proteção contra Incêndios (em
inglês: National Fire Protection Association), dos Estados Unidos da América. Nela, são
utilizados losangos que expressam tipos de risco em graus que variam de 0 a 4, cada
qual especificado por uma cor (branco, azul, amarelo e vermelho), que representam,
respectivamente, riscos específicos, risco à saúde, reatividade e inflamabilidade.
Quando utilizada na rotulagem de produtos, ela é de grande utilidade, pois
permite num simples relance, que se tenha idéia sobre o risco representado pela
substância ali contida.

- Manual de Segurança para o Laboratório de Química - IQ – UNICAMP/CIPA 1982.


- Manual de Regras Básicas de Segurança para Laboratórios – UNICERP.
- Manual de Segurança – Universidade de São Paulo, 2004.
- Guia de Segurança do Laboratório de Química – Faculdade de Ciência e Tecnologia
da Universidade de Coimbra, 2006
http://www.crq4.org.br/downloads/selo_guia_lab.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Símbolo_de_risco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diagrama_de_Hommel
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 1

MATERIAIS DE LABORATÓRIO
OBJETIVO

Conhecer os materiais e vidrarias comumente utilizadas no laboratório e


aprender suas utilizações básicas.

MATERIAIS GERAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO

Os materiais de laboratório mais comuns utilizados no laboratório estão


relacionados com a descrição dos respectivos usos.

Utilizado como suporte para funil de


vidro, funil de separação, tela metálica ou
de amianto.
Anel de Ferro

Balão com saída lateral utilizado para


destilação simples de líquidos.

Balão de Destilação

Frasco utilizado para digestão de


substäncias em meio àcido.

Balão de Kjeldahl

Recipiente calibrado, de precisão,


utilizado no preparo de soluções de
concentração definida.

Balão Volumétrico
É empregado para aquecer líquido ou
soluções ou ainda fazer reações com
desprendimentos gasosos. Pode ser
aquecido sobre tripé com tela de amianto.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 1

Balão de Fundo Chato

Conhecido também como bagueta, é


utilizado na agitação e transferencia de
líquidos.
Bastão de Vidro

Recipiente utilizado para o preparo de


soluções, aquecimento de líquidos, etc.

Béquer (Bécker)

Equipamento destinado ao aquecimento


de materiais não inflamáveis.

Bico de Bunsen

Vidraria calibrada para a medida precisa


de volume de líquidos, utilizada na técnica
de titulação.
Bureta

Utilizado para a calcinação de substancias.


Geralmente feito de porcelana
Cadinho

Também conhecido como escova para


lavagem de vidraria. Escova de pelos para
limpeza de vidrarias.
Cepilho

Vidraria destinada à condensação de


vapores em destilações ou em
aquecimentos com refluxo. Pode ser reto,
de bolas e serpentina.
Condensador

Vidraria utilizada no armazenamento de


substancias quando se necessita de uma
atmosfera com baixo teor de umidade.

Dessecador
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 1

Frasco utilizado para aquecer líquidos ou


efetuar titulações.

Erlenmeyer

Com diversos tamanhos e formas, é


utilizada na transferencia de substancias
sólidas.
Espátulas

Vidraria utilizada na transferencia de


substancias sólidas.

Frasco de Reagente
Vidraria utilizada na transferencia de
líquidos de um frasco para o outro, ou
para efetuar filtrações simples. Pode ser
Funil de vidro ou plástico.

Vidraria utilizada para a filtração por


sucção quando acoplado ao kitassato.

Funil de Buchner

Vidraria utilizada para separação de


líquidos imiscíveis.

Funil de Separação

Material utilizado para perfurações de


rolhas de cortiça ou de borracha.
Furador de Rolha

Peça metálica utilizada para montagem de


vidrarias e é presa no suporte universal.
Garra
Também conhecido com almofariz.
Material utilizado para a pulverização de
sólidos. Pode ser feito de metal,
porcelana, cristal ou ágata
Graal
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 1

Vidrarira munidade saída lateral e


utilizada juntamente com o funil de
Buchner em filtrações por sucção.
Kitassato

Material que se acopla a uma pipeta com a


finalidade de aspirar líquidos.

Pera de borracha

Vidraria destinada à pesagem de sólidos e


ao armazenamento de substancias em
dessecador.
Pesa filtro
Material com finalidade de impedir ou
reduzir o fluxo de líquidos ou gases
através de tubos flexíveis (plastico ou
borracha).
Pinça Mohr e Hoffman

1 - Vidraria utilizada para a retirada de


alíquotas variáveis de líquidos.
2 – Vidraria utilizada pra a retirada de
volumes fixo e precisos de líquidos.
Pipeta Graduada e Volúmetrica

Frasco graduado ou não, utilizado para


efetuar lavagem de recipientes com jatos
de líquidos e auxiliam no processo de
filtração simples.
Pisseta (Pissete)

Vidraria utilizada para medida de volumes


de líquidos. Pode ser feita de vidro ou
plástico.
Proveta Graduada

Peça metálica usada para a montagem de


aparelhagem em geral.

Suporte Universal
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 1

Suporte que serve para a sustentação dos


tubos de ensaio. Pode ser feito de madeira,
plastico e ferro.

Suporte Tubo de Ensaio

Tela metálica contendo amianto, utilizada


para distribuir o calor uniformemente do
bico de bunsen.
Tela de amianto

Peça de ferro revestida de porcelana,


utilizado como suporte do cadinho durante
o processo de secagem ou carbonização.
Triangulo de Porcelana

Sustentáculo utilizado para efetuar


aquecimentos no bico de bunsen com/sem
a tela de amianto.
Tripé

Dispositivo utilizado para aspiração de ar,


reduzindo a pressão no interior de um
recipiente acoplado. Utilizado em
filtrações por sucção. Pode ser feita de
vidro ou metal.
Trompa d’agua

Vidraria utilizada para realizar reações


químicas em pequena escala, em especial
testes de reação. Pode ser aquecido com
cuidado diretamente na chama do bico de
bunsen.
Tubo de Ensaio

Vidraria utilizada para cobrir recipientes


(béquer) com soluções, secagem de
sólidos, pesagem, etc.
Vidro de Relógio
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 1

PROCEDIMENTO

Reconheça cada instrumento da listagem acima, relacionando os nomes dos


mesmos com os materiais expostos na bancada do laboratório.

TAREFA

Reconheça os diversos materiais utilizados no laboratório pelo seu nome e


utilização. Veja se existe algum material que tenha no laboratório e não está listado
acima e procure informações sobre ele, (nome, utilização, desenho).
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 2

TÉCNICAS DE PESAGEM E NOÇÕES DE ERROS EXPERIMENTAIS

OBJETIVO

Verificar a existencia de erros experimentais na medida de uma massa. Aprender


a técnica de pesagem na balança analítica e na semi-analítica, além de verificar a sua
importancia no dia a dia do trabalho no laboratório.

ASSUNTOS ENVOLVIDOS

Noções de erros experimentais nas medidas de pesagem. Noções de precisão das


balanças geralmente utilizadas em um laboratório. Noções dos cuidados envolvidos na
utilização de balanças.

PROCEDIMENTOS

Voce recebeu diversos materiais, com formas variadas, que devem ser pesados
individualmente na balança analítica e na balança semi-analítica. Em seguida, meça os
diversos objetos, com os instrumentos de medida sugeridos pelo professor. As medidas
devem ser feitas com o objetivo de calcular o volume de cada objeto.
Faça a pesagem e a medida linear, para cada objeto em triplicata. De posse de
todas as medidas, calcule a densidade em g/cm3 de cada objeto.
Organize uma tabela com todos os seus dados e discuta os resultados obtidos em
seu relatório.

QUESTÕES

- Existe diferença entre os pesos dos objetos obtidos nas duas balanças. Se
houver, justifique o fato.
- A escolha do instrumento de medida linear influi no valor calculado para o
volume do objeto
- Faça o cálculo da média para o resultado de cada objeto e explique a variação
de cada resultado em relação ao valor médio encontrado.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 3

MEDIDAS DE VOLUMES

OBJETIVO

Verificar a existencia de erros experimentais na medida de volumes. Aprimorar


a técnia de pipetagem e de pesagem, além de verificar a sua importancia no dia a dia do
trabalho do laboratório.

ASSUNTOS ENVOLVIDOS

Noções de erros experimentais nas medidas de volumes. Noções de precisão das


vidrarias de laboratório para medidas de volumes.

PROCEDIMENTO

Determinação do erro na medida de volumes com a proveta

Numerar 10 tubos de ensaio secos e pesar cada um (Obs. É necessário que o


tubo de ensaio durante a pesagem permaneça na posição vertical). Medir 10,00 ml de
água destilada em uma proveta de 100 ml. Em seguida, colocar o volume medido em
um tubo de ensaio numerado. Pesar novamente os tubos.
Preencher a tabela seguinte com os resultados obtidos.

Tubo de Volume Massa da Tara Massa da Massa da Tara +


ensaio (ml) (g) Agua (g) Agua (g)
1 10,00
2 10,00
3 10,00
4 10,00
5 10,00
6 10,00
7 10,00
8 10,00
9 10,00
10 10,00

Calcule o desvio padrão e o erro em relação ao objetivo inicial (10,00 ml).

Determinação do erro na medida de volumes com a pipeta volumétrica

Numerar 10 tubos de ensaio secos e pesar cada um (Obs. É necessário que o


tubo de ensaio durante a pesagem permaneça na posição vertical). Medir 10,00 ml de
água destilada em uma pipeta volumétrica de 10,00 ml. Em seguida, colocar o volume
medido em um tubo de ensaio numerado. Pesar novamente os tubos.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 3

Preencher a tabela seguinte com os resultados obtidos.

Tubo de Volume Massa da Tara Massa da Massa da Tara +


ensaio (ml) (g) Agua (g) Agua (g)
1 10,00
2 10,00
3 10,00
4 10,00
5 10,00
6 10,00
7 10,00
8 10,00
9 10,00
10 10,00

Calcule o desvio padrão e o erro em relação ao objetivo (10,00 ml).

Determinação do erro na medida de volumes com a bureta

Numerar 10 tubos de ensaio secos e pesar cada um (Obs. É necessário que o


tubo de ensaio durante a pesagem permaneça na posição vertical). Encher a bureta com
água destilada e transferir o volume de 10,00 ml para cada tubo de ensaio numerado.
Pesar novamente os tubos.
Preencher a tabela seguinte com os resultados obtidos.

Tubo de Volume Massa da Tara Massa da Massa da Tara +


ensaio (ml) (g) Agua (g) Agua (g)
1 10,00
2 10,00
3 10,00
4 10,00
5 10,00
6 10,00
7 10,00
8 10,00
9 10,00
10 10,00

Calcule o desvio padrão e o erro em relação ao objetivo (10,00 ml).

Compare os valores dos desvios padrões das medidas efetuadas pelas diversas
vidrarias e os intervalos de erros obtidos para cada medida. Faça comentários sobre os
dados experimentais obtidos. Conclua o seu relatório com uma análise sobre os erros
experimentais envolvidos na medida dos volumes com as vidrarias envolvidas.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 4

REAÇÕES QUÍMICAS

OBJETIVO

• Observar uma reação de precipitação.


• Realizar cálculos estequiométricos envolvendo reagente limitante e em excesso.
• Calcular o rendimento de uma reação.

INTRODUÇÃO

Uma equação química convenientemente ajustada fornece informações a


respeito das quantidades dos reagentes consumidos e produtos formados. A relação
estequiométrica entre produtos e reagentes permite calcular a massa de produto a ser
obtida a partir de massas conhecidas dos reagentes. Essa massa, contudo, é um valor
teórico, já que a manipulação dos reagentes sempre induz à perdas, por mais cuidados
que possamos ter. A relação entre a quantidade de substância obtida experimentalmente
e a quantidade calculada, multiplicada por cem, nos fornece o rendimento percentual da
reação.
As reações que resultam na formação de um composto pouco solúvel (insolúvel)
são conhecidas como reações de precipitação. Nesse caso o produto pode ser separado
rapidamente por filtração ou centrifugação. As reações de precipitação ocorrem quando
certos pares de íons de cargas opostas se atraem tão fortemente que formam um sólido
iônico insolúvel como na reação entre o nitrato de chumbo e o iodeto de potássio abaixo
A solubilidade de um sólido é a quantidade de substância que pode ser dissolvida em
certas quantidades de solvente.

MATERIAIS E REAGENTES

Vidros de relógio Funil


Provetas Suporte com anel de ferro
Béqueres Bastões de vidro
Estufa Papel de filtro
Dessecador
Cromato de potássio Cloreto de bário

PROCEDIMENTOS

1) Pese 0,80 g de cromato de potássio e transfira para um béquer de 250 ml,


adicione 100 ml de água destilada, medida em proveta. Agite com bastão de vidro até a
completa dissolução.
2) Pese 0,60 g de cloreto de bário e transfira para um béquer de 250 ml.
Adicione 50 ml de água destilada medida em proveta. Agite com bastão de vidro até
completa dissolução.
3) Pese um papel de filtro.
4) Adapte um anel de ferro num suporte e nele coloque um funil de filtração.
5) Adicione a solução de cloreto de bário à de cromato de potássio. Agite a
mistura com o bastão.
6) Adapte o papel de filtro ao funil.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 4

7) Faça a filtração manejando com cuidado para que não haja perda de
precipitado. Leve o béquer e o bastão de vidro com água destilada para remover
qualquer resíduo de precipitado. Coloque a água de lavagem no funil.
8) Lave o precipitado no funil com água destilada. Após completa decantação
retire o papel de filtro e coloque-o sobre um vidro de relógio. Despreze o filtrado.
9) Leve o precipitado para secar em estufa à 150 oC, por quinze minutos. Retire o
precipitado seco da estufa e coloque-o para resfriar num dessecador.
10)Depois de frio, pese o papel de filtro com o precipitado. Anote o peso obtido.

TAREFAS

- Escreva a equação química correspondente à reação observada. Indique o


precipitado formado. Qual é o seu nome?
- Qual a finalidade de se aquecer a solução de cromato de potássio?
- Por que a filtração deve ser realizada com o máximo de cuidado?
- Qual a finalidade de se lavar o precipitado obtido com água destilada?
- Calcule o rendimento teórico da reação. Calcule o rendimento prático.
Compare o resultado prático com o calculado teoricamente. Calcule o rendimento
percentual da reação.
- Discuta as causas dos desvios, que porventura forem encontrados, entre o
resultado prático e o teórico.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 5

Determinação o Teor de Álcool na Gasolina

Objetivos

Fazer a determinação do teor de álcool na gasolina e avaliar se o teor de álcool,


na gasolina analisada, está dentro do valor previsto por Lei.

Introdução

A gasolina, obtida a partir da destilação do petróleo, é um combustível


constituído basicamente por hidrocarbonetos e, em menor quantidade, por produtos
oxigenados. O principal componente da gasolina é o isooctano, cuja fórmula molecular
é dada por (C8H18). A gasolina é uma das alternativas energéticas mais importantes da
atualidade, seu principal uso é em motores de explosão, de veículos automotivos.

No Brasil, antes da comercialização, adiciona-se álcool etílico (C 2H5OH) à


gasolina; a mistura resultante é homogênea (monofásica). O álcool etílico atua como
agente anti-detonante e é um substituinte de outro agente anti-detonante, altamente
poluente, o chumbo tetraetila (Pb(C2H5)4). A concentração de álcool na gasolina
brasileira, segundo a ANP - Agência Nacional do Petróleo deve estar entre 18% e 25%,
volume a volume.

Materiais e Reagentes Utilizados

- 20 mL de água destilada;
- 20 mL de gasolina;
- Solução saturada de NaCl (36g/100mL)
- 2 provetas de 100 mL;
- 1 Funil de decantação;
- Suporte universal com anel.

Procedimento

 Primeiro teste:

- Meça 20 mL de gasolina e 20 mL de água destilada em duas provetas de 100 mL.


- Transferir todo o volume de água destilada e de gasolina para o funil de separação.
- Fechar imediatamente o funil e agitar cuidadosamente a mistura.
- Coloque em repouso por 3 a 5 minutos até a separação das fases e observe o que
ocorre.
- Transfira a fase aquosa para uma proveta e leia o volume.

 Segundo teste:

- Misture 50 mL de gasolina e 50 mL de água salina em proveta com tampa de 100 mL.


- Fechar imediatamente a proveta e agitar cuidadosamente a mistura.
- Coloque em repouso por 5 minutos até a separação das fases e observe o que ocorre.
- Leia o volume da fase aquosa.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 5

- Determinar ambos os volumes das fases.


- Determinar o percentual de álcool e gasolina contidos nas amostras.

Cuidado:
A gasolina é um líquido tóxico, bastante volátil; durante a realização desta
experiência, mantenha o laboratório arejado e evite a inalação dos vapores de gasolina.
Por outro lado, a gasolina é altamente inflamável; assim, durante a realização desta
experiência, não deve haver qualquer chama acesa no laboratório.

Responder às questões

1. Por que o volume da gasolina diminui?

2. Por que o álcool se dissolve tanto na gasolina quanto na água?

3. Determine a porcentagem (volume) de álcool presente na gasolina. E discuta se o teor


de álcool está de acordo com o determinado pela ANP.

Bibliografia

1. RUSSEL, J.B.; - Química Geral. São Paulo 2a edição, v. 11 – Makron Books, 1994.

2. BACCAN, N.; ANDRADE, J. C. ; GODINHO, O. E.; BARONE, J. S. Química


analítica quantitativa elementar. 3a ed. São Paulo: Edgar Blucker, 2005.

3. SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J e CROUCH, S. R., Fundamentos de


Química Analítica, 8ª edição, Pion
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PREPARO DE SOLUÇÕES

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Uma solução pode ser definida como uma mistura homogênea de duas ou mais
substâncias. Ser homogênea significa que as partículas das diferentes espécies
apresentam tamanho molecular com diâmetro inferior a 50Å e estão aleatóriamente
distribuídas (uniformidade). Concentração é a relação entre soluto e o solvente (ou a
solução). Essas relações podem ser expressas de diferentes maneiras:

OBJETIVO

Preparar soluções ácidas e básicas de concentração aproximadamente 0,10 mol/L.

MATERIAIS

- Hidróxido de sódio (P.A.); Ácido clorídrico concentrado (P.A.); balança; 2x


béquer de 100 mL; espátula; bastão de vidro; pipeta graduada de 2 ou 5 mL; pêra ou
pipetador; pisseta com água destilada; funil de vidro; balão volumétrico de 100 e 250
mL; frasco de polietileno (250 mL); frasco de vidro (250 mL); frasco de vidro (100
mL); e etiquetas
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 6

PROCEDIMENTOS

A- Preparação de 250,0 mL de solução 0,10 mol /L NaOH

a- Calcular a massa de reagente necessária para preparar a solução, a partir das


informações disponíveis no rótulo do frasco de hidróxido de sódio.
b- Pesar a quantidade necessária de reagente em um béquer de 100 mL.
c- Adicionar ao béquer cerca de 50 mL de água destilada e com auxílio de um bastão de
vidro solubilizar o soluto. Esperar o estabelecimento do equilíbrio térmico com o
ambiente.
d- Transferir a solução, com auxílio de um funil e um bastão de vidro, para um balão
volumétrico de 250 mL.
e- Lavar repetidas vezes, com água destilada, o béquer, o funil e o bastão de vidro,
vertendo as águas de lavagem (totalmente) para o balão volumétrico.
f- Adicionar água destilada ao balão volumétrico até que o menisco inferior do líquido
tangencie a marca de aferição do mesmo.
g- Tampar o balão, inverter o mesmo e agitar de modo a homogeneizar a solução.
h- Transferir a solução do balão para um frasco estoque de polietileno limpo e seco.
i- Rotular o frasco (nome da equipe, concentração da solução, data, turma e professor).

B-Preparação de 250,0 mL de solução 0,10 mol /L HCl

a- Calcular o volume de solução de ácido clorídrico concentrado necessário para


preparar a solução a partir das informações disponíveis no rótulo do frasco do ácido
concentrado.
b- Adicionar cerca de 50 mL de água destilada em um béquer de 100 mL.
c- Medir o volume necessário de ácido concentrado, na capela, utilizando uma pipeta
graduada de 2 ou 5 mL e um pipetador/pera.
d- Transferir lentamente o ácido para o béquer, agitando a solução com auxilio de um
bastão de vidro. Esperar o estabelecimento do equilíbrio térmico com o ambiente.
e- Transferir a solução, com auxílio de um funil e um bastão de vidro, para um balão
volumétrico de 250 mL.
f- Lavar repetidas vezes, com água destilada, o béquer, o funil e o bastão de vidro,
vertendo as águas de lavagem para o balão volumétrico.
g- Adicionar água destilada ao balão volumétrico até que o menisco inferior do líquido
tangencie a marca de aferição do mesmo.
h- Tampar o balão, inverter e agitar o mesmo de modo a homogeneizar a solução.
i- Transferir a solução do balão para um frasco estoque de vidro limpo e seco.
j- Rotular o frasco.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 8

QUANTIFICAÇÃO DO ACIDO ACÉTICO NO VINAGRE

OBJETIVO

Determinar a % de ácido acético no vinagre.

INTRODUÇÃO

A concentração do ácido acético no vinagre não deve ser menor que 4%,
podendo chegar a 5% em alguns vinagres. A determinação do ácido acético é feita
titulando a amostra de vinagre com solução padronizada de hidróxido de sódio, em
presença do indicador fenolftaleína. A reação é representada pela seguinte equação:

H3CCOOH(aq) + NaOH(aq) H3CCOONa(aq) + H2O(aq)

No ponto estequiométrico, a quantidade de NaOH gasto na titulação é igual à


quantidade de H3CCOOH presente na amostra de vinagre. Quimicamente falando, o
número de mols de ácido acético é igual ao número de mols de hidróxido de sódio.

MATERIAIS E REAGENTES

Bureta Pipeta Volumétrica


Erlenmeyer Vinagre comercial
Solução de NaOH ~ 0,1 M Suporte universal
Garra Béquer de 100 mL

PROCEDIMENTO

Pipete, com a técnica adequada, 2 mL de vinagre para um erlenmeyer de 250


mL. Adicione mais ou menos 30 mL de água (medidos em uma proveta de 50 mL) e 5 a
10 gotas de fenolftaleína. Carregue corretamente uma bureta de 50 mL com a solução
de NaOH, enchendo também a parte que fica abaixo da torneira. Gota a gota, acrescente
essa solução de NaOH da bureta ao erlenmeyer agitando-o constantemente, e feche a
torneira da bureta logo que ocorrer a viragem do indicador. Anote o volume da solução
de NaOH que foi gasto. Repita a titulação (titulação em duplicata) e tire a média dos
volumes gastos de hidróxido de sódio. (OBS. Se os valores forem discrepantes, faça
uma terceira titulação). Tire a média dos volumes obtidos.

TAREFA

Calcule a concentração do ácido acético no vinagre, utilizando a estequiometria


da reação e calculando pelo número de mols de ácido e base.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 7

DETERMINAÇÃO DA FÓRMULA DE UM MATERIAL HIDRATADO

OBJETIVO

Determinar o número de moléculas de água de cristalização de um hidrato.

MATERIAIS E REAGENTES

Cadinho de Porcelana com tampa;


Triângulo de Porcelana;
Bico de Bunsen;
Balança analítica;
Pinça metálica;
Almofariz com Pistilo;
Espátula de Aço;
Sulfato de cobre hidratado.

PROCEDIMENTO

Aqueça o conjunto, cadinho mais tampa no bico de Bunsen, começando com


aquecimento lento e depois mais fortemente por 10 minutos.
Deixe o conjunto esfriar (10 a 15 minutos) e pese, sendo considerado valor P1.
Coloque aproximadamente 2,0 gramas de sulfato de cobre hidratado em um
almofariz e triture bem.
Transfira o sulfato de cobre triturado para o cadinho e pese novamente o
conjunto (P2). A diferença entre P2 e P1 será o peso de sulfato de cobre hidratado.
Coloque o conjunto no triângulo de porcelana com a tampa entreaberta e aqueça-
o, controlando a temperatura para que o aquecimento não seja muito forte. Pare de
aquecer quando a coloração do sulfato de cobre mudar.
Retire o cadinho do triângulo, coloque sobre uma tela de amianto e espere esfriar
(10 a 15 minutos).
Pese o conjunto novamente (P3).
Recoloque o conjunto no triângulo e reaqueça-o novamente.
Deixe esfriar (10 a 15 minutos) e pese novamente o conjunto (P4).
Repita esse procedimento (aquecimento/resfriamento) até que o peso final não se
altere, isto é, torne-se constante.
A diferença entre P2 e o último peso corresponde à água perdida por
evaporação.

TAREFAS

- Escreva a reação química realizada.


- Calcule o número de moléculas de água existentes no sulfato de cobre hidratado.
- Compare o seu resultado com os resultados dos outros grupos e explique as causas das
possíveis variações, se ocorrerem.
- Explique porque não devemos fazer um aquecimento muito intenso durante a
evaporação da água de cristalização do sulfato de cobre.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 9

DENSIDADE

OBJETIVO

Determinar experimentalmente a densidade absoluta (ρ) de uma solução.


Relacionar a densidade de uma solução com a quantidade relativa de matéria
(solvente/soluto)

PROCEDIMENTO

Medir 100 ml de água em uma proveta e colocar em frasco erlenmeyer (de 250
ml). Pesar 4,00 gramas de NaCl e adicionar à água e dissolver completamente. Após
todo o sal ser dissolvido, determinar a densidade absoluta da solução, medindo
volumetricamente 10,00 ml de solução e pesando esse volume, em um tudo de ensaio de
massa pré-determinada. Após pesar os 10,00 ml de solução e anotar, retornar ao
erlenmeyer original. Adicionar novamente 4,00 gramas de NaCl e dissolver
completamente e determinar a densidade absoluta da solução. Repetir o processo até a
solução saturar.
Anote os dados experimentais obtidos, conforme o quadro abaixo.

Massa de Massa da Massa da Tara + 10 Massa real de 10,00 Densidade da


NaCl (g) Tara (g) ml de solução (g) ml de solução (g) Solução (g/ml)
0,00
4,00
8,00
12,00
16,00
20,00
24,00
28,00
32,00
36,00

Observações:
-A saturação da solução não ocorrerá antes de se adicionar 36 g de NaCl,
portanto agite a solução após cada adição do sal para a perfeita solubilização.
- Apresente os resultados da densidade absoluta com 3 algarismos significativos,
fazendo um arredondamento correto.

TAREFA

Construa um gráfico % NaCl (eixo x) versus ρ g/ml (eixo y).


Você recebeu duas soluções de NaCl com a concentração conhecida. Faça o
mesmo procedimento experimental necessário e determine a concentração de NaCl
nestas soluções desconhecidas. Determine a concentração das soluções desconhecidas
em: % (m/v), g/mL.
Discuta em seu relatório aspectos referentes aos seus dados experimentais e os
erros experimentais inerentes nesta determinação.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 11

EQUÍLIBRIO ACIDO - BASE

OBJETIVO

Medir o pH de uma solução utilizando indicadores e potenciômetro. Comparar


os processos de medida de pH.

MATERIAIS E REAGENTES

Potenciômetro Ácido Clorídrico 0,1 M


Tubos de Ensaio Verde de Bromocresol
Alaranjado de Metila Vermelho de Metila
Ácido Acético 0,1 M Acetato de Sódio 0,1 M
Hidróxido de Sódio 0,1 M Hidróxido de Amônio 0,1 M
Fenolftaleína Cloreto de Amônio 0,1 M

PROCEDIMENTO

Experimento A

(a)Pegue 4 tubos de ensaio e coloque em cada um deles 2 mL de solução 0,1 M de


ácido acético. Adicione a cada tubo algumas gotas dos indicadores: alaranjado de metila
e verde de bromocresol, respectivamente. Anote as cores observadas e determine a
provável faixa de pH da solução de ácido acético.
(b) Repita o processo do item (a) usando a solução de ácido clorídrico 0,1 M e os
mesmos indicadores.
(c)Repita o processo do item (a) usando a solução de hidróxido de amônio 0,1 M e
os indicadores fenolftaleína.
(d)Repita o processo do item (a) usando a solução de hidróxido de amônio 0,1 M e
os mesmos indicadores do item (c).
(e)Repita o procedimento do item (a) usando a solução de acetato de sódio 0,1 M e
os indicadores fenolftaleína.
(f) Repita o procedimento do item (a) usando a solução de cloreto de amônio 0,1 M
e os indicadores verde de bromocresol, vermelho de metila.
(g) Utilizando o potenciômetro, meça o pH exato das soluções utilizadas nos itens
anteriores. Anote os valores obtidos.

TAREFA

- Qual a vantagem de se usar o potenciômetro nas medidas de pH?


- Qual a razão de serem observados valores diferentes de pH para as soluções de
acido acético, ácido clorídrico 0,1 M e entre hidróxido de amônio e hidróxido de sódio
0,1 M?
- Em quais situações não podemos utilizar indicadores?
- Pesquise a estrutura dos indicadores: fenolftaleína, alaranjado de metila e
vermelho de metila e mostre as estruturas em meio ácido e básico.
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 11

Indicadores ácido-base*

Intervalo de pH de
Cor a pH
Indicador Cor a pH baixo viragem
alto
(aproximado)
Violeta de metila amarelo 0,0-1,6 azul-púrpura
Vermelho de quinaldina incolor 1,0-2,2 vermelho
Vermelho de parametila incolor 1,0-3,0
azul-
Azul de Tornassol vermelho 1,0-6,9
arroxeado
Azul de Timol (primeira transição) vermelho 1,2-2,8 amarelo
Púrpura de metacresol (primeira
vermelho 1,2-2,8 amarelo
transição)
vermelho- amarelo-
Tropaeolina 00 1,2-3,2
violeta alaranjado
Azul de Bromofenol amarelo 3,0-4,6 violeta
Vermelho do Congo azul 3,0-5,2 vermelho
Laranja de Metila vermelho 3,1-4,4 amarelo
Alaranjado de etila vermelho 3,4-4,8 amarelo
Vermelho de Metila vermelho 4,4-6,2 amarelo
Púrpura de Bromocresol amarelo 5,2-6,8 violeta
Azul de Bromotimol amarelo 6,0-7,6 azul
Vermelho de Fenol amarelo 6,6-8,0 vermelho
Azul de Timol (segunda transição) amarelo 8,0-9,6 azul
Fenolftaleína incolor 8,2-10,0 rosa-carmim
Timolftaleína incolor 9,4-10,6 azul
Amarelo de Alizarina R amarelo 10,1-12,0 vermelho
Carmim de Indigo azul 11,4-13,0 amarelo
2,5-Dinitrofenol incolor 2,6 - 4,0 amarelo
Verde de bromocresol amarelo 3,8-5,4 azul
Vermelho de clorofenol amarelo 5,0-6,6 violeta
Vermelho de bromofenol amarelo 5,2-7,0 púrpura
Vermelho neutro vermelho 6,8-8,0 amarelo
Vermelho de cresol vermelho 7,2-8,8 amarelo
*Retirado do site Wikipédia.
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CINÉTICA QUÍMICA

OBJETIVO

Medir a velocidade de uma reação. Verificar o efeito da concentração,


temperatura e catalisador sobre a velocidade das reações.

MATERIAIS E REAGENTES

Iodato de Potássio (KIO3) Solução de ácido oxálico 0,5 M


Bissulfito de Sódio (NaHSO3) Solução de H2SO4 6 M
Amido Solúvel Solução de sulfato de manganês(II) 0,1 M
Solução de permanganato de potássio 0,04 M

PROCEDIMENTO

- Efeito na variação da concentração

Prepare as seguintes soluções:

- Solução A: Dissolva 0,5 g de KIO3 em 250 mL de água destilada.


- Solução B: Dissolva 1,0 g de amido solúvel em 250 mL de água destilada
quente. Esfrie e adicione 0,20 g de NaHSO3 e 5,0 mL de solução de ácido sulfúrico 6M.
Dilua para 500 mL com água destilada.

Prepare diferentes concentrações da solução A, diluindo a solução conforme a


tabela abaixo:

A1 A2 A3 A4 A5
Solução A (mL) 25,0 20,0 15,0 7,5 5,0
Água (mL) 0,0 5,0 10,0 17,5 20,0

Adicione cada uma das soluções A a 50 mL de solução B e anote o tempo gasto


até que apareça o primeiro sinal de reação.

- Efeito da Temperatura

Colocar 5 mL da solução A em um tubo de ensaio e 5 mL da solução B em outro


tubo.
Adicionar a solução A na solução B e anote o tempo gasto até que apareça o
primeiro sinal de reação.
Realizar este procedimento para as temperaturas de 25oC, 15oC e 5oC, tomando
cuidado de deixar os tubos A e B por algum tempo no banho de gelo e sal, para que as
soluções atinjam a temperatura desejada.

- Efeito do Catalisador

Rotular 2 tubos de ensaio A e B


Pipetar em cada um deles 5,0 ml de solução de ácido oxálico 0,5M
Adicione a cada deles 0,5 mL de solução de acido sulfúrico 6M
Fundamentos da Química– QM91A Experiência 12

Adicione, apenas no tubo B, 5 gotas de solução de MnSO4 0,1M


Ao mesmo tempo, cronometrando o tempo, adicione a cada tubo 4,0 mL de
solução de KMnO4 0,04M
Anote o tempo gasto para a total descoloração em cada caso.

Reações

IO3- + 3 HSO3- I- + 3 H+ + 3 SO4-2


I + IO3 + H
- - +
I2 + H2O
I2 + Amido Composto de Coloração Azul
I2 + HSO3- + H2O 2 I- + SO4-2 + 3 H+
TAREFA

- Calcule a concentração em mol/L da solução A.


- Calcule a concentração em mol/L para todas as soluções A (1 a 5).
- Construa o gráfico do tempo versus concentração.
- Qual a relação entre a variação de temperatura e o tempo de reação?
- Construa o gráfico da temperatura versus o tempo.
- Qual o efeito da temperatura sobre a velocidade da reação?
- Escreva a reação química envolvida no efeito do catalisador.
- Qual o papel do MnSO4 na reação?
- Como o MnSO4 age sobre a velocidade da reação?
- Desenhe o perfil energético da reação do bissulfito e diga qual o tipo de reação
que se trata.

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