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FACULDADE ÚNICA

DE IPATINGA
Carla Maria Pereira Barbosa Morais

Mestre em Educação, na área de Tecnologias Educativas (2014) pela Universidade de


Lisboa. Pós-graduada em Educação Empreendedora (2009) pela Universidade Federal de
São João del-Rei e graduada em Pedagogia (2005) também pela Universidade Federal de
São João del-Rei. Experiência profissional em docência, supervisão, coordenação e
consultoria pedagógica. Atua na área de pesquisa em Educação, com ênfase em
Tecnologias Educativas, Empreendedorismo, Práticas Pedagógicas, Currículo, Inclusão e
Formação de Professores.

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR


(BNCC): HISTÓRIA, CONCEPÇÃO, POLÍTICA
E REFERENCIAIS PEDAGÓGICOS

1ª edição
Ipatinga – MG
2021
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL

Diretor Geral: Valdir Henrique Valério


Diretor Executivo: William José Ferreira
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva
Bruna Luiza Mendes Leite
Carla Jordânia G. de Souza
Guilherme Prado Salles
Rubens Henrique L. de Oliveira
Design: Brayan Lazarino Santos
Élen Cristina Teixeira Oliveira
Maria Eliza Perboyre Campos
Taisser Gustavo de Soares Duarte

© 2021, Faculdade Única.

Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização
escrita do Editor.

Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.

NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA


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Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles
são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um
com uma função específica, mostradas a seguir:

São sugestões de links para vídeos, documentos


científicos (artigos, monografias, dissertações e teses),
sites ou links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e
Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo
abordado.
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações
importantes nas quais você deve ter um maior grau de
atenção!

São exercícios de fixação do conteúdo abordado em


cada unidade do livro.

São para o esclarecimento do significado de


determinados termos/palavras mostradas ao longo do
livro.
Este espaço é destinado para a reflexão sobre
questões citadas em cada unidade, associando-o a
suas ações, seja no ambiente profissional ou em seu
cotidiano.
SUMÁRIO

UNIDADE EDUCAÇÃO BRASILEIRA .................................................................................... 7

01
1.1 ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA ................................................... 7
1.2 MODALIDADES DE ENSINO ................................................................................. 9
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................... 15

UNIDADE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ............................................................... 20

02
2.1 ELABORAÇÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR: BASE LEGAL, AUTONOMIA E
FLEXIBILIZAÇÃO ................................................................................................. 20
2.2 CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA .............................................................. 22
2.3 CURRÍCULO INTEGRADO, MULTICULTURALISMO E TRANSDISCIPLINARIDADE
............................................................................................................................ 25
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................... 27

UNIDADE POLÍTICAS PÚBLICAS .............................................................................. 33

03
3.1 POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS ............................................................. 33
3.2 DESCENTRALIZAÇÃO, MUNICIPALIZAÇÃO E FINANCIAMENTO DA
EDUCAÇÃO........................................................................................................ 35
3.3 AÇÕES E PROGRAMAS ..................................................................................... 38
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................... 41

UNIDADE LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL ................................................................ 46

04
4.1 LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL BRASILEIRA ....................................................... 46
4.2 CONSTITUIÇÃO FEDERAL ................................................................................... 47
4.3 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – LDB ....................... 49
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................... 52

UNIDADE LEIS E DOCUMENTOS NORTEADORES DA ............................................... 57

05
EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA ........................................................... 57

5.1 PRINCIPAIS LEIS E DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA .............. 57


5.2 DOCUMENTOS NORTEADORES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ......................... 58
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................... 60

UNIDADE REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA CONTEMPORÂNEA ....... 65

06
6.1 ENSINO REMOTO ............................................................................................... 65
6.2 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL NO AMBIENTE ESCOLAR ......................... 68
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................... 70

RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ............................................... 75

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 76

5
CONFIRA NO LIVRO

A Unidade I apresenta aspectos gerais relacionados à educação


brasileira, descrevendo sobre a forma de organização, os sistemas e
as modalidades de ensino.

A Unidade II é centralizada no tema do currículo educacional


brasileiro, abordando algumas características gerais que envolvem
a sua elaboração em âmbito escolar, como a base legal, a
autonomia e a flexibilização.

A Unidade III apresenta características das políticas públicas,


sobretudo educacionais e cita algumas ações e programas de
políticas públicas educacionais vigentes, que são desenvolvidas em
âmbito nacional.

A Unidade IV aborda de forma abrangente sobre a legislação


educacional brasileira, a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDB.

A Unidade V apresenta as principais leis e documentos norteadores


da prática pedagógica em âmbito escolar.

A partir de conceitos e reflexões, a Unidade VI aborda aspectos


ligados à educação contemporânea, principalmente no que diz
respeito ao ensino remoto e o relacionamento interpessoal no
ambiente escolar.

6
EDUCAÇÃO BRASILEIRA UNIDADE

1.1 ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA


01
A educação está sempre relacionada ao panorama atual, ao contexto social,
político e econômico do país, diante disso, nesta Unidade abordaremos os aspectos
gerais relacionados à educação brasileira, como a forma de organização, as
modalidades e os sistemas de ensino. Diante desta perspectiva, Dourado (2007, p.
07), ilustra o seguinte:

A educação é essencialmente uma prática social presente em


diferentes espaços momentos da produção da vida social. Nesse
contexto, a educação escolar, objeto de políticas públicas, cumpre
destacado papel nos processos formativos por meio dos diferentes
níveis, ciclos e modalidades educativas. Mesmo na educação formal,
que ocorre por intermédio de instituições educativas, a exemplo das
escolas de educação básica, são diversas as finalidades
educacionais estabelecidas, assim como são distintos os princípios que
orientam o processo ensino-aprendizagem, pois cada país, com sua
trajetória histórico-cultural e com o seu projeto de nação, estabelece
diretrizes e bases para o seu sistema educacional.

No Brasil, a educação é regida legalmente a partir de duas leis principais: a


Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394 de
1996, onde a partir destas leis são criados outros documentos que suportam toda a
organização da educação.
De acordo com a LDB, a educação brasileira é organizada a partir de dois
níveis escolares: Educação Básica e Educação Superior. A Educação Básica abrange
a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A Educação Superior
abrange os cursos “sequenciais por campo de saber” (BRASIL, 1996), a graduação, a
pós-graduação e a extensão.
A Educação Básica para a faixa etária de quatro anos (pré-escola) a
dezessete anos (Ensino Fundamental e Ensino Médio) segundo a LDB, 9394/1996 é
obrigatória e deve ser ofertada gratuitamente para crianças e jovens em instituições
públicas.

7
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será
efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
c) ensino médio (BRASIL, 1996).

A educação infantil corresponde a primeira etapa da educação básica e


atende as crianças de zero a cinco anos de idade. As crianças de zero a três anos
são atendidas em creches ou entidades equivalentes e as crianças de quatro a cinco
anos são assistidas na pré-escola. De acordo com o art. 29 da LDB 9394/1996 a
Educação Infantil tem por finalidade o “desenvolvimento nos aspectos físico,
intelectual e social da criança, complementando as ações da família e da
comunidade” (BRASIL, 1996,).
De acordo com a LDB 9394/1996 o Ensino Fundamental é destinado para
crianças a partir de 6 anos e prevê uma duração mínima de nove anos, tendo por
finalidade a formação básica do cidadão, que é evidenciada na Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), o que reforça a ideia de formação do cidadão de forma
global diante de aspectos como a dimensão cognitiva e o desenvolvimento de
competências socioemocionais.
Ainda de acordo com a LDB 9394/1996, o Ensino Médio constitui a última etapa
da Educação Básica e prevê uma duração mínima de três anos. Na Educação
Básica, a oferta é gratuita na faixa etária de 0 a 5 anos (creche e pré-escola) e
gratuita e obrigatória 4 aos 17 anos (pré-escola ao ensino médio).

Quadro 1: Organização da Educação Básica Brasileira


Nível de ensino: EDUCAÇÃO BÁSICA
Etapas Cursos e programas Idade
Educação Infantil Creche 0 a 3 anos
Pré-escola 4 a 5 anos
Ensino Fundamental Anos iniciais: 1º ano ao 5º ano 6 a 15 anos
Anos finais: 6º ano ao 9º ano
Ensino Médio 1ª série a 3ª série – ensino regular / 16 a 18 anos
Educação de Jovens e Adultos /
Educação Profissional Técnica de nível
médio
Fonte: Elaborado pela Autora (2021).

Em relação a Educação Superior, a LDB 9394/1996 explicita um conjunto de


finalidades, que se destacam pela formação cultural, saber científico em diferentes

8
áreas de conhecimento e pensamento crítico e reflexivo de sob diversos aspectos, e
sobretudo a respeito do homem e do meio ambiente.

Quadro 2: Organização da Educação Superior Brasileira


Nível de ensino: EDUCAÇÃO SUPERIOR
Etapa Cursos e programas
Ensino Superior Cursos sequenciais por campo de saber
Graduação
Pós-graduação
Extensão
Fonte: Elaborada pela Autora (2021).

Apesar de existirem amparos legais que garantem acesso e qualidade à


educação no Brasil, esbarramos com uma realidade devastadora de uma oferta de
educação muito diferente em relação às expectativas e anseios da sociedade, que
espera uma educação de qualidade, capaz de transformar qualitativamente a vida
do cidadão e promover avanços e desenvolvimento no meio em que ele vive.
Tanto o acesso quanto os aspectos qualitativos do ensino, sobretudo no que
diz respeito ao Ensino Básico, de forma geral, deixam a desejar, e apresentam
grandes desafios, é o que nos mostra por exemplo, os resultados do PISA - Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes, (tradução de Programme for International
Student Assessment) que avalia o desempenho de estudantes na faixa etária entre
15 e 16 anos, que geralmente estão terminando a Educação Básica em diversos
países. De acordo com o último resultado PISA publicado, em dezembro de 2019, o
Brasil apresentou resultados bastante modestos nas áreas avaliadas: Matemática,
Ciências e Leitura, com raras melhorias nos últimos anos, além de um desempenho
significativamente inferior ao desempenho médio dos países da OCDE - Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

1.2 MODALIDADES DE ENSINO

Além dos níveis de ensino da educação brasileira, prevê formas de

9
organização educacional que podem ocorrer em diferentes etapas da formação,
consideradas como modalidades de ensino. As modalidades de ensino são
apresentadas na LDB 9394/1996 e nas DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais.
As DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais são normas legais que orientam a
construção dos currículos educacionais brasileiros, onde em conjunto com a BNCC –
Base Nacional Comum Curricular, norteia o planejamento dos currículos,
descrevendo os conteúdos mínimos a serem desenvolvidos na educação básica
brasileira.
Desta forma, as DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica,
(2013), apresentam as seguintes modalidades de ensino: Educação de Jovens e
Adultos, Educação Especial, Educação Profissional e Tecnológica, Educação do
Campo, Educação Escolar Indígena e Educação a Distância (BRASIL, 2013,). Essas
modalidades perpassam qualquer um dos níveis de escolaridade: Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio, atendendo todos os grupos sociais, através de
diretrizes específicas, a saber:

• Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica;


• Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível
Médio;
• Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo;
• Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na
Educação Básica, modalidade Educação Especial;
• Diretrizes Nacionais para a oferta de Educação para Jovens e Adultos em situação
de privação de liberdade nos estabelecimentos penais;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena;
• Diretrizes para o atendimento de Educação Escolar de Crianças, Adolescentes e
Jovens em Situação de Itinerância;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
• Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos;

10
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental.

Além das DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, a LDB


9394/1996 também apresenta modalidades de ensino que atendem grupos sociais
específicos: a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Profissional e a Educação
Especial.
A Educação de Jovens e Adultos - EJA, oferece uma formação para os jovens
e adultos que não conseguiram estudar na idade própria nas etapas do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio. A EJA passou a ser uma oportunidade para um
grupo heterogêneo de pessoas com características diferentes tanto no que diz
respeito a faixa etária, quanto a cultura e conhecimentos prévios e que por diversos
motivos não conseguiram ter acesso à educação ou interromperam seus os estudos
por algum motivo, como necessidade de trabalho, gravidez na adolescência,
doença, desmotivação, falta de transporte, entre outros. Para esses alunos, o
currículo é adaptado de forma que seja coerente com a sua realidade e de acordo
com as particularidades e diversidades que fazem parte desse grupo social.
A Educação Profissional e Tecnológica - EPT, compreende as dimensões
relacionadas ao trabalho, a ciência e a tecnologia, integrando os diferentes níveis e
modalidades de educação, tanto da Educação Básica como da Educação
Superior, nas modalidades: Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e
Educação a Distância. Poderá ocorrer:

A Educação Profissional e Tecnológica abrangerá os seguintes cursos:


I – de formação inicial e continuada ou qualificação profissional;
II – de Educação Profissional Técnica de nível médio;
III – de Educação Profissional Tecnológica de graduação e pós-
graduação (BRASIL, 2013).

A Educação Profissional Técnica de nível Médio poderá ocorrer integrada ao


Ensino Médio na mesma instituição, concomitante na mesma instituição ou em outra
diferente, como por exemplo, no ambiente de trabalho ou ainda, de forma
subsequente para alunos concluintes do Ensino Médio.
A Educação Especial – EE é voltada para alunos que possuam algum tipo de
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação. A EE é transversal diante das demais modalidade e níveis de ensino e
deve ser enunciada no Projeto Político Pedagógico. De acordo com a Resolução nº
04 de 2009, a Educação Especial atende:

11
I – Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo
prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial.
II - Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que
apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na
comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição
alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett,
transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos
sem outra especificação.
III – Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que
apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as
áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas:
intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade (BRASIL, 2009).

Embora tendo a Resolução nº 04 de 2009 como referência citada acima para


nomear os alunos atendidos na Educação Especial, certas nomenclaturas e
definições para algumas deficiências poderão ser apresentadas de formas diferentes
de acordo com outras áreas do conhecimento que envolvem, por exemplo, a área
de psicologia e de saúde mental.
A Educação do Campo, é voltada para alunos que residem no campo e
necessitam de adequações tanto nos currículos como na metodologia de ensino, de
acordo com as particularidades da vida rural e regional. A Educação do Campo
conta com o Programa Educacional no Campo (PROCAMPO) instituído em 2006 pelo
Conselho Nacional da Educação e ainda com a “Pedagogia da Alternância”,
metodologia que considera dias letivos, os dias que alunos estudam em casa através
de projetos agrícolas supervisionados pela Escola.
Educação Escolar Indígena, é organizada através de uma pedagogia própria,
em terras indígenas respeitando as especificidades étnico-culturais das comunidades
indígenas. O direito à educação assegurado aos grupos indígenas brasileiros é
discutido desde a Constituição Federal de 1988 onde a partir daí surgiram diversos
outros documentos que formalizam e estruturam a educação indígena, como por
exemplo: o Decreto 26/1991, a Portaria Ministerial 559/1991, as Diretrizes para a
Política Nacional de Educação Escolar Indígena elaboradas pelo Ministério da
Educação (MEC) em 1993 e depois atualizada em 1999 através do Parecer 14/1999.

12
A Educação a Distância – EAD acontece em meio virtual, com a mediação
de recursos ligados às tecnologias da informação e comunicação e ocorrem em
diferentes tempos e espaços. A regulamentação dos cursos EAD acontece através
do MEC – Ministério da Educação e tem amparo legal na LDB 9394/1996, no Decreto
n.º 2494/1998, no Decreto n.º 2561/1998 e pela Portaria Ministerial n.º 301/1998.

A Educação Quilombola, é uma modalidade de ensino oferecida às


comunidades quilombolas. Essas comunidades são formadas, sobretudo, por negros
remanescentes das comunidades dos quilombos que são reconhecidas pelo Artigo
2º do Decreto 4.887/2003. O currículo e a metodologia de ensino devem ser
elaborados com atenção às particularidades características do grupo e levar em
conta sua cultura e história.
Conforme descrito, as modalidades de ensino são formalizadas principalmente
pela LDB 9394/1996 e pelas DCNs e cabe aos sistemas de ensino brasileiros
assegurarem a acessibilidade de todos além de garantir o efetivo funcionamento
dessas modalidades de ensino oferecendo oportunidade de educação para os
diferentes grupos sociais brasileiros.

13
Figura 1: Ensino Brasileiro

Fonte: Jean Galvão. Disponível em: https://bit.ly/3HnTZpM.


Acesso em 10 maio 2021.

14
IXANDO O CONTEÚDO

1. A respeito da organização da educação brasileira, analise as afirmativas a seguir


e assinale (V) para verdadeira e (F) para a falsa.

( ) É regida legalmente a partir de duas leis principais: a Constituição Federal de 1988


e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394 de 1996.
( ) É organizada a partir de dois níveis escolares: Educação Básica e Educação
Superior.
( ) Compreende dois tipos de escolarização: a Educação Formal e a Educação
Especial.

As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente:

a) V – V – V.
b) V – V – F.
c) V – F – V.
d) V – F – F.
e) F – V – V.

2. (ENADE- 2017). A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é espaço de tensão e


aprendizado em diferentes ambientes de vivências, que contribuem para a
formação de jovens e de adultos como sujeitos da história. É inadiável que a EJA
se integre a um sistema nacional de educação capaz de oferecer oportunidade
de acesso, garantia de permanência e qualidade a jovens e adultos para a
conclusão da Educação Básica. Todos os esforços feitos pelo Brasil neste campo,
em especial a partir da Constituição Federal de 1988, que preceitua no Art. 208 a
educação como direito de todos e dever do Estado, da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, que passa a assumir a EJA como modalidade da
educação, e da Resolução CEB/CNE n. 1/2000, que reafirma a especificidade
desta modalidade, demonstram que a cobertura da EJA é ínfima, se comparada
ao número de jovens e adultos brasileiros que não concluíram a educação básica,
e que a oferta existente ainda está longe de corresponder às reais necessidades
deste grupo.

15
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Desafios da Educação de
Jovens e Adultos no Brasil. Brasília, 2008 (adaptado).

Com relação a esse tema, avalie as afirmações a seguir.

I. Os alunos jovens e adultos se caracterizam como um grupo heterogêneo do ponto


de vista da faixa etária, da cultura, da visão de mundo e dos conhecimentos
prévios.
II. A oferta da EJA se dá por meio de cursos regulares e é destinada a jovens e adultos
maiores de 18 anos.
III. A EJA tem como objetivo central alfabetizar jovens e adultos que interromperam
os estudos ou que não tiveram acesso à escolaridade.
IV. A adoção da EJA como modalidade de ensino, a partir da Constituição Federal
de 1988, contrapôs-se ao ensino profissionalizante com objetivo de preparar os
estudantes para o Ensino Superior.
V. Situada no âmbito do direito à educação, a EJA tem firmado cada vez mais seu
papel na história da educação, representando uma possibilidade de acesso à
educação escolar.

É correto apenas o que se afirma em

a) l e V.
b) II e IV.
c) III, IV e V.
d) I, II, III e IV.
e) I, II, III e V.

3. A educação brasileira é organizada a partir de dois níveis escolares: Educação


Básica e Educação Superior, de acordo com a LDB 9394/1996. A Educação Básica
compreende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio e a
Educação Superior é formada por:

a) Cursos de graduação e pós-graduação.


b) Formação básica superior e formação continuada.
c) Cursos de licenciaturas e bacharelados.

16
d) Cursos de licenciatura, mestrado e doutorado.
e) Cursos “sequenciais por campo de saber, cursos de graduação, cursos de pós-
graduação e extensão.

4. (Prefeitura Municipal de União do Oeste – 2021 adaptada). A educação brasileira


é organizada por meio dos sistemas de ensino ______________________________. Já
a estrutura do sistema educacional regular brasileiro é formada por: __________ e
____________.

Assinale a alternativa que preenche as lacunas corretamente.

a) ( ) dos Estados e dos Municípios; Educação Básica; Educação Superior.


b) ( ) da União Federal e Municípios, educação federal e educação privada.
c) ( ) da União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios; Educação Básica;
Educação Superior.
d) ( ) dos Estados e dos Municípios; Educação Profissional; Educação Especial.
e) ( ) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Educação Básica;
Educação Profissional.

5. De acordo com a LDB 9394/1996 a educação infantil:

I. Corresponde à primeira etapa da educação básica.


II. Corresponde ao atendimento das crianças de zero a cinco anos de idade.
III. A pré-escola está inserida no âmbito da educação infantil.

Estão corretos:

a) Somente os itens I e II.


b) Somente os itens II e III.
c) Somente os itens I, e III
d) Somente o item II.
e) Todos os itens.

17
6. (Prefeitura Municipal de São José do Cedro AMEOSC – 2020 - adaptada) É correto
afirmar que a Educação Infantil será oferecida em:

I. Creches para crianças de até quatro anos de idade.


II. Pré-escolas, para as crianças de quatro a cinco anos de idade.
III. Pré-escolas, para as crianças de cinco a seis anos de idade.
IV. Creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade.

Estão corretos:

a) Apenas os itens I e II estão corretos.


b) Apenas os itens III e IV estão corretos.
c) Apenas os itens II e IV estão corretos.
d) Apenas os itens I e III estão corretos.
e) Todas as alternativas estão corretas.

7. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB 9394/1996, a respeito do


ensino fundamental é correto afirmar:

a) Constitui na primeira etapa da Educação Básica.


b) Compreende a educação infantil e a Educação Básica e tem por finalidade a
formação integral do aluno.
c) É destinado para crianças a partir de 6 anos, possui uma duração mínima de nove
anos e visa a formação básica do cidadão.
d) É dividido por “anos iniciais” e “anos finais” do Ensino Médio.
e) É gratuito e obrigatório e compreende a faixa etária de quatro anos a dezessete
anos.

8. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 2016). Relacione as Modalidades da Educação


Básica à respectiva característica.

1. Educação de Jovens e Adultos


2. Educação Especial
3. Educação Profissional e Tecnológica

18
4. Educação do Campo

( ) Integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do


trabalho, da ciência e da tecnologia, e articula-se com o ensino regular e com
outras modalidades educacionais
( ) Destina-se aos que se situam em faixa etária superior à considerada própria para
a conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
( ) Está prevista para população específica, com adequações necessárias às
peculiaridades contextuais de cada região.
( ) Modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é
parte integrante da educação regular, devendo ser prevista no projeto político-
pedagógico da unidade escolar.

Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.

a) 3 – 1 – 2 – 4.
b) 3 – 1 – 4 – 2.
c) 2 – 1 – 4 – 3.
d) 3 – 3 – 4 – 1.
e) 4 – 1 – 3 – 2.

19
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UNIDADE

2.1 ELABORAÇÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR: BASE LEGAL, AUTONOMIA E


02
FLEXIBILIZAÇÃO

Podemos considerar o Currículo em Educação como um documento formal


que direciona todo trabalho pedagógico. É comum pensarmos no Currículo Escolar
apenas como um documento utilizado somente na escola, que possibilita o
direcionamento do trabalho do professor, mas além disso, o Currículo Escolar é um
dos principais documentos de articulação para a produção de livros e materiais
didáticos, é um documento de apoio na elaboração de parâmetros de avaliações
internas e externas e orienta a formação de professores. Ou seja, o Currículo norteia
o trabalho pedagógico no âmbito da escola, mas vai muito além do ambiente
escolar.

Na organização da proposta curricular, deve-se assegurar o


entendimento de currículo como experiências escolares que se
desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações
sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes com os
conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para
construir as identidades dos educandos (BRASIL, 2013).

O Currículo serve como um elo de ligação entre a escola, a cultura da


comunidade em que ela está inserida, as famílias, os profissionais da educação e os
alunos. Pensar no Currículo, portanto, é pensar na realidade e no futuro do aluno, sem
deixar de resgatar a sua origem e a de sua comunidade. Nesse sentido, Moreira e
Candau, (2007) complementa sobre a função o Currículo:

incorporam, com maior ou menor ênfase, discussões sobre os


conhecimentos escolares, sobre os procedimentos e as relações
sociais que conformam o cenário em que os conhecimentos se
ensinam e se aprendem, sobre as transformações que desejamos
efetuar nos alunos e alunas, sobre os valores que desejamos inculcar
e sobre as identidades que pretendemos construir (MOREIRA;
CANDAU, 2007, p.18).

No Currículo Escolar devem ser explicitados os conteúdos programáticos, as

20
competências e metodologias de ensino-aprendizagem adotadas. Portanto, de
forma geral, o currículo é a organização do que se deve ensinar e como deve ser
ensinado.
Além de entender o conceito de Currículo é importante também, entender
sobre os tipos de Currículo, que são divididos em três: Currículo formal ou Currículo
prescrito; Currículo real e o Currículo oculto, bem como compreender as diferentes
teorias que embasam as suas concepções: teoria tradicional, teoria crítica e teoria
pós-crítica. (Observação: os conceitos relacionados aos tipos de currículo e suas
teorias, serão discutidos em outra unidade disciplinar.)
Hoje, os principais documentos de apoio na elaboração dos Currículos
Escolares é a BNCC – Base Nacional Comum Curricular e as DCNs - Diretrizes
Curriculares Nacionais que em consonância com a Constituição Federal, LDB - Leis
de Diretrizes e Bases da Educação e o PNE - Plano Nacional de Educação traçam os
objetivos de aprendizagem que cada faixa etária deve alcançar. Além desses
documentos, também devem ser consultados leis municipais e estaduais, referentes
a cada região.

Na organização da Educação Básica, devem-se observar as Diretrizes


Curriculares Nacionais comuns a todas as suas etapas, modalidades e
orientações temáticas, respeitadas as suas especificidades e as dos
sujeitos a que se destinam (BRASIL, 2013).

Desta forma, os marcos legais para a construção do Currículo visam os


elementos essenciais, básicos da aprendizagem e cabe aos gestores de sua
elaboração a implementação de elementos inovadores nos Currículos, como por
exemplo a implementação de metodologias de ensino e aprendizagem que
envolvem o uso de tecnologias e estratégias diversificadas de avaliação, como a
promoção de debates, fóruns de discussões, jogos, etc.
Atualmente, a elaboração dos Currículos Escolares das escolas públicas é de
responsabilidade dos estados e municípios e das escolas privadas, cada instituição é
responsável pela elaboração do seu Currículo. Pode acontecer de forma mais
participativa, envolvendo professores, gestores, alunos e até mesmo comunidade ou
menos participativa, com envolvimento restrito a uma equipe técnica, por exemplo.
Na sua elaboração, o Currículo Escolar deve conter os seguintes elementos:
 Diretrizes do MEC;
 Necessidades dos alunos;

21
 Particularidades da região onde a instituição está inserida;
 Práticas pedagógicas inovadoras;
 Uso das tecnologias;
 Avaliação constante do desempenho dos alunos;

 Objetivos e metas que desejam alcançar.

2.2 CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Um Currículo bem organizado, bem elaborado é essencial para uma


educação de qualidade. A partir dele, serão definidas as trajetórias que a instituição
irá percorrer, como a elaboração Projeto Político Pedagógico, planos de aulas dos
professores e materiais didáticos.
O Currículo está ligado às experiências de aprendizagens que são
desenvolvidas nos ambientes educacionais em relação aos alunos, definindo o que
eles deverão aprender e também o que eles deixarão de aprender. Na sua
elaboração, devem ser consultados primordialmente as DCNs – Diretrizes Curriculares
Nacionais e a BNCC – Base Nacional Comum Curricular, entre outros. Sobre esses
documentos, os mesmos serão apresentados mais adiante, no capítulo 05.
A Educação Básica, conforme descrito na Unidade anterior, compreende a
Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. O Currículo da Educação
Básica deve contar como uma estrutura básica: introdução; campos de experiência
(Educação Infantil); áreas do conhecimento (Ensino Fundamental e Ensino Médio);
referências bibliográficas.
Na Introdução, são apresentados os aspectos gerais da Escola, seus princípios
e valores, a visão de educação e visão de mundo e o perfil de formação do aluno
que se pretende alcançar.

22
A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) apresenta os Campos de
Experiência - Educação Infantil, que traz a organização de situações e experiências
concretas da vida cotidiana das crianças, estruturada a partir de cinco campos de
experiências, conforme descrito na BNCC (2018):

[...] BNCC está estruturada em cinco campos de experiências, no


âmbito dos quais são definidos os objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento. Os campos de experiências constituem um arranjo
curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida
cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos
conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural. (BNCC, 2018,
p. 42).

Desta forma, o currículo da Educação Infantil é elaborado de acordo com as


DCNs - Diretrizes Curriculares da Educação Infantil em consonância com os Campos
de Experiência preconizados na BNCC, articulando as experiências e conhecimentos
prévios das crianças com atividades de expressão motora, afetiva, cognitiva,
linguística, ética, estética e sociocultural. A avaliação deve levar em conta as
vivências e preferências da criança, e não deve ter caráter de aprovação,
reprovação ou classificação.

Quadro 3: BNCC: Campos de Experiência


Campos de Experiência da Educação Infantil
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Fonte: Elaborado pela Autora (2021).

As Áreas do Conhecimento - Ensino Fundamental e Ensino Médio apresentam


os pressupostos teórico-metodológicos, os objetivos de aprendizagem, os
conhecimentos e habilidades e elementos de avaliação.

Quadro 4: BNCC: Áreas do Conhecimento


BNCC: Áreas do conhecimento
Ensino Fundamental Ensino Médio
Linguagens Linguagens e suas Tecnologias

23
Matemática Matemática e suas Tecnologias
Ciências da Natureza Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ciências Humanas Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Ensino Religioso
Fonte: Elaborado pela Autora (2021).

As Referências Bibliográficas descrevem as referências de textos utilizados na


elaboração do Currículo, como livros, artigos, revistas, sites, documentos, etc. Todas
as citações contidas no texto que compõem o Currículo devem ser apresentadas em
Referências Bibliográficas, além de serem descritas sob as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
É importante ressaltar que de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais
(DCNs), o Currículo da Educação Básica é formado por uma base nacional comum
nacional e uma parte diversificada, articulado com as Leis de Diretrizes e Bases da
Educação:

Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino


médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em
cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma
parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da
sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (LDB
9394/1996, art. 26, 1996).

A Base Nacional Comum da Educação Básica é constituída pelos seguintes


componentes curriculares:

a) a Língua Portuguesa;
b) a Matemática;
c) o conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e
política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e
das Culturas Afro-Brasileira e Indígena,
d) a Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a
música;
e) a Educação Física;
f) o Ensino Religioso (BRASIL, 2013).

A parte diversificada e a base nacional comum da Educação Básica deve ser


organizada de forma complementar.

A parte diversificada enriquece e complementa a base nacional


comum, prevendo o estudo das características regionais e locais da
sociedade, da cultura, da economia e da comunidade escolar,
perpassando todos os tempos e espaços curriculares constituintes do
Ensino Fundamental e do Ensino Médio, independentemente do ciclo
da vida no qual os sujeitos tenham acesso à escola ((BRASIL, 2013).

24
Os componentes curriculares, são organizados por áreas de conhecimento,
disciplinas ou eixos temáticos “em ritmo compatível com as etapas do
desenvolvimento integral do cidadão” (BRASIL, 2013).
Na prática, o currículo deve articular as atividades pedagógicas que deverão
ser desenvolvidas nas aulas, considerando os aspectos que envolvem o ambiente
escolar: como a rotina, os espaços, os recursos e os sujeitos que fazem parte do
cotidiano dos alunos e professores.

A música remete uma reflexão sobre as necessidades, os desejos e vontades


do ser humano. Como podemos relacionar tais questões com a qualidade da
educação brasileira e o desenvolvimento integral do indivíduo?

2.3 CURRÍCULO INTEGRADO, MULTICULTURALISMO E TRANSDISCIPLINARIDADE

As Diretrizes Curriculares Nacionais definem o Currículo como “o conjunto de


valores e práticas que proporcionam a produção, a socialização de significados no
espaço social e contribuem intensamente para a construção de identidades
socioculturais dos educandos” (BRASIL, 2013).
O currículo escolar abrange diversos aspectos e temas, que podem estar
relacionados ao campo da Saúde, Meio Ambiente, Cultura, Trabalho, Religião,
Linguagens, Tecnologias, Matemática, Artes, História, Geografia, Ciências, Filosofia,
dentre outros.
A Educação Integral visa a formação plena do ser humano em todos os
aspectos, relacionando os conhecimentos pedagógicos às vivências cotidianas.
Desta forma, o Currículo Integrado deve buscar discussões de práticas pedagógicas
que sejam desenvolvidas entre os campos de experiências (na Educação Infantil) ou
nas áreas de conhecimento (no Ensino Fundamental e Ensino Médio). O Currículo
Integrado busca englobar os conhecimentos que são desenvolvidos para os alunos,
promovendo a interdisciplinaridade e relacionando os conhecimentos escolares com
a prática social, de forma que o Currículo Integrado e Interdisciplinar ultrapassa a

25
fragmentação dos componentes curriculares. São considerados conhecimentos de
formação geral e específica que se integram em função de uma formação
profissional do aluno.
O Currículo Integrado apresenta uma concepção de conhecimento de forma
integral, onde os componentes curriculares estejam relacionados. Desta forma, os
conteúdos das diversas áreas de conhecimento, as metodologias e as “visões de
mundo” dos envolvidos possam contribuir de forma integrada para a formação plena
do aluno.
O Multiculturalismo pode ser considerado como um modelo de
reconhecimento e respeito aos diferentes movimentos e grupos sociais. Através desse
modelo, questões culturais são valorizadas e discutidas em ambiente escolar, o que
pode tornar o ambiente até mesmo mais harmônico e respeitoso. O Multiculturalismo,
reconhece e desenvolve a aprendizagem a partir de diversas culturas, na
perspectiva principalmente do respeito à diversidade.
Também vale destacar a respeito da Transdisciplinaridade, que tal como o
Multiculturalismo e o Currículo Integrado favorece o trabalho pedagógico e
enriquece a trajetória escolar do aluno, tendo em vista que na Transdisciplinaridade
as áreas de conhecimento podem ser estruturadas em conjunto, a partir de diversas
metodologias, como projetos, estudos de caso, situações-problema, entre outras.
Uma das características fundamentais da transdisciplinaridade é que o
conhecimento é desenvolvido de forma transversal e ultrapassa o ambiente escolar.

26
FIXANDO O CONTEÚDO

1. (ENADE 2017) Aos poucos, rabiscos vão se transformando em agrupamentos de


rabiscos, vão aparecendo algumas bolinhas e traços soltos dos agrupamentos.
Isso se deve ao fato de as crianças começarem a levantar o lápis do papel e a
perceberem que suas ações geram registros. Ao fazerem essas constatações,
começam a relacionar os rabiscos às coisas à sua volta. Um conjunto de bolinhas
pode ser um cachorro, um barco, uma ninhada de patinhos e outras tantas formas
que a criança nominar. Isso ocorre porque a criança quer contar algo por meio
de suas formas, portanto, ela faz de conta que uma mancha no papel é uma
árvore, que uma embalagem de pasta de dentes é um carro; essa intenção de
dizer algo é denominada de representação.
JUNQUEIRA FILHO, G. A. et al. Convivendo com crianças de zero a seis anos. In: RAPOPORT, A. et al.O Dia a Dia na Educação
Infantil. Porto Alegre: Mediação, 2012 (adaptado).

No fragmento de texto apresentado, são feitas considerações acerca do


trabalho pedagógico no cotidiano da Educação Infantil, as quais se embasam
nas orientações contidas nas políticas para a infância vigentes nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, especificamente no Parecer
CNE/CEB n. 20/2009 e na Resolução CNE/CEB n. 05/2009.

A partir do texto apresentado, avalie as afirmações a seguir.

I. O currículo da Educação Infantil é definido como um conjunto de conteúdos, ou


seja, objetos de conhecimento, que articulam as experiências e os saberes das
crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico,
cientifico e tecnológico.
II. O planejamento, imprescindível às propostas educativas, deve ser flexível e
contextual, adequado à idade das crianças, o que exige, por exemplo, separar
as linguagens, para que haja clareza no desenvolvimento das atividades que
envolvem artes, corpo e linguagens expressivas.
III. A proposta pedagógica deve primar pela orientação de vivências, desenvolvidas
por meio de metodologias específicas para a Educação Infantil, e promoção de
atividades de expressão motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e
sociocultural das crianças.

27
IV. A avaliação deve contemplar o conhecimento sobre as preferências das
crianças, a maneira como elas se envolvem nas atividades, os parceiros
escolhidos por elas para interagir em diferentes contextos, o que subsidiará a
reorganização da práxis de modo assertivo.
V. A prática pedagógica deve preparar as crianças para o momento de transição,
para o Ensino Fundamental, o que justifica o desenvolvimento de atividades por
áreas, com conteúdos de artes, corpo e linguagem, assegurando-se a
continuidade dos processos educativos vividos pela criança.

É correto apenas o que se afirma em:

a) II e III.
b) III e IV.
c) I, Il e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, III, IV e V.

2. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, correspondem aos Campos


de Experiência da Educação Infantil, as alternativas:

I. Corpo, gestos e movimentos.


II. Traços, sons, cores e formas.
III. Imaginação, dança e raciocínio lógico.
IV. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
V. O eu, o outro e o nós.
VI. Escuta, fala, pensamento e imaginação.

Marque a opção correta:

a) I, II, III, IV e V.
b) I, III, IV, V e VI.
c) I, II, IV, V e VI.
d) II, IV, V e VI.
e) Todas estão corretas.

28
3. (ENADE 2017). A educação, fundada na transdisciplinaridade e apoiada na
multidimensionalidade humana, vai além do racionalismo clássico e reconhece
a importância das emoções e dos sentimentos, a voz da intuição dialogando
com a razão e com a emoção subjacente, recuperando a polissemia dos
símbolos, as diferentes linguagens e possibilidades de expressão do ser humano.
Enfim, reconhece a subjetividade humana não como uma realidade
coisificante, mas como um processo vivo do indivíduo/sujeito concreto.
MORAES, M. C. Transdisciplinaridade e Educação. Rizoma Freireano. v. 6, 2010.
Disponível em: https://bit.ly/3z6YemV. Acesso em: 17 jul. 2017 (adaptado).

Considerando as implicações da educação transdisciplinar na organização do


trabalho pedagógico, assinale a opção correta.

a) O pensamento formulado a partir da transdisciplinaridade implica a atitude de


abertura para a troca de diferentes saberes e conhecimentos, sendo necessário
que o planejamento do trabalho pedagógico contemple, simultaneamente,
diálogos entre os conteúdos das disciplinas na perspectiva transversal.
b) Na educação fundada na transdisciplinaridade, valorizam-se as diferentes áreas
de conhecimento, considerando a criticidade, criatividade, auto-organização
ecológica daquilo que surge de dentro para fora dos sujeitos aprendentes,
ultrapassando as fronteiras do conhecimento.
c) Arte, História e Geografia, componentes curriculares que deram início ao
pensamento transdisciplinar, têm em comum a articulação de seus conteúdos,
que se autoalimentam de modo polissêmico e simbólico no plano didático, o que
exige a contextualização das produções humanas, dos tempos e dos espaços, e
que impede a fragmentação do conhecimento dessas áreas.
d) A transdisciplinaridade implica a formação do pensamento racionalizado sobre
diferentes áreas de conhecimento, associada à avaliação pedagógica dos
resultados, que despreza a visão segmentada e disciplinar do ser humano,
considerado sujeito antropoético, ou seja, não se avaliam conteúdos, mas
vivências manifestas em atitudes relacionais antropológicas e éticas.
e) A organização do trabalho pedagógico sob a perspectiva transdisciplinar implica
a formação do ser humano em suas múltiplas dimensões, promovendo o
desenvolvimento integral do ser que pensa, fala, deseja e age, em vivências que
favorecem o autoconhecimento, e tornando o pensamento aberto a tudo que

29
transcenda a fragmentação do conhecimento e do ser.

4. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, o Ensino Fundamental está


dividido em áreas do conhecimento que favorecem a comunicação entre os
diferentes saberes.

Marque a alternativa que aponta corretamente as áreas do conhecimento


desenvolvidas no Ensino Fundamental:

a) Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino


Religioso.
b) Linguagens, Ciências Sociais e Humanas e Ciências Exatas.
c) Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Ensino Religioso e Matemática.
d) Linguagens, Matemática, Ciências, História, Geografia, Arte e Ensino Religioso.
e) Linguagens, Ciências da Natureza, Tecnologia, Ciências Sociais e Ciências Exatas.

5. (IDCAP 2020). A principal definição de _________________ é que este consiste em


uma seleção de conhecimentos que estarão presentes no contexto escolar, seja em
forma de conteúdos na sala de aula, ou em de forma oculta no ambiente escolar e
na sua comunidade. Marque a alternativa que preenche corretamente a lacuna:

a) Psicologia da Aprendizagem.
b) Currículo escolar.
c) Inclusão escolar.
d) Avaliação.
e) Projeto de Trabalho.

6. (IDHTEC, 2019 – adaptada). Uma perspectiva crítica de currículo multicultural parte


da necessidade de compreender que as identidades dos sujeitos se constituem a
partir de espaços e de discursos plurais e, ao compreendê-las, cabe ao professor
rejeitar qualquer tipo de postura que possa torná-las invisíveis. Uma prática
docente fundamentada num currículo multicultural implica em:

a) Elaborar um planejamento que considera as identidades dos estudantes, de modo

30
homogêneo e abstrato em busca de um modelo comum para todos.
b) Adotar ações que priorizem narrativas heterogêneas acerca das identidades,
visando um modelo mais acolhedor.
c) Assumir uma postura universalista que valorize as singularidades culturais, sociais e
intelectuais, e priorize a que é mais comum a todas.
d) Considerar a diversidade, valorizar e discutir sobre questões culturais.
e) Inibir práticas de tolerância e respeito às diferenças, uma vez que estas já se
encontram pré-estabelecidas.

7. As Diretrizes Curriculares Nacionais - DCNs (2013) definem o Currículo como:

a) Conceitos de valores e práticas que proporcionam a produção, a socialização de


conteúdos no espaço social e escolar.
b) Conjunto de diretrizes que englobam as competências e os conteúdos definidos
pelo Projeto Político Pedagógico da escola para a construção de identidades dos
educandos.
c) Conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção, a socialização de
significados no espaço social e contribuem intensamente para a construção de
identidades socioculturais dos educandos.
d) Documento formal definido pela escola em conjunto com os professores e pais
para o desenvolvimento de ações pedagógicas que visam preparar os
educandos para o mercado de trabalho.
e) Documento estático, formal que visa as competências a serem desenvolvidas ao
longo do ano letivo.

8. Considerando a Educação Integral podemos afirmar que se relaciona com:

a) A formação do educando de forma integralizada com o mercado de trabalho e


com as competências exigidas pela sociedade contemporânea.
b) As competências exigidas no Currículo Integral com a finalidade de se adequar
às exigências cada vez mais apertadas da vida cotidiana.
c) A competências, habilidades, valores e técnicas desenvolvidas através do
currículo integral.
d) A formação do ser humano de forma integral, em todos os aspectos,

31
relacionando a aprendizagem às vivências da vida cotidiana.
e) A formação do ser humano a partir das competências e habilidades
desenvolvidas no âmbito da Escola de Tempo Integral.

32
POLÍTICAS PÚBLICAS UNIDADE

3.1 POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS


03
O termo “políticas públicas” era mais comumente utilizado no contexto da
política e da administração, na atualidade, é utilizado em diversas áreas,
relacionando o poder público aos direitos dos cidadãos.
Consideramos políticas públicas, uma ação ou um conjunto de ações que
envolvem o poder público para expressar algum tipo de demanda da sociedade ou
do próprio poder público, como por exemplo: programas de emprego e renda,
preservação do meio ambiente, programas de saúde pública, segurança pública,
previdência social, controle de corrupção, associações políticas, programas
educacionais, etc. Ou seja, as políticas públicas estão diretamente ligadas ao
planejamento das ações do setor público, em todas as áreas: saúde, segurança,
mobilidade, meio ambiente, habitação, educação, entre outras que visam o
cumprimento de determinados direitos de cidadania para diversos grupos de
pessoas ou determinada área da sociedade.
As políticas públicas podem ser divididas em dois tipos: Política Pública de
Estado e Política Pública de Governo. A Política Pública de Estado, são ações
desenvolvidas independente de quem está no governo político e é amparada pela
Constituição Federal, por exemplo, o programa que redistribui os recursos financeiros
para a Educação Básica, o FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. A Política Pública
de Governo está diretamente ligada a um governo específico, são ações criadas a
partir de um governo e seu período de vigência, geralmente tem a mesma
durabilidade do governo que está no poder e pode se estender, ou não, para o
sucessor. Exemplo o Programa do MEC “Novos Caminhos” no âmbito de oferta de
cursos de formação de Educação Profissional e Tecnológica.
Quando as ações de políticas públicas estão ligadas diretamente à área de
Educação, chamamos de Políticas Públicas Educacionais. Essas envolvem planos,

33
currículos e programas ligados à educação escolar. No entanto, uma política pública
pode ser de outra área e apresentar ligação com à Educação, por exemplo, políticas
públicas voltadas para o combate à fome.
O principal objetivo das Políticas Públicas Educacionais é garantir o direito
universal à educação de qualidade e o desenvolvimento pleno do aluno. Por isso,
um dos aspectos que influenciam a criação de políticas públicas educacionais é o
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica que mostra indicadores de
avanços ou não da educação básica brasileira.
O IDEB foi criado em 2007 com o objetivo de quantificar a qualidade das
escolas e redes de ensino. O indicador de desempenho do IDEB é calculado a cada
dois anos a partir das notas obtidas pelos alunos nas avaliações promovidas pelo INEP
– Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, através das
avaliações do SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica e nos resultados de
aprovação e reprovação no ano escolar. Ou seja, o resultado do IDEB está
relacionado a aprendizagem do aluno, a frequência/evasão e a
aprovação/reprovação escolar no final do ano letivo.

Tabela 1: Metas e Resultados do IDEB 2015 a 2021


IDEB - Educação Básica
Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio

METAS RESULTADO METAS RESULTADO METAS RESULTADO


S* S* S*
2015 5,2 5,5 4,7 4,5 4,3 3,7

2017 5,5 5,8 5,0 4,7 4,7 3,8

2019 5,7 5,9 5,2 4,9 5,0 4,2

2021 6,0 X 5,5 X 5,2 X

Resultados referem-se à média de pontuação nacional.


Fonte: Elaborado pela autora com dados do INEP, consultados em http://ideb.inep.gov.br/
em 16 de jun de 2021.

A partir das análises dos resultados do IDEB, o MEC começou a elaborar


programas de apoio técnico e financeiro para municípios que apresentavam índices
insuficientes de qualidade do ensino. Desta forma, surgiu o PAR – Plano de Ações
Articuladas onde Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais participam das

34
decisões, fiscalizam e contribuem para que as legislações de políticas públicas sejam
efetivadas, além do Ministério Público que também atua nesse sentido.

As políticas públicas educacionais são regidas por leis, decretos e resoluções.


Geralmente as leis que embasam as políticas públicas educacionais são
administradas pelo Poder Legislativo, em suas três esferas de atuação: federal,
estadual e municipal, embora o Poder Executivo também possa propor projetos nesse
sentido. Muitos projetos que são propostos surgem a partir de demandas sociais
locais, onde a sociedade civil expõe para o poder público, suas maiores dificuldades
e buscam ações para garantir seus direitos e superarem essas dificuldades. Alguns
projetos ainda são influenciados por entidades internacionais como a UNICEF, a
UNESCO, ou entidades nacionais, como por exemplo o movimento “Todos pela
Educação” que dentre outras ações, avaliam e acompanham desempenhos
educacionais e apontam necessidade de ações de melhorias e garantia de
qualidade.

3.2 DESCENTRALIZAÇÃO, MUNICIPALIZAÇÃO E FINANCIAMENTO DA


EDUCAÇÃO

A descentralização da educação refere-se à autonomia e flexibilização das


ações e programas de políticas públicas, com responsabilidade de execução por
parte do governo federal sendo repassada em formato de colaboração, para

35
estados e municípios brasileiros. Já a municipalização confere aos municípios a
gestão das atividades públicas em caráter colaborativo com a esfera estadual ou
federal.
Um dos documentos que auxiliam na elaboração e gestão das ações e
programas de políticas públicas educacionais por parte dos municípios, é o PDE –
Plano de Desenvolvimento Educacional. O PDE foi lançado em 2007 com o propósito
de aprimorar a atuação dos governos nas políticas educacionais através de
instrumentos de avaliação e implementação de ações e programas que visam a
melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem. O Plano pressupõe uma atuação
de colaboração entre os governos das diferentes esferas (municipal, estadual e
federal), mantendo a autonomia de cada uma delas.
Através do PDE são desenvolvidos pelo MEC, atualmente cerca de quarenta
ações e programas voltados para alunos desde a educação infantil até a pós-
graduação, como por exemplo: Provinha Brasil (avaliação de desempenho de
alunos de seis a oito anos), Proinfância (construção e melhorias da infraestrutura física,
e aquisição de equipamentos para creches e pré-escolas), entre outros.
O financiamento das ações da Educação é garantido pela Constituição
Federal, que asseguram o repasse de recursos financeiros para a União, Estados e
Municípios.

A União organizará o sistema federal de ensino e financiará as


instituições de ensino públicas, federais e exercerá, em matéria
educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir
equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de
qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (BRASIL, 1988).

Em termos de descentralização e gestão da educação brasileira, os municípios


são responsáveis pela oferta da Creche, Educação Infantil e Educação
Fundamental, os estados são responsáveis pelo Ensino Médio, e o governo federal
(União), é responsável pela Educação Superior e parte do Ensino Médio Técnico
(Institutos Federais e CEFETs - Centros Federais de Educação Tecnológica).
Atualmente as fontes principais de recursos destinados para a Educação são
provenientes do FUNDEB - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e do
FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e são garantidos pela
legislação nacional. Conforme cita o artigo 70 da LDB 9394/1996, são garantidos
recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino:

36
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do
ensino as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos
básicos das instituições educacionais de todos os níveis,
compreendendo as que se destinam a:
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais
profissionais da educação;
II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações
e equipamentos necessários ao ensino;
III - uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;
IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando
precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do
ensino;
V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos
sistemas de ensino;
VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e
privadas;
VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a
atender ao disposto nos incisos deste artigo; (BRASIL, 1996).

A operacionalização dos gastos com a Educação através do FUNDED, FNDE


ou outro fundo financeiro deve ser fiscalizada pelos Conselhos Municipais de
Educação que possuem uma legislação local específica, e são formados por
representantes da sociedade e do governo municipal, sendo responsáveis por
acompanhar, fiscalizar e propor ações que visam a melhoria do atendimento
público. Todavia, cabe também a sociedade de forma geral, acompanhar e julgar
se os recursos destinados à Educação estão garantindo seus direitos.

37
3.3 AÇÕES E PROGRAMAS

As ações e programas de políticas públicas educacionais geralmente são


indicadas a partir de governos vigentes, (Política Pública de Governo) ou ações e
programas de caráter mais permanente, regidas por lei e que devem ser
implementadas independente do governo vigente (Política Pública de Estado). Silva
(2002) define programa como “um conjunto de atividades constituídas para serem
realizadas dentro de um cronograma e orçamento específicos disponíveis para a
criação de condições que permitam o alcance de metas políticas desejáveis” (SILVA,
2002, p. 18).
Essas ações e programas, de forma geral, visam a garantia de acesso,
permanência e oferta de educação de qualidade para todos os alunos
indistintamente e em todos os níveis de escolaridade. Exemplos:
 Programas de acesso ao ensino: ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio e
FIES - Programa de Financiamento Estudantil).
 Programas de permanência nas instituições de ensino: PROUNI - Programa
Universidade para Todos e o Programa de Bolsa Permanência.

38
 Programas que visam a melhoria da qualidade no ensino: Programa de
Inovação Educação Conectada e PROINFÂNCIA.

Alguns programas de políticas públicas não são diretamente ligados à área


educacional, mas também contribuem para o desenvolvimento da educação, por
exemplo, Bolsa Família (auxílio financeiro para famílias em situação de pobreza), Brasil
Carinhoso (manutenção e desenvolvimento da educação infantil), ESF - Estratégia
Saúde da Família (atenção à saúde básica), dentre outros.

Figura 2: A Educação no Brasil

Considerando o contexto escolar, além das políticas públicas educacionais

39
brasileiras que ações, são necessárias para melhorar os índices de qualidade no
ensino e aprendizagem?

40
FIXANDO O CONTEÚDO

1. (IESES - IFC-SC – 2015 adaptada). Falar de políticas públicas passou a ser assunto
obrigatório no contexto educacional brasileiro. No que se refere a esse assunto,
analise as afirmativas a seguir:

I. O termo políticas públicas surge no contexto da política e da administração e


significa um modo de orientação para tomada de decisões coletivas. Ainda que
este termo se origine dessas duas áreas, ele vem sendo aplicado nos mais diversos
contextos.
II. As políticas públicas podem ser entendidas como o Estado em ação. Isso significa
a implantação de um projeto governamental, por meio de diretrizes e programas
que se voltam para os diversos setores de uma sociedade.
III. Por políticas públicas compreende-se o conjunto de ações coletivas voltadas para
a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar
conta de determinada demanda, em diversas áreas.
IV. As políticas públicas expressam a transformação daquilo que é do âmbito privado
em ações coletivas no espaço privado.

Assinale a alternativa correta:

a) Nenhuma afirmativa é verdadeira.


b) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Somente a afirmativa I é verdadeira.
e) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.

2. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é mais do que apenas


um indicador estatístico. É considerado uma política pública que tem o objetivo
fundado na melhoria da qualidade da educação brasileira.

De acordo com o exposto, pode-se afirmar em relação ao IDEBE que:

I. O resultado do IDEB está relacionado a aprendizagem do aluno.

41
II. O indicador de desempenho do IDEB é calculado a cada dois anos para os alunos
da educação superior.
III. O índice de reprovação escolar tem influência no resultado do IDEB.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.


b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I, e III estão corretas.
d) Apenas a afirmativa I está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

3. São características das políticas públicas o que se afirma em:

I. Ação ou conjunto de ações que envolvem o poder público.


II. Estão ligadas exclusivamente às áreas de educação, saúde, meio ambiente e
segurança.
III. Visam o cumprimento de certos direitos dos cidadãos.
IV. São elaboradas a partir de demandas sociais.

Estão corretas as afirmativas:

a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) I e II.
d) II e IV.
e) Todas estão corretas.

4. O financiamento da Educação é garantido constitucionalmente, é assegurado o


repasse de recursos financeiros para a União, Estados e Municípios. Diante desta
afirmativa, de acordo com a Constituição Federal de 1988, Artigo 211, é correto o
que se diz em:

42
I. A União organizará o sistema federal de ensino e financiará as instituições de
ensino públicas, federais.
II. A União exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de
forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo
de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios.
III. A União garantirá repasse de recursos financeiros diretamente às Instituições de
Ensino públicas e privadas no âmbito de todo o territorial nacional, de forma a
garantir o acesso a todos a educação de qualidade.

Estão corretos os itens:

a) II e III.
b) I e II
c) I e III.
d) Todos corretos.
e) Todos incorretos.

5. Os Conselhos Municipais são formados a partir de uma legislação local, específica


de cada município. São características relacionadas aos Conselhos Municipais:

I. Possuem uma legislação estadual específica para cada município.


II. São formados por representantes da sociedade e do governo municipal.
III. São responsáveis por acompanhar, fiscalizar e propor ações que visam a melhoria
do atendimento público.

Diante das afirmativas acima, estão corretas as opções:

a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão incorretas.

43
6. A gestão da educação brasileira é de responsabilidade dos municípios, estados e
governo federal. De acordo com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação LDB
9394/1996, cada esfera governamental é responsável por uma demanda
educacional específica.
Os estados são responsáveis pelo Ensino Médio.
Aos municípios cabem a gestão da:

a) Creche, Educação Infantil e Educação Fundamental.


b) Educação Fundamental e Ensino Médio.
c) Educação Básica.
d) Educação Infantil, Educação Fundamental e Ensino Médio.
e) Educação Básica e Educação Especial.

7. De acordo com a LDB, a gestão da Educação Superior e parte do Ensino Médio


Técnico (Institutos Federais e CEFETs - Centros Federais de Educação Tecnológica)
é de responsabilidade:

a) Dos municípios, estados e governo federal.


b) Dos estados.
c) Dos Conselhos Municipais.
d) Do governo federal.
e) Dos municípios e governo federal.

8. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FUNDEB, instituído através


da Emenda Constitucional nº 53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007,
Decreto nº 6.253/2007, Emenda Constitucional n° 108, de 27 de agosto de 2020, foi
aprovado como Programa Permanente de financiamento da educação pública,
em 25 de dezembro de 2020 com a Lei nº 14.113. Em relação ao FUNDEB, podemos
afirmar:

I. O valor destinado às escolas é equivalente ao número de alunos matriculados.


II. Utiliza o censo escolar para calcular o valor da verba destinada para as escolas,
de acordo com o número de alunos cadastrados.
III. Cerca de 70% do valor da verba do FUNDEB é destinada para o pagamento da

44
remuneração dos professores e o restante para demais investimentos no
desenvolvimento e manutenção do funcionamento da educação básica.

Estão corretas as afirmativas:

a) I e II.
b) I e III.
c) II e III
d) Todas as afirmativas estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão incorretas.

45
UNIDADE
LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL

4.1 LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL BRASILEIRA


04
Legislação é a constituição de leis provenientes do poder legislativo. A
legislação educacional compreende as leis que normatizam os procedimentos em
âmbito educacional e que se desenvolvem tanto em instituições de ensino quanto
em outras instituições e instâncias que envolvem a educação, como igrejas, famílias,
associações, editoras, etc. Desta forma, a legislação educacional é de suma
importância, pois regulamenta a educação brasileira, estabelecendo diretrizes de
funcionamento dos processos educacionais e indicando os deveres e
responsabilidades das instituições púbicas ou privadas, garantindo os direitos de
todos e a qualidade na educação.
Assim, o Sistema Educacional Brasileiro é regido por diversas leis, sendo a
principal delas, a LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/1996
e a Constituição Federal de 1988, das quais trataremos mais adiante, no decorrer
desta Unidade.
A legislação educacional pode ser reguladora ou regulamentadora. A
legislação reguladora significa que se estabelece como regra geral, como direito
social ou público, através de leis, abrangendo as esferas municipais, estaduais ou
federais que devem ser respeitadas e sobretudo, cumpridas. A legislação
regulamentadora, ao contrário da reguladora, não se configura em direito e se
manifesta por meio de normas e diretrizes para o cumprimento das leis, voltando-se
para a educação de forma prática, ou seja, está totalmente ligada à práxis
educacional.
Em cada esfera institucional (municipal, estadual e federal) existe um órgão
responsável por garantir o cumprimento da legislação educacional. Partindo do
nível federal, temos o MEC – Ministério da Educação e o CNE - Conselho Nacional
de Educação, a nível federal, temos as Secretarias Estaduais de Educação, os
Conselhos Estaduais de Educação e a Delegacia Regional de Educação e a nível

46
municipal, temos as Secretarias Municipais de Educação e os Conselhos Municipais
de Educação.

4.2 CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A Constituição Federal é a principal Lei existente num país, pois ela contém
diretrizes para os temas mais importantes do país com normas de condutas e criação
de outras leis. A Constituição garante os direitos e os deveres tanto dos cidadãos
quanto dos governos. No que tange a Educação, a Constituição garante o acesso
à educação com qualidade para todos.

A Constituição Federal vigente é a de 1988, sendo representada pela 7ª


atualização da Constituição desde sua primeira promulgação no ao de 1824, pouco
tempo depois da declaração de independência do Brasil proclamada por Dom
Pedro I às margens do rio Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822. Em relação à
educação, a Constituição Federal de 1988 afirma sobre o dever do Estado a partir
das seguintes garantias:

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante


a garantia de:
I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive,
sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiverem acesso na
idade própria;
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III- atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis
anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando;
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de
programas suplementares de material didático-escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde (BRASIL, 1988).

1ª Constituição Federal de 1824 - Brasil Império


A primeira Constituição Federal foi promulgada no dia 25 de março de
1824. Foi chamada também de Constituição Imperial e pregava a educação
gratuita para todos, como um direito civil e político. Em relação à educação,
abordava sobre a criação de colégios e universidades.

47
2ª Constituição Federal de 1891- Brasil República
Também conhecida como Constituição Republicana, a Constituição Federal
de 1891 instituiu como competência dos Estados e da União a responsabilidade de
legislar sobre a educação. A União estabeleceu as legislações voltadas para a
educação superior bem como diretrizes para a educação nacional e o Estados
estabeleceram as legislações para o ensino primário e secundário.
3ª Constituição Federal de 1934 - Segunda República
Na Constituição de 1934, a educação passa a ser definida como direito de
todos, ao mesmo tempo a estabelece como um dever da família e do poder público.
Estabelece valores relacionados à moral, à economia e à cultura.
4ª Constituição Federal de 1937 - Estado Novo
A Constituição Federal de 1937 foi apontada como retrocessos relacionados à
área educacional, visto que não se enfatiza o ensino público, mas em valores cívicos
e econômicos.
5ª Constituição Federal de 1946
A Constituição Federal de 1946 retoma sobre a importância do ensino público,
define princípios norteadores da educação e estabelece o ensino primário como
gratuito e obrigatório. São previstos recursos financeiros para a manutenção e
desenvolvimento da educação nacional. Na educação superior são criados institutos
de pesquisas.
6ª Constituição Federal de 1967 - Regime Militar
Na Constituição Federal de 1967, promulgada durante o Regime Militar, foram
instituídas, bolsas de estudo para alunos com necessidades financeiras sobretudo
para o estudo nas redes particulares.
7ª Constituição Federal de 1988 - Constituição Cidadã
A Constituição Federal de 1988 reforça a garantia da educação gratuita e de
qualidade para todos “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.” (BRASIL, art. 205, 1988). Além da garantia da
educação com qualidade como direito de todos, a Constituição de 1988 amplia a
escolaridade obrigatória.

48
4.3 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – LDB

A LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é a principal Lei que


trata da área educacional no Brasil. Ela regulamenta o funcionamento de todo o
sistema de ensino brasileiro, seja de caráter público ou privado, com abrangência
da educação básica ao ensino superior.
A primeira LDB foi promulgada em 1961, através da Lei nº 4024/1961 afirmando
o que era previsto na Constituição Federal de 1934, como responsabilidade da União
"traçar as diretrizes da educação nacional" (artigo 5º, Constituição Federal de 1934).
Foi então sancionada em 20 de dezembro de 1961 pelo presidente João Goulart. A
LDB nº 4024/1961 garantia a educação como direito de todos e obrigatória somente
para o ensino primário. O ensino no Brasil era organizado em: educação pré-
primária, ensino primário, ensino médio, ciclo ginasial, ensino técnico e ensino
superior.
A LDB nº 4024/1961 foi reformulada em 1971 LDB nº 5692/1971 LDB nº 5692/1971
foi publicada durante o regime militar e era organizada em 1º grau, 2º grau, 3º grau,
ensino supletivo, ensino técnico e superior. Estabelece o ensino de 1º grau (7 aos 14
anos) como ensino obrigatório.
A atual LDB nº 9394/1996 foi sancionada pelo então presidente da época,
Fernando Henrique Cardoso e o ministro da Educação de seu governo Paulo Renato
Souza, em 20 de dezembro de 1996. O ensino é organizado em educação básica e
ensino superior. A educação básica é obrigatória e gratuita, e compreende a
educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.

49
Figura 3: Linha do Tempo LDB

Fonte: Elaborado pela Autora (2021).

Desde sua promulgação em 1961 até os dias atuais, ocorreram diversas


atualizações no texto da LDB em que foram alterados, acrescidos ou suprimidos
adendos da Lei, sempre com o objetivo de atender a demanda atual da educação
brasileira e com o princípio de garantia de qualidade e respeito a diversidade
cultura.
De forma geral, podemos afirmar que a LDB 9394/1996 reforça a Constituição
Federal, no que diz respeito ao direito de todos à educação, através dos princípios
da educação nacional, e sobretudo estabelecendo os deveres do Estado e as
responsabilidades da União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios,
incentivando a colaboração entre as esferas governamentais.

50
51
FIXANDO O CONTEÚDO

1. Assinale V, se verdadeiro, ou F, se falso, quanto ao que estabelece a LDB nº


9394/1996:

( ) A educação básica é obrigatória e gratuita, e compreende a educação infantil,


ensino fundamental e ensino médio.
( ) O ensino é organizado em educação básica e ensino superior.
( ) Estabelece os deveres do Estado e as responsabilidades da União, dos Estados e
Distrito Federal e dos Municípios, incentivando a colaboração entre as esferas
governamentais.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V – V – V.
b) F – V – F.
c) V – F – F.
d) F – F – V.
e) F – F – F.

2. A legislação educacional é de suma importância, pois regulamenta a educação


brasileira, estabelecendo diretrizes de funcionamento dos processos educacionais
e indicando os deveres e responsabilidades das instituições púbicas ou privadas,
garantindo os direitos de todos e a qualidade na educação.

Diante desse contexto, é correto afirmar que:

a) A legislação educacional é inserida no contexto de educação escolar, onde são


normatizadas as práticas pedagógicas das escolas.
b) A legislação educacional é aplicada tanto em ambiente escolar quanto em
outros ambientes educacionais, como igrejas, editoras, associações, etc.
c) A legislação educacional não deve restringir o trabalho editorial de livros didáticos.
d) A principal lei educacional refere-se a Base Nacional Comum Curricular e
estabelece as diretrizes para a construção dos currículos.

52
e) A base para a legislação educacional é consolidada na Constituição Federal, nas
leis de Inclusão e Ambientais.

3. Em relação a Constituição Federal de 1988 e a LDB 9394/1996, informe se é


verdadeiro (V) ou falso (F) para o que se afirma a seguir e depois assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) A Constituição Federal de 1988 estabelece que a educação é direito de todos,


dever do Estado e da família.
( ) A educação será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
( ) A LDB 9394/1996 define que o padrão de qualidade para a educação deve ser
mínimo. Já a Constituição Federal/1988 não estabeleceu nenhum padrão de
qualidade para a educação.

a) V – F – F.
b) F – F – F.
c) F – V – F.
d) V – V – F.
e) F – V – V.

4. (FUNRIO 2016). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) atribui ao


Estado deveres com a educação escolar pública. A alternativa que apresenta
uma das garantias da LDB é:

a) Oferta de ensino noturno, apenas para a aceleração de estudos.


b) Educação infantil obrigatória e gratuita às crianças de até 5 anos de idade.
c) Acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos que não
os concluíram na idade própria.
d) Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos, assim organizada:
educação infantil e ensino fundamental.

53
e) Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, preferencialmente em instituições criadas para tal.

5. (CESGRANRIO, 2014). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394,


de 1996, dispõe que a educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho, sendo sua garantia dever da:

a) Escola e do Estado.
b) Escola e da família.
c) Família e do Estado.
d) Escola e da sociedade.
e) Sociedade e do Estado.

6. (VUNESP, 2019). No art. 206 da Constituição Federal de 88, que estabelece os


princípios em consonância com os quais a educação deve ser ministrada, consta
o de garantia de padrão de qualidade, exigido tanto do ensino público quanto
do ministrado pela iniciativa privada, como expresso no art. 209 da Constituição
Federal de 88 e no art. 7° da Lei Federal n° 9.394/96 – LDBEN. Essa exigência de
educação escolar de qualidade para todos, como direito, implica, nos termos do
art. 211 da Constituição Federal de 88, que a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios organizem em regime de colaboração seus sistemas de ensino, isto
é, constituam seus Conselhos de Educação e suas equipes de supervisão de
sistema. Em consonância com a Constituição Federal de 88, a LDBEN, em seu art.
10, estabelece seis incumbências dos Estados em relação à educação.

Assinale a alternativa que apresenta, dentre essas seis incumbências, aquela que
se relaciona diretamente à exigência de supervisão de sistema.

a) Elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as


diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas
ações e as dos seus Municípios.
b) Acompanhar, assessorar e avaliar a elaboração dos cardápios e a preparação da

54
merenda escolar, bem como a instalação de cantinas nas escolas públicas,
fazendo correição, sempre que necessária.
c) Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os
cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos de seus
sistemas de ensino.
d) Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais de seus sistemas
de ensino.
e) Fiscalizar a aplicação das verbas do FUNDEB e supervisionar o atendimento ao
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei Federal, n° 8.069/90.

7. De acordo com a LDB nº 9.394/96, o ensino deve ser pautado nos seguintes
princípios:

I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;


II. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
III. Valorização do profissional da educação escolar;
IV. Garantia de padrão de qualidade.

Estão corretos os itens:

a) I e II.
b) II e IV.
c) I e III e IV.
d) I, II, III e IV.
e) I, II e III.

8. Segundo a Constituição Federal de 1988, são objetivos da educação brasileira:

a) Construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento


nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais; e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
b) Erradicar a pobreza, melhorar as condições de vida do pessoal do campo,
quilombolas e demais minorias.

55
c) Contribuir com a sociedade através da formação de cidadãos conscientes,
dignos e honestos.
d) Desenvolver o senso crítico, as competências e habilidades para o mercado
tecnológico.
e) Contribuir com uma sociedade humanitária, com vista a progressos regionais,
através do investimento em cultura, tecnologia e pesquisa.

56
UNIDADE
LEIS E DOCUMENTOS

05
NORTEADORES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA

5.1 PRINCIPAIS LEIS E DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA

A educação brasileira é normatizada a partir de diversas leis e documentos


que orientam todos os processos no âmbito educacional, seja em ambiente escolar
ou em outras instituições. As principais leis (atuais), já citadas na Unidade 4, são a LDB
9394/1996 e a Constituição Federal de 1988, e além dessas leis existem outros
documentos (planos, estatutos, etc.) e normas, que também são de suma
importância para a organização e funcionamento das ações educacionais. A seguir,
apresentaremos alguns documentos que norteiam a educação.
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs: é um documento referencial, criado
em 1997, que orienta as decisões relacionadas à elaboração dos currículos regionais
para a educação no Ensino Fundamental. Os documentos referentes aos PCNs são
divididos em volumes para facilitar o desenvolvimento dos trabalhos dos profissionais
que os utilizam e abordam as áreas de conhecimento: matemática, ciências naturais,
língua portuguesa, história, geografia, arte e educação física, além dos temas
transversais com: pluralidade cultural, orientação sexual, meio ambiente, saúde e
ética. Os PCNs buscam auxiliar os professores e gestores educacionais socializando
questões que buscam a potencialização da aprendizagem e de forma ampla, a
melhoria da educação escolar.
Diretrizes Curriculares – DCNs: as DCNs apresentam diretrizes curriculares com
uma base nacional comum, com o propósito de orientar a organização, a
articulação, o desenvolvimento e a avaliação das propostas pedagógicas de todo
o sistema de ensino brasileiro.
Base Nacional Comum Curricular – BNCC: homologada em dezembro de 2018,
a BNCC é um documento norteador para a elaboração dos currículos da educação
básica, tanto para as instituições públicas quanto para as instituições privadas de
todo o território nacional. A BNCC foi elaborada com base nas Diretrizes Curriculares
– DCNs e nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs. No documento da BNCC, são

57
descritas de forma mais clara e objetiva, as aprendizagens essenciais que devem ser
desenvolvidas em cada faixa etária. Desta forma, a partir da regulamentação da
BNCC e com os currículos em prática, todas as instituições educacionais brasileiras
poderão desenvolver as mesmas competências e conteúdos básicos nos processos
de ensino e aprendizagem, garantindo o desenvolvimento pleno de seus alunos e
contribuindo para a promoção da igualdade no sistema educacional.
Plano Nacional de Educação – PNE: o PNE foi promulgado através da Lei n°
13005/2014 e determina estratégias e diretrizes para as políticas educacionais no
decênio 2014 – 2024. O PNE traz essencialmente vinte metas previstas para serem
executadas no período de vigência do documento (2014 - 2024).

5.2 DOCUMENTOS NORTEADORES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

São diversos documentos que os profissionais da educação devem utilizar


como subsídio para a prática pedagógica. No decorrer desse livro, foram
apresentadas, de forma sucinta alguns conceitos e reflexões sobre as principais leis
e diretrizes que conduzem o sistema educacional brasileiro, sobretudo na educação
básica, como: a Constituição Federal de 1988, a LDB 9394/1996, os Parâmetros
Curriculares Nacionais, as Diretrizes Curriculares Nacionais, a Base Nacional Comum
Curricular e o Plano Nacional de Educação.
Para além desses documentos normativos citados, outros também devem
fazer parte do cotidiano do profissional da educação sendo a consulta a esses
documentos, de grande importância no desenvolvimento das ações educativas.
Todavia, vale ressaltar que existem documentos norteadores no âmbito educacional,
mas que não são necessariamente elaborados especificamente para a realidade
escolar, pois abrange demais instâncias sociais. Entre os principais documentos estão:
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, que foi criado em 1990, por
meio da Lei nº 8.069 em de 13 de julho e “dispõe sobre a proteção integral à criança
e ao adolescente” (art. 1º ECA, 1990). No ECA, considera-se crianças: as pessoas com
idade de até doze anos incompletos e adolescentes: as pessoas com idades entre
doze e dezoito anos. Em casos excepcionais o ECA abrange também pessoas com
idades entre dezoito e vinte e um anos. Sobretudo, no ECA, são tratados aspectos
relacionados aos direitos e segurança da criança e adolescente diante do convívio
social e familiar.

58
As Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos, que através
da Resolução nº 3, de 15 de junho de 2010, estabelece normas para a duração e
faixa etária para certificação nos cursos de Educação de Jovens e Adultos
As “Leis de Inclusão” que envolvem todas as normas legais relacionados à
igualdade de direitos, respeito e valorização das diferenças humanas, contemplando
as diversidades, sejam físicas, intelectuais, sensoriais, neurológicas, sociais, culturais e
de gênero de todas pessoas.
Principais “Leis de Inclusão”: Língua Brasileira de Sinais Lei 10.436/2002;; Plano
Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência Lei 7.612/2011; Estatuto da Pessoa
com Deficiência Lei 13.146/2015.
Todos esses documentos normativos estão relacionados e contribuem de
forma direta ou indireta à prática pedagógica e são subsídios fundamentais para a
criação de outros documentos pedagógicos como por exemplo: as avaliações, os
relatórios de acompanhamento e desenvolvimento de alunos, o currículo escolar, o
Projeto Político Pedagógico, entre outros. Vale ressaltar que tratamos aqui de
documentos normativos gerais, comuns a todas as instituições no âmbito
educacional, mas cada instituição de ensino possui ainda suas próprias diretrizes que
complementam de forma específica suas particularidades, com melhoramentos e
necessidades.

59
FIXANDO O CONTEÚDO

1. (CONSULPLAN – 2010 adaptada). Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s


foram criados para auxiliar os docentes na reflexão e discussão da prática
pedagógica cotidiana que deverão transformar continuamente, atendendo as
particularidades de cada região e escola.

Nesse sentido, analise as afirmativas a respeito das possibilidades de ações:

I. Contribuir com as discussões de temas educacionais com pais e responsáveis.


II. Refletir sobre a prática educativa, observando a coerência com os objetivos
propostos no PPP.
III. Rever objetivos, conteúdos, expectativas de aprendizagens, método de avaliação
entre outros, durante todo o processo educativo.
IV. Identificar e utilizar materiais que possibilitem contextos para aprendizagens mais
significativas.

Estão corretas as afirmativas

a) II e IV, apenas.
b) I e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e II, apenas.
e) Todas estão corretas.

2. Analise as afirmativas a seguir e aponte qual delas expressa uma definição crítica
em relação a Base Nacional Comum Curricular (BNCC):

a) Trata-se de uma proposta de elaboração de currículo de toda a rede pública do


ensino na educação básica, para que a educação escolar tenha a mesma
qualidade em todo o país
b) Trata-se de uma proposta de organização da educação básica, já que a mesma
não conta com nenhuma diretriz que oriente as escolas para a elaboração de
seus currículos e práticas educativas.

60
c) Trata-se de uma padronização dos conteúdos curriculares da educação básica.
d) Trata-se de documento norteador para a elaboração dos currículos da educação
básica, tanto para as instituições públicas quanto para as instituições privadas de
todo o território nacional.
e) Trata-se de uma proposta nacional que auxilia o professor na sua prática
pedagógica, na elaboração das avaliações e no desenvolvimento cultural e
científico da comunidade escolar.

3. Em relação aos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, podemos afirmar que:

a) É um documento referencial, criado em 2007, que orienta as decisões


relacionadas aos currículos regionais para a educação no Ensino Fundamental.
b) Os documentos referentes aos PCNs estão dispostos em único volume para facilitar
o desenvolvimento dos trabalhos dos profissionais da educação.
c) É um documento referencial, criado em 1997, que orienta as decisões
relacionadas à elaboração dos currículos regionais para a educação no Ensino
Fundamental.
d) Abordam exclusivamente as áreas de conhecimento: pluralidade cultural,
orientação sexual, meio ambiente, saúde e ética.
e) Faz parte dos documentos referenciais que orienta as decisões relacionadas à
elaboração dos currículos regionais para a educação da Educação Superior.

4. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, foi criado em 1990, através da Lei


nº 8.069 em de 13 de julho e “dispõe sobre a proteção integral à criança e ao
adolescente” (art. 1º ECA, 1990). No ECA, considera-se crianças:

a) A pessoa com idade de zero até doze anos incompletos.


b) A pessoa com idade de três até doze anos incompletos.
c) A pessoa com idade de zero até dez anos incompletos.
d) A pessoa com idade de zero até oito anos incompletos.
e) A pessoa com idade de zero até nove anos incompletos.

5. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, tem como objetivo fundamental:

61
a) Colaborar com a elaboração do currículo escolar das crianças e adolescentes.
b) Promover a educação especial e continuada para crianças e adolescentes para
que elas sejam inseridas no mercado de trabalho.
c) Educar e orientar as crianças e adolescentes tornando-as aptas para a
convivência no meio escolar, social e mercado de trabalho.
d) Contribuir na resolução de problemas de todas as famílias que passam por
dificuldades com crianças e adolescentes.
e) Tratar de assuntos relacionados aos direitos e segurança da criança e adolescente
diante do ambiente familiar e convívio social.

6. O Plano Nacional de Educação – PNE foi promulgado em 2014 com a Lei n° 13005
e determina estratégias e diretrizes para as políticas educacionais no decênio 2014
– 2024.

Analise as metas a seguir apontando quais estão dentre as vinte metas


estabelecidas pelo PNE:

I. Erradicação do analfabetismo;
II. Individualização do atendimento escolar;
III. Superação das igualdades sociais, com ênfase na promoção da cidadania e na
erradicação de todas as formas de discriminação;
IV. Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e
éticos em que se fundamenta a sociedade;
V. Promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país.

Correspondem às metas do PNE:

a) I, II, IV e V.
b) II, III e IV.
c) I, IV e V.
d) I, III e IV.
e) III e IV.

62
7. A Base Nacional Comum Curricular – BNCC, homologada em dezembro de 2018,
constitui numa ferramenta de apoio para a construção dos currículos.

Podemos afirmar que a BNCC:

a) É um documento norteador para a elaboração dos currículos da educação


básica, tanto para as instituições públicas quanto para as instituições privadas de
todo o território nacional.
b) É um documento que orienta os processos de inclusão na educação básica.
c) É um documento normativo que auxilia na gestão educacional e orientação na
formação dos professores e elaboração de seus currículos.
d) É a principal lei vigente para a elaboração dos currículos da educação básica das
escolas públicas.
e) É um documento que contribui nos processos de ensino e aprendizagem através
das diretrizes normativas para os alunos com deficiência.

8. (FUNDEP – 2019 adaptada). A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece


conhecimentos, competências e habilidades que se espera serem desenvolvidas
por todos os estudantes no decorrer da escolaridade básica.

Com relação à BNCC, analise as afirmativas a seguir.

I. É um documento normativo que se aplica à educação escolar e está norteado


pelos princípios éticos, políticos e estéticos visando à formação humana integral e
à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
II. É o currículo nacional para os sistemas e das redes escolares dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios e é o parâmetro para a elaboração das propostas
pedagógicas das instituições escolares.
III. No Ensino Fundamental, as cinco áreas de conhecimento propiciam a
comunicação entre os conhecimentos e saberes dos diferentes componentes
curriculares.
IV. O conceito de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se
refere à duração da jornada escolar.

63
Estão corretas as afirmativas:

a) II e IV, apenas.
b) I e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e II, apenas.
e) Todas estão corretas.

64
REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA UNIDADE
PEDAGÓGICA CONTEMPORÂNEA

6.1 ENSINO REMOTO 06


Com a pandemia do Covid-19 assolando o mundo e afetando diversas áreas,
as pessoas tiveram que criar alternativas para se adaptarem ao distanciamento e
isolamento social que foram impostos. Várias áreas de atuações foram afetadas e na
área de educação, não poderia ser diferente e o impacto foi enorme, visto que num
curto espaço de tempo, professores, pais e alunos tiveram que se adaptar a uma
nova realidade: o ensino remoto. A transição do ensino presencial para o ensino
remoto foi inevitável para minimizar os impactos no desenvolvimento dos alunos e
também para cumprir, da melhor forma possível, o calendário letivo.
O ensino remoto, é caracterizado na modalidade de ensino à distância, ou
seja, de forma não presencial (não significa que é EAD - educação a distância
propriamente), pois apresenta o diferencial das aulas acontecerem pelas mesmas
características do ensino presencial, pois geralmente é desenvolvida em tempo real,
onde os alunos interagem simultaneamente com o professor e com os colegas da
turma. Nesse sentido, as aulas presenciais mediadas pelo uso das tecnologias
passaram a ter formato de aulas síncronas, ou seja, aquelas que acontecem em
tempo real, ao vivo e em alguns momentos são assíncronas, onde o professor
disponibiliza por meio de recursos tecnológicos material de estudo para o aluno
acessar de acordo com a sua disponibilidade.
Na EAD - Educação à Distância, as aulas podem ser ministradas com aulas
síncronas ou assíncronas, que são aquelas aulas onde os conteúdos são
disponibilizados em plataformas digitais e os alunos acessam em momentos
oportunos. A respeito da educação a distância, Kearsley (2007) citado por define
educação a distância como:

[...] Educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre


normalmente em um lugar diferente do local do ensino, exigindo
técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação
por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e
administrativas especiais (KEARSLEY, 2007, p. 02)

65
No provimento do ensino remoto, para a transmissão e comunicação das
aulas, as escolas e professores passaram a recorrer a recursos tecnológicos até então
desconhecidos por alguns deles, como os aplicativos de salas virtuais: Microsoft
Teams, Zoom, Google Hangout, Skype, entre outros.
Diante do novo cenário, o Ministério da Educação – MEC disponibilizou
algumas normatizações com orientações para a funcionamento das atividades de
ensino e aprendizagem durante a pandemia. Vale ressaltar que a LDB 9394/1996
prevê o ensino a distância para o ensino fundamental em situações emergenciais,
Art. 32, parágrafo 4º: “O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a
distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações
emergenciais”.
O primeiro Parecer (Parecer CNE/CP nº 5/2020) foi aprovado pelo Conselho
Nacional de Educação – CNE, em 28 de abril de 2020. O Parecer CNE/CP nº 5/2020
aborda sobre a criação do Comitê Operativo de Emergência (COE), calendário
escolar, avaliações, aprovações e reprovações de alunos, formação de professores,
destino da merenda escolar (a serem repassadas para pais ou responsáveis pelos
alunos), bolsas de estudo, etc.
A partir do Parecer CNE/CP nº 5/2020, outras normas surgiram ao longo desse
tempo de pandemia, onde, além do MEC, Secretarias Estaduais e Municipais de
Educação também criaram normatizações de acordo com suas particularidades
locais, tratando de assuntos como autorização de funcionamento de cursos à
distância, autorização para apresentações de trabalhos acadêmicos de forma
remota, prorrogação do prazo de implantação das novas Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCNs), orientação para a implementação de medidas no retorno às aulas
presenciais, ensino híbrido e regularização do calendário escolar, entre outras.

66
Figura 4: Ensino remoto

Fonte: Charge de Luiz Fernando Cazo, disponível em https://bit.ly/3sCge7w. Acesso em: 15


jul. 2021.

Diante dos obstáculos enfrentados na pandemia, a falta de acesso ao


ambiente escolar tornou-se um agravante em diversos aspectos, e para muitos

67
alunos, um dos grandes problemas enfrentados foi a falta da merenda escolar.
Nesse contexto, após analisar a charge acima, reflita sobre os impactos da
falta da convivência em ambiente escolar, diante da realidade de muitos alunos.

6.2 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL NO AMBIENTE ESCOLAR

O relacionamento interpessoal é correlato com a capacidade de convivência


entre as pessoas, tendo em vista as diferenças comportamentais e sociais entre elas.
A interação entre alunos e professores e demais interações no ambiente escolar
constituem momentos oportunos de aprendizagem e contribuem para as ações
individuais e coletivas, além do conhecimento de valores indispensáveis ao meio
social, conforme afirma o Conselho Nacional de Educação:

As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são


constituídas pela interação dos processos de conhecimento com os
de linguagem e os afetivos, em consequência das relações entre as
distintas identidades dos vários participantes do contexto
escolarizado; as diversas experiências de vida dos alunos, professores
e demais participantes do ambiente escolar, expressas através de
múltiplas formas de diálogo, devem contribuir para constituição de
identidade afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar ações
autônomas e solidárias em relação a conhecimentos e valores
indispensáveis à vida cidadã (BRASIL, 1998).

Desta forma, no ambiente escolar, o relacionamento interpessoal é um tema


de grande importância, pois os relacionamentos que são estabelecidos, causam
impactos significativos tanto na prática pedagógica, influenciando, inclusive a
aprendizagem, quanto impactos na vida em sociedade.
Na sociedade contemporânea, nos deparamos frequentemente com
situações de desavenças, discussões e diversos conflitos por conta de
posicionamentos políticos, religiosos, étnicos, opções sexuais, entre outros assuntos.
Essas situações muitas vezes “chegam” ao ambiente escolar gerando questões

68
embaraçosas tanto para professores quanto para os alunos, e a cada dia,
infelizmente, por essas razões e outras, percebemos a figura do professor sendo
desvalorizada diante da sociedade.
Os conflitos no ambiente escolar, causam problemas reais, gerando impactos
negativos no desenvolvimento do ensino e aprendizagem, onde o respeito e a boa
convivência são fundamentais para o sucesso desses processos. Nesse sentido, Luck
(2009) aponta sobre a importância das ações das pessoas e no que elas fazem para
a resolução de problemas (conflitos) e para o desenvolvimento:

[...] são as pessoas que fazem diferença em educação, como em


qualquer outro empreendimento humano, pelas ações que
promovem, pelas atitudes que assumem, pelo uso que fazem dos
recursos disponíveis, pelo esforço que dedicam na produção e
alcance de novos recursos e pelas estratégias que aplicam na
resolução de problemas, no enfrentamento de desafios e promoção
do desenvolvimento (LUCK, 2009, p. 82).

Em suma, as pessoas que compõem o ambiente escolar, os relacionamentos


e interações que ocorrem é que fazem diferença para o sucesso ou insucesso das
ações pedagógicas, à medida que o relacionamento interpessoal é importante no
que tange a formação da identidade do ser humano, através da constituição de
seus valores morais e éticos e suas ideologias.

69
FIXANDO O CONTEÚDO

1. (CEV-URCA, 2021). A necessidade de distanciamento social na pandemia mostrou


a importância do acesso à internet e a computadores para escolas, professores e
estudantes. Nesse contexto, as ferramentas e plataformas mais utilizadas como
WhatsApp: para conversas individuais, em grupos ou através de listas de
transmissão; Google Hangout Meets: Plataforma de webconferência para até 100
pessoas ao mesmo tempo; Skype: Plataforma de comunicação para uma
quantidade reduzida de pessoas; Google Forms: Criação de avaliação, simulados
e provas para resolução no formato digital; Microsoft Teams: Trabalho em equipe
usando chat, compartilhando arquivos e fazendo chamadas com vídeo.
Em um contexto de excepcionalidade, o isolamento social mudou a dinâmica dos
espaços de aprendizagem e alternativas passaram a ser adotadas com o objetivo
de reduzir o prejuízo educacional e a preservação do direito à educação. Nesse
sentido, duas questões ganharam destaques no debate nacional. Garantir que os
estudantes não sejam prejudicados em seu processo de escolarização e evitar o
acirramento das desigualdades de acesso e de oportunidades.
Disponível em: https://bit.ly/3zchAqH. Acesso em: 15 jul. 2021.
Realizadas no contexto do coronavírus, são atividades de ensino mediadas pela
tecnologia, mas que se orientam pelos princípios da educação presencial,
oferecem a continuidade da escolarização por meio de recursos tecnológicos de
forma síncrona e assíncrona, são as:

a) Aulas Presenciais.
b) Aulas Internacionais.
c) Aulas Remotas.
d) Aulas Bimestrais.
e) Aulas Convencionais.

2. Durante a pandemia, as instituições de ensino tiveram que transformar o ensino


presencial para o ensino remoto.

Em relação ao ensino remoto, considere as afirmativas a seguir como V


(verdadeiras) e F (falsas):

70
( ) O ensino ocorre de forma presencial.
( ) Obedecem os mesmos princípios do ensino presencial. v
( ) As aulas síncronas acontecem em momento oportuno para o aluno.
( ) As aulas são mediadas por recursos tecnológicos.
( ) Os professores e alunos interagem através de plataformas digitais.

A sequência correta em relação às afirmativas acima é:

a) V- V- V- F - V.
b) F- V- F- V - F.
c) V- F- V- V- V.
d) V- F-V- F - V.
e) F- V- F- V - V.

3. Em relação às aulas síncronas e assíncronas, podemos afirmar:

a) As aulas síncronas ocorrem em tempo real e as aulas assíncronas os conteúdos são


disponibilizados em plataformas digitais para que os alunos acessem em qualquer
momento.
b) As aulas síncronas são realizadas pelos professores em ambiente presencial com a
participação presencial dos alunos.
c) Nas aulas síncronas os conteúdos são disponibilizados em plataformas digitais para
que os alunos acessem em qualquer momento e nas aulas assíncronas ocorrem
em tempo real e as aulas
d) Nas aulas síncronas e assíncronas as atividades, vídeos e textos são disponibilizados
pelo professor somente em tempo real.
e) As aulas síncronas e assíncronas são características exclusivas da educação
superior que funcionam em formato EAD (educação a distância).

4. (CETRO, 2014). O processo de ensino e aprendizagem está associado às relações


interpessoais. É na interação social que conseguimos reorganizar o conhecimento
e as funções psicológicas. No contexto de escolarização existem muitas formas de

71
interações sociais. Assinale a alternativa que descreve um tipo de relação que
favorece o sucesso do processo de ensino e aprendizagem.

a) O ensino-aprendizagem é uma atividade compartilhada; compete ao professor


ensinar, ou seja, transmitir e socializar os saberes de sua disciplina e, aos alunos,
assimilar e adquiri-los. A avaliação tem como finalidade verificar esta
aprendizagem.
b) Educar é um ato da fala de alguém que domina informações e, por isso, tem a
autoridade. Informação é poder. Não há como estabelecer uma relação
igualitária de troca, pois são encontros de gerações diferentes, com informações
diferentes.
c) Na escola, a relação entre os indivíduos é marcada pela estrutura hierárquica, na
qual intervém um elemento de autoridade ou de prestígio. Nesse tipo de relação,
o indivíduo coagido deve atribuir valor às proposições daquele reconhecido e
instituído como autoridade, mas a recíproca não é verdadeira.
d) Aceitar o outro, esta é a questão. A afetividade está presente em todos os
momentos ou etapas do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor com o
aluno. As condições de ensino, incluindo a relação professor-aluno, devem ser
pensadas e desenvolvidas levando-se em conta a diversidade dos aspectos
envolvidos no processo, o outro como legítimo.
e) Na escola, a relação com o outro implica a aceitação da hierarquia como
legítima na convivência. Há necessidade de se estabelecer uma relação fundada
na obediência, no controle da turma. Trata-se de relações de poder. Em sala de
aula, compete ao professor controlar e direcionar a relação e impedir
comportamentos desajustados que prejudicam e comprometem a
aprendizagem.

5. No que diz respeito ao relacionamento interpessoal em ambiente escolar,


podemos afirmar:

I. O relacionamento interpessoal influencia na aprendizagem dos alunos.


II. A boa convivência contribui com o ensino e aprendizagem.
III. Um ambiente harmonioso proporciona mais qualidade no ensino e aprendizagem.

72
IV. Os conflitos em ambiente escolar influenciam negativamente no ensino e
aprendizagem.

De acordo com as afirmativas acima, estão corretos:

a) Somente os itens I e II.


b) Somente os itens III e IV
c) Somente os itens I, II e IV
d) Somente os itens II, III e IV.
e) Todos os itens.

6. (IDCAP, 2018). Sobre o ambiente escolar na concepção sócio-histórica, analise:

I. Uma escola deve ser uma local em que as pessoas possam dialogar, duvidar,
discutir, questionar e compartilhar saberes;
II. No ambiente escolar deve haver espaço para transformações, para as diferenças,
para o erro, para as contradições, para a colaboração mútua e para a
criatividade;
III. A escola deve propiciar um ambiente em que professores e alunos tenham
autonomia, possam pensar, refletir sobre o seu próprio processo de construção de
conhecimento e ter acesso a novas informações.

Dos itens acima:

a) Apenas os itens I e II estão corretos.


b) Apenas os itens I e III estão corretos.
c) Apenas os itens II e III estão corretos.
d) Apenas o item II está correto.
e) Todos os itens estão corretos.

7. (FUNECE, 2017 adaptada). Assinale a opção que completa corretamente as


lacunas do seguinte enunciado:

73
“As Relações Interpessoais desenvolvem-se no processo de
________________________ (1), onde elementos fundamentais são corresponsáveis
pelo sucesso ou fracasso dos relacionamentos, como
____________________________(2), amizade, __________________________(3) e
_______________________(4) ”.

a) interação humana 1, comunicação 2, cooperação 3, respeito 4


b) inclusão social 1, saúde 2, educação 3, moradia 4
c) competição 1, articulação 2, jogo 3, vitórias 4
d) crescimento humano 1, trajetória 2, desconfiança 3, objetivos 4
e) aprendizagem 1, competição 2, amor 3, união 4

8. Com base nas relações interpessoais que ocorrem no ambiente escolar, analise as
seguintes afirmações:

I. Contribuem para o sucesso ou insucesso das ações pedagógicas.


II. A interação entre alunos e professores e demais interações no ambiente escolar
constituem momentos oportunos de aprendizagem
III. Impactam na convivência em sociedade.

Assinale a alternativa correta:

a) Apenas I e II estão corretas.


b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Todas são incorretas.
e) Todas são corretas.

74
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO

UNIDADE 01 UNIDADE 02

QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 E
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 D

UNIDADE 03 UNIDADE 04

QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 A

UNIDADE 05 UNIDADE 06

QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 A QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 A QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 E

75
REFERÊNCIAS

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Inclui, nos quadros anexos à Resolução CNE/CEB nº 4/99, de 22/12/1999, como 21ª Área
Profissional, a área de Serviços de Apoio Escolar. Versão digital. Disponível em:
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BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as Diretrizes e Bases da


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