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AULAS

PRÁTICAS
DE
QUÍMICA
GERAL

CADERNO DE LABORATÓRIO
2015/2
Controle de pré-laboratório e pós-laboratório

Data Experimento Carimbo de pré- Carimbo de


laboratório pós-laboratório
1

9
Cronograma de Atividades Práticas

Experimento Semana
Experimento 1 10 a 15 de agosto

Experimento 2 17 a 22 de agosto

Experimento 3 24 a 29 agosto

Experimento 4 31 de agosto a 5 de setembro

Experimento 5 7 a 12 de setembro

Exercícios 14 a 19 de setembro

Experimento 6 21 a 27 de setembro

Experimento 7 28 de setembro a 3 de outubro

Experimento 8 5 a 10 de outubro

Recesso 12 a 17 de outubro

Experimento 8 (continuação) 19 a 24 de outubro

Experimento 9 26 a 31 de outubro

Experimento 9 (continuação) 2 a 7 de novembro

Exercícios 9 a 14 de novembro
Sumário
1- Apresentação das regras das aulas práticas .................................................................5

MODELO DE RELATÓRIO..................................................................................................15

2 – Apresentação do laboratório .....................................................................................17

3 – Erros e medidas .........................................................................................................20

4 - Teste da Chama ..........................................................................................................28

5 - Processo De Separação De Misturas ..........................................................................33

6 - Estequiometria........................................................................................................38

7 - Aquecimento e Medida de Temperatura ...............................................................44

8 - Preparação de Soluções Ácidas e Básicas ..................................................................54

9 - Eletroquímica..............................................................................................................60
1- Apresentação das regras das aulas práticas
Atividades Pré-Laboratório:
Leitura da Introdução

Atividades Pós-Laboratório:
Exercícios de Fixação

Introdução

O laboratório é um espaço com instrumentos apropriados para execução de


experimentos, medidas e análises. Para que qualquer pessoa possa estar presente em
um ambiente como esse, são necessárias que medidas preventivas para evitar
acidentes, além disso são necessárias, disciplina e pontualidade, pois o estudante que
chegar atrasado não poderá assistir à aula. (Tolerância de 15 minutos)

Desta maneira, algumas regras básicas de segurança são importantes e obrigatórias:

1.1 Itens obrigatórios:

 Jaleco de manga comprida;


 Sapatos fechados;
 Cabelos presos;
 Calça comprida.

Permitido Não-permitido

***USO DE SAPATILHAS E SALTO ALTO NÃO SERÁ PERMITIDO***

1.2 Itens facultativos:


 Óculos de proteção;
 Luvas nitrílicas;
 Máscaras.
Neste caso, sigam as instruções dos professores!

1.3 Regras gerais:


1- Evitar levar as mãos à boca ou aos olhos.
2- Lavar as mãos com frequência durante o trabalho e, ao final do mesmo, proteger
as feridas;
3- Evitar o manuseio de aparelhos elétricos com as mãos úmidas;
4- Não colocar livros, sacolas, ferramentas, etc. sobre as bancadas ou sobre os
bancos;
5- Manter o local sempre limpo e organizado;
6- Não deve usar lentes de contato em laboratórios, principalmente nas aulas de
química orgânica;
7- Recorrer sempre ao professor se algo irregular acontecer;
8- Conhecer a localização dos materiais de segurança e saber usá-los, quando
necessário;
9- Não comer, beber ou fumar no interior do laboratório devido ao perigo de
contaminação com substâncias tóxicas e à presença de inúmeras substâncias
inflamáveis;
10- Prestar muita atenção ao trabalho que está realizando;
11- Sempre ler as instruções do procedimento antes de iniciar o trabalho;
12- Antes de iniciar qualquer experiência no laboratório, é importante familiarizar-
se com os equipamentos disponíveis, conhecer seu funcionamento, indicação de
uso e a maneira correta de manuseá-los.
13- Não correr nem brincar no laboratório;
14- Criar o hábito de ler atentamente o rótulo dos frascos antes de manusear
qualquer substância para obter informações adicionais e tomar o conhecimento
dos riscos e cuidados necessários na sua utilização;
15- Manter os acessos desimpedidos;
16- Manter os extintores de incêndio em condições de uso e conhecer sua
localização;
17- Nunca acionar os aparelhos de proteção coletiva sem necessidade;
18- Nunca provar ou cheirar qualquer reagente químico sem autorização do
professor;
19- Manipular reagentes voláteis na capela;
20- Ter sempre em mente que o laboratório é um local sério e de risco potencial;
21- Nunca trabalhar sozinho no laboratório;
22- Nunca introduzir pipetas e espátulas sujas nos frascos de reagentes;
23- Nunca pipetar líquidos com a boca, usando para isto aparelhos apropriados,
como a pêra (a única exceção é a água destilada);
24- Pesquisar as propriedades físicas e a toxidez das substâncias que serão utilizadas
antes de iniciar o experimento;
25- Nunca devolver reagentes que sobraram às garrafas de origem, coloque os
refugos e sobras nos francos indicados para este fim;
26- Materiais que podem rolar, como pipetas, deve ser sempre colocados
perpendicularmente à beirada da bancada;
27- Nunca aquecer solventes voláteis e inflamáveis, usar o banho-maria e, se
possível, trabalhar na capela;
28- Não jogar material sólido nas pias
29- Não misturar substâncias ao acaso.
30- Nunca apontar a abertura do tubo de ensaio para um colega e nem olhar pela
abertura se o tubo estiver sendo aquecido ou contiver água ou reagentes
quentes;
31- Nunca aquecer reagentes em sistemas fechados;
32- Sempre que for necessária a diluição de um ácido concentrado, adicione-o
lentamente e sob agitação sobre a água. Nunca faça o contrário.
33- Fechar cuidadosamente as torneiras dos bicos de gás após serem utilizados;
34- Nunca deixe frascos de reagentes abertos, após sua utilização;
35- O manuseio correto e a manutenção adequada de vidrarias e reagentes estão
diretamente relacionados ao sucesso da experiência e à obtenção de resultados
confiáveis.
36- Nunca deixe materiais próximos à beirada da bancada;
37- Se algum líquido for derramado no chão comunique imediatamente o professor
para saber como limpá-lo;
38- Não jogar nenhum material sólido dentro de pias. Observar sempre a maneira
correta de descartar as substâncias utilizadas ou obtidas em uma experiência;
39- Ao encerrar os trabalhos práticos, cabe ao aluno lavar a vidraria usada, colocar o
material utilizado nos devidos lugares, verificar se as chapas, mantas e
equipamentos utilizados estão desligados, bem como se os bicos de gás,
registros e torneiras estão fechados.
40- Nos laboratórios e nos rótulos das embalagens de reagentes são utilizados
símbolos de segurança, que têm a finalidade de informar e alertar sobre a
existência de perigo.

1.4 Primeiros Socorros:


1. Comunique imediatamente seu professor se qualquer substância cair na sua pele.
2. Se os olhos forem atingidos por qualquer substância, lavá-los com bastante água.
1.5 Equipamentos e vidrarias:
C.1 - INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIDAS DE MASSA
Equipamento Função
Balança Analítica É usada para se obter massas com alta
exatidão. Balanças semi-analíticas são
também usadas para medidas nas quais a
necessidade de resultados confiáveis não é
crítica.

C.2 - VIDRARIAS
Vidraria Função
Béquer Utilizado para dissolução ou
preparação de soluções à quente, devendo
ser protegido do fogo direto pelo uso, por
exemplo, de tela de amianto ou aquecimento
em banho-maria
Pipetas
São usadas para transferir volumes
conhecidos de líquidos. Existem no mercado
vários tipos de pipetas, mas as mais
populares são as pipetas graduadas (1) e as
pipetas volumétricas (2).
Pipeta Graduada - Usada para
transferir volumes variáveis, como 10,5 mL.
Pipeta volumétrica - É usada para
transferir um volume fixo. A última gota não
é drenada, NÃO se deve assoprar a pipeta
Buretas Bureta é um tubo de vidro com escala
gravada, que possibilita a medida do volume
do líquido colocado em seu interior, escoado
por meio de uma torneira ou válvula
localizada na parte inferior (Harris, 2007). A
precisão alcançável com uma bureta é
substancialmente maior que a precisão de
uma pipeta.
Balão volumétrico Os frascos volumétricos são
fabricados com capacidades que variam de
5mL a 5L e são geralmente calibrados para
conter um volume específico quando
preenchidos até uma linha gravada no
gargalo do frasco. Eles são utilizados para a
preparação de soluções-padrão e para a
diluição de amostras, a volumes fixos.
Proveta Frasco destinado a medidas
aproximadas de volume. São encontradas no
comércio provetas com volume nominal
variando de cinco mililitros a alguns litros.

Elenmeyer Recipiente largamente utilizado na


análise titulométrica, no aquecimento de
líquidos e na dissolução de substâncias. Por
possuir forma cônica, é muitas vezes utilizado
para conter soluções durante reações
conduzidas sob agitação.
Kitassato Frasco cônico de paredes reforçadas,
munido de saída lateral (1). É usado em
filtrações sob sucção usando uma bomba a
vácuo (2).
(1) (2)
Funil Empregado na transferência de
líquidos e em filtrações simples, com
utilização papel de filtro adequado.
Funil de separação Recipiente de vidro em forma de pera,
que possui uma torneira. É Utilizado para
separar líquidos imiscíveis.

Tubo de ensaio Geralmente utilizado em reações tipo


teste e em ensaios de precipitação,
cristalização e solubilidade. Pode ser
aquecido, com cuidado, diretamente sobre a
chama do bico de gás.
Balão de fundo chato Utilizado como recipiente para conter
líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer
reações com desprendimento de gases. Pode
ser aquecido sobre o tripé e a manta
aquecedora.
Balão de fundo redondo Muito usado em destilações, para
colocação do líquido a ser destilado ou para a
coleta do liquido após a condensação do
vapor. Pode se apresentar também na forma
de balão de destilação, que possui gargalo
longo e é provido de saída lateral por onde
passam os gases e vapores.
Vidro relógio Utilizado no recolhimento de
sublimados, na pesagem de substâncias
sólidas, em evaporações e na secagem de
sólidos não-higroscópicos.
Condensador Equipamento destinado à
condensação de vapores, utilizado em
destilações ou aquecimentos sob refluxo. Os
mais comuns são:
1) condensador reto: apresenta uma
superfície de condensação pequena e por
isso não é apropriado para o resfriamento de
líquidos de baixo ponto de ebulição.
2) condensador de bolas: empregado
1 2 3 em refluxos. Contribui para que os vapores
condensados retornem ao balão de origem.
3) condensador de serpentina:
proporciona maior superfície de
condensação e é usado principalmente no
resfriamento de vapores de líquidos de baixo
ponto de ebulição.
Dessecador O dessecador é um recipiente que
contém um agente de secagem de objetos
chamado dessecante. Usado no
armazenamento de substâncias que devem
ser mantidas sob pressão reduzida ou em
condições de umidade baixa.
Bastão de vidro Usado na agitação e na
transferência de líquidos. Quando
envolvido em uma das extremidades
por um tubo de látex é chamado de
"policial" e é empregado na remoção
quantitativa de precipitados.

C.3 – MATERIAL DE PORCELANA

Material Função
Cápsula de porcelana Usada na evaporação de soluções, na
sublimação e secagem de sólidos e na
preparação de misturas.

Cadinho Os cadinhos simples servem apenas


como frascos. Os cadinhos de porcelana, de
óxido de alumínio, de silicatos e de platina
mantêm massa constante – dentro dos
limites do erro experimental – e são
utilizados, principalmente, para converter
precipitados em uma forma adequada para a
pesagem.
Almofariz e pistilo Destinados à pulverização e
homogeneização de sólidos, bem como na
maceração de amostras que devem ser
preparadas para posterior extração. Podem
ser feitos de porcelana, ágata, vidro ou metal.

Funil de Buchner Utilizado em filtrações por sucção (ou


sob pressão reduzida), devendo ser acoplado
a um frasco Kitassato.

C.4 - EQUIPAMENTO DE SECAGEM


A massa de muitos sólidos varia com a umidade, devido à sua tendência em
absorver apreciáveis quantidades de água. Esse efeito é especialmente pronunciado
quando uma grande área superficial fica exposta, como em reagentes químicos ou em
uma amostra que tenha sido triturada até se tornar um pó fino. A primeira etapa em
uma análise típica, então, envolve a secagem da amostra para que os resultados não
sejam afetados pela umidade da atmosfera do ambiente.
Equipamento Função
Estufa de secagem É um equipamento empregado na
secagem de materiais por aquecimento.
Atinge, em geral, temperaturas de até 200oC.
Após a secagem o material é encaminhado ao
dessecador.
C.5 - EQUIPAMENTO DE IGNIÇÃO
Equipamento Função
Mufla É um aparelho que produz altas
temperaturas. É utilizada na calcinação de
substâncias por aquecimento até 1800oC.

C.6 - EQUIPAMENTOS DE AQUECIMENTO

Equipamento Função
Bicos de bünsen Fonte de calor destinada ao
aquecimento de materiais não
inflamáveis. A chama de um bico de gás
pode atingir temperatura de até 1500oC.
Existem vários tipos de bicos de gás, mas
todos obedecem a um mesmo princípio
básico de funcionamento: o gás
combustível é introduzido numa haste
vertical, em cuja parte inferior há uma
entrada de ar para suprimento de
oxigênio, o gás é queimado no extremo
superior da haste.
http://www2.fc.unesp.br/lvq/exp01.htm
Tela de amianto Tela metálica, contendo amianto,
utilizada para distribuir uniformemente o
calor durante o aquecimento de
recipientes de vidro ou metal expostos à
chama do bico de gás.
Banho maria Equipamento utilizado para
aquecimento e incubação de líquidos a
temperaturas inferiores a 100oC.

Tripé Apoio para efetuar aquecimentos de


soluções em vidrarias diversas de
laboratório. É utilizado em conjunto com
a manta aquecedora

Manta aquecedora Utilizada no aquecimento de


líquidos contidos em balões de fundo
redondo

C.7 - OUTROS EQUIPAMENTOS


Equipamento Função
Pisseta ou garrafa lavadeira Frasco próprio para
armazenamento de pequenas
quantidades de água destilada, álcool ou
outros solventes. É usado para efetuar a
lavagem de recipientes ou precipitados
com jatos do líquido nele contido.

Estante para tubos de ensaio Utilizado para tubos de ensaio.


Pode ser feita de metal, acrílico ou
madeira.

Pinças Usadas para o manuseio de


materiais aquecidos.

Argola Usada como suporte para funis.

Sustenta equipamentos em geral.

Suporte universal
Garras São feitas de alumínio ou ferro,
podendo ou não ser dotadas de mufas.
Ligam-se ao suporte universal por meio
de parafusos e destinam-se à
sustentação de utensílios com buretas,
condensadores, frascos Kitassato e
balões de fundo redondo.

Pêra Acoplado a uma pipeta ajuda a


“puxar” e a “expelir” pequenos volumes
de líquidos.
MODELO DE RELATÓRIO

Um relatório é um relato detalhado de um experimento científico, geralmente


realizado em laboratório. Aprender a elaborar um relatório significa, antes de tudo,
aprender a organizar dados, informações e resultados obtidos e transmiti-los de
maneira correta, segundo os critérios científicos aceitos no mundo todo. Assim, o
relatório faz parte do experimento.

Devido à importância de se saber escrever bem dados científicos, o que também


é de extrema importância para professores, após a realização de alguns experimentos
desta disciplina, cada equipe de alunos elaborará um Relatório Cientifico. Este deverá
ser entregue, no início da próxima aula prática, impreterivelmente. Nesse relatório
deverão constar obrigatoriamente, e na sequência indicada abaixo, os seguintes itens:

1- Capa: O nome da instituição, o nome dos autores, titula do experimento e local/data


de realização do experimento.

2- Introdução: Compreende uma breve descrição do assunto central do experimento.


Uma introdução pode conter também uma descrição teórica sobre o objeto em estudo
extraído de livros textos relacionado ao assunto.

3- Objetivos: Parte do relatório onde são apresentados os objetivos específicos do


experimento, ou seja, o que realmente se quer observar. Este item pode ser o último
parágrafo da introdução.

4- Parte Experimental

4.1- Materiais (Reagentes, Vidraria, Equipamentos)

4.2- Métodos (Descrição dos procedimentos)

Deve conter uma descrição precisa e detalhada dos procedimentos utilizados, inclusive
modificações que tenham sido feitas no roteiro, informando todos os dados
importantes como qualidade dos reagentes, solventes, tempo, temperatura da reação,
métodos de análise, etc. Deve conter uma lista dos materiais, instrumentos, reagentes
e soluções utilizadas.

5- Resultados e Discussão

Os resultados obtidos devem ser apresentados da forma mais clara e completa


possível, na forma de tabelas, gráficos, equações químicas, cálculos etc. Os dados
devem estar inseridos dentro de um texto, seguindo uma sequência lógica e de fácil
entendimento. Os resultados obtidos devem ser discutidos, ou seja, comentados pelos
autores. Devem discutir possíveis fontes de erro, correlacioná-los com os dados obtidos,
e, sempre que possível, comparar os resultados obtidos com os da literatura.
6- Conclusões

Constitui numa análise crítica e resumida do trabalho todo tendo relação estreita com
os objetivos propostos. Neste item deve ser verificado se os objetivos específicos foram
atingidos, podendo-se ainda fazer proposições que levem a melhores resultados.

7- Exercícios de Fixação e Questões Extras

8- Referências Bibliográficas

Lista de livros ou obras de referência e artigos de revistas utilizados na confecção dos


relatórios.

O RELATÓRIO DEVE SER


MANUSCRITO.

É OBRIGATÓRIO O USO DA
APOSTILA DE PRÁTICAS, DESDE O
PRIMEIRO DIA, PARA ESTAR
PRESENTE NAS RESPECTIVAS
AULAS PRÁTICAS!!!!
2 – Apresentação do laboratório
ATIVIDADES PRÉ-LABORATÓRIO:
1- Leitura da Introdução
2- Exercícios de Fixação
ATIVIDADES PÓS-LABORATÓRIO:
1- Parte experimental;
2- Resultados e discussão.

Introdução
Segurança

O Laboratório é o local construído com a finalidade de se realizar experimentos, ou seja,


reações químicas e físicas.
Os reagentes utilizados para preparar as reações oferecem diversos riscos, pois se
tratam de ácidos fortes, gases, soluções superaquecidas, entre outras. É justamente por
isso que o estudante deve ter em mãos os chamados equipamentos proteção individual
(EPI): avental de mangas longas (jaleco) para proteger os braços, sapato fechado e luvas
de borracha. Deve contar ainda, para um laboratório oferecer maior segurança aos
estudantes, com água em abundância, equipamentos de primeiros socorros, ventilação
e iluminação favoráveis.

Um estudante nunca deve misturar reagentes sem a autorização de seu professor.

Vidrarias e equipamentos
Para a execução de qualquer experimento em um laboratório de Química envolve
geralmente o uso de uma variedade de vidrarias e equipamentos com finalidades
específicas.

Exercícios de fixação

1. Que cuidados devem ser tomados para a diluição de um ácido concentrado? Justifique
sua resposta.

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2. O que é capela?

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3. Como se deve proceder se os olhos forem atingidos por respingos de ácido ou base?

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4. Por que se deve trabalhar de jaleco em um laboratório de química?

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Objetivo:
Conhecer as vidrarias disponíveis no laboratório.

Materiais

Vidrarias disponíveis no laboratório como béqueres, pipetas, provetas, balões, buretas,


erlenmeyers etc.

Parte experimental

Preencha a tabela fazendo o desenho dos equipamentos apresentados em sua bancada,


escreva o nome de cada um deles, a finalidade de uso e o desvio avaliado.

Tabela 1: Equipamentos utilizados em laboratório e suas finalidades


Desenho do Nome Finalidade Desvio Avaliado
equipamento
Exercícios
1. Qual a diferença entre uma vidraria graduada e uma volumétrica?

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3. Por que as sobras de reagentes devem ser armazenadas e não jogadas na pia ou lixo?

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Referências Bibliográficas
HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 7 a . ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
3 – Erros e medidas
ATIVIDADES PRÉ-LABORATÓRIO:
1- Leitura da Introdução
2- Exercícios de Fixação
3- Estudo dirigido
ATIVIDADES PÓS-LABORATÓRIO:
4- Parte experimental;
5- Resultados e discussão.

Introdução
O processo científico é iniciado com observações, embora estas sejam algumas
vezes acidentais, são normalmente realizadas sob condições rigorosamente controladas
no laboratório. As observações podem ser qualitativas (pode-se observar, por exemplo,
que a cor da oxidação do ferro é simplesmente marrom avermelhada) ou quantitativas
(pode-se observar qual a massa obtida de um produto numa reação).
Nenhuma ciência pode progredir muito sem se valer de observações
quantitativas; isto significa que devemos fazer medidas. Um processo de medida
envolve, geralmente, a leitura de números em algum instrumento; em consequência,
tem-se quase sempre alguma limitação no número de dígitos que expressam um
determinado valor experimentalmente.
Cada medida, não importando o grau de cuidado com qual ela é feita, está sujeita
a erro experimental. A magnitude desse erro pode ser expressa, de um modo simples,
usando-se algarismos significativos.

3.2 Grandeza química


Uma grandeza sempre pode ser considerada um produto de um valor numérico
com uma unidade:
Grandeza química = número x unidade
Exemplos: A massa m de um corpo é m = 25,3 g, o volume de um balão volumétrico é
50 mL. Em química as principais grandezas são:

Tabela 1 – Grandezas básicas em Química


Grandeza básica Unidade (SI)

Comprimento M

Massa Kg

Volume L

Quantidade de substância Mol


ERROS:
É a diferença entre o valor encontrado em uma medida e o valor real desta
medida.
Erro = Medida Real – Medida Experimental.
Entretanto, nem sempre o valor real é conhecido. Existem alguns tipos de erros:
Erro Grosseiro: aquele cometido por um engano grosseiro, como por exemplo a troca
de algarismos ao registrar algum número.
Erro Sistemático: acontece devido a uma causa sistemática, como erro da calibração do
equipamento ou erro do operador. É um erro repetitivo e difícil de ser detectado. Uma
forma de encontra-lo é medir uma amostra de valor conhecido e certificado.
Erros aleatórios: são erros que interferem na precisão de um experimento e fazem com
que resultado flutue em torno da média.

ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Os algarismos significativos são importantes quando é necessário expressar o
valor de uma dada grandeza determinada experimentalmente. Esse valor pode ser
obtido diretamente (ex.: determinação da massa de uma substância por pesagem ou a
determinação do volume de uma solução com uma pipeta ou bureta) ou indiretamente,
a partir dos valores de outras grandezas medidas (ex.: cálculo da concentração de uma
solução a partir da massa do soluto e do volume da solução).
Quando se fala de algarismos significativos de um número, refere-se aos dígitos
que representam um resultado experimental, de modo que apenas o último algarismo
seja duvidoso. O número de algarismos significativos expressa a precisão de uma
medida.
A tabela abaixo mostra as regras de arredondamento do número à direita do
último algarismo significativo:
Tabela 2: Regras para o arredondamento de números.
Caso Regra Exemplo

Maior que 5 Aumenta 1 unidade 5,4987 = 5,499

Igual a 5 Se o último algarismo Par: 3,2845 = 3,284


significativo for par – Ímpar: 9,135 = 9,14
mantém-se igual. Se o
último algarismo
significativo for ímpar –
aumenta 1 unidade.

Menor que 5 Mantem-se igual 2,1921 = 2,192

Operações com algarismos significativos:


Soma e subtração: se os dois números a serem somados ou subtraídos têm o mesmo
número de algarismos, a resposta deve ter o mesmo número de casas decimais que os
números envolvidos na operação:
1,362 x 10-4
+ 3,11 x 10-4
4,472 x 10-4
O resultado dessa operação deve ser escrito com 3 algarismos significativos, pois o
menor número de algarismos significativos envolvidos na operação é 3. Dessa forma,
temos como resposta 4,47 x 10-4.

Multiplicação e divisão: Em uma multiplicação levando em consideração os algarismos


significativos o resultado deve ter o mesmo número de algarismos significativos do
operando com a menor quantidade de algarismos significativos.
3,26 x 10-5 x 1,78 = 5,80 x 10-5
A potência de 10 não influencia em nada o número de algarismos significativos que
devem ser mantidos.
4,02 : 2 = 2
A não ser que 2 é uma constante, cujo valor tem um número arbitrariamente elevado
de algarismos significativos. Neste último caso, íamos obter:
4,02 : 2= 2,01 (aqui 2 - é uma constante, com valor absolutamente certo)

Formas de Medição
Os instrumentos comuns de medida de volume de líquido são de dois tipos: os que
medem volume variáveis (e para tanto possuem uma escala graduada) e os que medem
volumes definidos (e para tanto possuem apenas um risco ou marca).
A medida de volumes de líquidos, em qualquer um dos instrumentos mencionados,
implica numa comparação da altura do líquido com uma divisão da escala graduada ou
com a marca.
A altura do líquido é definida por um menisco, que geralmente é côncavo, a parte
inferior do menisco deve ser usada como referência nas medidas de volume.
O regime de escoamento para qualquer dos instrumentos mencionados para volume
não é total, sobrando sempre líquido na ponta ou em suas laterais. Para obter medições
mais precisas, o que fica do volume nos instrumentos, não deve ser transferido, pois
essa quantidade já é levada em conta pelo fabricante.
Quando medimos a massa, medimos a quantidade de matéria que a amostra contém.
Uma vez que a aceleração da gravidade é constante para um ponto determinado da
superfície terrestre, o peso é proporcional à massa.
Figura 1 – Instrumentos de medida de volume. Da esquerda para direita, temos; pipeta
volumétrica, pipeta graduada, balão volumétrico, bureta e proveta ou cilindro
graduado.

Objetivo:
Apresentar ao aluno vidrarias de diferentes graus de precisão e através de medições
práticas realizadas, fazer com que o mesmo possa familiarizar-se com tais instrumentos
além de fazer aplicações práticas de Algarismos Significativos na obtenção e
apresentação dos resultados

Exercícios de Fixação
1. O que é uma grandeza química?
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____________________________________________________________________
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2. O que são erros sistemático, aleatório e grosseiro?


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____________________________________________________________________
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____________________________________________________________________

3. Como é feita a medição de um volume de um líquido?


____________________________________________________________________
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____________________________________________________________________
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Materiais
 Provetas de 100 ml, 50 ml e 10 ml
 Pipeta volumétrica de 5ml
 Pipeta graduada de 5ml
 Béquer de 100ml
 Balão volumétrico de 50ml
 Bureta de 50ml
 Balança Analítica

Parte Experimental

1. Comparação de volumes medidos com a proveta e com o balão volumétrico

a) Meça cinquenta mililitros de água destilada em uma proveta adequada e


transfira para um balão volumétrico de cinquenta mililitros de capacidade. Anote
as medidas.

Tabela 3: Comparação entre volumes medidos em vidrarias diferentes


Vidraria Volumes(ml) Justificativa
Proveta
Balão Volumétrico

b) Justifique se houve ou não coincidência nas medidas.


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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

2. Comparação de volumes medidos com a proveta e com a bureta

a) Recolha cinquenta mililitros de água em uma bureta adequada, transporte para


uma proveta de 100 ml de capacidade. Anote corretamente os valores medidos.

Tabela 4: Comparação entre volumes medidos em uma bureta e uma proveta.


Vidraria Desvio Volume (mL)
Bureta
Proveta

b) Justifique se houve ou não coincidência entre eles.


_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

3. Adição de volumes medidos em instrumentos diferentes


a) Em uma proveta de cinquenta mililitros de capacidade, adicione :
 cinco mililitros de água medidos em uma pipeta volumétrica;
 cinco mililitros de água medidos em uma pipeta graduada;
 cinco mililitros de água medidos em uma bureta;
 dez mililitros de água medidos em uma proveta.

Tabela 5: Somatório de volumes medidos em instrumentos diferentes.


Instrumento Desvio Medida (mL)
Pipeta volumétrica
Pipeta graduada
Bureta
Proveta

b) Anote corretamente o volume de água existente na proveta na qual foram


coletados os líquidos.
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_______________________________________________________________________

c) Calcule e expresse o valor resultante da soma dos valores adicionados,


considerando a precisão de cada instrumento.
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d) Compare o valor calculado com o valor observado.


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Parte 4: Treino de pesagem


a) Pese um béquer de cem mililitros de capacidade e determine a sua massa em
gramas. Adicione a este béquer cinquenta mililitros de água medidos em uma
proveta e determine a massa deste conjunto.

Tabela 6: Massas do bequer vazio, do béquer com a água e da água e o volume


medido.
Peso do béquer
Peso do béquer com água
Peso de água
Volume estimado de água

b) Comparare o valor do volume de água medido com o valor calculado.


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c) Justifique se houve coincidência destes valores e as possíveis causas de erros.
Considere  H 2 O  1000 kg / m 3 .
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____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

Referências bibliográficas
HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 7 a . ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

Estudo Dirigido de Algarismos Significativos

1. Indique quantos algarismos significativos há em cada um dos seguintes números:

a) 25,42
b) 15,32
c) 0,152
d) 0,000103
e) 2,01. 10-2
f) 10,00000
g) 0,00000000000032

2. Expresse cada um dos seguintes números com notação exponencial, com um dígito à
esquerda da vírgula no coeficiente.

a) 415,546
b) 0,2654
c) 0,000000000123
d) 9000
e) 300,975

3. Arredonde cada um dos seguintes números com dois algarismos significativos.

a) 76,8
b) 76,4
c) 76,5
d) 76,45
e) 9,545x10-9
f) 4,789x102

4. Calcule e expresse, corretamente, o resultado das seguintes operações.

a) 25,00 mL + 31,2 mL + 9 mL = b) 444 g - 22,2 g=


c) 20 m  4.000 s = d) 2,0 g/mL x 2,220 mL =
5. Descreva como você procederia para realizar uma pesagem, por diferença, de 5,6643g
de NaCl, sendo a massa do recipiente (vidro de relógio) igual a 10,2590g.

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6) Para a preparação de uma solução a partir de um reagente líquido, qual o material


utilizado, o procedimento a ser adotado e os cuidados necessários?

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7) Faça o arredondamento dos números abaixo, para três casas decimais após a
vírgula.

a) 120, 4784 = __________


b) 83, 1236 = ___________
c) 71, 2315 = ___________
d) 457,1025 = __________
4 - Teste da Chama

ATIVIDADES PRÉ-LABORATÓRIO:
1- Leitura da Introdução
2- Exercícios de Fixação
ATIVIDADES PÓS-LABORATÓRIO:
3- Parte experimental;
4- Resultados e discussão.

Introdução

Segundo o modelo atômico proposto por Bohr, o átomo é representado por camadas
ou níveis de energia. O elétron, no átomo de Bohr, descreve uma órbita circular ao redor
do núcleo sem ganhar ou perder energia. Bohr propôs que ao receber energia o elétron
fica excitado, passando da sua camada para outra camada mais energética, e quando a
fonte de energia é retirada o elétron retorna a camada de origem, liberando esta energia
sob a forma de luz.

E = h

Figura 1: Representação do modelo atômico de Bohr.

Assim, os átomos excitados de um determinado elemento, ao voltarem ao seu estado


fundamental, emitem radiação que, quando decomposta, constitui um espectro de
linhas característico e único do elemento químico. Este espectro de linhas, chamado de
espectro atômico funciona como uma impressão digital do elemento químico.

E = h
Figura 02: Espectro Eletromagnético

A análise espectral é o conjunto de técnicas que permitem a identificação dos elementos


químicos constituintes de uma amostra através da análise dos espectros obtidos.

A maioria destas técnicas de análise espectral tem como pré-requisito a excitação dos
átomos da amostra a analisar. O processo de excitação pode ser obtido por:

- elevação de temperatura (teste de chama);

- descarga elétrica através de uma amostra gasosa e rarefeita;

- ação da radiação eletromagnética.

Uma técnica analítica simples para identificar elementos químicos presentes numa
amostra é o teste de chama também conhecida como análise elementar por via seca.

O teste de chama então, se baseia no fato de que elétrons de determinados átomos


excitados na chama do bico de gás emitem uma radiação visível característica do
elemento, ao retornarem aos estados energéticos de origem. Essa radiação serve para
caracterizar, por exemplo, elementos como Na, K, Li, Ca e Sr que possuem energia de
excitação baixa e também para dosá-los por um método de análise chamado
espectrofotometria de chama.

Outra aplicação importante dessa característica dos elementos e a Absorção Atômica.


Nesse tipo de técnica os elementos são vaporizados em uma chama na qual se faz passar
um feixe luminoso produzido por uma lâmpada especial constituída pelo próprio
elemento em estudo. Os átomos vaporizados absorverão somente as radiações
características dele. Estas radiações são registradas graficamente na forma de um
espectro de absorção. A absorção do elemento é então comparada com a absorção de
padrões de concentrações conhecidas.

Na absorção atômica quase todos os metais são dosados mesmo em pequenas


quantidades, tornando esse método um dos mais importantes na identificação de
metais.

Objetivo:
Verificar a coloração da chama provocada pela presença de alguns íons metálicos.

Exercícios de Fixação
1) Faça um resumo com os principais modelos atômicos estudados, relacionando o
modelo e o experimento.
Parte Experimental
Materiais e Reagentes:
 Fósforo
 Bico de Bunsen
 Alça de Platina
 Solução de HCl 3M
 Água Destilada
 Béquer
 Tubos de Ensaio
 Suporte
 Soluções de: cloreto de lítio, cloreto de estrôncio, cloreto de potássio, cloreto de
cálcio e sulfato de cobre (II)
 Fita de Magnésio

Metodologia:

 Limpeza da alça

1 - Coloque em um tubo de ensaio um pequeno volume de HCl (aq) e no outro, água


destilada.
2 - Mergulhe a alça metálica no ácido e leve a chama aquecendo até o rubro. Repita a
operação usando água destilada e em seguida ácido, água, etc., até que não se observe
nenhuma coloração diferente da original da chama. Neste caso, a alça estará
completamente limpa de íons interferentes.
Figura 3. Limpeza da alça

 Teste com as soluções escolhidas


1 - Coloque em tubos de ensaio algumas gotas das soluções escolhidas, uma de cada
vez.
2 - Introduza a alça metálica, completamente limpa, na solução a ser testada e depois
leve a alça a chama do bico de gás.
3 - Anote os dados na tabela própria
4 - Compare os resultados com os da literatura

Resultados e Discussão

A Tabela 1 indica o símbolo dos elementos e suas cores correspondentes, quando


submetidas ao teste da chama.

Tabela 01: Cores características de alguns elementos no teste de chama.


Símbolo Nome Cor Símbolo Nome Cor
As Arsênio Azul P Fósforo Verde turquesa
B Boro Verde Pb Chumbo Azul
Ba Bário Verde Rb Rubídio Vermelha
Laranja para
Ca Cálcio Sb Antimônio Verde pálido
vermelho
Cs Césio Azul Se Selênio Azul celeste
Cu(I) Cobre(I) Azul Sr Estrôncio Vermelho carmesim
Cobre(II)
Cu(II) Verde Te Telúrio Verde pálido
(não-haleto)
Fe Ferro Dourada Tl Tálio Verde puro
K Potássio Lilás Zn Zinco Verde Turquesa
Li Lítio Magenta Mo Molibdênio Verde amarelado
Branco
Mg Magnésio Na Sódio Amarelo intenso
brilhante

A Tabela 2 deve ser preenchida com os dados de nome da substância de cada amostra,
cor da chama e elemento presente.
Tabela 2: Dados de nome das substâncias, cor da chama e elemento detectado.
Amostra Cor da Chama Elemento presente
(cor da chama)
1-
2-
3-
4-
5-
6-

Conclusões

Anote as conclusões do experimento.

Referências

1- Lula, I.S.; Pádua, A.P. Aulas Práticas de Química Geral; Instituto de Engenharia e
Tecnologia – UNIBH, Belo Horizonte, 2013 (Adaptado).
5 - Processo De Separação De Misturas
ATIVIDADES PRÉ-LABORATÓRIO:
1- Leitura da Introdução
2- Exercícios de fixação
ATIVIDADES PÓS-LABORATÓRIO:
3- Procedimento operacional
padrão;
4- Parte experimental;
5- Resultados e discussão.

INTRODUÇÃO
Várias substâncias são encontradas na natureza como misturas de dois ou mais
componentes. Da mesma forma, quando preparamos compostos no laboratório,
frequentemente obtemos misturas nas quais as substâncias componentes retêm sua
identidade e suas propriedades fundamentais. Estas misturas podem ser homogêneas
ou heterogêneas, dependendo de elas apresentarem uma única fase ou mais de uma
fase, respectivamente. Por exemplo, o álcool e a água formam uma mistura homogênea,
mas água e a gasolina são classificadas como uma mistura heterogênea.
Se um dos componentes de uma mistura estiver presente numa quantidade
muito maior que os outros componentes, a mistura pode ser considerada como uma
substância impura e os componentes em menores quantidades são considerados como
impurezas. Um dos problemas frequentemente encontrados num laboratório de
química é a separação dos componentes de uma mistura, incluindo a purificação de
substâncias impuras. Há basicamente dois tipos de processos de separação: os
processos mecânicos e os processos físicos.
Nos processos mecânicos de separação não ocorrem transformações físicas ou
químicas das substâncias, e, geralmente, são utilizados para separar misturas
heterogêneas. Alguns exemplos de processos mecânicos são a catação, a peneiração, a
decantação, a centrifugação e a filtração. Por outro lado, nos processos físicos de
separação ocorrem transformações físicas das substâncias, como por exemplo, a
mudança de estado líquido para gasoso de uma determinada substância. Esses
processos de separação são mais eficientes e, geralmente, são usados para separar
misturas homogêneas e para purificar substâncias. Alguns exemplos são: dissolução
fracionada, recristalização, fusão fracionada, sublimação, destilação simples e
fracionada, etc. A filtração é o processo utilizado para a separação de uma mistura
heterogênea formada por sólidos suspensos em líquidos.
Certas reações químicas que ocorrem em solução formam sólidos insolúveis
chamados precipitados. No laboratório, estes precipitados são geralmente separados da
mistura através de filtração com um papel de filtro. O líquido que passa pelo papel é
chamado de filtrado e o sólido que permanece no filtro é o resíduo ou precipitado.

Objetivo:
Realizar a separação de alguns tipos de misturas a fim de conhecer os principais
processos utilizados e os equipamentos de laboratório envolvidos.
Exercícios de Fixação
1) O que é uma mistura homogênea? E heterogênea?
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2) Cite exemplos de misturas homogêneas e heterogêneas.


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3) Explique o processo de destilação fracionada? Qual a sua importância no


processo de refino do petróleo?
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Materiais
 Balança Analítica  argola para fixação do funil
 Pipeta graduada  vidro de relógio
 béquer de 100,00 mL  imã
 pipeta de Pasteur  Três sistemas com as misturas a
 funil de decantação seguir:
 proveta a) Sílica e cloreto de sódio
 papel de filtro b) Água e óleo
 funil c) limalha de ferro e sílica.
 suporte universal
Parte experimental

Para realização de separação de misturas deve-se levar em consideração os


estados físicos das amostras, se há miscibilidade (a mistura é homogênea ou
heterogênea), as diferenças de propriedades físicas dos materiais como temperatura de
fusão ou ebulição, capacidade magnética, densidade.
Em nosso caso não existe um roteiro e você deverá ser capaz, junto com seu
grupo e após a explicação do seu professor, de traçar uma estratégia para a separação
das misturas e a quantificação de cada uma das misturas.
Dicas para execução do trabalho:
1- Observe as misturas fornecidas no laboratório.
2- Relacione vidrarias e equipamentos necessários para essas medidas por nome.
3- Trace um roteiro de separação de misturas baseado nas propriedades de cada
material.
4- Distribua as tarefas no grupo para que a quantificação seja realizada e
desenvolva um POP para cada separação de mistura com resultados.
POP – Procedimento Operacional Padrão
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Resultados
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Conclusões
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Referências Bibliográficas
UNA, Centro Universitário. Apostila de Química Geral Prática; Instituto Politécnico -
UNA. Belo Horizonte, Minas Gerais, 2015.

37
6 - Estequiometria
ATIVIDADES PRÉ-LABORATÓRIO:
1- Leitura da Introdução
2- Exercícios de Fixação
ATIVIDADES PÓS-LABORATÓRIO:
3- Parte experimental;
Resultados e discussão.

Introdução
A estequiometria (stoicheon = elemento e metron = medida) é o ramo da química
que relaciona quantidade das substâncias a partir das fórmulas químicas.
Modernamente, a Estequiometria compreende as informações quantitativas
relacionadas a fórmulas e equações químicas, e está baseada nas leis ponderais,
principalmente, na lei da conservação das massas e na lei das proporções fixas (ou
definidas) (CAZZARO, 1999). A lei da conservação das massas pode ser enunciada como
“[...] a soma das massas dos reagentes é sempre igual à soma das massas dos produtos”
(LAVOISIER, 1785 apud CAZZARO, 1999). Já a lei das proporções fixas pode ser enunciada
como “[...] uma substância qualquer que seja sua origem, apresenta sempre a mesma
composição em massa” (PROUST, 1799 apud CAZZARO, 1999). As leis ponderais,
importantes para o estabelecimento da Química como ciência, estão subjacentes à
teoria atômica de Dalton (CAZZARO, 1999. Está relacionada com as leis ponderais,
principalmente da conservação de massa e proporções definidas.
As leis ponderais estão diretamente relacionadas com a teoria atômica de
Dalton, onde é possível determinar a quantidade das substâncias que participam das
reações químicas.
De uma maneira geral, conhecendo-se a equação de um determinado processo
químico é possível calcular a quantidade de reagentes e produtos presentes.

Os cálculos estequiométricos envolvem os seguintes conceitos:

1- Previsão da quantidade total de produto;


2- Cálculo da quantidade de reagentes necessários para formar
determinada quantidade de produtos;
3- Rendimento reacional;
4- Cálculo da quantidade dos reagentes levando em conta as purezas;
5- Reagentes limitantes e reagentes e reagentes em excesso.

Todos esses conceitos serão estudados em sala de aula.


Tendo em vista os conceitos de estequiometria, neste experimento serão
estudadas duas hipóteses para a reação de decomposição de bicarbonato de sódio
(NaHCO3):
1ª Hipótese:
NaHCO3 (s) → NaOH (s) + CO2 (g) (1)

2ª Hipótese:
2 NaHCO3 (s) → Na2CO3 (s) + H2O (g) + CO2 (g) (2)

38
Cada uma das hipóteses apresenta produtos diferentes, por exemplo, na
segunda hipótese há formação de água no estado físico gasoso (H2O(g)) o que não se
observa na primeira hipótese. Se não houver presença de água nos vapores, a primeira
hipótese pode ser excluída. A dúvida pode ser sanada, colocando sobre a boca do
béquer uma placa metálica ou um vidro de relógio, onde o vapor de água poderá ser
condensado: o que efetivamente acontece (Lula, 2015). Outra forma de analisar as
hipóteses é por meio da análise do sólido residual obtido a partir de um estudo em um
sistema aberto.

Usando os dados de massa molar, temos:

1ª Hipótese

NaHCO3(s) → NaOH(s) + CO2(g)


Massas molares
NaHCO3 = (23 + 1 + 12 + (3x16)) = 84 g/mol
NaOH = (23 + 16 + 1) = 40 g/mol

2ª Hipótese

2 NaHCO3 (s) → Na2CO3(s) + H2O(g) + CO2(g)


Cada dois mols de NaHCO3 (2 x 84 g) deveriam formar 1mol de Na2CO3, ou seja 106 g:
2 mols de NaHCO3 = 2 x 84 = 168 g/mol
Na2CO3 = ((2 x 23) + 12 + (3 x 16)) = 106 g/mol

Estudo das Hipóteses:

Se partíssemos de 5 gramas de NaHCO3, por exemplo, segundo os cálculos acima


deveríamos obter, uma vez terminada a REAÇÃO 1:
84 g de NaHCO3 ------------------ 40g de NaOH x= 2,38 g de NaOH (massa do sólido
residual)
5 g de NaHCO3 -------------------- x

Segundo a REAÇÃO 2:

168 g de NaHCO3 ------------------- 106 g de Na2CO3 x= 3,15 g de NaOH (massa do


sólido residual)
5 g de NaHCO3 -------------------- x

Objetivo:
Determinar qual das hipóteses explica a decomposição térmica do bicarbonato de sódio
(NaHCO3).

Exercícios de Fixação:
1. O que é mol ?

39
2. Como determinar a partir de uma quantidade de massa o número de mols?

3. Como é feito o cálculo da mossa molecular de um composto?

4. Faça o balanceamento da equação abaixo.

HCl + Ca(OH)2 → CaCl2 + H2O

5. Escreva a equação balanceada que descreve a reação entre o KI e o Pb(NO3)2,


levando a formação de PbI2 e KNO3

6. Qual quantidade de matéria (mol) contida em 66,2 g de Pb(NO3)2

7. Determine quantos mols de KI são necessários para reagir com 66,2 g de


Pb(NO3)2.

Parte Experimental:
 Materiais

o Bicarbonato de sódio o Balança;


o Béquer; o Bico de Bunsen;
o Pinça e/ou garra; o Tripé;
o Bastão de vidro; o Tela de amianto.

40
 Métodos
1- Utilizando um béquer, pese cerca de 4 g de bicarbonato de sódio (NaHCO3),
fazendo as anotações na tabela abaixo:

Tabela 1: Dados de pesagem de bicarbonato de sódio no início do experimento:


Peso do béquer vazio Peso do Béquer + Amostra Peso da Amostra

**** não esqueça de anotar o desvio da balança****


2- Leve o sólido para aquecer no béquer durante 15 minutos, agitando
constantemente.
3- Deixe esfriar.
4- Pese novamente o béquer com a amostra e anote, na tabela abaixo os dados
solicitados.

Tabela 2: Dados de pesagem de bicarbonato de sódio no início do experimento:


Peso do béquer vazio Peso do Béquer + Resíduo Peso do Resíduo

**** não esqueça de anotar o desvio da balança****

5- Calcule qual das hipóteses podem explicar o processo:

6- Escreva a equação que corresponde o processo ocorrido.

7- Leve o béquer ao aquecimento novamente por 5 minutos, para confirmar a


hipótese e anote os dados solicitados na tabela abaixo:

Tabela 3: Dados de pesagem de bicarbonato de sódio no início do experimento:


Peso do béquer vazio Peso do Béquer + Resíduo Peso do Resíduo
**** não esqueça de anotar o desvio da balança****

8- Calcule o rendimento reacional:

Resultados e Discussão

a) Compare os resultados obtidos nas Tabelas 2 e 3 e discuta se há alguma


diferença:

b) Qual das duas hipóteses descreve o processo? Escreva a equação e explique:

Conclusões
a) Escreva as conclusões do experimento:

42
Referências

1- Lula, I.S.; Pádua, A.P. Aulas Práticas de Química Geral; Instituto de Engenharia e
Tecnologia – UNIBH, Belo Horizonte, 2015.
2- Maia, A.S. e Osorio, V.K.L. Decomposição Térmica Do Bicarbonato De Sódio – Do
Processo Solvay Ao Diagrama Tipoellingham. Quim. Nova, Vol. 26, No. 4, 595-
601, 2003.
4- Cazzaro, F. Um experimento envolvendo estequiometria. Química Nova na
Escola, no.10, 53-54, 1999.

43
7 - Aquecimento e Medida de Temperatura
ATIVIDADES PRÉ-LABORATÓRIO:
1- Leitura da Introdução
2- Exercícios de Fixação
ATIVIDADES PÓS-LABORATÓRIO:
3- Parte experimental;
4- Resultados e discussão.

Introdução
Os conceitos relacionados às substâncias levam em conta seu aspecto
submicroscópico, por exemplo, elemento químico é considerado um tipo de átomo
(diferenciado pelo número de prótons, ou número atômico), o conceito de substâncias
envolve um agrupamento definido de determinados átomos que podem ser formados
por um elemento ou mais elementos, a substância, por sua vez pode ser simples é
aquela que é formada por apenas um elemento (exemplo, H2, N2, O2, O3), substância
composta seria aquela formada por mais de um elemento químico (H2O, H2SO4).

Conhecendo-se as substâncias, é possível estudar os sistemas, sendo que um


sistema é uma parte do universo em estudo. Temos sistemas homogêneos (que
apresentam apenas uma fase visível), sistemas heterogêneos (que apresenta mais de
uma fase visível) e sistemas coloidais (que apresentam mais de uma fase na escala
microscópica).

Quando estudamos um sistema, ele pode conter uma ou mais substâncias, o


sistema formado por uma substância contém uma substância pura, o sistema que
contém mais que uma substância é uma mistura. Experimentalmente é possível
determinar o tipo de sistema estudando-se o aquecimento ou resfriamento de um
sistema. Ao aquecer um sistema, por exemplo, ocorre o aumento da temperatura, no
entanto, quando ocorre alguma transformação física (passagem de estados físicos,
sólido para líquido ou líquido para gasoso) a taxa de crescimento da temperatura
diminui ou a temperatura permanece constante.

Se o sistema é composto por uma substância pura, a temperatura das duas


transformações físicas de estado físico sólido até gasoso ou de estado físico gasoso até
o sólido são constantes. Em caso de misturas, ao menos uma destas duas
transformações terá uma taxa de crescimento variável (mas em menor quantidade do
que a do início do aquecimento ou resfriamento). Além disso a mistura pode ser
classificada como mistura eutética (com ponto de fusão constante e de ebulição
variável), mistura azeotrópica (com ponto de ebulição constante e de fusão variável), ou
uma mistura (que apresenta tanto ponto de fusão como de ebulição variável).

Combustão, aquecimento e temperatura

Combustão e Fonte de Energia

44
Uma maneira simples de se obter calor no laboratório é queimando gás de
cozinha num bico de gás.

O gás de cozinha ou gás liquefeito de petróleo (GLP), utilizado como combustível no


bico de gás, é uma mistura gasosa onde predominam o propano (C3H8) e o butano
(C4H10).

Quando a combustão do gás consome a quantidade suficiente de ar, ela é completa:


produz dióxido de carbono (CO2), água e a máxima quantidade de energia possível. Se a
quantidade de ar for insuficiente, a combustão será incompleta, e haverá produção
adicional de monóxido de carbono (CO), fuligem (C(s) ) e vários outros produtos, além de
reduzir a produção de calor.

O monóxido de carbono é tóxico.

Aquecimento de líquidos

O aquecimento de líquidos requer cuidados. Quando o aquecimento é feito


lentamente, as correntes térmicas homogeneízam a temperatura em toda a amostra.
Se o aquecimento for rápido, uma região do líquido pode se superaquecer, ocorrer
vaporização de parte do líquido e ocorrer projeção do material.

A tela de amianto colocada sob um béquer, onde se aquece água, espalha o calor
evitando que uma região do fundo do recipiente sofra superaquecimento. As pérolas de
vidro movimentando-se no meio de um líquido em aquecimento mistura o líquido quente
com o líquido frio. Também se pode evitar o superaquecimento agitando o líquido com um
bastão de vidro.

A difusão do calor pelas correntes térmicas é a maneira natural de a


temperatura do líquido ser homogeneizada.

Quando a pressão de vapor de um líquido iguala-se à pressão atmosférica, ele


entra em ebulição. O líquido e o vapor entram em equilíbrio térmico e a temperatura
permanece constante, como você irá comprovar.

Temperatura

A temperatura mede o estado de aquecimento de um corpo (muito ou pouco


quente). Ela é uma propriedade intensiva: não depende da massa do corpo. É a
temperatura que nos dá a sensação de quente ou frio. Ela é uma medida da energia
cinética média do material que constitui o corpo. Existem várias maneiras de se medir a
temperatura. Os termômetros de vidro são frágeis e, portanto, devem ser manuseados
com cuidado.

Objetivos:
Manusear o bico de gás; aquecer líquidos; manusear o termômetro; observar a ebulição; traçar
gráficos; estudo do aquecimento de um líquido e proposta do tipo de sistema que o
compõe.

45
Exercícios de Fixação

1- Esboce os gráficos de aquecimento de: (a) uma mistura, (b) uma mistura
eutética e (c) uma mistura azeotrópica.

46
2- Quais são os principais constituintes do gás liquefeito de petróleo?

3- Quais são as diferenças entre combustão completa e incompleta?

4- Quais são os inconvenientes da combustão incompleta?

5- Qual é o principal cuidado que se deve ter ao trabalhar com o bico de gás?

6- Como proceder no caso de vazamento de gás e em caso de incêndio?

7- Como se pode evitar o superaquecimento de líquidos?

8- O que é temperatura?

9- Cite dois cuidados que se deve ter ao utilizar um termômetro.

Parte Experimental

1- O manuseio do bico de gás

 Atenção:
 Não abra demasiadamente as válvulas ao acender o bico de gás.
 Afaste os objetos e materiais inflamáveis do bico de gás.
 Se você tem cabelos compridos, prenda-os.
 Não ligue o bico de gás debaixo do termômetro ou da garra que está presa ao suporte
metálico.

47
Para ligar:

1. Localize as válvulas de saída de gás na bancada e na sua mesa


2. Feche a entrada de ar (uma válvula que fica na parte inferior do
aparelho);
3. Acenda um fósforo e o aproxime da parte superior, que é o ponto
mais alto da câmara de mistura;
4. Abra a válvula de gás do aparelho;
5. Regule a chama através dessa válvula;
6. Regularize a coloração da chama.
Para desligar:
Desligue o bico de gás fechando a válvula da mesa e, depois, a válvula do
bico.

2- O manuseio do termômetro:

Exame da escala do termômetro:


2.1. Qual é a temperatura máxima que o termômetro pode medir?_____________________
2.2 Qual é a temperatura mínima que o termômetro pode medir? _____________________
2.3. Qual é o valor da menor divisão da escala? ____________________________________
2.4. Qual é o valor do desvio avaliado?___________________________________________
 Observações importantes:
1- O desvio avaliado é a metade da menor divisão da escala.
2- O desvio avaliado é o erro que será atribuído às medidas efetuadas com esse
termômetro.

3- Montagem do Experimento:
Faça montagem para aquecimento, conforme a figura a seguir.

Atenção:

1. Não encoste o termômetro no


fundo ou nas paredes do béquer.
2. A garra que prende o termômetro
não deve cobrir a região que
marca 100 oC.

Figura 1: Montagem para o aquecimento

48
Após a montagem, siga o roteiro a seguir:
1- Coloque cerca de 100 mL de água destilada em um béquer.
2- Prenda o termômetro no suporte, calçando a garra com um anel de borracha ou
uma rolha, de maneira que o seu bulbo (parte inferior) fique imerso na água.
3- Meça a temperatura da água, sem tirar o termômetro dela. (Este será o ponto
zero da curva).
4- Anote a temperatura da água usando o número correto de algarismos e a
unidade considerando o desvio (na tabela da página 37).
5- Coloque 5 ou 6 pérolas de vidro ou pedaços de porcelana no béquer. Acenda o
bico de gás e aqueça o béquer.
6- Observe as pérolas de vidro, a formação de bolhas de ar e as correntes térmicas,
durante o aquecimento.
7- Acompanhe o aquecimento do sistema anotando os dados de temperatura na Tabela
1, (Pag. 37), em intervalos de tempo fixos de 30 segundos.
8- Quando o líquido entrar em ebulição continue acompanhando o aquecimento
por mais três minutos, anotando a temperatura na Tabela 1 (30 em 30 seg.).
9- Desligue o bico de gás, fechando as válvulas da mesa e depois a válvula do bico
de gás.

Resultados e Discussão
1. Descreva o que você observou durante o aquecimento da água.

2. De que são constituídas as bolhas que aparecem na água, no início do


aquecimento?

3. De que são constituídas as bolhas que se desprendem da água em ebulição?

4. Escreva a equação química correspondente à vaporização da água.

5. Compare o valor encontrado para a temperatura de ebulição da água com o valor


esperado (100°C a 1 atm). Explique a discrepância de valores.

49
6. Com os dados obtidos durante o experimento construa um gráfico mostrando a
variação da temperatura (eixo Y) em função do tempo (eixo X). Discuta o resultado
obtido

TABELA 1:
Tempo Temperatura (0c) Tempo Temperatura (0c) Tempo Temperatura (0c)
(seg) (seg) (seg)

50
GRÁFICO 1:

51
Conclusões
Escreva as conclusões do experimento:

Referência

3- Lula, I.S.; Pádua, A.P. Aulas Práticas de Química Geral; Instituto de Engenharia e
Tecnologia – UNIBH, Belo Horizonte, 2015.

52
53
8 - Preparação de Soluções Ácidas e Básicas

ATIVIDADES PRÉ-LABORATÓRIO:
1- Leitura da Introdução
2- Exercícios de Fixação
ATIVIDADES PÓS-LABORATÓRIO:
3- Parte experimental;
4- Resultados e discussão.

Introdução

Preparo, diluição e transformação de unidades

Soluções são misturas homogêneas formadas por dois ou mais constituintes,


a solução é formada por soluto (substância dissolvida) e solventes (substância
predominante que dissolve o soluto). Geralmente, o constituinte que confere forma
física à solução ou que está em maior proporção é denominado solvente e os demais
solutos.
Muitas substâncias são mais facilmente manipuláveis quando estão
dissolvidas. Por isso, as soluções líquidas são comuns nos laboratórios e merecem, neste
curso, atenção especial.
Uma maneira de quantificar quantidade de soluto presente na solução é
calculando-se a concentração.
Quimicamente uma solução é representada pela fórmula do soluto, o
solvente (entre parênteses) e, finalmente, acrescenta-se o valor da sua concentração.
NaOH (aq) 10% = solução aquosa de hidróxido de sódio
I2 (alcóolico) 2,0 g/L = solução alcoólica de iodo
NaHCO3 (aq) 0,100 mol/L = solução aquosa de bicarbonato de sódio
A quantidade relativa do soluto em uma solução é expressa pela
concentração. Nessa prática, usaremos apenas a concentração em grama por litro e a
concentração percentual:
 g/L: A concentração em gramas por litro refere-se à massa do soluto (em gramas)
existente em 1 L de solução.
 % v/v: A concentração percentual em volume por volume refere-se ao volume
do soluto líquido existente em 100 mL da solução.

Dissolução é o processo de incorporar o soluto no solvente, formando um


sistema homogêneo. A técnica de dissolução mais simples é a agitação do soluto no
solvente. A preparação das soluções envolve, geralmente, as seguintes etapas:

a) Medir a massa ou o volume calculado do soluto;


b) Dissolver o soluto, através da agitação, em uma pequena quantidade do
solvente, contida num béquer;
c) Transferir, quantitativamente, a solução para o aparelho de medida de volume;

54
d) Completar o volume com o solvente;
e) Homogeneizar a solução, por agitação;

Observações:
 As soluções de concentrações rigorosas devem ser preparadas usando balão
volumétrico;
 As soluções de concentrações aproximadas podem ser preparadas usando
proveta.
 Se a solução apresentar impureza sólida, esta deve ser eliminada através de
filtração.

As soluções são classificadas como moleculares ou iônicas, de acordo com a


dissociação do soluto.
Nas soluções moleculares o soluto não sofre dissociação e a solução é constituída de
moléculas do soluto e do solvente.
Ex. I2 (aq) (moléculas de água e iodo), C6H12O6 (aq) (moléculas de água e glicose).
Nas soluções iônicas, o soluto está dissociado em íons:
1) Os sais, no estado sólido, são constituídos por íons e em solução encontram-se
dissociados.
Exemplo: NaCl (aq): íons sódio (Na+(aq)) e íons cloreto (Cl –(aq) )
2) Os ácidos são constituídos por moléculas que sofrem ionização e dissociação
quando estão em solução. Exemplo: HNO3(aq): íons hidrônio (H +(aq)e íons
nitrato (NO3 (aq)).
3) Os hidróxidos são iônicos e em solução estão dissociados.
Exemplo: NaOH(aq) : íons hidroxila (OH (aq) e íons sódio (Na+ (aq)).
Conhecer a composição de soluções iônicas e soluções moleculares tem
importância do ponto de vista teórico e prático.
Nesta aula você preparará as soluções de sulfato de cobre II e de amônia,
fará diluição do álcool e uma filtração simples.

Soluções são misturas homogêneas que podem ser preparadas a partir da


dissolução de um soluto ou a partir de outra solução mais concentrada.
Contração:
Unidades de concentração:

Parte Experimental

1 – Preparo de 100 mL de uma solução de NaHCO3 (bicarbonato de sódio) a 0,5 mol/L.

1.1- Calcule a massa molar do bicarbonato de sódio.

55
1.2- Calcule qual a massa de bicarbonato necessária para produzir a quantidade de
solução proposta.

1.3- Verifique no frasco a pureza do reagente.

1.4- Qual a quantidade de reagente necessária para produzir a quantidade de solução


proposta? (Calcule)

Meça a massa de reagente, calculada, em um béquer e dissolva o reagente


completamente com o auxílio de um bastão de vidro em, aproximadamente, 50 mL de
água destilada. Filtre a solução e transfira-a quantitativamente a solução para um balão
volumétrico de 100 mL e complete o volume proposto com água destilada.
Volume da solução preparada (com o desvio):__________________________________
Concentração da solução preparada (em mol/L):________________________________
Calcule a concentração da solução preparada em:

a) g/L

b) %m/v

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c) %m/m

2 – Preparo de 40 mL de uma solução de HCl (ácido clorídrico) a 0,25 mol/L a partir de


uma solução de HCl a 1,00 mol/L

2.1- Calcule o volume de solução de HCl a 1,00 mol/L necessário para produzir a
solução proposta. (C1.V1=C2.V2)

2.2- Meça, em uma proveta, a quantidade de solução ácida calculada e adicione água
até obter o volume proposto.
2.3- Misture a solução com um bastão de vidro e transfira-a para um frasco rotulado.
2.4- Faça a equação de dissolução do ácido clorídrico.

2.5- Faça a equação de dissociação do ácido clorídrico, na qual há formação de íons


H+(aq) e Cl-(aq).

Volume da solução preparada (com o desvio):__________________________________


Concentração da solução preparada (em mol/L):________________________________
Calcule a concentração da solução preparada em:

a) g/L

b) %m/v

57
c) %m/m

3 – Determinação do pH de uma solução ácida a partir de uma solução padrão de NaOH


a 1,0 mol/L.

1- Meça 10,00 mL da solução problema com uma pipeta volumétrica (a pipeta


volumétrica já estará em ambiente) e transfira para um elermeyer.
2- Adicione uma gota de fenolftaleína.
3- Titule a solução medida, com o auxílio de uma bureta que já contém a solução
de NaOH padrão.
4- Anote a quantidade de NaOH consumido assim que a solução no erlemeyer ficar
rosa claro.
5- Faça a equação de dissolução do NaOH(s), formando Na+(aq) e OH-(aq).

6- Sabendo que a reação que ocorre entre um ácido e uma base é a de


neutralização, segundo a equação abaixo:
H+(aq) + OH-(aq) → H2O(l)
Calcule a concentração de ácido presente na solução problema. (C1.V1=C2.V2)

58
7- Calcule o pH da solução estoque. (pH = -log [H+]).

59
9 - Eletroquímica
ATIVIDADES PRÉ-LABORATÓRIO:
1- Leitura da Introdução
2- Exercícios de Fixação
3- Exercícios complementares
ATIVIDADES PÓS-LABORATÓRIO:
4- Parte experimental;
5- Resultados e discussão.

Introdução

Redução e Oxidação
Em uma reação redox uma substância ou espécie perde elétrons (sofre
oxidação), enquanto outra substância ganha elétrons (sofre redução). Exemplos:
Oxidação: Na → Na+ + e
Redução: Na+ + e → Na
A espécie que oxida (perde elétrons) na reação é o agente redutor, já a espécie
que reduz (ganha elétrons) é o agente oxidante.
Cabe ressaltar que a oxidação acontece simultaneamente com a redução. Para
um fenômeno acontecer, necessariamente o outro também acontece.

Pilha
A pilha galvânica é um sistema no qual a energia química é transformada em
energia elétrica de modo espontâneo.
A pilha é caracterizada por uma diferença entre seus eletrodos. Segundo a
convenção de sinais usada pela IUPAC, o potencial da pilha é igual a diferença entre o
potencial de redução do catodo e o potencial de redução do anodo.

Epilha = Ecatodo - Eanodo


Os elétrons liberados no eletrodo onde há oxidação (anodo) passam pelo circuito
externo para o eletrodo onde há redução (catodo) de forma espontânea. Assim, o Epilha
sempre é positivo.

Célula eletrolítica
É um dispositivo no qual energia elétrica é fornecida em um sistema para que
aconteça uma reação química. Ou seja, o processo eletrolítico é um processo não
espontâneo responsável pela decomposição de uma substância por corrente elétrica.
Esse processo é muito utilizado para a fabricação de alguns produtos, como por exemplo
alumínio.

Eletrodo
São dispositivos que removem elétrons do agente redutor, no anodo) e servem
como fonte de elétrons para o agente oxidante (no catodo).

60
Objetivo

Compreender o princípio de funcionamento de uma pilha e de uma célula


eletrolítica.

Exercícios de Fixação
1. Como podemos verificar a espontaneidade de uma reação redox?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

2. Cite aplicações práticas das reações redox.


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

3. O que é anodo? E catodo?


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

4. Em uma célula eletrolítica, qual a prioridade de oxidação e de redução?


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

5. O que é um eletrólito? Por que as reações redox acontecem em soluções


eletrolíticas?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

6. Desenhe uma pilha galvânica.

7. Desenhe uma célula eletrolítica.

61
Materiais

 Béquer de 100 mL  Placas de Cu e Zn


 Béquer de 250 mL  Solução de sulfato de cobre 1 mol/L
 Tubo de vidro em U  Solução de sulfato de zinco 1 mol/L
 Voltímetro  Solução de cloreto de sódio 3% (m/v)
 Fonte de corrente contínua  Solução de cloreto de sódio 1 mol/L
 Eletrodos de grafite  Solução de fenolftaleína
 Fios e conectores

Parte Experimental

1. Pilha Galvânica
a) Calcule a diferença de potencial teórica para uma pilha de cobre e zinco.

b) Identifique o anodo:______________________

c) Identifique o catodo: _______________________

d) Preencha o tubo em U com a solução de cloreto de sódio 3% Feche as


extremidades com chumaços de algodão e verifique se há a formação de
bolhas na parte interna do tubo. Monte a pilha de zinco e cobre conforme a
orientação do professor. Faça a leitura no voltímetro.

e) Compare a diferença de potencial teórica e a encontrada na prática.


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

2. Célula eletrolítica

a) Em um béquer de 250 mL, adicione uma quantidade de solução de NaCl


suficiente para cobrir os eletrodos de grafite. Adicione 3 gotas de
fenolftaleína.
b) Faça as conexões elétricas dos eletrodos de grafite.
c) Ligue os eletrodos em uma fonte de corrente contínua e aplique
aproximadamente 3 V.

62
d) O que acontece?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

e) Preencha a tabela:

Tabela 1: Reações anódica, catódica e global.


Reação anódica
Reação catódica
Reação global

f) Quais os produtos gerados por esse processo eletrolítico?


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

Exercícios complementares
1) Cite aos principais fatores que causam erros nos potenciais medidos
experimentalmente.

2) Escreva uma equação química balanceada para a reação global na pilha


representada por:
a) Mg(s)/Mg2+(aq)//Fe2+(aq)//Fe(s)

b) Ni(s)/Ni2+(aq)//Cu2+(aq)//Cu(s)

3) Calcule a tensão para as pilhas do exercício anterior.

63
4) Cite aplicações industriais para os produtos obtidos na eletrólise do cloreto
de sódio.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

5) Explique no que consiste o processo de galvanoplastia.


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

Referências Bibliográficas
Rímulo, A.; Sabino, C. V. S.; Machado, H. H. V. Apostila de Química Experimental, DFQ.
Belo Horizonte, 2011.

64
Tabela Periódica:

65
Diagrama de Pauling

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