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ÍNDICE

CALENDÁRIO ACADÊMICO 2024 – 1º Q................................................................................3

CRONOGRAMA - 1º QUADRIMESTRE DE 2024....................................................................4

AVALIAÇÃO..................................................................................................................................5

SEGURANÇA.................................................................................................................................6

NORMAS DE TRABALHO...........................................................................................................7

ALGUNS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DAS TÉCNICAS EMPREGADAS.........................8

BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................13

EXPERIMENTO 1 – RECRISTALIZAÇÃO DO ÁCIDO SALICÍLICO..................................15

EXPERIMENTO 2 – SÍNTESE DE ÉSTERES COM USO DE MICROONDAS....................18

EXPERIMENTO 3 – CONDENSAÇÃO ALDÓLICA SEM SOLVENTE................................23

EXPERIMENTO 4 – CATÁLISE HETEROGÊNEA.................................................................27

EXPERIMENTO 5 - SÍNTESE DE NANOPARTÍCULAS.........................................................31

EXPERIMENTO 6 – REAÇÃO DE BIOCATÁLISE.................................................................36

EXPERIMENTO 7 - EXTRAÇÃO DE LIMONENO COM CO2 LÍQUIDO............................41

TABELAS (pKa, Infravermelho, RMN)........................................................................................46

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CALENDÁRIO ACADÊMICO 2024 – 1º Q

DIAS DAS AULAS

TERÇAS 8-12h / 19-23h

DOCENTE:

Leonardo Jose Steil (steil@ufabc.edu.br)

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CRONOGRAMA - 1º QUADRIMESTRE DE 2024

SEMANA ATIVIDADE PRÁTICA CONCEITOS

06/02 EXP. 1 – Recristalização do ácido salicílico Purificação

13/02 CARNAVAL

EXP. 2 – Síntese de ésteres com uso de


20/02 micro-ondas
Economia Energética

27/02 EXP. 3 – Reação de Aldol sem Solvente Reação sem solvente

05/03 EXP. 4 – Acoplamento de Suzuki Catálise Heterogênea

12/03 DISCUSSÃO DOS EXPERIMENTOS 1-4

19/03 EXP. 5 – Síntese de nanopartículas Materiais

26/03 EXP. 6 – Reação de Biocatálise Biocatálise

Economia de átomos, reação em


02/04 EXP. 7 – Reação de Diels-Alder em água
água

09/04 DISCUSSÃO DOS EXPERIMENTOS 5-7

16/04 PROVA

23/04 PROVA SUBSTITUTIVA

§Somente em caso de falta justificada,como descrito no Art 2º da Resolução CONSEPE UFABC número 181,
de 23 de outubro de 2014. Esta prova substitutiva será realizada somente para a avaliação final, não
sendo permitida a reposição das aulas práticas (experimentos 1 a 7). A prova substitutiva será composta
por questões teóricas, e a sala onde será realizada será indicada pelo professor da turma.
*Cronograma sujeito a alterações!!

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AVALIAÇÃO

São três tipos de avaliação: Questionários dos Experimentos, Produção de Vídeo, Prova.

Avaliação dos questionários: discussão em grupo e entrega individual pelo Moodle.

2. Produção de vídeo: cada grupo deverá elaborar um miniseminário sobre um artigo da

revista Green Chemistry, a ser sorteado.

3. Avaliação final: prova INDIVIDUAL

Conceito Final
1/3 Questionários + 1/3 Atividade + 1/3 PROVA

Formação de Grupos: Baseado no número de kits preparados pelos técnicos


para o primeiro experimento.

COLO

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SEGURANÇA
Leia integralmente o Guia de Segurança, Experimentos e Atividades da disciplina de
Base Experimental das Ciências Naturais.
Conheça a
localização dos
chuveiros de Use sempre o Mantenha os
emergência, avental cabelos presos
extintores e
lavadores de olhos

Usar a capela
Use calçados Os óculos são
sempre que
fechados obrigatórios!
possível!

Não cheire, nem Comes e bebes,


Nunca pipete experimente os
só fora do
com a boca produtos
químicos laboratório

Consulte o Comunique
Se utilizar chama,
professor cada qualquer
mantenha longe
vez que notar acidente, por
de qualquer
algo anormal ou menor que seja ao
reagente!
imprevisto professor
Nunca aqueça o
Evite o contato de tubo de ensaio,
Nunca brinque qualquer apontando a
no laboratório! substância com a extremidade
pele aberta para
alguém
O vidro quente
tem exatamente a
mesma aparência
do frio.

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NORMAS DE TRABALHO

Siga rigorosamente as Pesquise sempre a


instruções fornecidas toxicidade dos reagentes
pelo professor antes das práticas

Evite contaminar
Nunca abra um recipiente reagentes, nunca retorne
antes de ler o rótulo o excedente aos frascos
de origem

Adicione sempre ácidos à Não coloque nenhum


água, nunca água a material sólido dentro da
ácidos pia ou nos ralos

Não jogue vidro


Não coloque resíduos de quebrado no lixo comum.
solventes na pia ou ralo Há um recipiente
específico

Verifique se as conexões
Ao terminar a prática,
e ligações estão seguras
lave o material utilizado
antes de iniciar um
e deixe-o em ordem
experimento

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ALGUNS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DAS TÉCNICAS
EMPREGADAS

Para que uma reação orgânica seja bem sucedida, o químico precisar estar
familiarizado com uma variedade de técnicas de laboratório. Mostraremos neste curso
apenas algumas delas.

REFLUXO

Existem reações em que é desejado o aquecimento da mistura reacional (solvente


orgânica + reagentes) para fornecer energia necessária para a completa transformação. Para
evitar que o solvente seja perdido por evaporação é necessário a utilização de um
condensador de refluxo conectado ao frasco de reação (figura 2).

Além do condensador é necessária uma correta escolha do solvente, que deve ter as
seguintes características:

- Capaz de dissolver os reagentes na temperatura de ebulição;

- A temperatura de ebulição deve ser elevada o suficiente para que a reação ocorra;

Condensador
de refluxo

Banho de óleo
Manta de
aquecimento
com agitação

Figura 2 – Montagem básica para refluxo

8
DESTILAÇÃO

Este método de separação (ou purificação) de líquidos por vaporização e


condensação é uma das mais antigas utilizadas pelo homem. Os principais tipos de
destilação e suas aplicações estão a seguir.

Simples: deve ser utilizado para separar líquidos (ponto de ebulição ABAIXO de 150 ºC, a 1
atm) de impurezas não voláteis ou de outro líquido que tenha ponto de ebulição de pelo
menos 25 ºC acima do líquido desejado.

Termômetro

Adaptador de 3 vias
Condensador
Adaptador em L
Manta de com saída lateral
aquecimento
com agitação
Banho de óleo
Frasco
Coletor

Figura 3 – Aparelhagem para destilação simples

9
DESTILAÇÃO A PRESSÃO REDUZIDA

Deve ser utilizado para separar líquidos (ponto de ebulição ACIMA de 150 ºC, a 1 atm)
de impurezas não voláteis ou de outro líquido que tenha ponto de ebulição de pelo menos
25 ºC acima do líquido desejado. A aparelhagem para a destilação a vácuo é similar ao da
destilação simples, com exceção do uso do vácuo (figura 4).

Termômetro

Condensador

Adaptador em L
com saída lateral
para conectar na
Coluna Vigreux
bomba de vácuo

Banho de óleo Frasco Coletor

Manta de aquecimento
com agitação

Figura 4 – Aparelhagem para destilação a vácuo

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DESTILAÇÃO FRACIONADA

Deve ser utilizado para separar misturas de líquidos com pontos de ebulição
próximos, com menos de 25ºC de diferença. A aparelhagem é similar da destilação simples,
com exceção da coluna de Vigreux.

Termômetro

Condensador

Adaptador em L
com saída lateral

Coluna Vigreux

Frasco Coletor

Banho de óleo

Manta de aquecimento
com agitação

Figura 5 – Aparelhagem para destilação fracionada

Existem outras colunas que são utilizadas para destilação fracionada, algumas
contendo materiais empacotados (bolas de vidro, pedaços de cerâmica e até palha de aço)
com a mesma finalidade da coluna Vigreux. O aumento da área superficial da coluna faz com
que haja uma maior troca de calor com o vapor e a superfície da coluna, isso confere uma
separação dos componentes mais efetiva do que uma coluna comum.

11
CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA

Do inglês Thin Layer Chromatography, é mais conhecido pela abreviação TLC. É usado
na identificação de compostos e análise qualitativa de pureza. Como toda separação
cromatográfica, a mistura é separada através da interação de duas fases (móvel e
estacionária). O adsorvente, comumente a Sílica Gel, geralmente é suportado em vidro ou
em folhas de alumínio e junto pode estar presente um material fluorescente que pode
auxiliar na visualização (com luz ultravioleta, por exemplo). A aplicação das amostras está
ilustrada na figura 8.

Figura 8 – Representação de um TLC

Legenda:

SM = material de partida, distância percorrida pelo substrato

pdts = amostra da reação

S = distância percorrida pela fase móvel (solvente)

P = distância percorrida do possível produto

co-spot = mistura SM + pdts

Rf = distância percorrida do composto / S

O processo de separação depende das diferenças de quão forte os componentes da


mistura estão adsorvidas na fase estacionária e quão solúveis eles são na fase móvel. Essas
diferenças dependem basicamente nas polaridades relativas dos componentes.
Aplicações do TLC: 1. Determinar o número de componentes da mistura; 2. Identificação de
substâncias baseados no Rf.; 3. Monitoramento de reação; 4. Pureza; 5. Determinar
condições para separação cromatográfica em coluna; 6. Para monitorar separações
cromatográficas.

12
BIBLIOGRAFIA

Para as atividades teóricas e práticas da disciplina

Fundamentos teóricos e detalhes experimentais


1. 1. Zubrick, J. W. Manual de Sobrevivência no Laboratório de Química Orgânica. 6ª Edição, LTC,
2005.
2. Silverstein, R. M.; Webster, F. X.; Kiemle, D. J. Identificação Espectrométrica de Compostos
Orgânicos. LTC, 2006.
3. Bruice, P. Y.; Química Orgânica. 4ª Edição, Prentice Hall, 2006.
4. Corrêa, A. G.; Zuin, V. G. Química Verde: fundamentos e aplicações, 1ª Ed., EdUFSCar,

2009.formações técnicas
(propriedades físicas, toxicidade, preço, nomenclatura)
1. CRC Handbook of Chemistry and Physics
2. Sigma-Aldrich – www.sigmaaldrich.com
3. IUPAC Gold Book - http://goldbook.iupac.org/
4. Merck índex
Bases de Dados/Referências/Desenho
1. The Web os Science (www.isiknowledge.com)
2. SciELO - Scientific Electronic Library Online (www.scielo.org)
3. Sciencedirect (www.sciencedirect.com)
4. American Chemical Society (www.pubs.acs.org)
5. Royal Society of Chemistry (www.rsc.org)
6. ChemDraw JS (ChemDraw JS Sample Page (perkinelmer.cloud))

13
Experimento

1
Recristalização do
ácido salicílico

14
EXPERIMENTO 1 – RECRISTALIZAÇÃO DO ÁCIDO SALICÍLICO

RECRISTALIZAÇÃO Tópico:
Purificação
Na maioria dos experimentos, o produto
desejado é obtido sempre na forma impura. Se
este produto é sólido, o método mais comum de purificação é via cristalização. Em geral, a
técnica envolve a dissolução do material a ser cristalizado com o mínimo de solvente a
quente e seguido do lento esfriamento da solução. O material dissolvido tem a solubilidade
diminuída a temperaturas mais baixas e vai se separar da solução à medida que é resfriada.
Este fenômeno é chamado de cristalização se a germinação é relativamente lenta e seletiva
ou precipitação se o processo é rápido e não-seletivo. Como as impurezas estão em
quantidades muitos menores que o do composto a ser cristalizado, a maior parte das
impurezas se mantém dissolvida no solvente mesmo quando é resfriado. Assim, a
substância purificada pode ser separada do solvente e das impurezas por filtração.

O solvente apropriado para a recristalização deve ser capaz de solubilizar o produto


sólido a quente e ter pouca solubilidade em temperaturas baixas. E também dever
solubilizar as impurezas em qualquer temperatura.

Os passos para a cristalização estão representados na figura 1.

15
Figura 1 – Etapas para recristalização

MATERIAIS
- Ácido Salicílico (aprox. 2 g) - Argola
- Água destilada - Suporte universal
- Béquer (500 mL) - Garra grande
- Erlenmeyer (2 x 250 mL) - Bomba de vácuo
- Funil simples - Vidro de relógio
- Papel de filtro (2) - Espátula
- Funil de Buchner - Bagueta de vidro
- Kitassato

16
Experimento

2
Síntese de ésteres
com uso de
microondas

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EXPERIMENTO 2 – SÍNTESE DE ÉSTERES COM USO DE MICROONDAS
Tópicos: Economia
Exercícios Pré-aula Energética
1. Desenhe as estruturas dos seguintes

ésteres: acetato de benzila, acetato de n-octila e

acetato de sec-pentila. Coloque ao lado, informações de odores destes ésteres.

2. Monte um fluxograma do experimento.

Introdução
Um ácido carboxílico e um álcool reagem na presença de um catalisador ácido para

formar um éster e água, como mostrado na Equação 1. Esta reação, denominado de

esterificação de Fischer, pode ser utilizado para preparar uma variedade de ésteres.

A reação de esterificação é reversível, com uma constante de equilíbrio que favorece

ligeiramente os produtos. Por isso, a fim de obter um rendimento razoável do éster, um

excesso de um dos reagentes é normalmente usado para conduzir o equilíbrio para a direita

(Princípio de Le Chatelier). Além disso, um agente de secagem, tal como esferas de sílica

pode ser utilizada para absorver a água, subproduto da reação, e conduzir o equilíbrio para

os produtos.

No entanto, esta reação é bastante lenta (até mesmo a temperaturas elevadas, com o

catalisador ácido adicionado), o que torna pouco prático para uma aula de 4 horas usando

métodos de aquecimento padrão. O aquecimento por microondas pode “acelerar” o

processo.

Nesta experiência, cada grupo irá escolher um dos três ésteres seguintes - acetato de

propila, acetato de benzila, acetato de n-octila - e sintetizá-lo por reação do ácido acético

com o álcool apropriado (2-pentanol, álcool benzílico, ou 1-octanol), sob irradiação

microondas a 130 °C durante 15 minutos. H 2SO4 concentrado será usado como catalisador e

sílica gel para absorver o produto secundário (água) e ajudar a deslocar o equilíbrio.

Apesar do tempo baixo de reação, haverá um trabalho extra para extrair o produto. A

extração é um procedimento típico em síntese orgânica. O peso do produto obtido deve ser

18
medido e o rendimento percentual determinado. Os ésteres sintetizados também serão

avaliados pela sua fragrância.

(1)

MEDIDAS DE SEGURANÇA: em caso de contato de algum reagente com a pele, lavar


as áreas expostas imediatamente com muita água. Tomar muito cuidado com o ÁCIDO (é

corrosivo). Dietil éter é extremamente inflamável e produz vapores nocivos. Mantê-lo na

capela sempre. Se possível, utilize luvas durante todo o experimento.

Reagentes necessários (por grupo)


- 1,0-2,0 mL de um álcool a ser escolhido a partir do seguinte: 1-octanol (1,9 mL), álcool
benzílico (1,2 mL), 2-pentanol (1,4 mL). (em torno de 5 mL de cada álcool/turma)
- 2,0 mL de ácido acético (15 mL / turma)
- 10 gotas de ácido sulfúrico concentrado
- 0,2 g de silica gel
- 10 mL de Solução saturada de cloreto de sódio (sat de NaCl (aq)) (aprox. 100 mL por turma)
- 2 x 10mL de Solução de bicarbonato de sódio a 10% (NaHCO 3 (aq)) (aprox. 150 mL por
turma)
- Sulfato de sódio anidro (Na2SO4 (s))
- 10 mL de éter dietílico (aprox. 100 mL por turma)

Vidraria e acessórios
- Tubo ace com tampa de teflon (professor).
- 1 tubo de ensaio grande,
- Vários tubos de ensaio pequenos,
- 3 Pipetas de Pasteur descartáveis
- Funil de separação 50 ou 60 mL
- Argola, suporte universal, papel de filtro
- Funil simples
- 2 erlenmeyers de 25 mL
- 2 erlenmeyers de 50 mL
- 1 balão de fundo redondo de 50 mL ou 25 mL.
- 1 béquer de 50 mL

Procedimento

19
1. Determinar o nome do álcool que será utilizado como reagente. Colocar o volume

indicado (ver tabela), do seu álcool para o tubo selado.

2. Adicionar em seguida 2,0 ml de ácido acético glacial, 0,20 g grânulos de sílica, e 10 gotas

de ácido sulfúrico para o tubo.

3. Tampar com a tampa de Teflon fornecida..

4. O instrutor irá colocar o tubo no microondas e demonstrar como programar o aparelho. A

unidade será programada para aquecer o conteúdo dos tubos a 130 °C e, em seguida,

manter essa temperatura durante 15 min.

5. Após esfriar, abra cuidadosamente o tubo. Use uma pipeta de Pasteur para transferir o

conteúdo líquido para um funil de separação de 50 mL contendo 10 mL de solução de

NaHCO3 a 10%. Agita-se a mistura (cuidado com a pressão! Alivie, destampando o funil ou

abrindo a torneira de cabeça para baixo).

6. Uma vez que tenha passado completamente efervescência, adicionar água à solução até

que todos os sólidos visíveis se dissolvam completamente. Adicione 10 mL de éter dietílico.

Agite o funil e, em seguida, separe as fases.

7. Lavar a camada orgânica com 10 mL de NaHCO 3 a 10%. Para conseguir isso, basta deixar a

camada superior (camada orgânica) no funil de separação e adicionar 10 mL de NaHCO 3 a

10%. Use o funil de separação para misturar os conteúdos e depois drenar a fase aquosa

inferior é indesejada.

8. “Lave” a fase orgânica com 10 mL de NaCl saturado usando mesmo tipo de procedimento

como no passo anterior. Separe as fases.

9. Seque a fase orgânica, transferindo-o para um Erlenmeyer e adicionando uma espátula de

Na2SO4 anidro suficiente para formar uma camada fina na parte inferior do frasco. Permitir

que a solução a secar durante pelo menos 10 min.

10. Pesar um balão de fundo redondo de 25 ml e transferir o líquido orgânico secou-se a ele

com uma pipeta de Pasteur. Evapore o solvente, utilizando um evaporador rotativo.

11. Após o éter foi removido pesar o frasco contendo o produto. Determinar o rendimento

do produto.

12. Avaliar a fragrância do seu éster. Não meter o nariz quase dentro do frasco! Este seria

sobrecarregar o seu mecanismo sensor olfativo. Em vez disso, coloque uma ou duas gotas

em um pedaço de papel e suavemente soprar a deliciosa fragrância na direção do seu nariz.

20
Tente não ser muito crítico - descreva o odor, comparando-a com odores conhecidos do dia

a dia.

21
Experimento

3
Reação de Aldol sem
solvente

22
EXPERIMENTO 3 – REAÇÃO DE ALDOL SEM SOLVENTE

Exercícios Pré-aula Tópicos:


1. Fluxograma do Experimento. Reação sem solvente
2. Mostre o produto da reação de Aldol entre o

veratraldeído e a indanona na presença de base. Não se esqueça de mostrar também o

mecanismo da reação.

3. Mostre uma aplicação de uma reação de aldol em uma síntese total (desenhe as

estruturas do reagente e do produto e cite a referência).

4. Preencher a tabela Reagentes

Introdução
A condensação aldólica consiste na reação entre um composto carbonílico na forma

de enol ou enolato (atuando como nucleófilo) com outro composto carbonílico (atuando

como eletrófilo) para produzir um composto -hidróxicarbonílico que, sob remoção de água,

torna-se um composto carbonílico -insaturado. Esta reação é bastante utilizada na síntese

orgânica e vários métodos foram desenvolvidos para facilitar o procedimento desta reação.

Os primeiros trabalhos reportando esta reação usam cetonas e/ou aldeídos não

derivatizados combinados com catálise ácida ou básica. Atualmente, a reação é feita

utilizando enolatos pré-formados que servem para aumentar a reatividade e garantir a

quimiosseletividade. No entanto, os respectivos procedimentos envolvem o uso de

reagentes nocivos e resultam na geração exagerada de resíduos, como sais metálicos de

lítio. Outros métodos menos poluentes, envolvendo o uso de enol éters de silício

comprometem o conceito de “economia atômica”, sem mencionar o uso de solventes tóxicos

e condições não usuais (baixas temperaturas).

A reação “verde” ideal deve considerar os seguintes aspectos:

- Temperatura ambiente

- Sem solvente orgânico

- Altamente seletiva

- Alto rendimento atômico

- Sem formação de subprodutos e/ou resíduos

23
Neste experimento, realizaremos uma reação de condensação aldólica sem solvente,

quimiosseletiva, entre dois compostos carbonílicos sólidos.

Reagentes
ITEM 3,4-dimetóxi- 1- Hidróxido de sódio Produto
benzaldeído indanona
Fórmula
M.W.
Massa (g) 0.25 0.20 0.05
N° de mols
P. F.
Solubilidade

- HCl (10%) = aprox. 2mL

-Etanol (90%) = 20 mL

Materiais
- Papel de Filtro; - Almofariz e pistilo
- Papel de pH; - Água destilada
- Capilares para ponto de fusão; - Funil de Separação de 125 mL
- Aparelho para medição de P.F. - Funil de vidro
- Kitassato - Bomba de vácuo

Procedimento Experimental
O 3,4-dimetóxi-benzaldeído (250 mg) e a indanona (200 mg) são misturados em um

almofariz. No mesmo almofariz é adicionado o hidróxido de sódio (pesar rapidamente 50

mg) e em seguida, com o auxílio do pistilo, os reagentes são pulverizados por um período de

10 minutos. No fim da pulverização, um sólido de aspecto pegajoso é obtido. O HCl diluído (2

mL) é adicionado ao almofariz e a suspensão é filtrada sob vácuo. O produto bruto é lavado

com água. Anotar a massa do produto bruto após secagem.

24
O produto é recristalizado com etanol 90% (aprox. 20 mL). Deixe esfriar até a temperatura

ambiente e coloque em um banho de gelo por alguns minutos para uma maior precipitação.

Faça uma nova filtração a vácuo e seque ao ar ou com auxílio de vácuo. Pese os cristais e

determine o ponto de fusão.

Descarte
Os resíduos aquosos devem ser previamente neutralizados, o etanol aquoso pode ser

destilado para reuso.

25
Experimento

4
Acoplamento de
Suzuki

EXPERIMENTO 4 –ACOPLAMENTO DE SUZUKI

Tópicos: 26
Catálise Heterogênea
Exercícios Pré-aula
1. Monte um fluxograma do experimento e complete a tabela Reagentes.

Introdução
A reação de acoplamento cruzado de Suzuki representa um método versátil para

formação de ligação carbono-carbono. Tipicamente um haleto de arila ou vinila é reagido

com ácido ou éster borônico sobre condições básicas na presença de Paládio (0) catalítico

(esquema 1).

ESQUEMA 1

Este experimento consiste em uma reação de Suzuki com um apelo “verde”. Pois é

utilizado água como solvente, um catalisador de relativo baixo custo (paládio em carvão) e

requer apenas um processo de recristalização para purificação do produto.

O uso de água como solvente é de grande importância. Este solvente é não inflamável, não

tem toxicidade e é considerado o solvente mais barato para processos em uma escala

industrial.

A reação na síntese do 4-fenilfenol abaixo descrita foi escolhida tendo em vista a

importância da síntese de biarílicos. Esta classe de compostos está presente, por exemplo,

no fármaco Diflunisal.

27
Reagentes
ITEM Ácido Carbonato de 4- Paládio em Produto
Fenilborônico potássio iodofenol carvão
Fórmula
M.W.
Massa (g) 3 mg
Volume
(mL)
D. (g/mL)
No de mol 1 mmol 3 mmol 1 mmol
P. F. /P. E.
Solubilidade

Materiais
- Balão de fundo redondo de 50 mL junta 14/20 - Metanol
- Proveta de 10 mL - Funil de vidro pequeno
- Micropipeta de 1000 uL e Ponteira 1000 uL - 2 Papeis de filtro
- Barra de agitação magnética - 2 Funis de Büchner
- Tubo de ensaio pequeno - Erlenmeyer de 50 mL
- Condensador de refluxo pequeno junta 14/20 - 2 Kitassatos 100 mL
- Chapa de aquecimento com agitação - Pedras de ebulição
- Mangueiras de látex - Solução 1:1 (Metanol:Água)
- Solução de ácido clorídrico 2M - Gelo
- Espátula

Procedimento Experimental
Ácido fenilborônico (1 mmol), carbonato de potássio (3 mmol) e 4-iodofenol (1 mmol)

são combinados em um balão de fundo redondo de 50 mL, seguida da adição de água (10

mL). Mais água (1 mL) é adicionada separadamente em um frasco pequeno (vial) contendo

paládio em carvão previamente pesado (3 mg) para criar uma suspensão. Essa suspensão é

adicionada ao balão de reação. A mistura é agitada é refluxada vigorosamente por 30

minutos. O produto bruto (contendo catalisador) é precipitado e coletado após acidificação

com solução HCl 2M. O sólido é dissolvido em metanol e o catalisador é removido por

filtração simples.

Recristalize o produto bruto com uma solução metanol/água (1:1). Deixe esfriar até a

temperatura ambiente e coloque em um banho de gelo por alguns minutos para uma maior

precipitação. Faça uma nova filtração a vácuo e seque ao ar ou com auxílio de vácuo. Pese os

cristais e determine o ponto de fusão (lit. 163-164 °C).

28
Toxicidade
Carbonato de potássio é irritante para os olhos, pele e sistema respiratório. Os outros

reagentes são tóxicos por inalação. Metanol é altamente inflamável e tóxico. HCl causa

queimaduras graves e é irritante para o sistema respiratório.

29
Experimento

5
Síntese verde de
nanopartículas

EXPERIMENTO 5 - SÍNTESE DE NANOPARTÍCULAS

Tópicos: 30
Materiais
Exercícios Pré-aula
1. Monte um fluxograma do experimento e complete a tabela Reagentes.

Introdução
A ciência das partículas em escala nanométrica, conhecida como nanotecnologia, é

um campo de pesquisa interdisciplinar e fonte de infinitas possibilidades de aplicação.

Atualmente, o emprego de material nanoparticulado é uma realidade em produtos para

agricultura, em protetores solares e outros dermocosméticos, em tintas veiculares, tintas

para fachadas e telhados de casas ou como catalisadores em processos industriais, dentre

outros tantos usos. Seja uma molécula orgânica, um composto de coordenação ou

nanopartículas metálicas; o tamanho, formato, morfologia da superfície são os pontos

nevrálgicos que controlam as propriedades físicas, químicas, ópticas e eletrônicas desses

materiais nanoparticulados.

A grande área superficial dessas partículas as torna extremamente reativas ou

refratoras, no caso de um catalisador de ouro de uma partícula de TiO2 em um protetor

solar, respectivamente. Em sendo uma suspensão finamente particulada, é de se esperar

que processos de agregação venham a acontecer e sem proteção ou passivação, em grande

parte dos casos, o material “nano” vai perdendo suas propriedades ideais ao longo do

tempo.

A primeira vista, pode parecer simples particular um material ou recristalizá-lo na

escala desejada, mas o processo de produção de compostos nanoestruturados possui

diversas etapas, que incluem preparo, caracterização, estabilização (encapsulação, dispersão

polimérica, microemulsão) e estudos de estabilidade. Todas as etapas demandam

profissionais que tenham conhecimentos na área de química, física, espectroscopia e

engenharia. Portanto, em todas as etapas do processo, são requeridos conhecimentos

específicos para melhorar alguma propriedade de um produto existente no mercado, pois a

nanociência é, no fundo, uma fonte de produtos de aplicação.

Assim como outras áreas de produção, a nanotecnologia se baseou inicialmente em

processos que empregavam solventes orgânicos e agentes redutores que geram resíduos

tóxicos. Ao longo do tempo, os princípios da química verde foram se incorporando nas

práticas de produção de nanomateriais e hoje temos inúmeros exemplos de processos

31
ambientalmente seguros, como uma solução para a produção de medicamentos e peças

para implantes.

A incorporação da ideia de sustentabilidade associada à nanotecnologia é uma

tendência global e uma linha de pensamento que vamos propagar entre nossos alunos.

PARTE EXPERIMENTAL

Procedimento experimental

Reagentes
ITEM Amido de Sulfato de Ferro Hidróxido de Sódio Produto
Batata
Fórmula
M.W.
Massa (g) 0,25 g 0,75 g
Volume (mL)
D. (g/mL)
No de mol
P. F. /P. E.
Solubilidade

Materiais
 Erlenmeyer 125 mL e 50 mL  Barras de agitação magnética (1
 3 pipetas de pasteur descartáveis médio, 1 pequeno)
 Espátulas  Proveta 50 mL e 100 mL
 Vidro de relógio  Água destilada
 Funil de Buchner  Sulfato de ferro II hidratado
 Kitassato  Amido de batata
 Bomba de vácuo  Solução de NaOH 4M
 Papel de filtro  Chapa de aquecimento com
agitação

Procedimento Experimental
Preparação da nanopartícula magnética de Ferro

1. Em um erlenmeyer de 125 mL, acrescente 100 mL de água, seguida de 0,25 g de

amido de batata.

32
2. Aqueça a mistura no forno de micro-ondas por 1,5 min.

3. Transfira 20 mL da solução de amido para um erlenmeyer de 50 mL

4. Agite a mistura na chapa de aquecimento com barra de agitação magnética e, em

seguida, adicione os 0,75 g de sulfato de ferro.

5. Agitar a mistura a 80 ºC por alguns minutos

6. Depois transferir o erlenmeyer para banho ultrassônico por 15 min.

7. De volta ao agitador magnético, adicione gota a gota, solução de NaOH 4 M até o pH

8. A cor da solução irá imediatamente se alterar de amarelo para preto azulado.

8. Agite por mais 20 minutos a 85 ºC (solução deverá ficar quase preta)

9. Tire a barra de agitação e transfira o conteúdo para um béquer fino (50 mL)

10. Com auxílio de um pedaço de ímã, decante a mistura e lave a suspensão com água

destilada até o pH ficar neutro

11. Suspenda novamente o decantado com 20 mL de água.

Testes de adsorção via rhodamina B

Para o teste de adsorção de rodamina B, devem ser utilizadas 4 soluções de diferentes

concentrações (1,0 mg/L, 2,0 mg/L, 3,0 mg/L, 4,0 mg/L, 5,0 mg/L e 6,0 mg/L).

Cada equipe fará o teste de adsorção utilizando uma das concentrações de rodamina

com a totalidade das nanopartículas produzidas e a mesma massa de Fe 3O4, para efeito de

comparação de capacidade de adsorção entre as duas amostras.

Alíquotas de 10 mL das soluções de rodamina B devem ser adicionadas às amostras de

Fe3O4. O sistema deve ser mantido sob agitação em shaker a temperatura ambiente por 15

minutos.

A capacidade adsortiva pode ser calculada utilizando se a seguinte equação:

33
Onde: qe é a capacidade máxima de adsorção (mg.g -1); Co, concentração inicial de corante

(mg/L); Cf, concentração final de corante (mg/L); V, volume de solução (L) e m é a massa de

material adsorvente (g).

Porém, em nosso experimento, iremos apenas realizar um comparativo da eficiência entre o

material sintetizado e Fe3O4 disponível no laboratório.

Para cada teste de adsorção, o líquido sobrenadante deverá ser analisado em

espectrofotômetro UV-Vis. Utilizar um imã para promover a remoção das partículas em

suspensão antes da coleta de amostra para a análise.

Absorção 554 nm Absorção 554 nm

Conc. (mg/L) Original NP Fe3O4 Fe3O4

1,0 mg/L

2,0 mg/L

3,0 mg/L

4,0 mg/L

5,0 mg/L

6,0 mg/L

34
Experimento

6
Reação de
Biocatálise

35
EXPERIMENTO 6 – REAÇÃO DE BIOCATÁLISE

Exercícios Pré-aula
Tópicos:
1. Fluxograma do Experimento.
Biocatálise
2. Para que serve o reagente de Ehrlich?

Introdução
As enzimas são catalisadores biológicos que propiciam a realização de reações

metabólicas. Há vários anos, estes reagentes estão sendo utilizados no estudo da

biocatálise, que se refere ao uso de enzimas como catalisadores em condições artificiais.

A biocatálise consiste no aproveitamento do potencial catalítico de microrganismos e

enzimas em reações com um substrato exógeno, levando a produtos de maior valor

agregado. Linhas de pesquisa buscam explorar a biodiversidade na busca de novos

catalisadores, por técnicas de seleção de microorganismos, de plantas ou de células animais,

levando à descoberta de novas enzimas.

Os biocatalisadores apresentam características que os diferenciam dos catalisadores

químicos, e estão intrinsecamente ligadas aos princípios da Química Verde. Dentre estas

características estão: condições brandas de reação, pois o solvente utilizado geralmente é a

água e o uso de reagentes degradáveis; os catalisadores são naturais, ou seja, são enzimas

de plantas, animais, ou são microorganismos e podem ser decompostos no ambiente após o

uso são alguns exemplos dos princípios da Química Verde relacionados com a biocatálise.

Além disso a biocatálise oferece uma grande seletividade no ponto de vista estereoquímico.

Por exemplo: analisando a reação de redução de cetonas pró-quirais (que levam a produtos

contendo centros quirais). Um dos agentes redutores mais comumente utilizados na

redução de cetonas é o borohidreto de sódio (NaBH 4). No esquema, abaixo, temos a redução

da acetofenona.

36
O NaBH4 é um agente redutor aquiral e quando reage com cetonas pró-quirais, leva à

formação de um álcool racêmico (dois isômeros com 50% cada). No entanto, a mesma

transformação química, utilizando pedaços de cenoura (Daucus carota) leva a uma maior

formação de um dos produtos, como representado no esquema abaixo.

A cenoura (Daucus carota) tem sido usada com sucesso nas reduções de cetonas

próquirais, apresentando como resultados, em alguns casos, uma conversão de 97 % e uma

% e.e. acima de 99%, sendo uns dos biocatalisadores conhecidos mais eficientes (nota: as

enzimas que catalisam estas reações são chamadas de desidrogenases, pertencentes a uma

subclasse das oxidorredutases (enzimas responsáveis pelas reações de oxidação-redução)).

Neste experimento detectaremos a atividade catalítica da cenoura na redução do

reagente de Ehrlich. Esta detecção será meramente qualitativa através de análise de CCD

(Cromatografia em camada delgada) (vide parte teórica da apostila).

Reagentes
ITEM Reagente de Ehrlich Produto
Fórmula
M.W.
Massa (g) 50 mg
No de mol
P. F. /P. E.
Solubilidad
e

Materiais
- Cenoura fresca - 1 placa de TLC aprox. 2,5 cm x 5 cm
- Micropipeta de 1000 μL - Mistura Hexano/Acetato 4:1
- Béquer de 100 mL - Eppendorf
- Água destilada - Etanol

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- Erlenmeyer de 125 mL - Agitador rotativo
- Tubo falcon 15 mL - Vórtex
- Acetato de etila - Faca
- Metanol - Balão de 15 mL ou menor
- Agitador magnético - Barra de agitação magnética
- Suporte universal - Garra e mufa
- Béquer de 50 mL + Vidro de relógio (ou - Boroidreto de sódio
cuba para microscopia)

Procedimento experimental
1. Reação com cenoura:

Adquira uma cenoura em um mercado local. Lave-o em água corrente, em seguida,

corte em fatias de aproximadamente 0.5 cm. Transfira estes pedaços em um béquer de 50

mL para pesagem em uma balança semi-analítica, a fim de se obter 10 g deste.

Pese 50 mg do reagente de Ehrlich em um eppendorf e adicione aprox. 500 μl de etanol.

Com uma proveta adicione 40 mL de água destilada em um Erlenmeyer de 125 mL. Neste

mesmo erlenmeyer, adicione os 10 g do biocatalisador e em seguida o reagente de Ehrlich

de uma só vez.

O Erlenmeyer é levado ao agitador rotativo (temperatura ambiente, 200 rpm), onde

permanece por aproximadamente 3h. Decorrido este tempo, retira-se da reação uma

alíquota de 2 mL, colocando-se em um tubo tipo falcon de 15 mL, no qual é adicionado 1mL

de Acetato de etila. O tubo é agitado em vortex e levado para centrífuga por 5 minutos a,

aproximadamente, 2250 rpm. Para a separação da fase aquosa e da fase orgânica, que será

analisada.

2. Síntese química do produto (padrão): A SER FEITA PELO PROFESSOR

Aproximadamente 10 mg do reagente de Ehrlich é adicionado a um balão de 15 mL

munido com barra magnética. Metanol é adicionado (5 mL) ao balão e o sistema é resfriado

sob agitação a 0 oC. Uma ponta de espátula de boroidreto de sódio é adicionado à reação e o

sistema é agitado por mais 15 minutos de 0oC a temperatura ambiente. Após este tempo, já

é possível retirar uma alíquota para servir como padrão para análise de TLC.

3. Análise de CCD:

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Para analisar o monitoramento da reação, é feita uma cromatografia de camada

delgada (CCD ou TLC). Para a fase móvel (eluente) prepare aproximadamente 2,5 mL de uma

solução de hexano e AcOEt na proporção 4:1, respectivamente. Corte um pedaço de placa

para TLC de aproximadamente 2,5 cm x 5 cm e aplique quatro pontos (Material de Partida,

padrão do produto, co-spot e a reação). Em seguida, coloque o eluente em um béquer

tampado com vidro de relógio e, em seguida, coloque verticalmente a placa CCD (já com as

amostras aplicadas) com auxílio de uma pinça. Após um tempo retire a placa do béquer com

suporte de vidro e espere alguns segundos para que o eluente evapore e então observe a

placa CCD em uma lâmpada UV. Com um lápis, marque o nível percorrido pelo eluente e as

manchas obtidas.

Calcule o Rf do reagente e do produto.

39
Experimento

7
Reação de Diels-
Alder em água

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EXPERIMENTO 7 – REAÇÃO DE DIELS-ALDER EM ÁGUA

Tópicos:
Exercício pré-aula
Economia de
1. Fluxograma do Experimento 7 e

propriedades físicas do produto.


átomos, Solventes
verdes
Introdução
Por razões tanto econômicas quanto ambientais a Química tem a obrigação de

otimizar os seus métodos de síntese, de forma a obter-se o produto desejado com o

máximo de conversão e seletividade e com geração do mínimo de subprodutos e

rejeitos.

A determinação clássica da efetividade e eficiência de uma síntese é o

rendimento. O cálculo do rendimento é realizado utilizando do conceito de quantidade

de mol do material de partida versus a quantidade de mol do produto (Equação 1),

tendo por base o reagente limitante e a estequiometria da reação. Se um mol do

material de partida (reagente limitante) produz uma mol do produto desejado, o

rendimento é 100% e a síntese considerada perfeitamente eficiente. Em geral, num

laboratório, rendimentos de 90% são considerados excelentes, 60% um rendimento

razoável e 20% ou menos, um rendimento baixo.

(1)

O cálculo do rendimento não nos dá informações, sobre o que se passou durante

a síntese para além do produto formado. O rendimento ignora totalmente o uso ou

geração de quaisquer produtos indesejáveis que sejam partes intrínsecas da síntese.

Não dá informações sobre os subprodutos e resíduos formados, bem como os

reagentes e auxiliares não incorporados no produto final, apenas nos diz parte do que

aconteceu realmente durante o processo.

41
Por outro lado, o conceito denominado "economia atômica", formulado por Barry

Trost (1991), é um parâmetro para medir a eficiência sintética de uma reação. Segundo

ele, a reação ideal seria aquela onde toda a massa dos reagentes está contida no

produto. Desta forma, teríamos um melhor aproveitamento das matérias-primas e,

conseqüentemente, seriam gerados menos resíduos. A economia de átomos é calculada

dividindo-se o peso molecular do produto desejado pelo peso molecular de todas as

substâncias produzidas (equação 2).

(2)

Este conceito é economicamente importante para a indústria, já que este setor é

o maior gerador de resíduos.

A reação de Diels-Alder é um excelente exemplo de uma reação com 100% de

economia atômica, já que toda a massa dos reagentes é incorporada ao produto (Figura

1).

Figura 1. Exemplo de reação de Diels-Alder.

42
No entanto, nas reações de Wittig existe uma grande perda de massa dos

materiais de partida, gerando um subproduto no processo (Figura 2).

Figura 2. Exemplo de reação de Wittig.

Materiais e Reagentes
- Furano - Kitassato
- Anidrido Maleico - Vidro de relógio
- Água destilada - Barra de agitação magnética pequena
- Diclorometano - 3 pipetas de pasteur descartáveis
- Sistema de microdestilação - Espátula
- Balão de fundo redondo 25 mL - Bomba de vácuo
- Papel de filtro - Chapa de aquecimento com agitação
- Funil de Büchner - Banho de óleo para aquecimento

Procedimento Experimental
AVISO: LEIA INTEGRALMENTE TODO O PROCEDIMENTO ANTES DE INICIÁ-LO

A primeira etapa do processo experimental será purificar o Furano por

microdestilação simples.

43
Adicione a um balão de fundo redondo de 25 mL uma barra de agitação e

anidrido maleico (0,98 g, 10 mmol) foram colocados em Água foi adicionada (1 mL)

seguida de furano recém destilado (0,8 mL, 10 mmol). Mantenha a agitação durante um

total de 60 minutos. O produto sólido deve ser filtrado a vácuo em funil de Büchner e

enxaguado com uma pequena quantidade de diclorometano (1 mL).

Determine o ponto de fusão do produto obtido e compare com o valor descrito

na literatura.

Descarte
O resíduo gerado deste experimento é tóxico e deve ser descartado em dois

recipientes distintos uma para clorados e outro para não clorados.

Referências

Trost, B. M.; Science 1991, 254, 1471.

44
TABELAS (pKa, Infravermelho, RMN)

45
Tabela Infravermelho

46
Tabela RMN 1H

Tabela

47
RMN 13C

48

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