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Faculdade Bravium

Curso: Nome do Curso Cidade: Nerópolis


Módulo: História da Educação Nota: _______
Professor Esp: Módulo
Acadêmicos (as): Lara Fabiany Gonçalves da Silva

Orientações Gerais de como fazer a Pesquisa Bibliográfica Orientada - PBO:


Fazer um resumo crítico do conteúdo da apostila que está no portal, com no mínimo duas laudas, o trabalho
deverá ser formatado com as normas da ABNT.
Anexar o trabalho no sistema.

Referências:
Carneiro, Maristela
História da Educação/ Maristela Carneiro.- ed. - Curi ba,
PR: IESDE Brasil. 2017.
138p. : il.;
Inclui bilbiografia
ISBN 978-85-387-6361-1

PBO História da Educação

A obra História da Educação escrita por Maristela Carneiro, Pós- Doutorada


em História pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT); Doutora em
História pela Universidade Federal de Goiás (UFG), dentre outras formações.
Composta por 131 páginas o conteúdo foi distribuído em oito tópicos cada
um contendo três subtópicos.
O primeiro tópico aborda Concepções da educação clássica e medieval. A
educação na pré-história é algo difícil de se mensurar devido a falta de registros
naquele período, historiadores possuem achados que podem indicar algumas
metodologias porém nada que seja conclusivo ou exato. Portanto a base para
saber as metodologias daquele período são as propostas dos povos posteriores
as eles, a educação nesse período era baseada em troca de favores e seu
maior objetivo era economia com vista para a subsistência, onde o ensino era
com bases para agricultura, caça, manuseio de armas dentre outras
atribuições, e as comunidades nesse período eram consideradas tribais. O

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consistia em não sistematizado e sem uma autoridade específica comumente
realizado através da transmissão de conhecimentos, religião, cultura e valores
no seio familiar, com a instrução dos mais velhos e o passar das profissões já
exercidas nas famílias, com o passar do tempo e expansão da agricultura e
comércio foi necessário algumas alterações para um formato mais complexo e
organizado, e com a expansão houve os primeiros históricos de escrita, e com
isso um início de sistematização de ensino porém localizado e específico.
O ensino e prática de escrita não era para o acesso de todos, e sim com
foco somente nas classes dominantes, o que mantinha para grande maioria o
ensino informal.
Os gregos e romanos foram historicamente os mais comentados nesse
período, com base em uma Educação Clássica o ensino grego consistia em
desenvolvimento integral mas não de toda a população seu foco era no
desenvolvimento integral dos homens denominada paideia ou homem grego
livre, educação Esparta com base no militarismo capacitando- os para guerra, e
o ensino para mulheres era voltado para afazeres domésticos. O ensino
romano tinha base humanística acreditava na humanidade e formação do
caráter.
O ensinamento prevalecia com a divisão de classes e eram realizados em
locais públicos ou casas, nota-se que já haviam algumas mudanças
expressivas no quadro educativo porém com a queda do Império Romano a
educação foi dominada pelo ensino com base religiosa, por instituições
eclesiásticas. Houve nesse período duas vertentes educacionais que seria a
patrística de Santo Agostinho, com vista para conhecimento sistemático e com
a abordagem de algumas disciplinas para aproximar os indivíduos de Deus.
E o método escolástico de São Tomás de Aquino com uma abordagem
dialética com prática de leitura e discussão.
O segundo tópico aborda A pedagogia renascentista, o humanismo e o
iluminismo. A pedagogia renascentista consistia no início da era moderna, e
seria a junção de vários renascimentos em um cenário com vários
acontecimentos históricos o renascimento surgia do renascimento cultural, a
escola com base renascentista aplicava o mesmo ensino do período medieval
com predominância para a religião e rigorosidade conduzidas pelos jesuítas
que perdurou toda a era moderna.

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economia, nesse período houve a reforma e contra reforma o que tirou o foco
somente da religião e economia e voltou-se para o realismo, nesse período o
homem era o centro do universo e considerado a expressão máxima da criação
divina. Comenius contribui bastante para educação nesse período com
contribuições que influenciam até os períodos atuais, com vista para a
organização educacional formal, ele defendia a educação universal, sem
divisão de classes.
O iluminismo trouxe algumas reformulações e uma delas era o afastamento
da educação com base religiosa e abordou um ensino laico e de ordem do
estado, um de seu maior pensador foi Kant e visualizava a emancipação do
indivíduo e seu crescimento individual, sem necessitar de direção ele tinha em
vista seres críticos e pensantes e não alienados, pois os métodos de ensinos
ministrados até então era com foco para o alienamento, e em manter o status
“quo”.
O terceiro tópico aborda Séculos XIX e XX: A educação para o trabalho e
para a democracia. Nesse período a escola tornou-se obrigatória,
institucionalizada e dirigida pelo estado, a sociedade voltada para o capitalismo
e marcada pela ascensão da industria e comércio (Revolução Industrial e
Revolução Francesa). O ensino foi composto nesse trajeto de algumas
tendências pedagógicas A tendência pedagógica proposta inicialmente era a
liberal com vista para o tradicional.
Durkheim abordou a tendência positivista escola “redentora universal”;
Pavlov, Watson, Skinner desenvolveram o behaviorismo com base na
psicologia, acreditava-se nessa teoria que a aprendizagem era conhecida
através da mudança de comportamento, e adquirido através de estímulos
repetitivos; Hebart abordou a tendência com vista para o governo, instrução e
disciplina, coesão e imposição, em todas essas tendências liberais o professor
era detentor de todo o conhecimento, era mecânica, autoritária , expositiva e o
aluno era inativo. E posteriormente houve as tendências progressistas que
consistia no aluno como sujeito do seu conhecimento, se o aluno não aprende o
processo é falho, criança não é vista como adulto portanto seu modo de
assimilação é diferente, e a experiência é de suma importância nesse processo,
o aluno nessa tendência é ativo e professor mediador. Adolfhe Ferriere abordou

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aprender.
Dewcy aborda aluno não é uma folha em branco, ambiente como sendo
fundamental para o processo de aprendizagem, e a experiência com objeto de
conhecimento como sendo de suma importância oque também abordava Piaget
e Wallon.
Vyhotsky abordava interação social como fundamental para o processo de
ensino e aprendizagem e na aquisição das funções cerebrais superiores. As
tendências progressistas foram fundamentais na educação e são prevalentes
até nos dias atuais, tirando o foco do autoritarismo, mecanismo, repetição
educação voltada para o capitalismo, mão de obra dentre outras atribuições e
tendo em vista uma educação para emancipação, liberdade de expressão,
pluralidade, e inclusão.
O quarto tópico aborda Século XXI: globalização, novas mídias e
diversidade. A integração e acessibilidade ao globo denomina globalização,
todos conseguindo ter acesso ao globo mesmo com a distância. A expansão
das tecnologias, meios de transporte, e internet possibilitou o acesso a todo o
globo de forma rápida, e isso por um lado só conseguiu evidenciar as
desigualdades contendo dois polos, países “mais” desenvolvidos e países
“menos” desenvolvidos. A educação em meio a expansão evidenciou alguns
problemas mostrando que era necessário algumas ou várias modificações para
tentar amenizar as desigualdades, e as novas mídias foram sendo utilizadas
conforme as tendências.
Até em tão nesse período de globalização, e novas mídias a tendência
proposta era a progressista mesmo que em parte apenas teoricamente com
essa proposta de educação inclusiva, pluralista, multiculturalista com vista que
todos teriam direitos iguais a educação, ou ao menos deveria, o direito a
diversidade, e a percepção de que diversas culturas poderia enriquecer e não
atrapalhar, com uma visão democrática, porém as tendências liberais ainda
tinha uma grande prevalência devido ao grande tempo que foi exercida.
O quinto tópico aborda Educação no Brasil Colônia e no Brasil Império. No
período colonial a educação imposta era a jesuítica com o seu início conduzido
por Cabral, com a colonização do Brasil a igreja já se fazia presente, Inácio
Loyola fundou a companhia de jesus que foi oficializada pelo Papa Paulo III, os
povos nesse período eram educados pelos jesuítas que tinha um ensino com

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foi imposta para troca de valores entre os portugueses e jesuítas, toda área
educacional era dominada pelos jesuítas que ministrava de escravos a filhos de
senhores claro com ensino especifico para cada classe.
Após esse período houve a reforma pombalina o que aboliu o formato
religioso de ensino e propôs uma educação laica, publica e estatal. As aulas
nesse período eram régias composta por dois estágios estudo menores e
estudos maiores o primeiro com base nas primeiras letras, noções gerais e
escrita e a segunda com vista para educação universitária, porém mesmo com
era reformulação o ensino jesuítico prevalecia.
Quando a corte portuguesa veio para o Brasil, houve outras reformulações
como bibliotecas, e instituições de ensino isso na colônia, as faculdades nesse
período só existia em Portugal, a educação pública já era pensada nesse tempo
porém com vista para a economia, as escolas nesse período não tinha local
específico a metodologia era denominada Lancaster e tinha em vista o menor
gasto possível, não tinha professores especializados e os alunos que
aprendiam com facilidade eram postos como monitores, escravos não podiam
participar e o estudo primário não era obrigatório.
Nota-se que existiam várias problemáticas nesse tempo com a falta de
professores qualificados, locais apropriados e inexistência de politicas públicas,
e o fracasso educacional devido a vários fatores.
O sexto tópico aborda As iniciativas republicanas na educação e a
organização do sistema educacional brasileiro. Da monarquia para a república
e com isso várias modificações históricas e uma delas foi o avanço da ciência e
a forte tentativa de desvincular a religião do estado, a tendência proposta nesse
período era positivista, onde acreditava que a educação poderia modificar o
histórico religioso e familiar e através disso a mudança social, educação era
considerada portanto importante para o desenvolvimento do país, mas a falta
de recursos o ensino sistematizado e igualitário ainda não era possível.
Posteriormente Benjamin Constant apoiador do positivismo trouxe algumas
mudanças expressivas no currículo e métodos educacionais, ele abordava um
modelo de ensino que tinha em vista cidadãos produtivos para o futuro porém
as condições permaneciam insatisfatórias, essa mudança de currículo proposta
por Constant abordava disciplinas e não o método tradicional.

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república velha e trás a manifestação da Escola Nova uma nova tendência que
abordava o empírico e abandonava a teoria, disciplina e tudo que fugisse da
experiência com a ajuda de Anísio Teixeira um dos porta vozes do sistema de
ensino público e universal em todos os níveis de ensino, denominado manifesto
dos pioneiros da educação nova, com base no ensino público para todos,
gratuito e laico, sem distinção de classes, a tendência escolanovista surge
nesse período e escola confissionais que formava a elite.
Todas essas ideias tinha fundamento porém era o Brasil que não tinha
estrutura para administrar essas ideias.
O sétimo tópico aborda Segunda República: educação populista e ditadura
(11930- 1985). No período de Getúlio Vargas, Francisco Campos reformou
universidades, organizou cursos, e reorganizou o ensino básico e fundamental
com vista para ensino superior, foi criado o Conselho Nacional de Educação
(CNE), e professores passam por lei a obrigação de ter formação.
Gustavo Capanema assume e continua as reformas ampliando visão de
Vargas para país produtivo e economicamente poderoso, nessa reforma
educacional houve o primeiro Plano Nacional de Educação.
A tendência proposta naquele período era da escola nova com base no
empirismo, era um pouco positivista e tinha em vista a educação pública e
gratuita e ao mesmo tempo tinha a intervenção católica e militarista esse era o
cenário.
A partir do golpe militar vem uma onda conservadora, com vista para a
modernidade econômica, a educação tinha duas vertentes forças politicas
repreensivas, e princípios para desenvolvimento econômico visando capitalismo
, a tendência proposta nesse período era tecnicista.
O período da ditadura trouxe severas consequências na área da educação
com redução do currículo, exclusão da filosofia dentre outras. O professor
nesse período não eram capacitados, e o valor da mão de obra era baixo o que
não estimulava, a divisão de classes marcou esse período, o período elitista
permanecia.
O oitavo tópico aborda Nova República e perspectivas para educação
brasileira(1985). A década e 1980 foi marcada por mudanças históricas
irreversíveis e no bom sentido, o ensino era visto como centro e essencial para
formação do cidadão. Porém as bases autoritárias haviam deixados grandes

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tarefa difícil. A Constituição Federal ou Constituição Cidadã foi posta onde
redirecionava toda a educação com bases legais, a educação não seria mais
vista como politica pública mas sim dever do estado, e todos teriam direitos
legais a educação de qualidade.
Era uma evolução memorável os princípios abordados na Constituição
Federal promovia a emancipação, o crescimento individual e não o crescimento
do país, enfim poderia sonhar com uma educação igualitária, posteriormente foi
instituído o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), posteriormente a Lei
Diretrizes e Bases (LDB), que complementava ou reforçava as bases da
Constituição Federal, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS) foi
constituído posteriormente com os temas transversais e disciplinas, e
posteriormente o Plano Nacional de Educação. Portanto esse período foi
revolucionário para educação agora os cidadãos tinham aparato legal, nota-se
que a educação tinha um norte havia um caminho a percorrer, mesmo com
bases legais ainda podia ver as marcas do tecnicismo e das tendências liberais,
porém há essa luta para redemocratização.
Com base em todo esse histórico mencionado nos tópicos anteriores pode-
se notar uma exaustiva luta, entre classes sociais, entre o domínio da educação
e uma educação democrática, com toda essa luta consegue-se perceber a
importância da educação para que os indivíduos consigam ser seres pensantes
e emancipados, a educação tem esse poder de libertar por isso durante todo
esse período histórico consegue notar uma luta pelo domínio da mesma para
quê? Essa resposta está clara, para manter o status “quo”, quem está no poder
que permaneça e a classe dominada que permaneça dominada servindo de
mão de obra para a classe dominante, é interessante que de uma educação
para subsistência se alterna para uma educação com base econômica, e poder
e posteriormente para uma educação emancipadora que visa a liberdade, ainda
se nota uma base tecnicista e liberal em algumas metodologias nos tempos
atuais, porém note-se também uma luta para liberdade, inclusão e tudo que
produz crescimento individual, no período atual ainda tem a diferença de
classes e falta de professores qualificados com visão emancipadora, porém a
evolução foi memorável, de fato tem muito a melhorar pois com certeza a
educação tem que ser flexível, o mundo não é estático mas de fato quem

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desse processo histórico.
Essa obra é fundamental para o conhecimento da História da Educação ela
aborda de forma prática todos os aspectos dessa história e dificilmente alguém
sairá com dúvidas após lê-la, é detalhista e completa claro que quem quer se
aprofundar na história terá que buscar outras obras, mas de início essa é
perfeita, uma linguagem acessível para pessoas que já prática leitura de fatos
históricos por conter algumas palavras e fatos que são de difícil compreensão
caso não tenha tido um primeiro contato com o assunto tratado, essa obra pode
não é destinada a um público específico porém professores, alunos ou pessoas
com interesse em história terá um melhor aproveito.

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