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Introdução

O presente portfólio tem como objetivo conhecer a história da educação,


seu surgimento, os conflitos que surgiram ao longo do tempo e sua atuação na
educação atual.

História da Educação:

A partir dos anos 1950: ruptura com o modelo teoricista, unitário e


continuísta do passado (história das idéias pedagógicas) e fortalecimento da
pesquisa problemática, pluralista, articulada e diferenciada.
A história da educação toma a noção de educação como conjunto de práticas
sociais e feixe de saberes.
Conseqüência da transição: redefinição do domínio histórico da
educação e todo o arsenal da sua pesquisa.
A transformação amadureceu acompanhando a mudança historiográfica.

TRÊS REVOLUÇÕES EM EDUCAÇÃO

Novas orientações historiográficas à transformaram a compreensão de


história e o modo de desenvolver sua pesquisa científica.

Orientações:·
Marxismo:

à Foco na compreensão do papel da estrutura econômico-social sobre os


eventos históricos, propondo estudar as complexas mediações entre economia
e política, política e cultura, cultura e sociedade.
à Entende a história como luta de classes e de ideologias, que se articulam em
torno de sistemas de produção e que visam a hegemonia histórica,
influenciando cada âmbito da vida social.
à A pesquisa histórica = investigação complexa, atenta às genealogias dos
vários fenômenos, sobretudo econômico-sociais.

· Escola dos Annales/ História total:


à Revista nascida na França em 1929 = teve papel fundamental na renovação
pesquisa histórica e notoriedade mundial.
à Inspiração no marxismo = observou permanências e estruturas referentes
aos acontecimentos, introduziu o estudo de estruturas (infra-estruturas) não só
econômicas, como a mentalidade, visando uma história por inteiro (capaz de
dar conta de todos os fatores e aspectos de um momento ou de um evento
histórico).

· Psicanálise:

à Aplicação da psico-história americana à pesquisa histórica.


à Psico-história = estudo crítico das mentalidades coletivas e individuais,
legíveis (fundamentação freudiana: atenta a conceitos como: inconsciente,
repressão e conflito do eu etc.). Atenção voltada sobre a família, na sua
dimensão espiritual e no seu papel de conexão nas diversas sociedades.

· Estruturalismo/ Pesquisas quantitativas:

à Foco sobre as estruturas (impessoal na história, como instituições ou


mentalidades) que regulam os comportamentos individuais em profundidade.
Estas estruturas foram lidas como variáveis quantitativas, sujeitas a análises
sociais, a reconstruções estatísticas.

História da pedagogia:

Nasceu entre os séculos XVIII e XIX associada a pesquisas de


pessoas ligadas à escola - uma instituição cada vez mais central na
modernidade - e empenhadas em sua organização.
Foco dessas pesquisas à sublinhar aspectos mais atuais da educação –
instrução e idéias mestras que nortearam o desenvolvimento histórico da
escola.
Daí se conclui que essa história da Pedagogia surge ideologicamente orientada
= valoriza a continuidade dos princípios e dos ideais = ênfase nos ideais e na
teoria, representada, sobretudo pela filosofia.
Perfil: história persuasiva e teoricista = distante dos processos educativos
reais, referentes às diversas sociedades; distante das práticas de educação e
de instrução, das contribuições das ciências para o conhecimento dos
processos formativos.
Existência de histórias da pedagogia com profunda influência filosófica
à diversidade de orientações filosóficas (positivismo, idealismo, espiritualismo)
= várias histórias da pedagogia que veiculavam entre os docentes um princípio
ideal.
Uma perspectiva nova que fundamenta a transição: novos estudos
preocupados em focar aspectos mais concretos, praxistas, contingentes da
pedagogia. Objetivo à Desvelar as problemáticas da educação nas diversas
sociedades, além da história das idéias pedagógicas.

A EDUCAÇÃO NO MODELO GREGO

A época da chamada antiguidade clássica remonta a um período que


vai aproximadamente do século 9 a ao século 2 antes de Cristo (A.C.). Neste
período encontramos as primeiras reflexões empreendidas pelos gregos a
respeito do mundo, da natureza e das relações entre os homens.
É dos gregos também a invenção do que ainda hoje concebemos como
filosofia, ou seja, uma forma de refletir sobre os fenômenos do mundo
procurando mediante esta reflexão compreendê-los em sua totalidade. Os
gregos foram também responsáveis pela invenção do modelo político
denominado democracia (o que ,em grego, significa governo do povo). Estas
duas bases de pensamento e organização da sociedade são vitais para que
consigamos compreender os modelos pedagógicos que se inspiram na
Educação Grega.

Os primeiros pedagogos

Os sofistas ensinavam aos jovens e aos adultos no que compete à


arte de convencer e eram itinerantes, indo de cidade em cidade. Os demais
filósofos, por sua vez, criavam instituições (como no caso de Platão, que criou
a Academia, e Aristóteles, que criou o Liceu) para formar os jovens no que
compete ao raciocínio filosófico. Os governos das cidades gregas
desenvolviam Ginásios para os jovens, com o objetivo de que pudessem
aprimorar sua forma física e também aprender algumas noções de poesia,
literatura e filosofia. O modelo pedagógico ensinado nos ginásios era
conhecido como ARETHÉ (palavra grega que significa um equivalente à
honra), e o objetivo do Ginásio era a formação dos KALOIKAGATHIA (o
homem ao mesmo tempo belo e bom).
Conflitos ideológicos no século XIX e a pedagogização da sociedade
A pressão da classe trabalhadora e também a necessidade de qualificar
mão-de-obra para as atividades industriais cada vez mais exigentes motivaram
a progressiva democratização do ensino. Dessa forma, no final do século XIX,
a maior parte dos países industrializados tinha conseguido atrair para a escola
quase toda a população infantil, a e a taxa de analfabetismo tinha sido reduzida
drasticamente.
O século XIX leva também à execução aquela pedagogização da
sociedade que se tinha ativado com início de época moderna e com o
nascimento do estado Moderno e da sociedade burguesa, operando um
conjunto articulado de instituições educativas e um projeto de organização
minuciosa do consenso social em torno de uma constituição de valores e de
modelos culturais. A sociedade é encarregada de um projeto educativo que se
dissemina junto a diversas instituições e assume um aspecto cada vez mais
articulado e complexo. No curso do século XIX, é a escola que se considera
como instituição delegada a formar cidadão como homem e o homem como
cidadão, enquanto o liga à ideologia dominante, o forma como produtor ou
como governante, o nutre de uma visão mais laica do mundo.
A segunda metade do século XIX assiste ao nascimento da pedagogia
científica e da pedagogia experimental, que tendem a separar-se da filosofia e
tornar-se independente da política para reconstruir o saber pedagógico em
contato com as ciências positivas, que tratam do homem (a fisiologia, a
antropologia, a psicologia) e da sociedade (a sociologia, a etnologia , a
criminologia), renovando seu método e seu conteúdo pela adoção do
paradigma científico, indutivo e experimental, articulado em conhecimentos
baseados em fatos.
O fim do século, também no âmbito pedagógico, apresenta-se como
uma fase de fermentações, de tensões e de crises. Estamos diante daquela
contraposição social entre a burguesia e proletariado que provocará em todos
os países profundas convulsões, entramos em um clima saturado de
inquietudes e de aberturas, de inovações, mas também de sensíveis riscos
Hoje muitos educadores, perplexos diante das rápidas mudanças na
sociedade, na tecnologia e na economia, perguntam-se sobre o futuro de sua
profissão, alguns com medo de perdê-la sem saber o que devem fazer. Então,
aparecem, no pensamento educacional, todas as palavras citadas por
Abbagnano e Aurélio: "projeto" político-pedagógico, pedagogia da "esperança",
"ideal" pedagógico, "ilusão" e "utopia" pedagógica, o futuro como
"possibilidade". Fala-se muito hoje em "cenários" possíveis para a educação,
portanto, em "panoramas", representação de "paisagens". Para se desenhar
uma perspectiva é preciso "distanciamento". É sempre um "ponto de vista".
Todas essas palavras entre aspas indicam uma certa direção ou, pelo menos,
um horizonte em direção ao qual se caminha ou se pode caminhar. Elas
designam "expectativas" e anseios que podem ser captados, capturados,
sistematizados e colocados em evidência.

Novas Tecnologias

As conseqüências da evolução das novas tecnologias, centradas na


comunicação de massa, na difusão do conhecimento, ainda não se fizeram
sentir plenamente no ensino ¾ como previra McLuhan já em 1969 ¾, pelo
menos na maioria das nações, mas a aprendizagem a distância, sobretudo a
baseada na Internet, parece ser a grande novidade educacional neste início de
novo milênio. A educação opera com a linguagem escrita e a nossa cultura
atual dominante vive impregnada por uma nova linguagem, a da televisão e a
da informática, particularmente a linguagem da Internet. A cultura do papel
representa talvez o maior obstáculo ao uso intensivo da Internet, em particular
da educação a distância com base na Internet. Por isso, os jovens que ainda
não internalizaram inteiramente essa cultura adaptam-se com mais facilidade
do que os adultos ao uso do computador. Eles já estão nascendo com essa
nova cultura, a cultura digital.
Paradigmas Holonômicos

Entre as novas teorias surgidas nesses últimos anos, despertaram


interesse dos educadores os chamados paradigmas holonômicos, ainda pouco
consistentes. Complexidade e holismo são palavras cada vez mais ouvidas nos
debates educacionais. Nesta perspectiva, pode-se incluir as reflexões de Edgar
Morin, que critica a razão produtivista e a racionalização modernas, propondo
uma lógica do vivente. Esses paradigmas sustentam um princípio unificador do
saber, do conhecimento, em torno do ser humano, valorizando o seu cotidiano,
o seu vivido, o pessoal, a singularidade, o entorno, o acaso e outras categorias
como: decisão, projeto, ruído, ambigüidade, finitude, escolha, síntese, vínculo e
totalidade.

Conclusão

Foi possível concluir que a história da educação surgiu desde que o


homem apareceu na terra, começando então um processo educativo que se
aprimora a cada dia, sem perder seu foco que é torná-lo um cidadão crítico e
consciente.

Bibliografia

DELORS, J. Educação. Um tesouro a descobrir. São Paulo, Cortez,


1998.
DOWBOR, L.A. reprodução social, São Paulo, Vozes, 1998.
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre, Ed. Artes
Médicas, 2000.
PEREIRA, Magda Maria; GUIA DE ESTUDO FINOM; HISTÓRIA DA
EDUCAÇÃO.

FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS


FINOM
PORTFÓLIO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

Artemísia Maria da Silva Domingues

Paracatu – MG
Novembro / 2010

FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS


FINOM
PORTFÓLIO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

Artemísia Maria da Silva Domingues

Portfólio apresentado
ao curso de Pedagogia
EaD da Faculdade do
Noroeste de Minas –
FINOM, como requisito
parcial para aprovação
na disciplina de His-
tória da educação.

Prof. Esp.Magda Maria Pereira

Paracatu – MG
Novembro / 2010

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