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INTRODUÇÃO
No Brasil, as primeiras escolas foram criadas pelos jesuítas por volta de 1550, e eram
voltadas para a catequização dos índios. A escola pública, gênesi do modelo que hoje
conhecemos, teve seu advento no século XVIII, na Alemanha e na França. A América
também acompanhou esse processo, uma vez que nos Estados Unidos no século XIX, e no
Brasil, no final do século XIX, nasceram instituições similares. As escolas visavam preparar
trabalhadores para as indústrias, por isso, focavam no ensino da leitura, escrita e cálculos.
O autor defende que na vida social, a educação assume diferentes modalidades, como
a educação não intencional, informal, associando como exemplo os costumes, a religião, as
leis, governos, ideias vigentes na sociedade e organização familiar. Em continuidade, a
educação pode ser dividida ainda em educação formal e informal. A educação não formal
ocorre fora da escola, porém é pouco estruturada e sistematizada. A educação formal é
também intencional e ocorre ou não, em instâncias de educação escolar, apresentando
objetivos educativos explicitados, é claramente sistemática e organizada.
O modelo escolar que concebemos hoje, surgiu com o nascimento da sociedade
industrial e com a constituição do Estado nacional, com a intenção de erradicar a educação
que ocorria na família e na Igreja. Historicamente, na Alemanha Protestante do século XVII,
ou mesmo na França, as escolas tendiam para a universalizar o ensino a fim de instruir o povo
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para a leitura da Bíblia, formação religiosa e também preparação para empregos no comércio
e industria. Essa mudança de concepção levou à ruptura com o ensino jesuítico. Fator
importante para ser destacado é a ideia da escola pública e obrigatória para todos, que data
dos séculos XVIII e XIX.
Esse desenvolvimento histórico culminou na iniciativa de classificação de educação
foi realizada por Dermeval Saviani, elencadas a seguir:
1. A tendência tradicional, que orbita em torno de uma concepção de “pedagogia cristã”
oriunda dos jesuítas – e outras correntes formuladas desde os séculos XVI e XIX, que
centra suas ações no conhecimento e formação intelectual, bem como na autoridade
docente.
2. A tendência moderna, oriunda de diversas correntes filosóficas centrada na criança (e
que no Brasil inspirou o movimento da Escola Nova).
3. A tendência tecnicista que está centrada na racionalidade, eficiência e produtividade
(presente no Regime Militar brasileiro).
4. A tendência crítico-reprodutivista que se apresenta como posição crítica ao
tecnicismo.
5. A tendência dialética, que destaca as possibilidades transformadoras da educação em
uma sociedade capitalista.
Compreende-se que as pedagogias de cunho liberal somou-se com a pedagogia
tradicional, ao passo que as pedagogias de cunho crítico-progressista associaram-se com uma
conceoção de liberdade em uma pedagogia crítico-social dos conteúdos. De certa forma, no
Brasil, uma visão de pedagogia centrada na liberdade e autonomia.
Essas pedagogias sociocríticas, buscam associar o ensino-aprendizagem com a
reflexão sobre a responsabilidade da instituição escolar perante as desigualdades, fazendo
com que os estudantes, em sua formação intelectual e crítica, analisem a sociedade, traçando
possibilidades de mudanças.
As sociedade, considerando as classes e grupos sociais de que é composta, estabelece
e organiza um sistema educacional para cumprir determinadas finalidades. Neste contexto, os
educadores interessados implementar mudanças devem oportunizar para os estudantes, uma
formação com senso crítico, com autonomia, para que assumam seu papel social e cidadão.
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CONCLUSÃO
Essa observação sobre o valor da análise histórica merece ser considerada, tendo em
vista que ao pretender abordar uma temática, deve-se fazê-la por completo ou oferecendo
contrapontos entre narrativas específicas – coisa que, no aspecto histórico não se faz presente
no texto de José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e Mirza Seabra de Toschi.
são relevantes e refletem a realidade concreta conhecida tanto por educadores quanto por
estudantes.
O texto escrito de modo conciso e objetivo permite que o leitor possa construir um
raciocínio lógico, desenvolvendo suas próprias opiniões e sendo capaz de se constituir como
um leitor crítico – análogo ao educando que reflete e converte a construção de seu
conhecimento teórico em prática emancipadora.
REFERÊNCIAS
COSTA, Ricardo da. A Educação na Idade Média: a busca da sabedoria como caminho para
a felicidade: al-farabi e ramon llull. A busca da Sabedoria como caminho para a Felicidade:
al-Farabi e Ramon Llull. 2003. Disponível em:
https://www.ricardocosta.com/artigo/educacao-na-idade-media-busca-da-sabedoria-como-
caminho-para-felicidade-al-farabi-e-ramon. Acesso em: 25 jun. 2022.
LIBANEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira de, TOSCHI, Mirza Seabra. Educação
Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003. (Coleção Docência em
Formação).