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EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

–MATERIAL COMPLEMENTAR

POR ONDE COMEÇAR?


Considerando a complexidade da educação
inclusiva e do processo de transformação da
escola e das práticas pedagógicas em sala
de aula, o que é essencial saber? Por onde
começar a colocá-la em prática?
Esta seção tem o objetivo de contar um pouco da
história da educação inclusiva no Brasil,
apresentando conceitos fundamentais, os
principais marcos legais relacionados ao tema e
orientações para a garantia de direitos dos
estudantes.
Em Como transformar a escola e as redes de ensino?,
você encontra os aspectos fundamentais relacionados
a políticas públicas, gestão escolar, estratégias
pedagógicas, famílias e parcerias que irão te orientar
na construção de uma educação inclusiva na prática.
Os paradigmas históricos
Historicamente, as pessoas com deficiência foram
totalmente excluídas das redes de ensino. Ou, quando
muito, tiveram acesso parcial à educação, o qual se
dava a partir dos modelos
de segregação ou integração.
No primeiro, o estudante com deficiência era atendido
por uma instituição educacional apartada do ambiente
da escola comum, denominada escola especial. No
segundo, o aluno frequentava uma sala de aula inserida
dentro de uma escola comum, porém, exclusivamente
destinada a pessoas com deficiência. É o que
chamamos de sala especial.
Os dois modelos admitiam outras variações quanto ao
modo de atendimento. Mas, em ambos os casos, os
serviços eram desenvolvidos pela área da educação
especial, até então estruturada como uma modalidade
substitutiva do ensino comum. Como resultado, o
estudante era privado do processo de aprendizagem
em um ambiente de contato contínuo com os demais
alunos, sob a alegação de que isso garantia um
atendimento de maior qualidade.
A evolução do campo dos direitos humanos
trouxe à tona o paradigma da inclusão. Essa
proposta é orientada pelo direito que todos os
estudantes têm de frequentar a sala de aula
comum juntos, aprendendo e participando,
sem nenhum tipo de discriminação.
Qual é a diferença entre integração e inclusão?
Apesar de comumente confundidos, os termos partem de
um conjunto completamente diferente de pressupostos.
Em uma perspectiva histórico-cronológica, na maioria dos
países, a integração precede a educação inclusiva no que diz
respeito às políticas e práticas. O modelo da integração é
baseado na busca pela “normalização”. Nega-se a questão da
diferença. A integração admite exceções, uma vez que é
baseada em padrões, requisitos, condições.
Já a educação inclusiva é incondicional. Uma escola
inclusiva é uma escola que inclui a todos, sem discriminação,
e a cada um, com suas diferenças, independentemente de
sexo, idade, religião, origem étnica, raça, deficiência. Uma
escola inclusiva é aquela com oportunidades iguais para
todos e estratégias diferentes para cada um, de modo que
todos possam desenvolver seu potencial. Uma escola que
reconhece a educação como um direito humano básico e
como alicerce de uma sociedade mais justa e igualitária.
Conforme os documentos nacionais e internacionais que resguardam os
direitos universais, a educação é um dos direitos básicos e inalienáveis
de toda e qualquer pessoa. Ao contrário da integração, na qual o aluno
deve se adaptar às condições da escola, a inclusão prevê sua
transformação de modo a garantir o acesso, a permanência e a
aprendizagem de todos. Garantir esse direito implica que o sistema de
ensino seja reestruturado e que as escolas trabalhem a partir de
uma nova cultura, concretizada através de ações articuladas e
da participação direita de todos – autoridades, gestores públicos,
gestores escolares, educadores, técnicos, funcionários, alunos,
familiares e toda a comunidade.
Por que a integração ainda se manifesta no dia a dia
das escolas?
Tornar uma escola inclusiva implica transformar a cultura
escolar, ou seja, as políticas, as práticas e inclusive as
pessoas que fazem parte dela, para garantir o direito de
todos à educação. Implica mudar a visão da
homogeneidade para a diversidade, acreditar que todos
podem aprender e reconstruir a escola de forma que seja,
de fato, para todos – sem exceção.
Acontece que nem todas as escolas estão
dispostas a mudar tanto assim. Por isso,
assumem a inclusão como um projeto adicional,
atrelado às práticas já existentes. Elas auto
definem-se inclusivas simplesmente
pela presença de estudantes com deficiência – o
que não é suficiente para caracterizar a inclusão.
A educação inclusiva não é “mais” um objetivo a ser
priorizado, nem diz respeito somente ao acesso
(matrícula e presença). Ela é o próprio projeto e diz
respeito ao direito de todos de participar e aprender
em igualdade de condições. Por isso, exige a
transformação da escola a partir do reconhecimento da
diferença como um valor intrinsecamente humano e
do direito de cada um ser como é.
Na integração, por outro lado, os alunos têm
que moldar-se a um padrão estabelecido pela
escola. Essa, por sua vez, continua a mesma, com
valores e modos de organização baseados na
expectativa – ilusória – de homogeneidade,
concebendo a diferença como exceção. A inserção é
parcial e condicional, caracterizando-se pela
existência de escolas e classes especiais destinadas
aos estudantes não considerados aptos a frequentar
uma escola ou sala de aula comum.
Mas nem sempre a discriminação é tão explícita.
Agrupamentos ou a categorização de turmas com base
na performance acadêmica, um currículo
adaptado ou estratégias pedagógicas
diferenciadas somente para os alunos com deficiência e
até mesmo a atribuição de notas com base em
parâmetros de desempenho pré-
estabelecidos também são exemplos de práticas
integracionistas fadadas à exclusão.
Por isso, apesar de o modelo da integração
preceder a educação inclusiva, ou seja, já ter
sido superado no que diz respeito às leis,
normas e políticas vigentes, na prática se
mantém na maioria das escolas, e, muitas
vezes, sob a insígnia da inclusão.
O que muda na educação especial com a perspectiva da
inclusão?
No contexto nacional, a Política nacional de educação especial na
perspectiva da educação inclusiva, criada pelo Governo federal
brasileiro em 2008, é um importante marco regulatório para a
garantia da matrícula das pessoas com deficiência na escola
regular e para o estabelecimento de um novo modelo de
educação especial. Ela deixa de ser substitutiva, assumindo
caráter complementar, suplementar e transversal ao ensino
comum, perpassando todos os níveis, etapas e modalidades de
ensino, para a eliminação das barreiras à plena participação dos
estudantes com deficiência, transtornos do espectro autista (TEA)
e altas habilidades/superdotação.
Trata-se de uma mudança radical, estruturante.
A educação especial deixa de configurar como
um sistema paralelo, passando a integrar a
proposta pedagógica da escola, apoiando a
plena inclusão de todos por meio de recursos,
serviços e do atendimento educacional
especializado (AEE) para seu público-alvo.
Educação especial Educação especial na perspectiva inclusiva
Faz parte da proposta pedagógica da escola. Perpassa todos
Sistema separado, paralelo ao regular os níveis, etapas e
modalidades de ensino. Por isso, é tida como transversal
Complementa ou suplementa ao processo de escolarização em
Substitui o ensino regular
sala de aula
Dinâmica independente, total ou parcialmente dissociada do Dinâmica dependente, totalmente articulada com o trabalho
ensino regular realizado em sala
Restritiva e condicional. Somente os alunos considerados Incondicional e irrestrita. Garante o direito de todos à
aptos para o ensino regular podem frequentá-lo educação, ou seja, à plena participação e aprendizagem
O referencial é o que se convenciona julgar como “normal” Parte do pressuposto de que a diferença é uma característica
ou estatisticamente mais frequente humana
Baseia-se no modelo social de deficiência. Foca na articulação
Baseia-se no modelo médico de deficiência. Foca nos
entre as características da pessoa e as barreiras a sua
aspectos clínicos, ou seja, no diagnóstico
participação presentes no ambiente
A escola deve responder às necessidades e interesses de todos
Nem todos os estudantes conseguem se adaptar à escola.
os alunos, sem exceção, partindo do pressuposto de que todas
Nem todos correspondem ao padrão estabelecido por ela
as pessoas aprendem
Estratégias pedagógicas diferentes para somente alguns
Diversificação de estratégias pedagógicas para todos
estudantes
O público-alvo da educação inclusiva
O público-alvo da educação inclusiva, orientada pelo direito universal à
educação, envolve todas as pessoas, independentemente de suas
particularidades.
As pessoas com deficiência têm sido um dos principais focos da área
porque foram historicamente privadas da participação nas redes de
ensino. Bem como por estarem associadas a um estigma de
“anormalidade”, o que acentua o processo discriminatório e a exclusão.
Por essas e outras razões, a legislação determina que o público-alvo
da educação especial na perspectiva da educação inclusiva
corresponde aos estudantes com deficiência, transtorno do
espectro autista (TEA) e altas habilidades/superdotação.
O que é uma pessoa com deficiência?
Esse é um conceito que vem se transformando ao longo da
história. A definição mais atual foi estabelecida pela Convenção
sobre os direitos das pessoas com deficiência da ONU em 2006
e diz que:
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas
A chave para compreender o que é deficiência na
perspectiva inclusiva está na segunda parte, que se
refere a fatores que são externos à pessoa, as
chamadas barreiras. Elas podem estar presentes na
arquitetura, na comunicação, nos meios de
transporte e até mesmo em nossas atitudes. De
acordo com essa nova definição, portanto, a
deficiência é resultante da combinação entre os
impedimentos da pessoa e as barreiras existentes
no ambiente.
Como devemos nos referir às pessoas com
deficiência?
O termo recomendado para nos referimos a alguém que
apresenta alguma deficiência física, intelectual, visual,
auditiva ou múltipla é: pessoa com deficiência. Essa
terminologia tem sido usada mundialmente nos últimos
anos, em todos os idiomas, no meio acadêmico, em
documentos oficiais, debates etc.
Mas por que não usamos mais as expressões:
Deficiente? O termo é inadequado, já que uma
pessoa não é definida por sua deficiência. Ela
não é deficiente. Ela tem uma deficiência, além
de outras tantas características. E é, antes de
mais nada, uma pessoa.
Portador de deficiência? Uma pessoa não porta sua
deficiência, ela tem uma deficiência. Tanto o verbo
“portar” como o substantivo ou o adjetivo “portadora” não
se aplicam a uma condição inata ou adquirida. Por
exemplo, não dizemos que alguém porta olhos verdes ou
pele morena. Uma pessoa pode portar um guarda-
chuva, se houver necessidade, e pode deixá-lo em
algum lugar. Não se pode fazer isso com uma
deficiência, é claro.
Especial ou pessoa com necessidades especiais? Somos
todos diferentes. Ou seja, todos temos alguma necessidade
particular, não só a pessoa com deficiência. Isso também se
aplica aos estudantes em uma sala de aula. Hoje sabemos que
todos os alunos, não somente aqueles com deficiência,
precisam ser vistos por seus professores como únicos,
“especiais”. Isso é pressuposto para que a prática
pedagógica possa ser, de fato, inclusiva. Além disso, o
argumento, em defesa dessa expressão, de que todos somos
imperfeitos, esvazia a discussão sobre os direitos das pessoas
com deficiência.
Aluno de inclusão? Apesar do termo ter se
difundido no contexto educacional, ele é
equivocado quando o usamos para nos referir aos
estudantes com deficiência. Se partimos do
pressuposto de que a educação inclusiva diz
respeito a todos, todos deveriam ser chamados de
“alunos de inclusão”.
O fim da década de 1990 e a primeira década do século XXI
foram marcadas por eventos mundiais liderados por
organizações de pessoas com deficiência. A Declaração de
Salamanca preconiza a expressão “pessoas com
deficiência”, com a qual os valores agregados às pessoas
com deficiência passou a ser o do empoderamento (uso do
poder pessoal para fazer escolhas, tomar decisões e assumir
o controle da situação de cada um) e o da responsabilidade
de contribuir com seus talentos para mudar a sociedade
rumo à inclusão de todas as pessoas, com ou sem
deficiência
Pessoas com deficiência: passa a ser o termo preferido por um
número cada vez maior de adeptos, boa parte dos quais é constituída
por pessoas com deficiência.
Os princípios da terminologia
Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo os do
Brasil, já fecharam a questão: querem ser chamados de “pessoas com
deficiência”, em todos os idiomas. Esse termo faz parte do texto
da Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência, adotado
pela ONU em 2006, ratificado com equivalência de emenda
constitucional no Brasil através do Decreto Legislativo nº 186 Site
externo e promulgado por meio do Decreto nº 6.949 Site externo, em
2009. Os princípios básicos para os movimentos terem chegado a essa
terminologia foram:
1. Não esconder ou camuflar a deficiência;
2 Não aceitar o consolo da falsa ideia de que todos têm deficiência;
3 Mostrar com dignidade a realidade da deficiência;
4 Valorizar as diferenças e necessidades decorrentes da deficiência;
5 Combater eufemismos que tentam diluir as diferenças, tais como
“pessoas com capacidades especiais”, “pessoas com eficiências
diferentes”, “pessoas com habilidades diferenciadas”, “pessoas
deficientes”, “pessoas com disfunção funcional” etc.
6.Defender a igualdade entre pessoas com deficiência e sem
deficiência em termos de direitos e dignidade, o que exige a
equiparação de oportunidades para pessoas com
deficiência;
7.Identificar nas diferenças todos os direitos que lhes são
pertinentes e a partir daí encontrar medidas específicas para
o Estado e a sociedade diminuírem ou eliminarem as
“restrições de participação” (dificuldades ou incapacidades
causadas pelos ambientes humano e físico contra as
pessoas com deficiência).
A escola é um direito incondicional garantido a
qualquer pessoa. Recusar matrícula é crime. Não
há como alegar “despreparo”. Por outro lado, é
preciso levar em conta que o direito à educação
abrange, além de acesso, participação efetiva, sem
discriminação e com base na igualdade de
oportunidades para o pleno desenvolvimento do
potencial de qualquer estudante
Acessibilidade
A acessibilidade prevê a eliminação de barreiras presentes
no ambiente físico e social que impedem ou dificultam a
plena participação das pessoas com e sem deficiência em
todos os aspectos da vida contemporânea. A acessibilidade é
fundamental para a inclusão e deve estar presente em
diferentes contextos, tais como: arquitetônico, comunicacional,
metodológico, instrumental, atitudinal, programático, entre
outros.
Quais são os contextos relacionados à acessibilidade?
Acessibilidade arquitetônica: eliminação de barreiras ambientais
físicas nas residências, nos edifícios, nos espaços e equipamentos
urbanos, nos meios de transporte individuais ou coletivos;
• Acessibilidade comunicacional: eliminação de barreiras na
comunicação interpessoal (oral, língua de sinais), escrita (jornal,
revista, livro, carta, apostila etc., incluindo textos em braille e o uso de
computador portátil) e virtual (acessibilidade digital);
• Acessibilidade metodológica: eliminação de barreiras nos métodos
e técnicas de estudos (escolar), de trabalho (profissional), de ação
comunitária (social, cultural, artística etc.) e de educação familiar;
Acessibilidade instrumental: eliminação de barreiras para
o acesso e manuseio de instrumentos, utensílios e
ferramentas de estudos (escolar), de trabalho (profissional),
de lazer e recreação (comunitária, turística, esportiva etc.);
• Acessibilidade programática: eliminação de barreiras
“invisíveis” embutidas em políticas públicas (leis, decretos,
portarias etc.), normas e regulamentos (institucionais,
empresariais etc.);
• Acessibilidade atitudinal: eliminação de preconceitos,
estigmas, estereótipos e discriminações nas pessoas em
geral.
Qual é a principal estratégia de
acessibilidade na educação
brasileira?
O atendimento educacional especializado (AEE) é um
serviço destinado a estudantes com deficiência, transtorno
do espectro autista (TEA) e altas habilidades/superdotação.
Seu objetivo é desenvolver práticas pedagógicas inclusivas
e atividades diversificadas para eliminar barreiras no
processo de ensino-aprendizagem e garantir o pleno
acesso e participação desses alunos na escola regular. Por
esse motivo, o AEE configura como uma das principais
estratégias de acessibilidade no contexto educacional
brasileiro.
O termo tecnologia assistiva (TA) diz respeito a toda e
qualquer ferramenta de uso pessoal criada especificamente
para compensar os impedimentos de uma pessoa e
melhorar sua capacidade funcional. Trata-se do conjunto
de produtos, serviços, técnicas, aparelhos e procedimentos
que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades
funcionais de pessoas com deficiência e,
consequentemente, promover a inclusão e uma vivência
autônoma. As TAs também auxiliam a mobilidade, a
percepção e a utilização do meio ambiente e seus
elementos.
Como garantir TAs para equiparar oportunidades na escola?
Por meio de uma das principais estratégias de acessibilidade no
contexto da educação: o atendimento educacional especializado
(AEE). O AEE busca garantir o pleno acesso e participação dos
estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e
altas habilidades/superdotação na escola regular. Além do
desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas e atividades
diversificadas, as salas de atendimento educacional
especializado promovem o uso e até mesmo a criação de
recursos de tecnologias assistiva a fim de eliminar barreiras no
processo de ensino-aprendizagem de forma articulada com toda a
equipe escolar, a família e outros.
que prende o livro ou o tablet à mesa para que não
deslize com os movimentos involuntários do
estudante, até o desenvolvimento de recursos
sofisticados de tecnologia, como um software leitor
de tela para viabilizar o acesso ao computador.
Quais as premissas para construir TAs na escola?
Os princípios da educação inclusiva fundamentam as
premissas para a construção de tecnologias assistivas na
escola. Se reconhecemos que toda pessoa aprende e tem
direito à educação, não podemos nos conformar com
resultados pouco satisfatórios na aprendizagem dos
estudantes com deficiência. Logo, a busca pela
equiparação de oportunidades, as expectativas
baseadas no potencial desses alunos e a identificação
das barreiras devem ser o referencial para o
desenvolvimento de TAs na escola.
Considerando que o processo de aprendizagem de cada
pessoa é singular, as tecnologias assistivas devem ser
escolhidas ou construídas a partir das necessidades
específicas do estudante para a eliminação dessas barreiras
e a maximização da participação e da aprendizagem. O
diagnóstico, portanto, não é subsídio suficiente. É preciso
conhecer profundamente cada um dos alunos, como pessoas
que são, para além da deficiência, a fim de reconhecer
aspectos que precisam ser compensados por meio de recursos
e serviços capazes de proporcionar ou ampliar suas
habilidades funcionais.
A escola precisa se preparar para os alunos com
deficiência?
Por um lado, a percepção de que a escola precisa estar
pronta para depois receber estudantes com deficiência é
equivocada. Por outro, algumas medidas importantes
deveriam, sim, ser tomadas antes mesmo da chegada
desses alunos.
A ideia de que a escola precisa estar preparada para receber
pessoas com deficiência se baseia em uma expectativa ilusória de
um saber pronto, capaz de prescrever como trabalhar com cada
uma delas. No entanto, se o processo de aprendizagem de cada
um é singular, o preparo do professor no contexto
A ideia de que a escola precisa estar preparada para
receber pessoas com deficiência se baseia em uma
expectativa ilusória de um saber pronto, capaz de
prescrever como trabalhar com cada uma delas. No
entanto, se o processo de aprendizagem de cada um é
singular, o preparo do professor no contexto um
dos estudantes, com e sem deficiência, a partir de
uma prática pedagógica dinâmica que reconhece e
valoriza as diferenças. Não é, portanto, possível
antever o que somente no dia a dia poderá ser
revelado.
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